Casa Espírita
Missionários da Luz – > 14 anos Mocidade
31/07/2020
Tema: Tristeza
(Reunião virtual pelo Google Meet)
Objetivos:
Reconhecer a tristeza
como oportunidade de introspecção, quando oriunda de uma ocorrência triste;
Identificar a tristeza
como processo natural na encarnação, tendo em vista a temporalidade da vida
terrena e focando na vida espiritual, a verdadeira.
Bibliografia:
LE, pergs 909 e 911;
O Evangelho segundo o
Espiritismo > Capítulo V - Bem-aventurados os aflitos > Instruções dos
Espíritos > A Melancolia > item 25;
A Gênese
- Cap. XVIII – Os tempos são chegados;
Revista Espírita -
Jornal de estudos psicológicos - 1860 > Janeiro > Conselho de família;
Cultivo das Emoções, Marlon
Reikdal, cap 6;
Caminho, Verdade e Vida, Cap.130, Emmanuel/Chico Xavier, ‘Tristeza’.
Material:
Hora da novidade, respirações profundas e prece Inicial
Desenvolvimento:
1. Motivação Inicial: (tema e estudo preparado por dois jovens do grupo. Esse roteiro é apenas para apoio).
Jogar na sala do Meet, a página de Emmanuel, ‘Tristeza’.
Perguntar pro grupo: o que é a tristeza? O que fazer quando ela aparece?
A tristeza é uma virtude ou um vício?
2. Exposição Dialogada
A tristeza é uma das emoções básicas do ser humano. Está na natureza. Nem vício nem virtude, mas precisamos aprender a direcionar essa emoção.
Kardec falou das emoções nessa fase de transição em que estamos: (jogar no chat da sala)
A Gênese, Cap. XVIII – Os tempos são chegados, item 5
Tal o período em que doravante vão
entrar e que marcará uma das fases principais da vida da Humanidade.
Tristeza - (Cultivo das Emoções, cap. 6)
- todos passamos por problemas, perdas, dores. O que fazemos depois dessas ocorrências é nossa inteira responsabilidade. Precisamos aprender algo, crescer com a experiência.
- energia de introspecção. O caminho para dentro é sem dúvida o mais seguro e estável. É a emoção que mais facilmente nos coloca em contato com nosso mundo particular.
- precisamos nos
perguntar:
quando nos sentimos tristes? Como nos comportamos quando ficamos tristes? Qual o tamanho dessa tristeza? O que fazemos com ela?
- a tristeza é um fenômeno psicológico de curta duração.
- se não sentimos nem vivenciamos nossas tristezas, não seremos capazes de suportar, entender a tristeza dos outros. O melhor que podemos fazer é ouvi-los, abrindo espaço para a expressão do mal-estar, com postura de acolhimento e compreensão.
- ajustamento: introspecção para aprender a viver sem aquilo que perdemos.
- queixa, reclamação:
ego adoecido. Ao invés da queixa, a reflexão! Olhar para a tristeza, se
aproximar, sentir, ouvir e dialogar com ela: O que deveria mudar? Como poderia
ser melhor? O que poderia ter feito diferente? Como será daqui para a frente?
Qual minha responsabilidade nisso tudo?
É preciso um motivo para a tristeza, que significa PERDA! De quem? Do ego? Ou do ser imortal?
3. Jogar no chat, o texto da RE para discussão com o grupo (jogar frase a frase para facilitar a leitura)
Revista Espírita - Jornal de estudos
psicológicos - 1860 > Janeiro > Conselho de família (3ª sessão):
Aquilo que julgais um mal, com frequência só o é em relação às vossas concepções.
Também, às vezes, o mal real vem apenas de um desânimo ocasionado por uma dificuldade, que a calma de espírito e a reflexão teriam evitado.
Assim, refleti sempre e, como já vos disse, reportai tudo a Deus.
Quando experimentais qualquer pesar, longe de vos abandonardes à tristeza, ao contrário, resisti e fazei todo esforço para triunfar, pensando que nada se obtém sem trabalho, e que muitas vezes o sucesso é acompanhado por dificuldades.
Invocai o auxílio dos Espíritos benevolentes. Eles não podem, como vos ensinam, fazer boas obras em vosso lugar, nem obter algo de Deus para vós, pois é preciso que cada um conquiste, por si mesmo, a perfeição a que todos estamos destinados, mas podem inspirar-vos o bem, sugerir-vos conduta conveniente e ajudar-vos com seu concurso.
Eles não se manifestam ostensivamente, mas no recolhimento.
Escutai a voz da vossa consciência. Confiança
em Deus, calma e coragem.
4. Respiração profunda e lenta, e prece final.
5.
Avaliação
Estudo para 14 jovens. Só foi jogada no chat da sala, a página de Emmanuel, sendo discutida a ideia trazida pelo mentor, das duas naturezas de tristezas. Discussão em roda de conversa. Todos se manifestaram falando quando surge a tristeza como lidam com ela. A jovem que havia preparado o tema da noite, leu trechos sobre os efeitos da tristeza no corpo, de textos que ela havia selecionado desse tema.
6. Anexos
25. Sabeis por que, às vezes, uma vaga tristeza se apodera
dos vossos corações e vos leva a considerar amarga a vida? É que vosso
Espírito, aspirando à felicidade e à liberdade, se esgota, jungido ao corpo que
lhe serve de prisão, em vãos esforços para sair dele. Reconhecendo inúteis
esses esforços, cai no desânimo e, como o corpo lhe sofre a influência,
toma-vos a lassidão, o abatimento, uma espécie de apatia, e vos julgais
infelizes.
Crede-me, resisti com energia a essas impressões
que vos enfraquecem a vontade. São inatas no espírito de todos os homens as
aspirações por uma vida melhor; mas, não as busqueis neste mundo e, agora,
quando Deus vos envia os Espíritos que lhe pertencem, para vos instruírem
acerca da felicidade que Ele vos reserva, aguardai pacientemente o anjo da
libertação, para vos ajudar a romper os liames que vos mantêm cativo o
Espírito. Lembrai-vos de que, durante o vosso degredo na Terra, tendes de
desempenhar uma missão de que não suspeitais, quer dedicando-vos à vossa
família, quer cumprindo as diversas obrigações que Deus vos confiou. Se, no curso
desse degredo-provação, exonerando-vos dos vossos encargos, sobre vós desabarem
os cuidados, as inquietações e tribulações, sede fortes e corajosos para os
suportar. Afrontai-os resolutos. Duram pouco e vos conduzirão à companhia dos
amigos por quem chorais e que, jubilosos por ver-vos de novo entre eles, vos
estenderão os braços, a fim de guiar-vos a uma região inacessível às aflições
da Terra. – François de Genève. (Bordéus.)
LE, 909. Poderia sempre o homem, pelos seus esforços, vencer as suas más inclinações?
“Sim, e, freqüentemente, fazendo esforços muito insignificantes. O que lhe falta é a vontade. Ah! quão poucos dentre vós fazem esforços!”
LE, 911. Não haverá paixões tão vivas e irresistíveis, que a vontade seja
impotente para dominá-las?
“Há muitas pessoas que dizem: Quero, mas a vontade só lhes está nos lábios. Querem, porém muito satisfeitas ficam que não seja como ‘querem’. Quando o homem crê que não pode vencer as suas paixões, é que seu Espírito se compraz nelas, em conseqüência da sua inferioridade. Compreende a sua natureza espiritual aquele que as procura reprimir. Vencê-las é, para ele, uma vitória do Espírito sobre a matéria.”
Caminho, Verdade e Vida, Cap.130, Emmanuel/Chico Xavier, ‘Tristeza’
“Porque a tristeza, segundo Deus, opera arrependimento para a salvação, o qual não traz pesar; mas a tristeza do mundo gera a morte.” – Paulo. (2ª Epístola aos Coríntios, 7:10.)
Conforme observamos na advertência de Paulo, há “uma tristeza segundo Deus” e outra “segundo a Terra”. A primeira soluciona problemas atinentes à vida verdadeira, a segunda é caminho para a morte, como símbolo de estagnação, no desvio dos sentimentos.
Muita gente considera virtudes a lamentação incessante e o tédio continuado. Encontramos os tristes pela ausência de dinheiro adequado aos excessos; vemos os torturados que se lastimam pela impossibilidade de praticar o mal; ouvimos os viciados na queixa doentia, incapazes do prazer de servir sem aguilhões. Essa é a tristeza do mundo que prende o Espírito à teia de reencarnações corretivas e perigosas.
Raros homens se tocam
da “tristeza segundo Deus”. Muito poucos contemplam a si próprios, considerando
a extensão das falhas que lhes dizem respeito, em marcha para a restauração da
vida, no presente e no porvir. Quem avança por esse caminho redentor, se chora
jamais atinge o plano do soluço enfermiço e da inutilidade, porque sabe
reajustar-se, valendo-se do tempo, a golpes benditos de esforço para as novas
edificações do destino.
Nenhum comentário:
Postar um comentário