Casa Espírita Missionários da Luz Mocidade: > 13 anos – 02/07/2021
Estudo Virtual Google Meet
Tema: Laços Afetivos
Objetivos:
·
Refletir
sobre a responsabilidade que temos nos relacionamentos afetivos;
·
Perceber
os compromissos afetivos no namoro, noivado, casamento.
Bibliografia:
l
O
Livro dos Espíritos, 60, 291, 695. e 696 (Lei de Reprodução);
l
Vida e Sexo, Emmanuel/Chico Xavier, “Namoro”,
“Energia Sexual”, “Compromisso Afetivo”;
l Adolescência e Vida –
Joanna de Ângelis/Divaldo Franco,Cap.2, 8 e 22;
l
Encontro
com a Paz e a Saúde, Joanna de Ângelis, Cap 5
l Diretrizes da Educação
– Camilo/Raul Teixeira,Perg. 21, 29 (Interdependência Psíquica, Namoro)
Material: Formulário no Google para respostas dos jovens
https://forms.gle/R9QwfdwJxfw3wEZw5
Desenvolvimento:
- Hora da novidade, exercícios de
respiração profunda e Prece Inicial
- Motivação:
Fazer
formulário no Google para que os jovens possam se colocar a respeito do tema.
Na
sua opinião, como deve começar um relacionamento entre duas pessoas
Título
do formulário: Laços Afetivos
a)
- O que é um laço afetivo?
b)
- Qual a primeira etapa na construção de um laço afetivo?
i.
Namoro ii. Ficar iii. Rolo iv. Noivado v.
Casamento
c)
- Laços afetivos trazem compromissos? (
) SIM
( ) NÃO
d)
– Se você respondeu SIM na pergunta acima, cite 3 compromissos de quem está num
laço afetivo com outra pessoa?
e)
Na sua opinião, qual a função do namoro?
f)
O namoro deve ter relações sexuais? ( )
SIM ( ) NÃO
( ) DEPENDE
g)
Se você respondeu DEPENDE na pergunta acima, depende de quê?______________
h)
Na sua opinião, qual a função do noivado?
j) Na sua opinião, qual a
função do casamento?
k) Você pensa em se casar? ( )
SIM ( ) NÃO
3. Discussão dialogada
Depois
que os jovens responderem às questões do formulário, compartilhar a tela das
respostas, desenvolvendo as discussões com base nas respostas dadas, conduzindo
as reflexões de acordo com as orientações da DE.
4. Exercícios de respiração lenta e profunda, e prece final.
5. Avaliação
Tema estudado em 3 semanas: 02, 09 e 16/07, sendo que no último dia teve maior participação dos jovens. Salvei as respostas num apresentação PowerPoint e fomos discutindo cada ponto.
ANEXOS
Emmanuel, Vida e Sexo,
Cap. 6 ‘Compromisso Afetivo’
“Toda
vez que determinada pessoa convide outra à comunhão sexual ou aceita de alguém
um apelo neste sentido, em bases de afinidade e confiança, estabelece-se entre ambas um circuito de forças, pelo qual a dupla se alimenta psiquicamente de energias
espirituais, em regime de reciprocidade.
Quando
um dos parceiros foge ao compromisso assumido, sem razão
justa, lesa o outro na sustentação do equilíbrio emotivo, seja
qual for o campo de circunstâncias em que esse compromisso venha a ser
efetuado. Criada a ruptura no sistema de permuta das cargas magnéticas de
manutenção, de alma para alma, o parceiro prejudicado, se não dispõe de
conhecimentos superiores na auto-defensiva, entra em pânico, sem que se lhe
possa prever o descontrole que, muitas vezes, raia na delinqüência. Tais
resultados da imprudência e da invigilância repercutem no agressor, que
partilhará das consequências desencadeadas por ele próprio, debitando-se-lhe ao
caminho a sementeira partilhada de conflitos e frustrações que carreará para o
futuro.”
Encontro
com a Paz e a Saúde, Joanna de Ângelis, Cap 5
“Confundindo, muitas vezes, as sensações com as emoções,
deixa-se arrastar pelos impulsos dos desejos infrenes, estabelecendo
compromissos graves mediante relações apressadas que se transformam em
desastres comportamentais.”
“Se, nessa fase inicial da puberdade, ou
logo após os relacionamentos se agravam, transformando-se em convivência
sexual, por certo o amadurecimento das emoções demonstrará o erro da escolha, a
dor interna do desencanto, a angústia que decorre da eleição feita por
precipitação, o transtorno da depressão...”
“Desportos e estudos, disciplinas sem
rigidez e com amizade, relacionamentos afetivos e convivência saudável podem
contribuir valiosamente para facilitar o trânsito no período juvenil, sem
traumas nem compromissos precipitados de efeitos danosos.”
Diretrizes da Educação – Camilo/Raul Teixeira
Perg. 29: Qual a função dos
períodos de namoro, noivado e casamento?
Encarando
esses períodos como exigências sociais,
que obedecem à necessidade que os
indivíduos apresentam de estabelecerem um contato mínimo, antes do
matrimônio propriamente dito. Vemo-las como propiciadores desses contatos, desses entrosamentos,
partindo do conhecimento mais periférico, que envolve modos, beleza plástica,
falas, etc., passando por um estágio em que já se vivencia uma intimidade maior no campo das ideias, da firmeza e fragilidade da outra
pessoa, filosofia de vida, temperamento, ocasião em que se deverão pôr as
cartas na mesa, no sentido de se definirem posturas para o
casamento, condutas perante a questão profissional da mulher, quanto ao
trabalho fora de casa, à criação dos filhos, ao ajustamento religioso dos
filhos em razão de possíveis diferenças do casal, etc.
O
casamento, contudo,
é que vai coroando esse conhecimento, ao longo do tempo, impondo muitas vezes
mudanças de opiniões, de ideias ou de condutas que se tinha com relação à outra
parte, amadurecendo o bem-querer ou confirmando os desencontros.
Daí,
então, vemos o casamento como o crisol onde vão-se burilando os seres que se
dispuseram servir à Grande Vida, por meio de sua sinceridade e abnegação nos
passos da vida, crescendo, pouco a pouco, para o cumprimento dos seus
relevantes misteres na Terra. (Diretrizes da Educação – Camilo/Raul Teixeira)
Perg.21: Por que temos de buscar alguém que nos complemente o
psiquismo? E a nossa individualidade?
A
Divindade estabeleceu para a vida na Terra o regime da interdependência. Para que o egoísmo não alcance níveis mais alarmantes, quis o Criador que,
embora individuais, inteiros, tivéssemos
necessidade da relação uns com os outros.
Em
termos orgânicos, quando encarnados, temos necessidade do alimento material.
Para isso estão ao dispor de cada ser humano os alimentos dos reinos vegetal,
mineral e animal, para reabastecer o edifício somático.
Entanto,
os indivíduos carecem de outras energias, a energia que nos chega dos astros,
da natureza em torno, principalmente de outras almas. Não é à toa que somos
animais sociais – como afirmou Platão – pois sentimos falta do contato dos
outros, dos fluidos dos demais irmãos, como se fossem combustível para a vida.
Aliás, é a ausência dos fluidos de outra
pessoa em nós que nos impõe um sentimento que chamamos saudade. Sentimos a
presença ou a ausência dos fluidos característicos tanto de pessoas quanto de
lugares. Saudade, então, representa um processo de “desnutrição” psíquica que pode fazer adoecer, psicológica e
fisicamente, ou mesmo matar biologicamente. Morre-se de saudade como se morre de
inanição no mundo. (...)
Daí,
as pessoas amadas, sejam amigas, sejam esposos, filhos, pais, irmãos,
deixam-nos carentes dos seus fluidos quando estão longe de nós, fisicamente.
Passamos a sentir esvaecimento, surge a necessidade de complementação. O
recebimento de uma carta, uma chamada telefônica, um encontro, mesmo que
rápido, apaziguam a angustiosa sensação. Então, verificamos que há uma relação
biopsíquica entre as pessoas vinculadas por afetividade.
Adolescência e Vida – Joanna de Ângelis/Divaldo
Franco
Cap. 8 – O Adolescente e o Namoro
O namoro
é uma necessidade psicológica, parte importante do desenvolvimento da personalidade e da aprendizagem afetiva dos
jovens, porqüanto, na amizade pura e simples são identificados valores e
descobertos interesses mais profundos, que irão cimentar a segurança
psicológica quando no enfrentamento das responsabilidades futuras.
Trata-se de um período de aproximação
pessoal, de intercâmbio emocional através de diálogos ricos de idealismos, de
promessas — que nem sempre se cumprem, mas que fazem parte do jogo afetivo — e
sonhos, quando a beleza juvenil se inspira e produz. (...)
Assim, o namoro preenche a lacuna
da imaturidade e propicia renovação psicológica e conforto físico, sem ardência
de paixão, nem frustração amorosa antes do tempo.
Quando o namoro derrapa em
relacionamento do sexo, por curiosidade e precipitação, sem a necessária
maturidade psicológica nem a conveniente preparação emocional, produz
frustração, assinalando o ato com futuras coarctações, que passam a criar
conflitos e produzir fugas, gerando no mundo mental dos parceiros receios
injustificáveis ou ressentimentos prejudiciais.
Cap. 2 – O Adolescente e a sua Sexualidade
O sexo
orientado repousa e se estimula na aura do amor, que lhe deve constituir o guia
seguro para eqüacionar todos os problemas que surgem e preservá-lo dos abusos
que alucinam.
Sexo sem amor é agressão brutal na
busca do prazer de efêmera duração e de resultado desastroso, por não
satisfazer nem acalmar.
Quanto
mais seja usado em mecanismo de desesperação ou fuga, menos tranqüilidade
proporciona.
Tendo-se
em vista a permuta de hormônios e o fenômeno biológico procriativo, o sexo deve
receber orientação digna e natural, sem exagero de qualquer natureza ou
limitação absurda, igualmente desastrosa.
A
força, não canalizada, deixada em desequilíbrio, danifica e destrói, seja ela
qual for.
Cap. 22 – O Adolescente e os transtornos
sexuais
Diante
de qualquer distúrbio sexual ou mesmo da harmônica polaridade, antes de o
adolescente ou mesmo o adulto se permitirem o uso, a ação promíscua ou abusiva,
pergunte-se ao amor que fazer e como realizá-lo, e o amor responderá: — Não
faça a outrem o que não gostaria que ele lhe fizesse, nem tampouco se faça a si mesmo, fruindo hoje um prazer fugaz, que
resulta em um largo despertar entre danos prolongados.
Vida
e Sexo, Emmanuel/Chico Xavier, Cap. 3. ‘Namoro’
Pergunta - Além da simpatia geral, oriunda da
semelhança que entre eles exista, votam-se os Espíritos recíprocas afeições
particulares?
Resposta - Do mesmo modo que os homens, sendo,
porém, que mais forte é o laço que prende os Espíritos uns aos outros, quando
carentes de corpo material, porque então esse laço não se acha exposto às
vicissitudes das paixões. Item no. 291, de "O Livro dos Espíritos". A
integração de duas criaturas para a comunhão sexual começa habitualmente pelo período de namoro que se traduz por suave encantamento. Dois seres
descobrem um no outro, de maneira imprevista, motivos e apelos para a entrega recíproca
e daí se desenvolve o processo de atração. O assunto consubstanciaria o
que seria lícito nomear como sendo um "doce mistério" se não faceássemos nele as realidades da
reencarnação e da afinidade.
Inteligências que traçaram entre si a realização de
empresas afetivas ainda no Mundo Espiritual, criaturas que já partilharam experiências no campo sexual em estâncias
passadas, corações que se acumpliciaram
em delinquência passional, noutras eras, ou almas inesperadamente harmonizadas na complementação magnética, diariamente compartilham as emoções de semelhantes encontros,
em todos os lugares da Terra.
Positivada a simpatia
mútua, é chegado o momento do raciocínio.
Acontece, porém, que
diminuta é, ainda, no Planeta, a percentagem de pessoas, em qualquer idade
física, habilitadas a pensar em termos de autoanálise, quando o instinto sexual
se mães derrama do ser.
Estudiosos do mundo,
perquirindo a questão apenas no "lado físico", dirão talvez
tão-somente que a libido entrou em atividade com o seu poderoso domínio e, obviamente,
ninguém discordará, em tese, da afirmativa, atentos que devemos estar à importância
do impulso criativo do sexo, no mundo psíquico, para a garantia e perpetuação
da vida no Planeta. É imperioso anotar,
entretanto, em muitos lances da caminhada evolutiva do Espírito, a influência
exercida pelas inteligências desencarnadas no jogo afetivo. Referimo-nos aos
parceiros das existências passadas, ou, mais claramente, aos Espíritos que se
corporificarão no futuro lar, cuja atuação, em muitos casos, pesa no ânimo dos
namorados, inclinando afeições pacificamente raciocinadas para casamentos
súbitos ou compromissos na paternidade e na maternidade, namorados esses que
então se matriculam na escola de laboriosas responsabilidades. Isso porque a doação
de si mesmos à comunhão sexual, em regime de prazer sem ponderação, não os exonera dos vínculos cármicos para com os
seres que trazem à luz do mundo, em cuja floração, aliás, se é verdade que
recolherão trabalho e sacrifício, obterão também valiosa colheita de
experiência e ensinamento para o futuro, se compreenderem que a vida paga em
amor todos aqueles que lhe recebem com amor as justas exigências para a execução
dos seus objetivos essenciais.
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