Casa Espírita Missionários da Luz – Mocidade > 13 anos – 29/01/2021
Estudo Virtual –
Google Meet
Tema: Debate do filme Viva, a Vida é uma Festa
Objetivos:
- Debater o filme Viva,
a Vida é uma Festa, fazendo conexões com conceitos espíritas.
Bibliografia:
- Livro dos Espíritos, perg.204 à 206.
- Evangelho
Seg.Espiritismo, cap.IV, item 18, Cap. XIV item 8, Cap.XXVII itens 18 à 21.
Resumo:
O
filme conta a história do mexicano Miguel, um menino de 12 anos de idade, que
tem o sonho de ser um músico famoso. Entretanto, a família desaprova esse
desejo, porque o trisavô do jovem abandonou a esposa para se dedicar à música,
criando uma aversão da família pela ideia.
Porém,
no Dia dos Mortos, o futuro de Miguel e até o passado de sua família estão
prestes a mudar. Quando o menino decide participar escondido de um festival de
música, rouba um objeto que lhe confere uma viagem só de ida para o mundo dos
mortos. A partir daí todo o enredo se desenvolve e somos convidados a refletir
sobre esquecimento, morte e afeto familiar.
Material:
https://www.youtube.com/watch?v=EqtVi7isAWo&list=PLkNuMkDitUjFrHE2AZZ564s0sw4uvWQpP&index=1
- (78 vídeos de 1min, com a
história filme Viva, a Vida é uma Festa)
1.
Hora da novidade: como foi a semana?
Exercícios
de respiração profunda e pausada e prece inicial
2.
Desenvolvimento
Pedir que
os jovens, um por vez, comentem o filme, suas impressões, conceitos espíritas
que podemos ver no filme, e pontos que mais chamaram a atenção.
Conceitos espíritas que aparecem:
- sobrevivência
do Espírito à morte do corpo;
- manutenção
dos laços afetivos após a desencarnação;
- perdão
das ofensas;
- vida
social no plano espiritual.
Conceitos não espíritas:
- deixar de
existir algum tempo após a morte, se ninguém se lembrar da pessoa;
- guia
espiritual como a alma de um animal;
- visita
dos desencarnados ao plano material somente no dia dos mortos.
Para refletir:
- importância dos laços
familiares, de honrarmos nossos antepassados;
- importância do perdão: todos
da família merecem nosso respeito e o direito de pertencerem à família, mesmo
nos casos de equívocos durante a vida;
- necessidade de falarmos de
nossos desejos, e persistirmos em nossas metas.
èComo
é nossa lembrança dos nossos familiares e amigos que já desencarnaram?
3.
Prece final
4.
Avaliação:
Encontro
para 5 jovens com boa participação e interesse pela cultura do México citada no filme, por
Constelação Familiar (honra aos antepassados). Só uma das jovens não tinha
visto o filme. Foram boas as reflexões.
5.
Anexos (comentários sobre o filme)
Viva – A vida é uma festa é um longa-metragem de animação
de 2018, dirigido por Lee Unkrich e Adrian Molina. O filme conta a história do
mexicano Miguel, um menino de 12 anos de idade, que tem o sonho de ser um
músico famoso. Ainda que ele tenha talento para tal, a família desaprova esse
desejo, porque o trisavô do jovem abandonou a esposa para se dedicar à música,
criando uma aversão da família pela ideia.
Porém, no Dia dos Mortos, uma importante comemoração da
cultura mexicana, o futuro de Miguel e até o passado de sua família estão
prestes a mudar. Quando o menino decide participar escondido de um festival de
música, rouba um objeto que lhe confere uma viagem só de ida para o mundo dos
mortos. A partir daí, todo o enredo se desenvolve, e o público é convidado a
refletir sobre esquecimento, morte e afeto familiar.
A
morte para a cultura mexicana
Para as antigas civilizações que viviam no México desde
antes de o país ser invadido por colonizadores, como os astecas, a morte não é
um sinônimo de fim da existência. Em um dia específico do ano, o Dia dos
Mortos, celebrado em 2 de novembro, as pessoas que já partiram têm a
oportunidade de retornar à Terra para visitar os parentes e os amigos que
continuam vivos.
Diferentemente de outras culturas, que temem o retorno dos
mortos, o México celebra esse evento com as comidas preferidas dos entes
falecidos, com caveiras de açúcar, com fantasias e pinturas de esqueletos, com
flores e com velas por toda a casa.
A única regra para que aqueles que já se foram retornem no
Dia dos Mortos é que a família se lembre deles. É por isso que retratos e fotos
de família são guardados com muito cuidado, e as histórias sobre essas pessoas
são contadas para os integrantes mais jovens das famílias, que têm a
responsabilidade de manter viva a memória de seus familiares.
O festival que celebra a existência eterna de uma pessoa a
partir da lembrança de quem a conheceu foi incorporado a outras culturas do
mundo. Interpretações da festa acontecem também nos Estados Unidos da América,
na Nova Zelândia e na Bolívia, por exemplo.
O impacto dessa tradição é tão marcante, que em 2003 a
Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco)
declarou que o Dia dos Mortos é uma Obra Mestra do Patrimônio Oral e Intangível
da Humanidade.
A partir disso, é possível compreender que, para a cultura
mexicana, o segredo da imortalidade, por assim dizer, é ter alguém na Terra que
sempre se lembrará da sua história e de quem você foi. Em geral, essa
responsabilidade é dos familiares, mas também é comum que os amigos próximos da
pessoa que partiu celebrem o Dia dos Mortos por ela.
Ensinamentos
de Viva – A vida é uma festa
Agora que você já sabe por que o Dia dos Mortos é uma festa
tão diferente e tão importante para a cultura mexicana, está na hora de
aprender sobre as lições do filme Viva – A vida é uma festa. A animação
ambientada totalmente no México, respeitando a tradição do país e representando
uma inovação nas produções estadunidenses, vai te surpreender.
1) A
união de diferentes gerações
Uma das lições mais importantes de Viva – A vida é uma
festa é o poder da união de diferentes gerações. Muitas vezes, perdemos o
contato com as pessoas mais velhas e com as pessoas mais novas, deixamos de
contar histórias e abandonamos as lembranças sobre as nossas famílias.
No filme, Miguel se une aos parentes já falecidos, no mundo
dos mortos, para conseguir reencontrar seu trisavô. A união entre as gerações é
o que permite que o menino retorne ao mundo dos vivos e aprenda mais sobre a
história de sua família, sendo um ótimo exemplo da importância de manter esses
laços afetivos.
2) Uma
nova perspectiva sobre a morte
A morte é um assunto que causa medo e incerteza em muitas
pessoas. Não sabemos o que irá acontecer quando partirmos, e temos medo de
perder aqueles que amamos. Porém, com a animação, aprendemos uma nova
perspectiva sobre a morte.
Em vez de ser um evento sombrio e mórbido, a morte é vista
como uma passagem para outro mundo, que também é muito colorido, alegre e
feliz. É claro que o falecimento de um ente querido sempre será triste, mas é
possível olhar para esse evento com a certeza de que essa pessoa continuará
existindo nas suas lembranças.
3) A
importância da lembrança
Outro ponto essencial de Viva – A vida é uma festa é a
lembrança. É o ato de lembrar de alguém que faz com que essa pessoa continue
existindo no mundo dos mortos, podendo aproveitar esse outro momento de sua
existência.
Em um sentido que vai além do filme, é possível analisar
como a lembrança permite que as pessoas se unam ao que acreditam, ao que são e
ao que importa para elas. Nós somos as nossas lembranças, e mantê-las é o que
nos faz continuar vivos. A vida é uma festa, e a morte também pode ser, se quem
mais amamos estiver em nossas memórias.
4) O
ato de dialogar
Uma lição um pouco mais sutil do longa-metragem é a
importância do diálogo para uma família. Proibições não explicadas e histórias
mal resolvidas podem dividir parentes e provocar desentendimentos que seriam
resolvidos com uma boa conversa.
No filme, a família de Miguel tem a oportunidade de
descobrir a verdade sobre o passado por meio do diálogo, possibilitando que ela
tenha um futuro completamente diferente do que seria, se os assuntos
incompreendidos permanecessem dessa forma. Conversar sobre nossos medos,
receios e sonhos com nossos familiares é essencial.
5) O
desejo de seguir os próprios sonhos
Em Viva – A vida é uma festa, há um conflito entre Miguel e
sua família. Ao mesmo tempo em que seus parentes querem que ele siga o trabalho
que eles já realizam há anos, como sapateiros, o menino tem o sonho de ser
músico, como seu trisavô.
Mesmo contrariado por seus familiares, Miguel persiste em
seu sonho e se aventura para realizá-lo. O resultado surpreende a ele mesmo e
aos parentes, que tinham sentimentos ruins sobre a música, provando que a
persistência é o melhor caminho na hora de atingir seus objetivos.
Viva – A vida é uma festa é uma ótima oportunidade para
aprender sobre a cultura mexicana e para analisar uma perspectiva diferente
sobre a morte. A animação diverte o público infantil e emociona o público
adulto, transcendendo gerações e permanecendo na memória de quem assiste a ela.
Confira!
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