quarta-feira, 28 de julho de 2021

Somos todos iguais?

 Casa Espírita Missionários da Luz                                       Mocidade: > 13 anos – 23/07/2021

Estudo Virtual Google Meet

Tema: Somos todos iguais?

Objetivos:

·         Identificar que perante Deus, somos todos iguais e que a diversidade das aptidões se deve às experiências que cada um traz de vidas anteriores;

·         Refletir sobre "como vejo a lei de igualdade em minha vida".

Bibliografia:

l  O Livro dos Espíritos, 3ª parte, Cap. IX - Lei da Igualdade;

l  ESE, Cap. XVII  item 7 ‘O Dever’ (Sede Perfeitos);

l  Revista espírita — Jornal de estudos psicológicos — 1861 > Outubro > Epístola de Erasto aos Espíritas Lioneses.

 

Material:  Sorteador online: https://sorteador.com.br/?de=1&ate=12&animacao=0&quantidade=1&ordenar=0

 

 

Desenvolvimento:

  1. Hora da novidade, exercícios de respiração profunda e Prece Inicial
  2. Motivação: 

Iniciar perguntando como eles entendem a Lei divina de Igualdade.

Depois perguntar se a igualdade proclamada socialmente falando, ou politicamente falando, é igual à igualdade da lei de Deus.

 

3.    Discussão dialogada

Depois das respostas, jogar a frase de Erasto no chat para reflexão:


“A igualdade proclamada pelo Cristo é a igualdade ante a justiça de Deus, isto é, nosso direito, conforme nosso dever cumprido, de subir na hierarquia dos Espíritos.” 

= = > Vocês sabem que é Erasto?

           Explicar que Erasto é um dos Espíritos Superiores da Codificação Espírita, e na época do cristianismo nascente foi um dos discípulos do apóstolo Paulo de Tarso. Ele ditou uma psicografia, em outubro de 1861, aos espíritas franceses da cidade de Lyon, que eram em sua maioria, operários.

 - o que significa essa afirmação do Erasto? Se refere à igualdade em nossa sociedade?

è Não! Se refere à igualdade perante Deus, em nossa jornada evolutiva espiritual! 

Ler outro trecho da carta de Erasto

“Em consequência, repito, proclamando o dogma sagrado da igualdade, não vimos ensinar que aqui em baixo deveis ser todos iguais em riqueza, saber e felicidade, mas que chegareis todos, à vossa hora e conforme os vossos méritos, à felicidade dos eleitos, partilha das almas de escol que cumpriram os seus deveres.”

 - faz sentido?


- depende de quem atingir a felicidade dos eleitos?
è a cada um de nós! Vivendo de acordo com as leis de Deus. Lembrando que vimos que o mal é tudo o que fere as leis de Deus, nosso desafio é buscar compreender cada vez mais as leis de Deus e segui-las!

Como vocês percebem a lei de igualdade na sua vida?
Já observaram como se sentem em relação às diferenças, à diversidade que existe no mundo?
 

4.Fixação de Conteúdo

Vamos fazer uma roda de perguntas e respostas sobre a Lei de Igualdade, para que possamos refletir sobre suas características.

Usaremos um sorteador aleatório para escolher quem vai responder, ok?
Vamos tentar pensar e responder, blz?

 Contar quantos jovens estão na sala, e compartilhar a tela da aba de acesso ao sorteador online:

https://sorteador.com.br/?de=1&ate=12&animacao=0&quantidade=1&ordenar=0


Ir sorteando os números, direcionando as perguntas ao jovem sorteado.

 

Por que Deus não deu as mesmas aptidões a todos os homens?

“Deus criou iguais todos os Espíritos, mas cada um deles vive há mais ou menos tempo, e, conseguintemente, tem feito maior ou menor soma de aquisições. A diferença entre eles está na diversidade dos graus da experiência alcançada e da vontade com que obram, vontade que é o livre-arbítrio. (LE perg. 804). 

 

É lei da natureza a desigualdade das condições sociais?
“Não; é obra do homem e não de Deus.” (LE perg. 806). 

 

Será possível a igualdade absoluta das riquezas?
“Não; nem é possível. A isso se opõe a diversidade das faculdades e dos caracteres.” (LE perg. 811).

 

Por que Deus a uns concedeu as riquezas e o poder, e a outros, a miséria?
“Para experimentá-los de modos diferentes. Além disso, como sabeis, essas provas foram escolhidas pelos próprios Espíritos, que nelas, entretanto, sucumbem com frequência.” (LE perg. 814).

 

São iguais perante Deus o homem e a mulher e têm os mesmos direitos?
“Não outorgou Deus a ambos a inteligência do bem e do mal e a faculdade de progredir?” (LE perg. 817).


Donde provém a inferioridade moral da mulher em certas regiões?

“Do predomínio injusto e cruel que sobre ela assumiu o homem. É resultado das instituições sociais e do abuso da força sobre a fraqueza. Entre homens moralmente pouco adiantados, a força faz o direito.” (LE perg. 818).


Com que fim a mulher é mais fraca fisicamente do que o homem?

“Para lhe determinar funções especiais. Ao homem, por ser o mais forte, os trabalhos rudes; à mulher, os trabalhos leves; a ambos o dever de se ajudarem mutuamente a suportar as provas de uma vida cheia de amargor.” (LE perg. 819).

 

As funções destinadas à mulher pela natureza terão importância tão grande quanto as concedidas ao homem?
“Sim, maior até. É ela quem lhe dá as primeiras noções da vida.” (LE perg. 821)

Uma legislação, para ser perfeitamente justa, deve consagrar a igualdade dos direitos do homem e da mulher?

“Dos direitos, sim; das funções, não. Preciso é que cada um esteja no lugar que lhe compete. Ocupe-se do exterior o homem e do interior a mulher, cada um de acordo com a sua aptidão. A lei humana, para ser equitativa, deve consagrar a igualdade dos direitos do homem e da mulher. Todo privilégio a um ou a outro concedido é contrário à justiça. A emancipação da mulher acompanha o progresso da civilização. Sua escravização marcha de par com a barbaria. Os sexos, além disso, só existem na organização física. Visto que os Espíritos podem encarnar num e noutro, sob esse aspecto nenhuma diferença há entre eles. Devem, por conseguinte, gozar dos mesmos direitos.”  (LE perg. 822a)

Porque Deus criou todos os homens iguais para a dor?

Pequenos ou grandes, ignorantes ou instruídos, sofrem todos pelas mesmas causas, a fim de que cada um julgue em sã consciência o mal que pode fazer.

A igualdade em face da dor é uma sublime providência de Deus, que quer que todos os seus filhos, instruídos pela experiência comum, não pratiquem o mal, alegando ignorância de seus efeitos. (ESE, Cap. XVII  item 7 ‘O dever’)

 

São iguais os possíveis resultados das encarnações, independente das provas ou expiações?

Assim, portanto, conforme vossas existências de missões, de provas ou de castigos nas paragens terrenas, cada um de vós, em consonância com as suas boas ou as más obras, progredirá na escala dos seres ou recomeçará, mais cedo ou mais tarde, a sua existência, caso se tenha desviado.  (Erasto, RE, Out/1861) 

4.    Exercícios de respiração lenta e profunda e prece final. 

5.    Avaliação

Encontro com 8 jovens. Fomos até a perg 817. Participaram respondendo quando foram sorteados.

ANEXOS

Apoio doutrinário:

èPerg.803 de O LE:

803. Perante Deus, são iguais todos os homens?

“Sim, todos tendem para o mesmo fim e Deus fez suas leis para todos. Dizeis frequentemente: ‘O Sol luz para todos’ e enunciais assim uma verdade maior e mais geral do que pensais.”

Todos os homens estão submetidos às mesmas leis da Natureza. Todos nascem igualmente fracos, acham-se sujeitos às mesmas dores e o corpo do rico se destrói como o do pobre. Deus a nenhum homem concedeu superioridade natural, nem pelo nascimento, nem pela morte: todos, aos seus olhos, são iguais.        

Comentário de Kardec à perg. 805 de O LE:

Assim, a diversidade das aptidões entre os homens não deriva da natureza íntima da sua criação, mas do grau de aperfeiçoamento a que tenham chegado os Espíritos encarnados neles. Deus, portanto, não criou faculdades desiguais; permitiu, porém, que os Espíritos em graus diversos de desenvolvimento estivessem em contato, para que os mais adiantados pudessem auxiliar o progresso dos mais atrasados e também para que os homens, necessitando uns dos outros, compreendessem a lei de caridade que os deve unir.

 

Revista espírita — Jornal de estudos psicológicos — 1861 > Outubro > Epístola de Erasto aos Espíritas Lioneses

Acabo de pronunciar a palavra igualitária. Julgo útil nela deter-me um pouco, porque não vimos pregar, em vosso meio, utopias impraticáveis, pois, ao contrário, repelimos energicamente tudo quanto pareça ligar-se às prescrições de um comunismo antissocial. Antes de tudo, somos essencialmente propagandistas da liberdade individual, indispensável ao desenvolvimento dos encarnados. Consequentemente, somos inimigos declarados de tudo quanto se aproxime dessas legislações conventuais, que aniquilam brutalmente os indivíduos. Embora me dirija a um auditório em parte composto de artífices e proletários, sei que suas consciências, esclarecidas pelas radiações da verdade espírita, já repeliram todo contato com as teorias antissociais dadas com apoio da palavra igualdade. Seja como for, creio dever restituir a ela sua significação cristã, conforme aquele que, dizendo: “Dai a César o que de César”, a explicou. Então, espíritas! A igualdade proclamada pelo Cristo, e que nós mesmos professamos nos vossos grupos amados, é a igualdade ante a justiça de Deus, isto é, nosso direito, conforme nosso dever cumprido, de subir na hierarquia dos Espíritos e um dia atingir os mundos adiantados, onde reina a perfeita felicidade. Para isto não são levados em conta nem o nascimento, nem a fortuna. O pobre e o fraco a alcançam, bem como o rico e o poderoso, porque uns não levam materialmente mais que os outros, e como lá ninguém compra seu lugar e seu perdão com dinheiro, os direitos são iguais para todos. Igualdade diante de Deus, eis a verdadeira igualdade. Não vos será perguntado o que possuístes, mas o uso que fizestes do que possuístes. Ora, quanto mais houverdes possuído, mais demoradas e mais difíceis serão as contas que tereis de prestar da vossa gestão. Assim, portanto, conforme vossas existências de missões, de provas ou de castigos nas paragens terrenas, cada um de vós, em consonância com as suas boas ou as más obras, progredirá na escala dos seres ou recomeçará, mais cedo ou mais tarde, a sua existência, caso se tenha desviado. Em consequência, repito, proclamando o dogma sagrado da igualdade, não vimos ensinar que aqui em baixo deveis ser todos iguais em riqueza, saber e felicidade, mas que chegareis todos, à vossa hora e conforme os vossos méritos, à felicidade dos eleitos, partilha das almas de escol que cumpriram os seus deveres. Meus caros espíritas, eis a igualdade a que tendes direito, a que vos conduzirá o Espiritismo emancipador, a que vos convido com todas as forças. Para atingi-la, que deveis fazer? Obedecer a estas duas palavras sublimes: amor e caridade, que resumem admiravelmente a lei e os profetas. Amor e caridade! Ah! Aquele que, segundo a sua consciência, cumprir as prescrições desta máxima divina, estará certo de subir rapidamente os degraus da escada de Jacob e de logo atingir as esferas elevadas, de onde poderá adorar, contemplar e compreender a majestade do Eterno.

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