Casa Espírita
Missionários da Luz
Diretoria de Infância
e Juventude
Mocidade: > 14 anos 21/07/2017
Tema: O Medo
Objetivo:
- Entender o medo
como uma das emoções básicas do ser;
- Perceber os
medos reais e os medos criados por nossas imperfeições;
- Refletir sobre
os efeitos negativos e destrutivos do medo exagerado;
- Refletir sobre o
medo da morte.
Bibliografia:
O Livro dos Espíritos,
Allan Kardec, pergs
702 e 703 (Instinto de Conservação), 941, 907 e 908 (Paixões), 961;
O
Céu e o Inferno, 1ª parte, cap 2, ‘Do temor da Morte’;
A
Gênese, Cap. XVIII, item 5;
Cultivo
das Emoções, Marlon Reikdal, cap. 4 ‘O Medo’;
Diretrizes
para o Êxito, Joanna de Ângelis/Divaldo Franco, Cap. 8 ‘Sentimentos
Tumultuados’;
Despertar
do Espírito, Joanna de Ângelis/Divaldo Franco, Cap. 6 ‘Medo e Autoconfiança’;
Conflitos
Existenciais, Joanna de Ângelis/Divaldo Franco, Cap. 4 ‘Medo’.
Material: trailler do filme Divertida Mente, baixado
do Youtube, imagens da planta Coroa de Cristo; folha e caneta para todos
Desenvolvimento:
1.
Hora
da novidade e prece Inicial
2.
Motivação
ao tema:
Ler
a página do Momento Espírita: Reféns do Medo , de 18/04/2011.
Esse
é o nosso tema de hoje: Medo!
3.
Desenvolver
os conceitos iniciais através de exposição dialogada.
3.1 Quem viu o filme Divertida Mente? Vamos rever
o trailler desse filme? (exibir só o 1º minuto)
Por esse
filme, existem 5 emoções básicas, né? Quais são? Alegria, Tristeza, Nojo, Raiva
e Medo. Lembram de como foram apresentadas pela Alegria? Só citou
características de duas emoções. Quais foram?
Nojo –
evita que a criança se intoxique;
Medo –
manda bem no quesito ‘segurança’.
Como
emoções básicas, elas pertencem ao ser, estão presentes também nos animais, e
tem sua razão de ser, pois estão nas leis da natureza.
3.2 Kardec não usou a palavra ‘emoção’, mas
tratou das paixões, onde a abordagem é a mesma.
Pedir
que um dos jovens leia nO LE:
907. Será
substancialmente mau o princípio originário das paixões, embora esteja na
natureza?
“Não; a paixão está no excesso de que se acresceu a
vontade, visto que o princípio que lhe
dá origem foi posto no homem para o bem, tanto que as paixões podem levá-lo
à realização de grandes coisas. O abuso que delas se faz é que causa o mal.”
908. Como se poderá
determinar o limite onde as paixões deixam de ser boas para se tornarem más?
“As paixões são como um corcel, que só tem utilidade quando governado e que se
torna perigoso desde que passe a governar. Uma paixão se torna perigosa a
partir do momento em que deixais de poder governá-la e que dá em resultado um
prejuízo qualquer para vós mesmos, ou para outrem.”
E
Kardec, no comentário da 908, diz:
“Todas as
paixões têm seu princípio num sentimento, ou numa necessidade natural. O
princípio das paixões não é, assim, um mal, pois que assenta numa das condições
providenciais da nossa existência. A paixão propriamente dita é a exageração de
uma necessidade ou de um sentimento. Está no excesso e não na causa e este
excesso se torna um mal, quando tem como consequência um mal qualquer.”
As
emoções são como as paixões. Nos movem. Existem para o nosso bem, desde que as
controlemos!
3.3 No Livro ‘Cultivo da Emoções’, são
citados diversos autores que estudaram as emoções em diversas espécies. O medo é colocado como a 1ª emoção. Por
que será?
No
filme, o medo foi apresentado como relacionado à nossa sobrevivência. Por isso
é a primeira! É a nossa vida que está em jogo!
No
‘Cultivo das Emoções’, o medo, se
fosse uma planta seria a ‘coroa de Cristo’. Quem já viu essa planta? (exibir umas fotos da planta).
Vocês
conseguem fazer alguma ligação entre essa planta e o medo?
- é uma planta medicinal, mas pode
ser perigosa pois além dos espinhos, possui um líquido, um látex que gera
irritação na pele;
- é muito usada como cerca viva:
mantém uma distância segura;
- é de fácil multiplicação: se não
for cuidada, fecha os caminhos;
- cultivada, dá lindas flores
coloridas.
O medo
também: é necessário para que tenhamos cuidado e não nos envolvamos em perigos;
mas cresce com muita facilidade e nos paralisa!
3.4 Exercício individual: anotar numa folha:
de quê tenho medo?
ð - pedir que leiam
seus medos e anotar no quadro
3.5 Definição de medo do dicionário Houaiss:
Estado
afetivo suscitado pela consciência do perigo ou que, ao contrário, suscita essa
consciência; temor, ansiedade irracional ou fundamentada, receio; desejo de
evitar, ou apreensão, preocupação em relação a algo desagradável.
- diversas definições; pode ser
irracional ou fundamentada... é igual para todos? Não! As pessoas tem medo de
coisas diferentes!
No
dicionário de psicologia, Galimerti, a definição é:
“emoção
primária de defesa, provocada por uma situação de perigo que pode ser real, antecipada pela
previsão, evocada pela lembrança ou
produzida pela imaginação.”
- no texto do Momento Espírita,
temos o ‘malamém’! Monstro no imaginário infantil
E o
medo, como é uma emoção básica, ligada à sobrevivência, ele tem um percurso
neuronal mais curto, para que o corpo tenha respostas mais rápidas! Não é um
processo raciocinado! De modo geral, as opções para a sobrevivência, se você se
vê cara-a-cara com um leão, quais seriam: correr ou lutar!
- então o cérebro ativa substâncias
em nosso corpo para uma dessas opções! Força muscular nas pernas, caso a opção
seja fugir, aumenta o fator de coagulação do sangue, caso sejamos feridos na
luta, adrelanina no sangue para a ação rápida, etc.
3.6 Escrever no quadro: reações orgânicas:
- Lutar
(brigar, bater, atacar) èessas
ações reativas podem ser por medo!
- Fugir
(que pode ser deixar de fazer algo; fugir da ação: paralisar, congelar)
Vamos
classificar os medos que vocês anotaram? Quais estão ligados à sobrevivência
física do corpo?
- destacá-los na relação do quadro.
Esses medos são necessários! Nos auxiliam na nossa segurança física! – devem
ser estimulados – são como a coroa de cristo: nos protegem!
Mas e os
outros medos?
Medos
tipo: do escuro, de altura, de cachorro, etc, são relativos a algum trauma
dessa ou de outra vida. Devem ser tratados em alguma terapia. Não são do foco
das CE’s!
Mas e os
outros medos, tipo: de ficar sozinha, de não ser amado, de passar mico, de
falar em público, etc. – destacá-los na
relação do quadro.
- Estão relacionados com nossa sobrevivência? Não! São medos do ego adoecido!
- não devem ser
estimulados! Precisam ser podados, como a coroa de cristo, senão nos paralisam
e impedem nosso crescimento.
3.7 Lembrar o conceito de EGO e SELF:
SELF (Espírito) è EGO (a pessoa que se
constrói nessa encarnação)
Quais os objetivos do SELF na
encarnação: evoluir espiritualmente!
Quais os objetivos do EGO adoecido:
ser dar bem, ser lindo, forte e poderoso!!!!
O Ego é necessário para que o
Espírito possa atuar na vida encarnada, mas ele, o ego, está a serviço do SELF.
O ego adoecido é aquele que esquece que o SELF é que é o senhor!
- mostra imagem de EGO x SELF
(gatinho olhando no espelho e vendo um leão)
O Ego é que tem vergonha de passar
micro! O que vão dizer de mim? Muitos desses medos são oportunidades de
crescimento! Ex. medo de fazer a prece. Vergonha? Quem está com vergonha? Não é
o SELF. E o exercício da prece é uma oportunidade de transcendermos!
Medo de
fazer a coisa certa, pois vão me achar ridículo, bobo, covarde! É oportunidade
de fazer o bem! - esse tipo de medo
deve e precisa ser analisado para entendermos o que está ocorrendo em nosso
mundo íntimo! Não é negar o medo! É buscar entender por que estamos com esse
medo!
Isso
passa pelo autoconhecimento!
Medo do
que vão pensar de mim, é medo das pessoas verem quem ou como eu ainda sou!
Precisamos nos autoconhecer, nos aceitarmos como somos, com nossos medos, e
buscar, a partir dessa percepção de nós mesmos, controlar, dominar o medo para
que ele não nos impeça de crescer!
E vejam
que como nosso cérebro não sabe se o perigo é real ou imaginado, irracional, as
respostas orgânicas serão as mesmas! Só que nesse caso, são um mal, por que não
sairemos correndo nem entraremos em luta física. Então, essas substâncias que
são inseridas na corrente sanguínea para nos preparar para a sobrevivência, se
transforma em venenos, fazendo mal à nossa saúde.
3.8 O
medo da morte?
- está
associado à nossa sobrevivência também, no contexto do instinto de conservação.
- também
relacionado ao nosso passado ancestral, criado pelas religiões, de fim da vida,
de inferno, purgatório, etc.
Também
vale para medo de fantasmas! De ver Espíritos!!!
Como
disse a mensagem do Momento Espírita, pela ignorância da realidade da vida
imortal do Espírito. Com a convicção que a DE nos traz, da continuidade da
vida, esses medos são irracionais!
Precisamos
nos autoconhecer, meditar, orar, para que esses medos, gerados pela ignorância,
não mais nos incomodem!
4.
Prece
final e passes
Avaliação:
Aula para 4 jovens com boa participação e interesse.
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