domingo, 23 de maio de 2021

Persona - As aparências enganam

 Casa Espírita Missionários da Luz – Mocidade > 14 anos – 21/05/2021

 

Tema: Persona - As aparências enganam                           Estudo Virtual – Google Meet

 

Objetivos:

Refletir sobre os diversos papéis que executamos na vida, relacionando-as com as personas da psicologia analítica;

Identificar o perigo da identificação do Ser com a persona;

Perceber a constante influência dos Espíritos em nosso proceder no cotidiano.

 

Bibliografia:

O Livro dos Espíritos, Perguntas 459 à 461; 919 (Conhece-te a ti mesmo);

O Ser Consciente, Joanna de Ângelis/Divaldo Franco, Cap 2 – Ser e Pessoa (item ‘A Pessoa’, subitem ‘A Personalidade’; item ‘A Individualidade’);

O Homem Integral, Joanna de Ângelis/Divaldo Franco, Cap. 3 ‘A Busca da Realidade’, item ‘Religião e religiosidade’;

Refletindo a Alma, Cap. 6, item ‘Persona’, artigo de Iris Sinoti, Pág 143;

 

Material: vídeo do Amigos da Luz, pedir que tenham em mãos, papel e lápis ou caneta.

 

Desenvolvimento:

1.      Hora da novidade, exercícios de respiração profunda e prece inicial.

 

2.      Motivação Inicial:

https://www.youtube.com/watch?v=11ahmCq8jcE – Amigos da Luz, Eu, Eu Mesma e Eu Espírita - 3:20 minutos

 

3.    Desenvolvimento

 

O que chamou a atenção nesse vídeo? (deixar que falem)

- vemos a personagem principal, e 3 ‘outras’ pessoas atuando junto! Quais são essas ‘outras’ pessoas?

       1ª. A espírita, falando como o espírita de ser;

       2ª. A dona de casa estressada com as inúmeras tarefas domésticas;

       3ª. A baladeira, se ‘divertindo’, bebendo nas noites.

 

O que esse vídeo tenta trazer? è que temos diversas tendências dentro de nós, nem sempre de mesma natureza, atuando em nossos sentimentos e ações, muitas vezes sem que nos demos conta dessas tendências.

- Isso acontece conosco também?   (Sim!)

- Que problemas isso pode nos trazer?  (Não reconhecermos que também somos assim, muitos em um só, e acharmos que somos como a ‘pessoa’ espírita do vídeo!)

 

Quando vemos no LE, a pergunta Perg. 919:

Qual o meio prático mais eficaz que tem o homem de se melhorar nesta vida e de resistir à atração do mal?  “Um sábio da antiguidade vo-lo disse: Conhece-te a ti mesmo.”

ð  Para melhorar na vida, para resistir ao mal, precisamos nos conhecer!!! Conseguir perceber o que fazemos de forma inconsciente, nossas tendências interiores, ocultas, para identificarmos que elas existem em nós, aceita-las e mantermos sob controle essas tendências!

 

Se pensarmos na vida como um palco, podemos dizer que existem papéis que exercemos para os diversos cenários em que atuamos no palco.

            - quem identifica os papéis que podemos exercer numa família, por exemplo?

            è ir anotando conforme forem falando

                        - pai, mãe, filho, filha, irmã, irmão, irmão mais velho, caçula, o do meio, enteado, padrasto, madrasta, etc

 

            E na parentela?  - avô, avó, tio, tia, primo, prima, etc

 

- Eu, por exemplo, atualmente, sou irmã mais velha, mãe, ex-esposa, prima, tia, tia-avó, amiga, coordenadora de grupo de estudos, evangelizadora, conselheira da CEMIL....

 

            Pedir que cada um, diga os papéis que exercem atualmente.

 

ð  São diversos papéis que exercemos em todos esses cenários da vida. E isso faz parte, está ok. Precisamos saber quem somos em cada contexto desses para conduzirmos nossas atitudes.

- Por exemplo: como conselheira da CEMIL, eu tenho que exercer as mesmas posturas que como tia-avó?

                 - Não! Como são contextos diferentes, minhas responsabilidades também são diferentes. Existe uma postura que é esperada de cada pessoa em cada contexto da vida!

Faz sentido?

 

- Mas nós somos esses papéis, ou estamos nesses papéis?

     è qual a diferença?

ð  Quem somos nós, de fato?  (O ser por trás desses papéis!)

 

     Quem consegue perceber uma situação em que a pessoa se confunde com o papel que exerce? Que acha que é o papel?

     - um militar, graduado, que em casa, com a esposa e os filhos acha que é a patente militar que tem no trabalho!

     - um chefe do departamento de neurologia de um hospital, e com os amigos, num churrasco, se acha superior aos demais.

 

Esse tipo de situação causa sofrimento para a pessoa que se confunde com o papel? O que acham?

     - Sim! Porque vive uma ilusão, e como tudo passa e em algum momento (na aposentadoria, na doença, na morte...) vai precisar descobrir quem realmente é!

    

E nas redes sociais? 

Exercemos um papel?  O que vcs acham?

 

4.      Exercício de fixação

Propor um exercício de autoconhecimento que deve ser feito individualmente e em silêncio.

 

- Pedir que cada um pegue papel e caneta, e que respondam as perguntas que serão coladas no chat da sala virtual (dar 20 min para a tarefa).

- Não se preocupem que as respostam são de vocês. Não precisarão compartilhar.

 

1)    O que você acha que seus pais esperam de você? 

2)    O que você acredita que é aprovado ou desaprovado por seus pais, com relação a você?

3)    Como vocês se sentem com relação às expectativas de seus pais?

4)    Qual dos papéis que você exerce ocupa mais tempo em sua vida?

5)    Qual dos papéis que você exerce dá a você, mais alegria e paz?

ð  Quando concluírem, perguntar se foi difícil responder às perguntas.

 

A questão do grupo social é importante, pois podemos estar assumindo, sem perceber, os comportamentos do grupo. É importante sermos aceitos nos grupos, mas precisamos estar despertos para diferenciar EU mesmo do Eu no grupo!

 

Se o papel que te traz mais alegria é o que te consome menos tempo, é preciso parar e pensar a respeito, né?

 

Reforçar:

- O melhor da persona é poder saber quem se é por trás dela.

- E encontrar um lugar no mundo para esta pessoa...

 

 

5.      Exercícios de respiração profunda e prece final.

6.      Avaliação

Encontro com 10 jovens com boa participação. O vídeo foi bem discutido, as reflexões, e o exercício individual.

 

ANEXOS

 

Teorização sobre conceito de Persona

 Na psicologia existe o conceito de Persona, que representa os diversos papéis que representamos durante a vida: filho, irmão, amigo, primo, neto, aluno, namorado, e outros tantos que passamos a ter qdo entramos na vida adulta: mãe, pai, cônjuge, profissional, patrão, empregado, etc.

 

“A persona refere-se ao que é esperado socialmente de uma pessoa e como ela acredita que deve parecer. É como um acordo entre o indivíduo e a sociedade.”

(Refletindo a Alma, Cap. 6, item ‘Persona’, artigo de Iris Sinoti, Pág 143)

 

 

Personalidade (O Ser Consciente, Cap 2, item ‘A Personalidade’)

“Em permanente representação dos conteúdos mentais, e dominada pela imposição das leis e costumes de cada época e cultura, a personalidade representa a aparência para ser conhecida, não raro, em distonia com o eu profundo e real, gerador de conflitos. ”

“A personalidade é transitória e assinala etapas reencarnacionistas, definidoras de experiências  nos sexos, na cultura, na inteligência, na arte e no relacionamento interpessoal. ”

 

Personalidade é um conceito em oposição à INDIVIDUALIDADE, que é “o somatório de todas as experiências, o ser pleno e potente, que alcançou a autorrealização”.

“Imperecível, a individualidade é o espírito em si mesmo, que reúne as demais dimensões e sabe conscientemente o que fazer, quando fazê-lo e como realizá-lo, para ser a pessoa integral, ideal.” (Joanna de Ângelis – O Ser Consciente, Cap 2, item ‘A Individualidade’,  )

 

 

Persona

“No caleidoscópio do comportamento humano há, quase sempre, uma grande preocupação por mais parecer do que ser, dando origem aos homens-espelhos, aqueles que, não tendo identidade própria, refletem os modismos, as imposições, as opiniões alheias. Eles se tornam o que agrada às pessoas com quem convivem, o ambiente que no seu comportamento neurótico se instala.” (Joanna de Ângelis, O Homem Integral, Cap. 3 ‘A Busca da Realidade’, item ‘Religião e religiosidade’)

 

“O ego não escolhe deliberadamente identificar-se com uma determinada persona.

As pessoas encontram-se em ambientes onde têm de sobreviver e a maioria esforça-se ao máximo por seguir adiante.

A ordem de nascimento é um fator importante, assim como o sexo.”

(Stein - O Mapa da Alma, Cap. 5, item “O Desenvolvimento da Persona”, p. 108)

 

“Adaptamo-nos ao que percebemos que as outras pessoas são e ao que querem.

 Isso pode ser consideravelmente diferente de como as outras nos veem ou se veem a si mesmas. (...)

É por isso que os primeiros tempos da infância exercem um tão profundo efeito em personas adultas. ”    (Stein - O Mapa da Alma, Cap. 5, item ”O Desenvolvimento da Persona”, p. 110)

 

 

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