Casa Espírita Missionários da Luz – Mocidade > 14 anos 10/09/2021
Estudo Virtual – Google
Meet
Tema: Desprendimento dos bens terrenos
Objetivos:
Refletir
sobre como me relaciono com os bens que possuo ou desejo possuir;
Diferenciar
o servir a Deus e a Mamon (ESE, Cap. XVI);
Analisar
o trecho do NT: “A quem iremos, Senhor?
Tu tens palavras de Vida eterna”. (Jo. 6,68)
Bibliografia:
O Livro dos Espíritos: Pergs. 702 à 717 (lei de
conservação);
ESE,
Cap. XVI;
Pão
Nosso, Emmanuel/Chico Xavier, Cap. 151 ‘Ninguém se Retira’.
https://www.youtube.com/watch?v=qKFc7TQnVz4 - REFLEXÕES com Haroldo 011 - Bens Materiais (bens materiais dão muito significado aqui na Terra)
“dinheiro, beleza, juventude e poder/prestígio/fama
- Costumamos associar a palavra 'vencer' com base nesses critérios”
Material:
- slides com a página
de Emmanuel;
- que tenham em mãos
papel e caneta;
- nuvem no Mentimeter:
Qual o meu maior apego na atual existência?
https://www.menti.com/5g2qpfx9ji (link
para escrever na nuvem)
https://www.mentimeter.com/s/356bd5280479a4a26ea68eb5e4075543/64515325c78f/edit
- link para
compartilhar o resultado da nuvem
Hora da novidade, exercícios de respiração
profunda e prece Inicial
Desenvolvimento:
1.
Motivação
Inicial:
Pedir que um dos jovens
leia a página de Emmanuel em Pão Nosso ‘Ninguém se Retira’ (compartilhar a
mensagem num slide).
- refletir com o grupo
sobre essa passagem que Emmanuel comenta. Mostra que algumas pessoas conheceram Jesus, seus ensinos, mas
acharam difícil de seguir. Preferiram se afastar. Receberam o convite e se afastaram.
Jesus pergunta aos que
ficaram: Vocês também querem ir embora?
E Pedro, num momento de
iluminação, responde: _ se formos, seguiremos a quem? Só tu tens a palavra da
vida eterna. Pedro reconhece a grandeza espiritual de Jesus, o Mestre de todos
nós.
- Interessante essa
pergunta de Jesus. Vale pra todos nós. Será que também queremos ir embora
e seguir a outros pensamentos, outras ideias, outros convites?
2.
Exposição
dialogada:
O tempo todo recebemos
convites. Alguns explícitos, outros nem tanto.
Vejamos o seguinte ensino de Jesus:
Ninguém
pode servir a dois senhores, porque ou odiará a um e amará a outro, ou se
prenderá a um e desprezará o outro. Não podeis servir simultaneamente a Deus e
a Mamon. (Lucas,16:13.) (Evang. Cap.XVI, item 1)
- De quais senhores
Jesus se refere?
O que significa; servir
a Deus? Servir a Mamon?
- servir
a Deus, é trabalhar em favor da nossa evolução espiritual em todas as
nossas atividades diárias. Santificar nossas atividades diárias.
O que é santificar
nossas atividades? Fazer da melhor forma possível, fazendo como se fosse
para Jesus.
Esse é um bom
parâmetro: Se eu estivesse fazendo isso para Jesus, como eu faria?
Servir a Deus é aceitar
o convite de Jesus!
- servir
a Mamon é trabalhar unicamente para os objetivos da Terra. Nem sempre
conseguimos perceber o que nos prende na Terra, impedindo nossa
espiritualização.
Somos apegados a muitas coisas...
E se pensarmos que se
fôssemos, hoje, chamados de volta à pátria espiritual, o que nos faria mais
falta? A que estaríamos presos aqui da Terra?
3.
Exercício
de Fixação
Vamos pensar um pouco a
respeito?
Reflitam uns
minutinhos. É um exercício de autodescobrimento.
Pensem no que vocês
sentem que tem apego?
- Sua casa? Seu
celular? Sua mãe? Seu pai? Seu corpo? Seu talento? Sua inteligência?
- depois peguem o papel
e caneta e anotem.
Vamos fazer uma nuvem de palavras para vermos a que o
grupo tem mais apego?
- passar o link da nuvem no chat e
compartilhar o resultado:
https://www.menti.com/5g2qpfx9ji - para os jovens escreverem
na nuvem
https://www.mentimeter.com/s/356bd5280479a4a26ea68eb5e4075543/64515325c78f/edit
-link para compartilhar a nuvem
- analisar com os jovens o resultado da nuvem e
derivar para o pensamento de Kardec na Lei de Conservação.
Kardec, percebendo
essas coisas que são tão comuns entre a gente, fez a pergunta aos Espíritos:
LE, perg 712. Com que fim pôs
Deus atrativos no gozo dos bens materiais?
è Aqui, podemos estender bens materiais’ a tudo o que exalta o
nosso orgulho, porque o mundo de modo geral, valoriza muito.
- O que acham? Porque existem esses atrativos? (Depois
das respostas dos jovens, ler a resposta dos Espíritos)
“Para instigar o homem ao cumprimento da sua missão e para experimentá-lo por meio da tentação.”
ð
Qual missão? A de melhorar a sociedade, buscar
novas soluções que tragam progresso e bem-estar às pessoas.
E Kardec detalhou mais a questão:
a) — Qual o objetivo dessa tentação?
“Desenvolver-lhe a razão, que deve preservá-lo dos
excessos.”
- novamente podemos
estender a reflexão a tudo o que nos exalta o orgulho e estimula o egoísmo.
4.
Conclusão
Todos nós estamos
sempre servindo a alguém. A questão é perceber a quem servimos.
Ao poder? Ao prestígio?
Ao prazer? A posse das coisas?
Ou a Jesus?
5.
Avaliação
Encontro conduzido pela Marcela, com 9 jovens. Fizeram a nuvem de palavras e houve boa participação.
6. Anexos
Evang. Cap.XVI:
Com
efeito, o homem tem por
missão trabalhar pela melhoria material do planeta. Cabe-lhe
desobstruí-lo, saneá-lo, dispô-lo para receber um dia toda a população que a
sua extensão comporta. Para alimentar essa população que cresce
incessantemente, preciso se faz aumentar a produção.
Se
a produção de um país é insuficiente, será necessário buscá-la fora. Por isso
mesmo, as relações entre os povos constituem uma necessidade. A fim de mais as
facilitar, cumpre sejam destruídos os obstáculos materiais que os separam e
tornadas mais rápidas as comunicações. Para trabalhos que são obra dos séculos,
teve o homem de extrair os materiais até das entranhas da terra; procurou na
Ciência os meios de os executar com maior segurança e rapidez. Mas, para os
levar a efeito, precisa de recursos: a necessidade fê-lo criar a riqueza, como
o fez descobrir a Ciência. A atividade que esses mesmos trabalhos impõem lhe
amplia e desenvolve a inteligência, e essa inteligência que ele concentra,
primeiro, na satisfação das necessidades materiais, o ajudará mais tarde a
compreender as grandes verdades morais. Sendo a riqueza o meio primordial de
execução, sem ela não mais grandes trabalhos, nem atividade, nem estimulante,
nem pesquisas. Com razão, pois, é a riqueza considerada elemento de progresso.
(item 7)
Que é então o que ele possui?
Nada do que é de uso do corpo; tudo o que é de uso da alma: a inteligência, os
conhecimentos, as qualidades morais. Isso o que ele traz e leva consigo, o que
ninguém lhe pode arrebatar, o que lhe será de muito mais utilidade no outro
mundo do que neste. Depende dele ser mais rico ao
partir do que ao chegar, visto como, do que tiver adquirido em bem, resultará a
sua posição futura.
Quando
alguém vai a um país distante, constitui a sua bagagem de objetos utilizáveis
nesse país; não se preocupa com os que ali lhe seriam inúteis. Procedei do
mesmo modo com relação à vida futura; aprovisionai-vos de tudo o de que lá vos
possais servir. (item 9)
“O amor aos bens terrenos
constitui um dos mais fortes impedimentos ao vosso adiantamento moral e
espiritual. Pelo apego à
posse de tais bens, destruís as vossas faculdades de amar, com as aplicardes
todas às coisas materiais.” (item 14)
“O
desapego aos bens terrenos consiste em apreciá-los no seu justo valor, em saber
servir-se deles em benefício dos outros e não apenas em benefício próprio, em
não sacrificar por eles os interesses da vida futura, em perdê-los sem
murmurar, caso apraza a Deus retirá-los.” (item 14)
Pão Nosso, Cap. 151 ‘Ninguém se retira’, Emmanuel/Chico Xavier
“Respondeu-lhe Simão Pedro: Senhor, para quem iremos nós? tu tens as
palavras da vida eterna.” (João, 6:68)
A medida que o Mestre revelava novas características de sua doutrina de
amor, os seguidores, então numerosos, penetravam mais vastos círculos no
domínio da responsabilidade.
Muitos deles, em razão disso, receosos do dever que lhes caberia,
afastaram-se, discretos, do cenáculo acolhedor de Cafarnaum.
O Cristo, entretanto, consciente das obrigações de ordem divina, longe
de violar os princípios da liberdade, reuniu a pequena assembleia que restava e
interrogou aos discípulos:
– Também vós quereis retirar-vos?
Foi nessa circunstância que Pedro emitiu a resposta sábia, para sempre
gravada no edifício cristão.
Realmente, quem começa o serviço de espiritualidade superior com Jesus
jamais sentirá emoções idênticas, a distância d’Ele. A sublime experiência, por
vezes, pode ser interrompida, mas nunca aniquilada. Compelido em várias
ocasiões por impositivos da zona física, o companheiro do Evangelho sofrerá
acidentes espirituais submetendo-se a ligeiro estacionamento, contudo, não
perderá definitivamente o caminho.
Quem comunga efetivamente no banquete da revelação cristã, em tempo
algum olvidará o Mestre amoroso que lhe endereçou o convite.
Por este motivo, Simão Pedro perguntou com muita propriedade: Senhor,
para quem iremos nós?
É que o mundo permanece repleto de filósofos, cientistas e reformadores
de toda espécie, sem dúvida respeitáveis pelas concepções humanas avançadas de
que se fazem pregoeiros; na maioria das situações, todavia, não passam de meros
expositores de palavras transitórias, com reflexos em experiências efêmeras.
Cristo, porém, é o Salvador das almas e o Mestre dos corações e, com
Ele, encontramos os roteiros da vida eterna.
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