sábado, 27 de fevereiro de 2016

O poder da oração - ferramenta para tomar contato com Deus

Casa Espírita Missionários da Luz – Mocidade – 26/02/2016

Tema: O poder da oração - ferramenta para tomar contato com Deus.

Objetivos:
Conceituar prece à luz da Doutrina Espírita;
Reconhecer na prece o intercâmbio com o mundo espiritual superior, e como instrumento de paz e harmonia para o Espírito;
Exercitar relaxamento e prece.

Bibliografia:
O Livro dos Espíritos –3ª parte, Cap. II – Da Lei de Adoração
Ev.Seg.Espiritismo, Cap. XXVII – Pedi e Obtereis
Nosso Lar, André Luiz/Chico Xavier, Cap 2
Recordações da Mediunidade – Yvonne Pereira, Cap. 2 – Faculdade Nativa


Material: tiras de papel com os comandos da motivação inicial e canetas a todos; Livro Recordações da Mediunidade; Livro Nosso Lar; e folhas de papel e 3 canetas (uma para cada grupo); música suave; 3 exemplares de O Evangelho Segundo o Espiritismo.

Desenvolvimento:
1.            Hora da novidade e Prece Inicial
2.            Motivação Inicial:
Propor uma atividade: cada jovem receberá uma tira de papel, com um comando. Deverão, individualmente, ler o comando e terão 3 minutos para pensar.
Depois, cada um deverá ler seu comando e a resposta que pensou.

Os comandos serão apenas dois, que deverão ser entregues de forma alternada:
- Lembre uma situação sua ou de alguém que você conheça, em que foi feita uma prece com profundidade.
- Lembre uma situação sua, ou de alguém que você conheça, em que uma situação que parecia não ter saída, ou uma situação muito difícil, e tudo se ajeitou de forma natural.

        Exploração do conteúdo:

Das situações relatadas pelos jovens, procurar retirar o objetivo de reconhecer na prece o intercâmbio com o mundo espiritual superior, e como instrumento de paz e harmonia para o Espírito.

3.            Relatar o caso de Yvonne Pereira, reforçando que, como no caso da mãe da Yvonne, a prece sempre deve ser sincera e resignada, pois Deus sabe de nossas necessidades mais do que nós mesmos.
Reforçar que, como no caso da mãe da Yvonne, a prece sempre deve ser sincera e resignada, pois Deus sabe de nossas necessidades mais do que nós mesmos.

4.            Pedir que algum dos jovens leia o trecho do capítulo 2 de Nosso Lar, onde André Luiz é resgatado, após uma prece verdadeira. André sofreu por 8 anos na região do Umbral, até que verdadeiramente orou, e o socorro foi ao seu encontro.
èele avaliou que somente após todos os sofrimentos que não pareciam ter fim, ele se sentiu pequeno, e se voltou em súplica verdadeira a Deus... Esse sentimento que ele somente teve após 8 anos, é que foi de fato, a sinceridade da oração de pedido de socorro que ele fez.

ð  No caso da mãe de Yvonne, foi uma oração de fé e resignação;
ð  No caso de André Luiz, foi uma oração sincera, humilde, de pedido de ajuda.

Por que será que a ajuda ao André Luiz se deu quando ele ainda estava em prece? Como a prece dele foi ouvida?
Quais são as condições para que uma prece seja ouvida?
Para que serve a prece?

Para respondermos a essas questões, vamos fazer um jogo de perguntas e respostas.

5.            Dividir a turma em 3 grupos, entregando um exemplar do Evangelho Segundo ao Espiritismo a cada grupo.
Cada grupo deverá ler o trecho marcado e formular uma pergunta sobre o conteúdo lido. (10 min).
Depois, o grupo 1 faz sua pergunta ao grupo 2, sendo que uma pessoa do grupo 2 deverá ser escolhida para responder (antes da formulação da pergunta).
- se a pessoa escolhida acertar, o grupo ganha 100 pontos.
- não acertando, outra pessoa do grupo pode tentar responder. Acertando, 50 pontos.
- não acertando, o grupo 3 pode indicar alguém para tentar responder. Acertando, 25 pontos.
Repetir esses passos com o grupo 2 em relação ao grupo 3.
E de novo, com o grupo 3 em relação ao grupo 1.

Somente intervir, caso as respostas não sejam corretas.

Obs.: caso haja, no início dessa atividade, ainda haja 30 min para o fim da aula, solicitar que cada grupo formule 2 perguntas, e fazer duas rodadas do jogo.

Trechos do Evangelho, Cap. XXVII – Pedi e Obtereis:

Grupo 1: itens 6 e 7 – Eficácia da prece
Grupo 2 itens 9 e 10 – Ação da Prece
Grupo 3 itens 13 e 15 - Ação da Prece

6.            Concluir com os jovens que é pela prece que também entramos em contato com a espiritualidade superior, para termos mais clareza na análise das situações, para melhor tomarmos as decisões.

7.            Colocar uma música suave, reduzir a luz, e fazer com a turma um exercício de relaxamento dos músculos, concentração na respiração, visualização de uma luz suave envolvendo o jovem, e encerrar com uma prece de agradecimento.

Avaliação:
Aula para 8 jovens  com participação mas sem grandes empolgações.
Não fizemos o jogo das perguntas por falta de tempo.
Foi boa a meditação e prece de encerramento.

Nosso Lar, André Luiz/Chico Xavier, Cap. 2

E, quando as energias me faltaram de todo, quando me senti absolutamente colado ao lodo da Terra, sem forças para reerguer-me, pedi ao Supremo Autor da Natureza me estendesse mãos paternais, em tão amargurosa emergência.

Quanto tempo durou a rogativa? Quantas horas consagrei à súplica, de mãos-postas, imitando a criança aflita? Apenas sei que a chuva das lágrimas me lavou o rosto; que todos os meus sentimentos se concentraram na prece dolorosa. Estaria, então, completamente esquecido? Não era, igualmente, filho de Deus, embora não cogitasse de conhecer-lhe a atividade sublime quando engolfado nas vaidades da experiência humana? Por que não me perdoaria o Eterno Pai, quando providenciava ninho às aves inconscientes e protegia, bondoso, a flor tenra dos campos agrestes?

Ah! é preciso haver sofrido muito, para entender todas as misteriosas belezas da oração; é necessário haver conhecido o remorso, a humilhação, a extrema desventura, para tomar com eficácia o sublime elixir de esperança. Foi nesse instante que as neblinas espessas se dissiparam e alguém surgiu, emissário dos Céus. Um velhinho simpático me sorriu paternalmente. Inclinou--se, fixou nos meus os grandes olhos lúcidos, e falou:

- Coragem, meu filho! O Senhor não te desampara.



Recordações da Mediunidade, Cap 2 – Faculdade Nativa:

Tendo vindo ao mundo na noite de Natal, 24 de Dezembro, a 23 de Janeiro, durante um súbito acesso de tosse, em que sobreveio sufocação, fiquei como morta.(...)
Durante seis horas consecutivas permaneci com rigidez cadavérica, o corpo arroxeado, a fisionomia abatida e macilenta do cadáver, os olhos aprofundados, o nariz afilado, a boca cerrada e o queixo endurecido, enregelada, sem respiração e sem pulso. O único médico da localidade — pequena cidade do Sul do Estado do Rio de Janeiro, hoje denominada Rio das Flores, mas então chamada Santa Teresa de Valença —, o único médico e o farmacêutico, examinando-me, constataram a morte súbita por sufocação, à falta de outra «causa mortis» mais lógica. A certidão de óbito foi, portanto, legalmente passada. Minha avó e minhas tias trataram de me amortalhar para o sepultamento, à tarde, pois o «óbito» ocorrera pela manhã, bem cedo. Eu era recém-chegada na família e, por isso, ao que parece, «minha morte» não abalava o sentimento de ninguém, pois, havendo ao todo vinte e oito pessoas na residência rural de minha avó materna, onde nasci, porqüanto a família se havia reunido para as comemorações do Natal e do Ano-Novo, ninguém demonstrava pesar pelo acontecimento,(...)..
Vestiram-me então de branco e azul, como o «Menino Jesus», com rendinhas prateadas na túnica de cetim, faixas e estrelinhas, e me engrinaldaram a fronte com uma coroa de rosinhas brancas. Chovia torrencialmente e esfriara o tempo, numa localidade própria para o veraneio, como é a minha cidade natal. A eça mortuária, uma mesinha com toalhas rendadas, com as velas e o crucifixo tradicional, encontrava-se à minha espera, solenemente preparada na sala de visitas.
Nem minha mãe chorava. Mas esta não chorava porque não acreditava na minha morte.
Opunha-se terminantemente que me expusessem na sala e encomendassem o caixão mortuário. A fim de não excitá-la, deixaram-me no berço mesmo, mas encomendaram o caixãozinho, todo branco, bordado de estrelinhas e franjas douradas... Minha mãe, então, quando havia já seis horas que eu me encontrava naquele estado insólito, conservando-se ainda católica romana, por aquele tempo, e vendo que se aproximava a hora do enterro, retirou-se para um aposento solitário da casa, fechou-se nele, acompanhou-se de um quadro com estampa representando Maria, Mãe de Jesus, e, com uma vela acesa, prostrou-se de joelhos ali, sozinha, e fêz a invocação seguinte, concentrando-se em preces durante uma hora:
—  «Maria Santíssima, Santa Mãe de Jesus e nossa Mãe, vós, que também fostes mãe e passastes pelas aflições de ver padecer e morrer o vosso Filho sob os pecados dos homens, ouvi o apelo da minha angústia e atendei-o, Senhora, pelo amor do vosso Filho: Se minha filha estiver realmente morta, podereis levá-la de retorno a Deus, porque eu me resignarei à inevitável lei da morte. Mas se, como creio, ela estiver viva, apenas sofrendo um distúrbio cuja causa ignoramos, rogo a vossa intervenção junto a Deus Pai para que ela torne a si, a fim de que não seja sepultada viva. E como prova do meu reconhecimento por essa caridade que me fareis eu vo-la entregarei para sempre. Renunciarei aos meus direitos sobre ela a partir deste momento! Ela é vossa! Eu vo-la entrego! E seja qual for o destino que a esperar, uma vez retorne à vida, estarei serena e confiante, porque será previsto pela vossa proteção. (...)
Entrementes, ao se retirar do aposento, onde se dera a comunhão com o Alto, minha mãe abeirou-se do meu insignificante fardo carnal, que continuava imerso em catalepsia, e tocou-o carinhosamente com as mãos, repetidas vezes, como se transmitisse energias novas através de um passe. Então, um grito estridente, como de susto, de angústia, acompanhado de choro inconsolável de criança, surpreendeu as pessoas presentes. Minha mãe, provável veículo dos favores caritativos de Maria de Nazaré, levantou-me do berço e despiu-me a mortalha, verificando que a grinalda de rosinhas me ferira a cabeça.
As velas que deveriam alumiar o meu cadáver foram retiradas e apagadas, a eça foi destituída das solenes toalhas rendadas, o crucifixo retornou ao oratório de minha avó e a casa funerária recebera de volta um caixão de «anjinho», porque eu revivera para os testemunhos que, de direito, fôssem por mim provados, como espírito revel que fora no passado... e revivera sob o doce influxo maternal de Maria, Mãe de Jesus.



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