sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Quem sou eu?

Casa Espírita Missionários da Luz – Pré-Mocidade                   11 à 14 anos    16/09/2016

Tema:  Quem sou eu?

Objetivos:
Identificar que o autoconhecimento é necessário para o desenvolvimento do Espírito;
Levar os jovens a refletirem sobre eles mesmos, suas motivações e reais desejos;
Refletir na influência dos fatores sociais, educacionais na construção de nós mesmos.

Bibliografia:  
O Livro dos Espíritos – perg 919
NT, João, 8:32
Homem Integral, Joanna de Ângelis/Divaldo P.Franco, Cap. 3 ‘Ansiedade’
Autodescobrimento, Joanna de Ângelis/Divaldo P.Franco, Introdução.
Filme O Filho do Outro (trailer em: https://www.youtube.com/watch?v=ACylyNJjjPs)


Ideias Básicas:
“O grande desafio contemporâneo para o homem é o seu autodescobrimento.  (O Homem Integral, Cap. 3 “Ansiedade”) 
“A experiência do autodescobrimento faculta-lhe identificar os limites e as dependências, as aspirações verdadeiras e as falsas, os embustes do ego e as imposturas da ilusão.” (Autodescrobrimento, Introdução)
“E conhecereis e a verdade e a verdade vos libertará.”        Jesus em João 8:32

Preparação prévia: pedir que vejam o filme O Filho do Outro
Material: música suave; LE, folhas A4 e lápis a cada jovem

Hora da novidade e Prece Inicial (todos que desejarem, fazem a prece, um por vez).

Desenvolvimento:

1.    Motivação Inicial:
Projetar o trailer do filme O Filho do Outro, e perguntar quem conseguiu ver o filme.

Dialogar com o grupo sobre o filme, do ponto de vista da dificuldade que se estabeleceu na questão da identidade dos dois rapazes envolvidos na história.
Como Joseph lidou com a questão? E Yacine?
E as mães dos rapazes?  E os pais?

Vemos que essa questão da identidade da pessoa (quem sou eu) é bastante condicionada a questões sociais (país de origem, religião, cultura)

2.    Exposição dialogada
Pedir que alguém leia a pergunta 919 de o LE:
Qual o meio prático mais eficaz que tem o homem de se melhorar nesta vida e de resistir à atração do mal?
“Um sábio da antiguidade vo-lo disse: Conhece-te a ti mesmo.”

Escrever no quadro:

Meio prático è o que significa?   Deixar que respondam..... èque pode ser realizado
Mais eficaz          O que é ser eficaz? Eficácia? (segurança de um bom resultado, o resultado esperado; fazer as coisas certas; eficiência é produzir bons resultados; fazer certo as coisas.)

Para fazer o quê?
Melhorar nesta vida è todos queremos
Resistir ao mal ètodos precisamos

E a resposta dos Espíritos a Kardec? Qual foi? Conhece-te a ti mesmo

Por que será? Vocês entendem essa resposta? Para melhorar na vida e resistir ao mal precisamos nos conhecer?
´è se não nos conhecemos, nem saberemos quais são nossas tentações, não saberemos o que é bom de fato para nós; se não conhecemos o lugar para onde ir, como acertaremos o caminho?
ècomo saberemos o que realmente desejamos? Se não estamos querendo o que os outros esperam de mim?

É fácil nos conhecer? Saber nossas reações? O que sentimos, por quê sentimos? O que queremos?
A psicologia analítica de Jung nos diz que temos que aprender a ouvir a nós mesmos; a resposta vem de dentro de nós, mas precisamos parar para ouvir. Essa pequena meditação que fizemos no início é um exercício que pode nos auxiliar a calar a mente para ouvir nosso Eu interior. E no início não é fácil! Nossos pensamentos são muitos e é difícil parar de pensar! Por isso precisamos criar o hábito de parar e meditar.

3.    Fixação do conteúdo

Vamos fazer um exercício, sem ser por meditação, para ver o que sabemos, ou pensamos saber de nós. Colocar música suave para assenerar o grupo.
Dar uma folha de papel A4 a cada um, e lápis.

Fizemos esse exercício ano passado. Quem estava na turma, e guardou seu papel, poderá comparar com as respostas de hoje, e verá como nossa percepção sobre nós mesmos, muda com o passar do tempo.

ð  Esse é um exercício individual, de autoconhecimento. Então vamos deixar uma cadeira vazia entre cada um, para termos mais liberdade. Ninguém vai recolher esse papel. Ele é seu; terá suas reflexões.

Responder:
i.              Quem sou, do ponto de vista físico (feio, bonito, alto, baixo, magro, gordo, louro, moreno, doente, saudável)
ii.             Quem sou, do ponto de vista social (sou quem na família? Mais velho, do meio, mais novo? E na escola? Sou de qual escola, ano, turma? E no curso de inglês? E em outro curso ou esporte que faço? Tenho muitos amigos? Amigos de verdade ou só me dou com todos mas não tenho nenhum melhor amigo?)
iii.            Quem sou, do ponto de vista psicológico (sou tímido, extrovertido, agitado, calmo, ansioso, medroso)
iv.           Quem sou do ponto de vista de vícios/virtudes (sou mentiroso, preguiçoso, egoísta, orgulhoso, vaidoso, amigo, legal, confiável, trabalhador, responsável, bom)
v.            Sou como gostaria de ser? Como gostaria de ser? Por quê?

Essas perguntas, nos mostram que existem diversos aspectos que compõem nosso jeito de ser. A resposta à pergunta que fazemos a nós mesmos “quem sou eu?’, passa por todos esses aspectos.

É claro que se tenho uma doença crônica, minha vida, minhas ações, ficam de alguma forma, limitadas/relacionadas a essa doença. Se sou o 5º filho de uma família de 4 meninas antes de mim, não faz diferença na formação de minha personalidade?
Se nascemos aqui ou na Etiópia? Não faz diferença em como somos? Seríamos como somos se fôssemos filhos de uma família do Iraque?

É claro que sim! Faz diferença!
Mas sabemos, espíritos imortais que somos, que todos esses contextos em que nascemos, faz parte de nossa necessidade de evolução espiritual. Não é sorte nem azar. É na medida exata, o que precisamos, para evoluir, para desenvolvermos virtudes, transformarmos os vícios em virtudes.

Essa percepção de quem somos, vai mudando conforme os anos vão passando, pois as experiências nos modificam.


4.    Conclusão:

Quando os Espíritos responderam à Kardec o “Conhece-te a ti mesmo” eles nos orientaram a buscarmos em nossa essência quem realmente somos, do ponto de vista moral, dos vícios e virtudes. Precisamos saber as virtudes que já desenvolvemos para reforçarmos, e também os vícios que temos, para controlá-los. Fingir que não temos um defeito, um sentimento ruim, não vai fazer com que ele suma... Tenho que identificar, aceitar e cuidar para que ele não ‘tome conta’ de mim quando menos espero!

Para concluir, vamos buscar aquietar a mente, e exercitar esse encontro com nós mesmos. ècolocar música suave, reduzir a luz, e deixar uns momentos em silêncio, antes da prece.

5.    Passes e prece final.

6.    Avaliação

Aula junto com o III ciclo, totalizando 14 evangelizandos.
Os meninos da Pré não tinham visto o filme. O trailer projetado, chamou bastante atenção, e foi muito boa a discussão sobre a questão da identidade e de como os 2 rapazes reagiram de forma diferente.
Exibi 2 vezes o trailer para que pudessem perceber os detalhes de alguns diálogos.
Houve bastante participação e interesse.
Ao invés da atividade de fixação, fiz um relaxamento com música suave e luz reduzida, e uma meditação direcionada, para encontro com o guia espiritual num jardim. Realizada em profundo silêncio!

7.    Anexos

Resenha por Miguel Barbieri Jr.

Francesa de origem judaica, a diretora Lorraine Levy foi mexer num vespeiro em seu terceiro longa-metragem. Ambientado em Israel, O Filho do Outro, para variar, aborda o conflito entre árabes e judeus. Mas há um ponto de partida original e uma narrativa atraente no roteiro coescrito pela própria cineasta. Na trama, Joseph Silberg (Jules Sitruk) mora em Tel-Aviv, tem 18 anos e vai prestar o serviço militar obrigatório. Um exame de rotina traz a surpresa: seu sangue não é compatível com o de seus pais. A doutora francesa Orith (Emmanuelle Devos) e o oficial do Exército Alon (Pascal Elbé), ambos judeus, não entendem o que se passou até um médico deduzir: Joseph pode ter sido trocado na maternidade. Um dia depois de seu nascimento, o local foi alvo de ataques e as mães saíram às pressas. De volta ao hospital em Haifa onde ele nasceu, Orith e Alon encontram Leïla e Saïd Al Bezaaz (papéis de Areen Omari e Khalifa Natour), pais de Yacine (Mehdi Dehbi). A revelação chega tal qual uma bomba: o palestino é filho dos judeus e vice-versa. Como lidar com uma situação tão complexa diante de inimigos históricos? A cineasta foi criticada pela esquerda francesa por seu enredo não ter um posicionamento. Suas opiniões, contudo, são explícitas: Lorraine prega a paz em Israel e a tolerância entre os povos. De forma delicada, a história vai convertendo a desarmonia em cordialidade. Enquanto Yacine, que mora em Paris e quer se formar em medicina, encontra uma forma de ganhar dinheiro nas praias de Tel-Aviv, Joseph vai visitar sua nova família num vilarejo da Cisjordânia e percebe afinidades musicais. Embora erga uma bandeira branca, a realizadora não deixa de focar nos dramas diários sofridos pelos palestinos. Para sair de seus territórios, eles têm de passar pelos postos de controle sob grossa revista. Saïd era engenheiro e virou mecânico por falta de opção. A mudança de comportamento dos personagens indica uma utopia, mas faz bem saber que, um dia, a ficção pode se tornar realidade. Estreou em 04/01/2013. (site da Folha de SP)

Nenhum comentário:

Postar um comentário