terça-feira, 21 de setembro de 2021

Desprendimento dos bens terrenos

 Casa Espírita Missionários da Luz – Mocidade                        > 14 anos  10/09/2021

Estudo Virtual – Google Meet

Tema:  Desprendimento dos bens terrenos

 

Objetivos:

Refletir sobre como me relaciono com os bens que possuo ou desejo possuir;

Diferenciar o servir a Deus e a Mamon (ESE, Cap. XVI);

Analisar o trecho do NT: “A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de Vida eterna”. (Jo. 6,68)

 

Bibliografia:  

O Livro dos Espíritos: Pergs. 702 à 717 (lei de conservação);

ESE, Cap. XVI;

Pão Nosso, Emmanuel/Chico Xavier, Cap. 151 ‘Ninguém se Retira’.

 

https://www.youtube.com/watch?v=qKFc7TQnVz4 - REFLEXÕES com Haroldo 011 - Bens Materiais (bens materiais dão muito significado aqui na Terra)

“dinheiro, beleza, juventude e poder/prestígio/fama - Costumamos associar a palavra 'vencer' com base nesses critérios”

 

Material:

- slides com a página de Emmanuel;

- que tenham em mãos papel e caneta;

- nuvem no Mentimeter: Qual o meu maior apego na atual existência?

https://www.menti.com/5g2qpfx9ji  (link para escrever na nuvem)

https://www.mentimeter.com/s/356bd5280479a4a26ea68eb5e4075543/64515325c78f/edit

- link para compartilhar o resultado da nuvem

 

Hora da novidade, exercícios de respiração profunda e prece Inicial

 

Desenvolvimento:

 

1.    Motivação Inicial:

 

Pedir que um dos jovens leia a página de Emmanuel em Pão Nosso ‘Ninguém se Retira’ (compartilhar a mensagem num slide).

 

- refletir com o grupo sobre essa passagem que Emmanuel comenta. Mostra que algumas pessoas conheceram Jesus, seus ensinos, mas acharam difícil de seguir. Preferiram se afastar. Receberam  o convite e se afastaram.

Jesus pergunta aos que ficaram: Vocês também querem ir embora?

E Pedro, num momento de iluminação, responde: _ se formos, seguiremos a quem? Só tu tens a palavra da vida eterna. Pedro reconhece a grandeza espiritual de Jesus, o Mestre de todos nós.

 

- Interessante essa pergunta de Jesus. Vale pra todos nós. Será que também queremos ir embora e seguir a outros pensamentos, outras ideias, outros convites?

 

2.    Exposição dialogada:

 

O tempo todo recebemos convites. Alguns explícitos, outros nem tanto.

 

Vejamos o seguinte ensino de Jesus:

 

Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou odiará a um e amará a outro, ou se prenderá a um e desprezará o outro. Não podeis servir simultaneamente a Deus e a Mamon. (Lucas,16:13.)  (Evang. Cap.XVI, item 1)

 

- De quais senhores Jesus se refere?

O que significa; servir a Deus? Servir a Mamon?

 

         - servir a Deus, é trabalhar em favor da nossa evolução espiritual em todas as nossas atividades diárias. Santificar nossas atividades diárias.

O que é santificar nossas atividades? Fazer da melhor forma possível, fazendo como se fosse para Jesus.

Esse é um bom parâmetro: Se eu estivesse fazendo isso para Jesus, como eu faria? 

Servir a Deus é aceitar o convite de Jesus!

 

         - servir a Mamon é trabalhar unicamente para os objetivos da Terra. Nem sempre conseguimos perceber o que nos prende na Terra, impedindo nossa espiritualização.

Somos apegados a muitas coisas...

E se pensarmos que se fôssemos, hoje, chamados de volta à pátria espiritual, o que nos faria mais falta? A que estaríamos presos aqui da Terra?

 

3.    Exercício de Fixação

Vamos pensar um pouco a respeito?

Reflitam uns minutinhos. É um exercício de autodescobrimento.

Pensem no que vocês sentem que tem apego?

- Sua casa? Seu celular? Sua mãe? Seu pai? Seu corpo? Seu talento? Sua inteligência?

- depois peguem o papel e caneta e anotem.

Vamos fazer uma nuvem de palavras para vermos a que o grupo tem mais apego?

 

- passar o link da nuvem no chat e compartilhar o resultado:

https://www.menti.com/5g2qpfx9ji - para os jovens escreverem na nuvem

 

https://www.mentimeter.com/s/356bd5280479a4a26ea68eb5e4075543/64515325c78f/edit

-link para compartilhar a nuvem

 

- analisar com os jovens o resultado da nuvem e derivar para o pensamento de Kardec na Lei de Conservação.

 

Kardec, percebendo essas coisas que são tão comuns entre a gente, fez a pergunta aos Espíritos:

LE, perg 712. Com que fim pôs Deus atrativos no gozo dos bens materiais?

è Aqui, podemos estender bens materiais’ a tudo o que exalta o nosso orgulho, porque o mundo de modo geral, valoriza muito.

- O que acham? Porque existem esses atrativos? (Depois das respostas dos jovens, ler a resposta dos Espíritos)

 

“Para instigar o homem ao cumprimento da sua missão e para experimentá-lo por meio da tentação.”

ð    Qual missão? A de melhorar a sociedade, buscar novas soluções que tragam progresso e bem-estar às pessoas.

 

E Kardec detalhou mais a questão:

a) Qual o objetivo dessa tentação?

“Desenvolver-lhe a razão, que deve preservá-lo dos excessos.”

 

- novamente podemos estender a reflexão a tudo o que nos exalta o orgulho e estimula o egoísmo.

 

4.    Conclusão

Todos nós estamos sempre servindo a alguém. A questão é perceber a quem servimos.

Ao poder? Ao prestígio? Ao prazer? A posse das coisas?

 

Ou a Jesus?

 

5.    Avaliação

Encontro conduzido pela Marcela, com 9 jovens. Fizeram a nuvem de palavras e houve boa participação.

 

6.    Anexos 

Evang. Cap.XVI: 

Com efeito, o homem tem por missão trabalhar pela melhoria material do planeta. Cabe-lhe desobstruí-lo, saneá-lo, dispô-lo para receber um dia toda a população que a sua extensão comporta. Para alimentar essa população que cresce incessantemente, preciso se faz aumentar a produção.

Se a produção de um país é insuficiente, será necessário buscá-la fora. Por isso mesmo, as relações entre os povos constituem uma necessidade. A fim de mais as facilitar, cumpre sejam destruídos os obstáculos materiais que os separam e tornadas mais rápidas as comunicações. Para trabalhos que são obra dos séculos, teve o homem de extrair os materiais até das entranhas da terra; procurou na Ciência os meios de os executar com maior segurança e rapidez. Mas, para os levar a efeito, precisa de recursos: a necessidade fê-lo criar a riqueza, como o fez descobrir a Ciência. A atividade que esses mesmos trabalhos impõem lhe amplia e desenvolve a inteligência, e essa inteligência que ele concentra, primeiro, na satisfação das necessidades materiais, o ajudará mais tarde a compreender as grandes verdades morais. Sendo a riqueza o meio primordial de execução, sem ela não mais grandes trabalhos, nem atividade, nem estimulante, nem pesquisas. Com razão, pois, é a riqueza considerada elemento de progresso. (item 7)

 

Que é então o que ele possui? Nada do que é de uso do corpo; tudo o que é de uso da alma: a inteligência, os conhecimentos, as qualidades morais. Isso o que ele traz e leva consigo, o que ninguém lhe pode arrebatar, o que lhe será de muito mais utilidade no outro mundo do que neste. Depende dele ser mais rico ao partir do que ao chegar, visto como, do que tiver adquirido em bem, resultará a sua posição futura.

Quando alguém vai a um país distante, constitui a sua bagagem de objetos utilizáveis nesse país; não se preocupa com os que ali lhe seriam inúteis. Procedei do mesmo modo com relação à vida futura; aprovisionai-vos de tudo o de que lá vos possais servir. (item 9)

 

O amor aos bens terrenos constitui um dos mais fortes impedimentos ao vosso adiantamento moral e espiritual. Pelo apego à posse de tais bens, destruís as vossas faculdades de amar, com as aplicardes todas às coisas materiais.” (item 14)

 

“O desapego aos bens terrenos consiste em apreciá-los no seu justo valor, em saber servir-se deles em benefício dos outros e não apenas em benefício próprio, em não sacrificar por eles os interesses da vida futura, em perdê-los sem murmurar, caso apraza a Deus retirá-los.” (item 14)

 

 

Pão Nosso, Cap. 151 ‘Ninguém se retira’, Emmanuel/Chico Xavier

“Respondeu-lhe Simão Pedro: Senhor, para quem iremos nós? tu tens as palavras da vida eterna.” (João, 6:68)

 

A medida que o Mestre revelava novas características de sua doutrina de amor, os seguidores, então numerosos, penetravam mais vastos círculos no domínio da responsabilidade.

Muitos deles, em razão disso, receosos do dever que lhes caberia, afastaram-se, discretos, do cenáculo acolhedor de Cafarnaum.

O Cristo, entretanto, consciente das obrigações de ordem divina, longe de violar os princípios da liberdade, reuniu a pequena assembleia que restava e interrogou aos discípulos:

– Também vós quereis retirar-vos?

Foi nessa circunstância que Pedro emitiu a resposta sábia, para sempre gravada no edifício cristão.

Realmente, quem começa o serviço de espiritualidade superior com Jesus jamais sentirá emoções idênticas, a distância d’Ele. A sublime experiência, por vezes, pode ser interrompida, mas nunca aniquilada. Compelido em várias ocasiões por impositivos da zona física, o companheiro do Evangelho sofrerá acidentes espirituais submetendo-se a ligeiro estacionamento, contudo, não perderá definitivamente o caminho.

Quem comunga efetivamente no banquete da revelação cristã, em tempo algum olvidará o Mestre amoroso que lhe endereçou o convite.

Por este motivo, Simão Pedro perguntou com muita propriedade: Senhor, para quem iremos nós?

É que o mundo permanece repleto de filósofos, cientistas e reformadores de toda espécie, sem dúvida respeitáveis pelas concepções humanas avançadas de que se fazem pregoeiros; na maioria das situações, todavia, não passam de meros expositores de palavras transitórias, com reflexos em experiências efêmeras.

Cristo, porém, é o Salvador das almas e o Mestre dos corações e, com Ele, encontramos os roteiros da vida eterna.

 

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