terça-feira, 2 de maio de 2017

Os poderes da mente

Casa Espírita Missionários da Luz
Mocidade - > 15 anos                                                                   28/04/2017

Tema: Os poderes da mente

Objetivo:
  • Refletir sobre a força do pensamento, da vontade, dos sentimentos, na construção de nossa alegria ou tristeza;
  • Identificar os reflexos da força mental sobre nosso perispírito e corpo.

Bibliografia:
- A Gênese, Cap I,  item 39, Cap XIV,  itens 16, 17
- Autodescobrimento, Joanna de Ângelis/Divaldo Franco, Cap 2, itens ‘O Pensamento’, e ‘Distonias e Suas Consequências’
- No Mundo Maior, André Luiz/Chico Xavier, Cap 3 ‘A Casa Mental’
- Libertação, André Luiz/Chico Xavier, Cap. 6 e 7


Material: 1 folha de Cartolina, cola, canetinhas hidrocor, e desenho de balões com as etiquetas dos departamentos da mente.

Desenvolvimento:
1.            Hora da novidade e prece Inicial
 
2.            Fazer uma roda com os jovens, com uma mesa no centro. Solicitar que desenhem uma casa de 3 andares no centro da cartolina.

Explicar que essa casa representa a nossa mente.  A tarefa proposta de identificar o que seria cada andar, e quais seriam os ‘moradores’.

Entregar 2 tiras escrito em cada: ‘Andares’ e ‘Moradores’, para serem os indicadores das etiquetas de identificação.
Entregar as etiquetas: ‘Noções Superiores’, ‘Conquistas Atuais’, e ‘Impulsos Automáticos’ numa mesma cor, e ‘Ideal  e meta superior’, ‘Esforço e Vontade’ e ‘Hábito e Automatismo’ em outra cor.

Deixar que tentem discutir e colocar as etiquetas ajudando-os a montar a analogia dos conceitos, conforme propôs o mentor de André Luiz (texto em anexo).
Fazer perguntas de reflexão:
èonde será que nossos pensamentos costumam ficar a maior parte do tempo?          R.: No 2.andar, que é o nosso consciente, a nossa vida atual.
ð  Por que os ‘Moradores’ são ‘esforço e vontade’? R.: Por necessitarmos lutar contra as nossas tendências instintivas, de nosso passado ainda com problemas, buscando chegar ao departamento das metas superiores, que é a centelha divina, o divino em nós. “vós sois deuses’ Jesus disse! Precisamos aprender a desenvolver esses valores que existem em nós, em estado latente!
èVivendo com nossos pensamentos no aqui e agora, mas com a meta no ideal superior, nos manteremos em equilíbrio, em paz, mesmo nos momentos mais difíceis!

ð  Como são as pessoas cujos pensamentos vivem só no 2.andar, ligados ao 1.andar?   R.: Vivem, tocados somente pelas sensações relacionadas com a vida encarnada. Se estão com fome e comem, ficam felizes; se se divertem, tem todas as necessidades físicas atendidas, estão felizes. Mas vivemos num corpo transitório, que se degrada com o tempo. Dificuldades virão: doenças, velhice, decepções, fazem parte desse nosso estágio de vida. E quando isso acontecer, se revoltarão, ou se desencantarão com a vida! Não tem o verdadeiro sentido existencial!
èComo devemos fazer para que nossos pensamentos ‘visitem’ o 3.andar?
R.: Esforço para dominar os pensamentos negativos, e vontade firme para perseverar nesse objetivo. Nossa felicidade depende de nossos pensamentos!
Existem técnicas para que possamos acessar com mais facilidade esse 3.andar: oração, meditação, reflexão!

Pedir que colem a gravura e as etiquetas para montar o cartaz da Casa Mental. 


èQuem comanda as células de nosso corpo?  R.: A mente! Ou seja, nós, os Espíritos!
Nossos pensamentos agem sobre as células do perispírito, e por sua vez, sobre as células do corpo!

Esse mecanismo é da vida! Tanto para Espíritos encarnados, quanto desencarnados.

Mostrar o quadro acima, dizendo que essa analogia foi feita por um instrutor do Espírito André Luiz.

Se nossos pensamentos são viciados, sem diretriz superior, trazendo prejuízos ao nosso perispírito e, por consequência, ao corpo!

3.            Fixação do conteúdo: relatar um caso de perda da forma perispiritual, relatado por André Luiz no livro Libertação.
Ir lendo o trecho do livro separado no anexo, aos poucos, com apoio de slides (com imagens obtidas da web) para auxiliar na compreensão, pois o texto é longo e complexo o tema.

Reforçar os pontos dos poderes da mente sobre a forma perispiritual, e o apoio constante que os mentores nos dão em todos os momentos mas que precisamos ter ‘ouvidos de ouvir’ para mudarmos o padrão dos pensamentos.

Slides de imagens de apoio da história:
i.              Espíritos Ovóides
ii.            Espíritos ovóides imantados em outro Espírito
iii.           Segunda Morte – Rumo a esferas sublimes no plano espiritual
iv.           Segunda Morte - Reencarnação (gravura da reencarnação de Segismundo)
v.            Segunda Morte – Perda da forma perispiritual
vi.           Mulher com 3 ovóides (gravura do próprio caso de Libertação)
vii.          Jovem e bela sra de fazenda com escravos (gravura de casal antigo)
viii.        Esposo tinha 2 filhos com escrava (gravura da época da escravidão)
ix.           Esposa se livrou da escrava e filhos  (gravura de escravos no tronco)
x.            Os três se tornaram obsessores da sra (gravura de mulher obsediada)
xi.           Mulher com 3 ovóides (mesma gravura do slide vi)
xii.          Infância obsidiada pelos 3 ovóides  (gravura de criança triste)
xiii.  Doenças não diagnosticadas: oriunda da obsessão (gravura de obsessão)
xiv.  Mocidade torturada por sonhos de maternidade...  (gravura de mulher deprimida)
xv.          Na condição de mãe, será um ímã atormentado ou a sede obscura e triste de uma constelação de dor (gravura de mãe e filho discutindo)

xvi.        Autodescobrimento, Joanna de Ângelis/Divaldo Franco, Cap 2, item ‘Distonias e suas Consequências’
“Introspecção, alegria, reflexão, cultivo de ideias superiores, oração constituem terapias avançadas, com os seus efeitos vibracionais positivos, em favor de quem os mantenha, produzindo saúde pela recomposição do equilíbrio psicofísico.”

4.            Prece final e passes

Avaliação:  Aula para 3 jovens, em volta de uma mesa. Eles participaram bem da elaboração do esquema. Não foi deixado o cartaz na sala, pois nem chegamos a colar as tiras de cartolina!
Não foi feita a atividade de fixação, com o caso dos espíritos ovoides!

Anexos
  

No Mundo Maior, André Luiz/Chico Xavier, Cap 3 ‘A Casa Mental’

“– No sistema nervoso, temos o cérebro inicial, repositório dos movimentos instintivos e sede das atividades subconscientes; figuremo-lo como sendo o porão da individualidade, onde arquivamos todas as experiências e registramos os menores fatos da vida. Na região do córtex motor, zona intermediária entre os lobos frontais e os nervos, temos o cérebro desenvolvido, consubstanciando as energias motoras de que se serve a nossa mente para as manifestações imprescindíveis no atual momento evolutivo do nosso modo de ser. Nos planos dos lobos frontais, silenciosos ainda para a investigação científica do mundo, jazem materiais de ordem sublime, que conquistaremos gradualmente, no esforço de ascensão, representando a parte mais nobre de nosso organismo divino em evolução.”

“– Não podemos dizer que possuímos três cérebros simultaneamente. Temos apenas um que, porém, se divide em três regiões distintas. Tomemo-lo como se fora um castelo de três andares: no primeiro situamos a residência de nossos impulsos automáticos, simbolizando o sumário vivo dos serviços realizados; no segundo localizamos o domicílio das conquistas atuais, onde se erguem e se consolidam as qualidades nobres que estamos edificando; no terceiro, temos a casa das noções superiores, indicando as eminências que nos cumpre atingir. Num deles moram o hábito e o automatismo; no outro residem o esforço e a vontade; e no último demoram o ideal e a meta superior a ser alcançada. Distribuímos, deste modo, nos três andares, o subconsciente, o consciente e o superconsciente. Como vemos, possuímos, em nós mesmos, o passado, o presente e o futuro.”

(Fala do mentor Calderaro a André Luiz) 


Libertação, André Luiz, Cap. 6
“Ante o intervalo espontâneo, reparei, não longe de nós, como que ligadas às personalidades sob nosso exame, certas formas indecisas, obscuras. Semelhavam-se a pequenas esferas ovóides, cada uma das quais pouco maior que um crânio humano. Variavam profusamente nas particularidades. Algumas denunciavam movimento próprio, ao jeito de grandes amebas, respirando naquele clima espiritual; outras, contudo, pareciam em repouso, aparentemente inertes, ligadas ao halo vital das personalidades em movimento.”

“Grande número de entidades, em desfile nas vizinhanças da grade, transportavam essas esferas vivas, como que imantadas às irradiações que lhes eram próprias.”

“Já ouviste falar, de certo, numa “segunda morte”.
– Sim – acentuei””
– “Viste companheiros – prosseguiu o orientador –, que se desfizeram dele, rumo a esferas sublimes, cuja grandeza por enquanto não nos é dado sondar, e observaste irmãos que se submeteram a operações redutivas e desintegradoras dos elementos perispiríticos para renascerem na carne terrestre. Os primeiros são servidores enobrecidos e gloriosos, no dever bem cumprido, enquanto que os segundos são colegas nossos, que já merecem a reencarnação trabalhada por valores intercessores, mas, tanto quanto ocorre aos companheiros respeitáveis desses dois tipos, os ignorantes e os maus, os transviados e os criminosos também perdem, um dia, a forma perispiritual.
“Pela densidade da mente, saturada de impulsos inferiores, não conseguem elevar-se e gravitam em derredor das paixões absorventes que por muitos anos elegeram em centro de interesses
fundamentais. Grande número, nessas circunstâncias, mormente os participantes de condenáveis delitos, imantam-se aos que se lhes associaram nos crimes.”

“A maioria das criaturas, em semelhante posição nos sítios inferiores quanto este, dormitam em estranhos pesadelos. Registram-nos os apelos, mas respondem-nos, de modo vago, dentro da nova forma em que se segregam, incapazes que são, provisoriamente, de se exteriorizarem de maneira completa, sem os veículos mais densos que perderam, com agravo de responsabilidade, na inércia ou na prática do mal. Em verdade, agora se categorizam em conta de fetos ou amebas mentais, mobilizáveis, contudo, por entidades perversas ou rebeladas. O caminho de semelhantes companheiros é a reencarnação na Crosta da Terra”

Libertação, André Luiz, Cap. 7
“Descemos alguns metros e encontramos esquálida mulher estendida no solo. Gúbio nela fixou os olhos muito lúcidos e, depois de alguns momentos, recomendou-nos seguir-lhe a observação
acurada.
Percebi que a infeliz se cercava de três formas ovóides, diferençadas entre si nas disposições e nas cores, que me seriam, porém, imperceptíveis aos olhos, caso não desenvolvesse, ali, todo o meu potencial de atenção.”
“– Reparo, sim – expliquei, curioso –, a existência de três figuras vivas, que se lhe justapõem ao perispírito, apesar de se expressarem por intermédio de matéria que me parece leve gelatina,
fluida e amorfa.”
“Elucidou Gúbio, sem detença:
– São entidades infortunadas, entregues aos propósitos de vingança e que perderam grandes patrimônios de tempo, em virtude da revolta que lhes atormenta o ser. Gastaram o perispírito,
sob inenarráveis tormentas de desesperação, e imantam-se, naturalmente, à mulher que odeiam, irmã esta que, por sua vez, ainda não descobriu que a ciência de amar é a ciência de libertar, iluminar e redimir.”
“Toquei o primeiro e notei que reagia, positivamente. Liguei, num ato de vontade, minha capacidade de ouvir ao campo íntimo da forma e, assombrado, ouvi gemidos e frases, como que longínquos, pelo fio do pensamento:
– Vingança! vingança! Não descansarei até ao fim... Esta mulher infame me pagará...
Repeti a experiência com os dois outros e os resultados foram idênticos. As exclamações “assassina! assassina!...” transbordavam de cada um.
Após afagar a doente com fraternal carinho, analisando-a, atencioso, o instrutor dirigiu-nos a palavra, esclarecendo:
– Joaquim será naturalmente o companheiro que a precedeu nas lides da reencarnação. Certo, já regressou à Terra mais densa, a fim de preparar-lhe lugar. A pobrezinha está esperando ensejo de retorno à luta benéfica. Vejo-lhe o drama cruel. Foi tirânica senhora de escravos no século que findou. Percebo-lhe as recordações da fazenda próspera e feliz, nos arquivos mentais. Foi jovem e bela, mas desposou, consoante o programa de provas salvadoras, um cavalheiro de idade madura, que, a seu turno, já assumira compromissos sentimentais com humilde filha do cativeiro.
Embora a mudança natural de vida, à face do casamento, não abandonou ele o débito contraído. Em razão disso, a pobre mãe e escrava, ainda moça, penitente e desditosa, prosseguiu agregada à propriedade rural com os rebentos de seu amor menos feliz. Com a passagem do tempo, a esposa requestada e fascinante conheceu toda a extensão do assunto e revelou a irascibilidade que lhe povoava a alma. Dirigiu-se ao marido, colérica e violenta, dobrando-o aos caprichos que lhe exacerbavam a mente. A escrava sofredora foi separada de ambos os filhos que possuía e vendida para uma região palustre onde em breve encontrou a morte pela febre maligna. Os dois rapazes, metidos no tronco, padeceram vexames e flagelações em frente da senzala. Acusados de ladrões, pelo capataz, a instâncias da senhora dominada de egoísmo terrificante, passaram a exibir pesada corrente no pescoço ferido.
Viveram, no passado, sob humilhações incessantes. No curso de reduzidos meses, caíram sem remissão, minados pela tuberculose que ninguém socorreu. Desencarnados, reuniram-se à genitora revoltada, formando um trio perturbador na organização ruralista que os expulsara, sustentando sinistros propósitos de desforço.
Não obstante convidados à tolerância e ao perdão por amigos espirituais que os visitavam freqüentemente, nunca cederam um til nos planos sombrios em que penhoraram o coração. Atacaram, desapiedados, a mulher que os tratara com dureza, impondo-lhe destrutivo remorso ao espírito vacilante e fraco. Dominando-lhe a vida psíquica, transformaram-se para ela em perigosos carrascos invisíveis, utilizando todos os processos de luta suscetíveis de acentuar-lhe as perturbações. Adoeceu ela, por isso, gravemente, desafiando conselhos e medidas de cura.
Embora socorrida por médicos e padres diversos, não mais recobrou o equilíbrio orgânico. Arrasou-se-lhe o corpo físico, a pouco e pouco. Incapaz de expandir-se mentalmente no idealismo superior, que corrige desvarios íntimos e faculta a cooperação vibratória das almas que respiram em esferas mais elevadas, a desditosa fazendeira sofreu, insulada no orgulho destrutivo que lhe assinalava o caminho, dez anos de mágoas constantes e indefiníveis.
Claro que possuía, por sua vez, amigos prontos a lhe estenderem generosas mãos por ocasião da morte do corpo que se tornou inevitável; contudo, quando nos enceguecemos no mal, inabilitamo-nos, por nós mesmos, à recepção de qualquer recurso do bem.
O instrutor fez ligeira pausa na narrativa e continuou:
– Exonerada dos liames carnais, viu-se perseguida pelas vítimas de outro tempo, anulando-se-lhe a capacidade de iniciativa, em virtude das emissões vibratórias do próprio medo perturbador.
Padeceu muitíssimo, não obstante contemplada pela compaixão de benfeitores do Alto que sempre tentaram conduzi-la à humildade e à renovação pelo amor, mas o ódio permutado é uma fornalha ardente, mantenedora de cegueira e sublevação. Desencarnado o esposo, veio semilouco encontrá-la no mesmo invencível abatimento, incapaz de socorrê-la em vista das próprias dores que o constrangiam a difíceis retificações. Os impiedosos adversários prosseguiram na obra deplorável e, ainda mesmo depois de perderem a organização perispirítica, aderiram a ela, com os princípios de matéria mental em que se revestem. A revolta e o pavor do desconhecido, com absoluta ausência de perdão, ligam-nos uns aos outros, quais algemas de bronze. A infeliz perseguida, na posição em que se encontra, não os vê, não os apalpa, mas sente-lhes  a presença e ouve-lhes as vozes, através da inconfundível acústica da consciência. Vive atormentada, sem direção. Tem o comportamento de um ser quase irresponsável.”
Após uma pausa expressiva, acentuou:
– Tudo me faz crer que os missionários da caridade já lhe reconduziram o esposo às correntes da reencarnação e é de supor que esta irmã se ache em vias de seguir-lhe as pegadas, a breve tempo. Naturalmente, renascerá em círculos de vida torturada, enfrentando obstáculos imensos para reencontrar o ex-esposo e partilhar-lhe as experiências futuras. Então...
– Os inimigos ser-lhe-ão filhos? – indaguei, ansioso, quebrando-lhe as reticências.
– Como não? Certamente, o caso já se encontra sob a jurisdição superior. Esta mulher retornará à carne, seguida pelas mentes dos adversários que aguardarão, junto dela, o tempo de imersão nos fluidos terrestres.
– Oh! – exclamei, profundamente espantado – não se separará dos perseguidores, nem mesmo para o regresso?”
“Em ocorrências dessa ordem, a individualidade responsável pela desarmonia reinante converte-se em centro de gravitação das consciências desequilibradas por sua culpa e assume o comando dos trabalhos de reajustamento, sempre longos e complicados, de acordo com os ditames da Lei.”
Seguida de perto pela influência dos seres que com ela se projetaram no abismo mental do ódio, terá infância dolorosa e sombria pelos pesares desconhecidos que se lhe acumularão, incompreensivelmente, na alma opressa. Conhecerá enfermidades de diagnose impossível, por enquanto, no quadro dos conhecimentos humanos, por se originarem da persistente e invisível

atuação dos inimigos de outra época... Terá mocidade torturada por sonhos de maternidade e não repousará, intimamente, enquanto não oscular, no próprio colo, os três adversários convertidos, então, em filhinhos tenros de sua ternura sedenta de paz... Transportará consigo três centros vitais desarmônicos e, até que os reajuste na forja do sacrifício, recambiando-os à estrada certa, será, na condição de mãe, um ímã atormentado ou a sede obscura e triste de uma constelação de dor.”

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