Casa Espírita
Missionários da Luz
Diretoria de Infância
e Juventude
Mocidade: > 13 anos 23/08/2019
Tema: Liberdade e Responsabilidade
Objetivo:
Refletir sobre o conceito de liberdade e a
responsabilidade que lhe é associada;
Refletir: sou livre em meus atos?;
Consigo diferenciar meus pensamentos dos do
grupo social e da mídia?
Bibliografia:
O Livro dos Espíritos: Pergs. 122,
127, 262 à 273, 843 à 867, 872;
Evangelho
Seg.Espiritismo, Cap.V – BEM-AVENTURADOS OS
AFLITOS, itens 6 à 8;
A
Gênese, Cap. III, itens 9 e 10 - 'Origem do Bem e do Mal';
Mateus,16:27 - a cada um será dado segundo as suas obras;
Paulo. (II Timóteo, 2:22) “Foge também aos desejos da mocidade; e
segue a justiça, a fé, o amor e a paz com os que, de coração puro, invocam o
Senhor”.;
Paulo. 1 Coríntios, 6.12 ‘Todas as coisas me são
lícitas, mas nem todas convêm’;
Paulo e Estêvão, Emmanuel/Chico Xavier, 2ªparte,
Cap.4 'Primeiros labores apostólicos' (Paulo conhece Timóteo);
Caminho, Verdade
e Vida, Emmanuel/Chico Xavier, Cap 151 ‘Mocidade’;
http://www.caminhosluz.com.br/detalhe.asp?txt=1777 – artigo de Hermínio Miranda, sobre o Bispo Pike;
http://www.caminhosluz.com.br/detalhe.asp?txt=1777 – artigo de Hermínio Miranda, sobre o Bispo Pike;
https://www.youtube.com/watch?v=ARcht4mrHkY&t=3234s – palestra de Divaldo Franco sobre o Bispo Pike.
Divaldo relata o trágico
episódio que culminou no suicídio do filho do Bispo James Pike, da Igreja
Anglicana da cidade de São Francisco-Califórnia, nos Estados Unidos. A
emocionante história deste Bispo, que deixou para todos o exemplo de dignidade
e amor, nos induz a pensar: Qual razão leva um jovem a extinguir sua própria
vida? Apresenta ainda, com abrangência de detalhes, valiosas informações sobre
a imortalidade da alma, comunicação com os Espíritos, mediunidade, toxicomania
e suicídio.
https://www.youtube.com/watch?v=C7rsFe_g0qk - As escolhas da Vida - Haroldo Dutra Dias – conversa com a
juventude no Rio (Mar2017).
Haroldo fala de
sua infância e juventude e como conheceu a DE.
Material: prancheta, papel pautado, lápis para todos;
borrachas.
Desenvolvimento:
1.
Hora
da novidade e prece Inicial
2.
Motivação
ao tema: Falar à turma que o tema da noite é Liberdade e Responsabilidade.
Iniciar contando a história do Bispo Pike e
seu filho Tim (versão contada na palestra do Divaldo).
Um Bispo da Califórnia, James A. Pike, tinha
um filho, Tim, que aos 15 anos foi participar de um acampamento com a escola.
- algum problema em deixar o filho de
15 anos ir num acampamento com a escola? (deixar que respondam. Provavelmente
dirão que não há problema.)
-
mas e se o filho for um jovem que cria problemas, que se mete em confusão, que
não é responsável? O pai deveria deixar
ou não? Se o filho fosse e causasse problemas, de quem seria a responsabilidade
legal? == > do pai!
Mas não era o caso. Tim era um jovem
exemplar, estudioso, responsável. Então, merecia a liberdade de ação no passeio
com a escola.
No dia seguinte, o
Bispo recebeu uma ligação da organização do acampamento, pedindo que ele fosse
lá, urgente, pegar o filho. Chegando lá, recebeu a notícia de que Tim estava
envolvido com drogas e que o Bispo deveria levá-lo de volta pois a escola não
poderia mantê-lo no acampamento devido a esse problema.
O Bispo ficou
aturdido. Como pode o filho estar envolvido com drogas? Porque motivo teria se
envolvido com drogas? Ele como bispo, aconselhava tantas pessoas, pais, filhos,
e agora o próprio filho estava nessa situação.
No carro, na volta,
perguntou ao filho o porquê dele ter se envolvido com drogas. Tim respondeu que
não estava envolvido com drogas! _ Foi apenas maconha! Todos na escola fumavam
maconha e ele, para mostrar que também tinha capacidade, começou a fumar
também! Só isso!!! Não era um viciado em drogas!
Vocês acreditam no que Tim disse ao
pai? O pai deveria manter vigilância sobre o filho e reduzir o nível de liberdade
de ação do filho?
Pois o Bispo acreditou. Afinal, Tim sempre
foi um bom filho...
Alguns meses depois,
Tim pediu ajuda ao pai. Estava envolvido com drogas e já estava quase na fase
de roubar coisas para pagar as dívidas que tinha com o traficante local. Não
sabia o que fazer.
O Bispo pediu uma
licença à Igreja onde trabalhava e viajou com o filho para a Inglaterra para
afastá-lo de São Francisco, do vício, e para um tratamento de desintoxicação.
Quando acabou o
tratamento, Tim não quis voltar com o pai para São Francisco. Tinha medo de ser
procurado pelos traficantes que já o conheciam. Queria ir para Nova York
estudar. Naquela época, as comunicações eram bem limitadas. As ligações telefônicas
para outras cidades eram difíceis, caras. Eles não conseguiriam se falar com
frequência.
O que vocês fariam? Deixariam Tim ir
morar sozinho em Nova York? Afinal, ele já tinha mais de 18 anos.
O Bispo deixou. Falava com o filho uma vez na
semana.
Certo dia, estava
trabalhando em sua Igreja quando recebeu um telegrama dizendo que o filho havia
de suicidado, num hotel em Nova York. Foi um choque! Como pode um rapaz cheio
de vida, esperanças, tudo para ter uma vida feliz, cometer suicídio? O Bispo
começou a pensar sobre a vida depois da morte: onde estaria o filho? Certamente
não teria ido para o céu! Mas iria pro inferno por um momento de fraqueza?
“Certamente toda a
estrutura do pensamento religioso que constituía objeto de sua vida e de sua
pregação, é baseada na crença de que nós sobrevivemos à morte do corpo, mas
crença não é evidência, e, para um espírito lúcido e habituado ao trato das ideias,
não basta a crença quando o homem confronta com o problema da morte.”
Esta história está
relatada no livro intitulado "The Other Side" ("O Outro
Lado"), publicado em 1968 nos Estados Unidos. Relata as experiências do
Bispo, a partir da comunicação mediúnica do filho morto, porém vivo, que fez o
Bispo a percorrer todo um caminho de estudos e pesquisas com relação à
sobrevivência do Espírito após a morte do corpo. Tim dissera através de uma
médium inglesa, que não se suicidara. Tomou comprimidos para dormir, por
automatismo, por não conseguir raciocinar devido ao uso frequente de drogas; só
queria dormir um pouco.
Anotar no quadro:
TIM
|
Pai era bispo de Igreja Metodista,
conceituado. Família estruturada.
15 anos – começou a fumar maconha na escola
19 anos – dependente de drogas
19 anos – morte por ingestão de excesso de
pílulas para dormir.
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Contar,
então, a história de Haroldo Dutra Dias:
Na década de 70, uma
jovem podre, de 20 anos, do norte de Minas Gerais, foi para BH para trabalhar
como doméstica numa casa de família tradicional de classe média.
Analfabeta. Sonhava
em poder estudar, ter uma família, ser psicóloga... Ninguém quer errar! Todos
querem ser felizes! Mas às vezes são desajeitadas.
A família que a
empregou tinha 3 filhos. O mais jovem, de 18 anos, se interessou pela moça. Se
relacionaram, e a moça ficou grávida. Foi um constrangimento na família. Mas
era uma família generosa. Mandaram o rapaz para outro lugar (afastando-o da
empregada doméstica), mas ela continuou a trabalhar para a família. A situação
ficou insustentável, e ela voltou para sua cidade natal, no norte de Minas,
onde teve o filho. Muita pobreza, passavam fome. Então ela voltou para BH. E até
os 10 anos de idade, esse menino passou por 8 famílias, até que foi morar com a
mãe.
Esse menino era
Haroldo Dutra Dias.
Com 15 anos de idade,
um vizinho deu a Haroldo, um livro: Nosso Lar. Esse vizinho foi instrumento
para direcionar o destino do jovem Haroldo. A leitura desse livro despertou um
dom no jovem. Um ano depois, trabalhando como office boy, um amigo o convidou a
um CE, com dificuldade pois nem tinha dinheiro para o ônibus. O amigo cedeu 2
VTs para Haroldo poder ir. GE Emmanuel. Quem Honório Abreu explanou uma
passagem do Evangelho num quadro de giz, à luz da DE. O tempo parou para
Haroldo de tão extasiado que ficou ao ouvir. Outro instrumento de Deus,
despertando em Haroldo o dom que seria seu destino. Soube que Honório tinha
outra reunião sobre Evolução Espiritual. Foi no outro dia também, sábado de
manhã. Ficou tão extasiado que sentiu que precisava gravar. Com gravador de
fita cassete (só tinha uma fita). Gravava, transcrevia em casa, e usava a mesma
fita para gravar o próximo estudo. E assim foi. Honório percebeu e foi
acompanhando esse rapaz que não faltava. Um dia, Haroldo pediu a ele que o
ensinasse a estudar o Evangelho. Ele marcou uma hora num dia que não tinha
ninguém no CE. Ficaram 3 horas lá, onde ele mostrou ao Haroldo como estudar o
Evangelho. Despertou o dom. ‘Impôs’ as mãos no destino daquele jovem.
E hoje temos o
palestrante e autor de livros sobre o Evangelho, que todos conhecemos.
Acrescentar no quadro:
TIM
|
Pai era bispo de Igreja Metodista,
conceituado. Família estruturada.
15 anos – começou a fumar maconha na escola
19 anos – dependente de drogas
19 anos – morte por ingestão de excesso de
pílulas para dormir.
|
Haroldo
|
Mãe solteira, pobre; na infância Haroldo
passou por 8 famílias.
15 anos – recebe o livro Nosso Lar de um vizinho; 16 anos – começa a frequentar uma juventude espírita;
Juventude com carência de recursos, trabalhando
como Office boy; Opção pelos estudos (noites e fins de semana) para poder
entrar na faculdade.
Hoje, aos 46 anos, é juiz, orador e autor espírita de projeção nacional. |
3.
Desenvolvimento:
minhas escolhas – livre arbítrio
Duas vidas, dois jovens, diferentes escolhas.
Infelizmente, o que aconteceu com Tim e sua
família, ainda é muito comum e acontece em diversas famílias.
Precisamos estar atentos para não estragarmos o
planejamento de nossa encarnação. Às vezes, 5, 10 minutos são suficientes para estragar todo um
planejamento.
É claro que quando isso acontece, novos planos são
tratados, em regime de urgência, para que a encarnação não se complique mais.
Como fazer para
ter escolhas corretas?
No LE Perg. 262, os Espíritos respondem a Kardec sobre a
questão do livre arbítrio:
“Deus lhe supre a
inexperiência, traçando-lhe o caminho que deve seguir, como fazeis com a
criancinha. Deixa-o, porém, pouco a pouco, à medida que o seu livre-arbítrio
se desenvolve, senhor de proceder à escolha e só então é que muitas vezes
lhe acontece extraviar-se, tomando o mau caminho, por desatender os conselhos
dos bons Espíritos. A isso é que se pode chamar a queda do homem.”
- no caso das crianças e jovens, os pais fazem o
mesmo: orientam e decidem pelos filhos.
-
quanto maior a inteligência, maior a liberdade, maior a responsabilidade.
(Perg.849)
-
conforme aumenta a liberdade, nossas escolhas precisam ser mais conscientes!
No
vídeo de uma conversa de Haroldo Dutra Dias com os jovens do Rio, ele deu uma
dica: responder a 2 perguntas antes de qq decisão (regra áurea):
- Se fosse comigo?
- Se todos fizessem, como seria?
Ex bem simples pra gente entender: jogar papel de
bala no chão. Eu jogar é só 1 papel. Mas se todos da escola jogarem, como
ficaria o pátio da escola?
Haroldo reforça que o problema de nossa visão ainda
egoísta, é que é tudo sempre relativo quando se refere aos outros, mas absoluto
quando é para mim! Nesse caso é ‘pode’ ou não pode’! Certo ou errado!. Já para
os outros é .’depende’...
Temos que pensar muito antes de responder SIM. O
mesmo antes de responder NÂO.
Outra coisa
que Haroldo fala: nunca se esquecer da sua realidade espiritual! Estar desperto
para isso nos auxilia nas escolhas; no uso de nosso livre arbítrio.
Paulo de
Tarso, em suas viagens, conheceu o jovem Timóteo, a quem destinou 2 de suas
cartas apostólicas. Segundo
Emmanuel, em Paulo e Estêvão, 2ªparte, Cap.4 'Primeiros labores apostólicos', Timóteo tinha pouco mais de 13
anos, quando conheceu Paulo e se tornou cristão.
Ele se tornou um dos divulgadores da
Boa Nova!!! E era um adolescente!
Novo Testamento – Timóteo – Atos dos
Apóstolos
I Timóteo, Cap. 4:12-16
Ninguém
despreze a tua mocidade, mas sê um exemplo para os fiéis na palavra, no
procedimento, no amor, na fé, na pureza. Até que eu vá, aplica-te à leitura, à
exortação, e ao ensino.
Não negligencies o dom que há em ti, o
qual te foi dado por profecia, com a imposição das mãos do presbítero.
Ocupa-te destas coisas, dedica-te
inteiramente a elas, para que o teu progresso seja manifesto a todos.
Tem cuidado de ti mesmo e do teu
ensino; persevera nestas
coisas; porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que
te ouvem.
- Paulo orienta
Timóteo para que ele permanecesse fiel ao ‘dom’ que recebeu na encarnação e não
se perdesse com escolhas equivocadas no caminho!
II Timóteo, Cap.1:6-8
Por esta razão te lembro que despertes
o dom de Deus, que há em ti pela imposição das minhas mãos.
Porque Deus não nos deu o espírito de
covardia, mas de poder, de amor e de moderação.
Portanto
não te envergonhes do testemunho de nosso Senhor, nem de mim, que sou prisioneiro seu;
antes participa comigo dos sofrimentos do evangelho segundo o poder de Deus.
- as dores, os
problemas, os sofrimentos, não são motivo de vergonha!!! Nem para deixar de
seguir o correto, de lutar pelo que é certo, se envolver nas ações da
Vida! Haroldo não tinha dinheiro para o
vale transporte!!!
Vergonha é se perder
no caminho das ilusões!
II Timóteo, Cap.1:15-16
Procura apresentar-te diante de Deus
aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a
palavra da verdade. Mas evita
as conversas vãs e profanas; porque os que delas usam passarão a
impiedade ainda maior
II Timóteo, Cap.1:22
Foge
também das paixões da mocidade, e segue a justiça, a fé, o amor, a paz com os que, de
coração puro, invocam o Senhor.
- não é para viver como um padre adulto, sério; mas
também não é para se perder nos convites que aparecem na juventude, esquecendo
que o jovem é um Espírito reencarnado!!
Quais são
esses convites que são desvios? No caso de Tim, foi o convite
para a maconha. Temos outros convites: bebida, cigarro, fazer bullyng, não
assumir suas responsabilidades diárias da escola, da família, vícios em jogos
eletrônicos, e tantos outros.
Vocês
acham que conseguem diferenciar seus pensamentos dos do grupo social e da
mídia?
Coisas que vocês
‘gostam’ ou ‘querem’, será que realmente gostam e querem ou estão somente sendo
levados pelo meio em que vivem?
- nós todos somos
levados pelo grupo social! Essa é uma das habilidades do setor de propaganda e
marketing: levar os clientes a sentirem a necessidade de adquirir seus
produtos.
- por isso, é
necessário ponderar, refletir, ter domínio real de si, de seus valores, para
ter maiores condições de discernir entre as diversas opções que a todo momento
nos são oferecidas.
Tudo o que fazemos gera uma consequência. Sempre.
Se a ação foi boa, boa será a consequência.
Se foi equivocada, haverá prejuízos para o autor da
ação e muitas vezes, também para outras pessoas que também podem ser
prejudicadas pela ação tomada por outro.
É a lei do mar: o que vc joga no mar, a onda traz
de volta para vc!
4.
Fixação
do Conteúdo
Entregar
a cada um, uma prancheta com uma folha pautada e uma caneta.
Pedir
que pensem em seus pais. Eles também tiveram 15, 16 anos! Tiveram sonhos,
fizeram planos! Fizeram muitas escolhas na vida! Como passaram pela juventude?
Que desafios enfrentaram?
Escrevam
o que sabem da juventude deles. É importante olhar o passado para entender o presente
e aprender com as experiências dos que nos antecederam!
O exercício é um olhar de reconhecimento, de
amor e não de julgamento! Eles deram a vocês algo que não tem preço: a vida! E por isso precisamos ser eternamente
gratos!
Dar 10
minutos para a reflexão e encerrar o encontro! Cada qual deve levar sua folha
consigo.
5.
Exercícios
de respiração profunda, prece final e passes
6.
Avaliação:
Aula
para 7 jovens com participação e interesse.
Comentaram bastante. Foi desenvolvida com roda de conversa. Não li os textos;
apenas citados na conversa. Reforcei bastante a questão de nunca esquecerem a
realidade espiritual, que somos Espíritos em experiências reencarnatórias.
A
atividade de fixação não deu tempo de fazer escrita. Mas chegaram a refletir
sobre as vidas e escolhas dos pais.
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