Casa Espírita
Missionários da Luz – Mocidade - > 13
anos – 05/04/2019
Tema: Emancipação da Alma
Objetivos:
·
Estudar
o fenômeno da emancipação da alma, na esfera dos sonhos;
·
Reconhecer
nos sonhos simbolismo de arquétipos da humanidade;
·
Levar
o jovem a refletir sobre onde anda a sua mente.
Bibliografia:
A Gênese, Cap. XIV,
item 15, item II, itens 22 à 28
O Livro dos
Espíritos, 2a.parte, Cap VIII “Da Emancipação da Alma” pergs 400 à 421; 425 à
438,447 à 455
Livro dos Médiuns, na 2ª Parte, Cap. I, item
53;
ESE, 28, itens
38 e 39 (À hora de dormir e prece);
Recordações da Mediunidade, Yvonne Pereira,
Cap. 9 ‘Premonições’;
Material: caixa de bombom, com nrs colados em
cada bombom.
Desenvolvimento:
1.
Exercício
de respiração profunda e prece inicial.
2.
Motivação
Inicial:
Contar um relato de Yvonne Pereira em Recordações
da Mediunidade, Cap. 9:
“— Uma amiga de minha família, cujo poético nome era Rosa Amélia S. G., residente em antiga cidade fluminense, estava para casar-se e encomendara o vestido, para a cerimônia do dia do casamento, a antiga casa de modas «Parc-Royal», do Rio de Janeiro. Faltavam apenas quinze dias para o auspicioso evento quando a feliz noiva, que contava apenas dezoito primaveras, em certa noite sonhou que recebera pelo Correio o volume esperado, com o enxoval. Muito satisfeita, levou-o para o interior da casa, vendo-se rodeada das pessoas da familha, que acorreram, curiosas. Mas, ao abrir a caixa e retirar as peças, o que ela encontrara fora um traje completo para viúva, com o véu negro denominado «chorão, como de uso na época para as viúvas recentes. A jovem soltou um grito de horror, fechou a caixa violentamente e despertou em gritos, chorando convulsivamente. Conservou-se consternada durante uns dois ou três dias. Mas a perspectiva feliz do próximo enlace, os preparativos para os festejos, a presença amável do noivo, que desfrutava boa saúde e se rira muito das preocupações e do nervosismo da prometida, que receava perdê-lo, a tranquilizaram em seguida, fazendo-a esquecer o (pesadelo). Na semana do casamento, efetivamente, chegara o volume pelo Correio, e ela própria o recebera, tal como sonhara, não mais se recordando do sonho que tivera e constatando, encantada, a beleza do seu vestido de bodas, que era em cetim branco e todo ornado de flores de laranjeira, e o véu de tule vaporoso e lindo, e a grinalda simbólica. Realizou-se, finalmente, o casamento no sábado seguinte. Dois meses depois, no entanto, o jovem esposo, tendo necessidade de visitar o Rio de Janeiro, adquiriu ali uma infecção tífica, regressando a casa, já em estado grave, e morrendo alguns dias depois. E sômente quando já na missa do sétimo dia, foi que a jovem viúva se lembrou do sonho que tivera às vésperas das próprias núpcias, pois que se reconheceu trajada exatamente como o sonho profetizara.”
3.
Desenvolvimento
Existem diversos casos como esse. São
chamados sonhos proféticos, premonições.
- Como isso pode acontecer? Ela foi no futuro
em sonho? Não!
- O Espírito
não fica preso, encarcerado no corpo. Consegue se emancipar do corpo. Para ter
a informação de que ficaria viúva, entrou em contato com algum Espírito, que
não aparece no sonho dela, mas que levou a notícia para ela e ele reteve a
informação de forma simbólica.
Quem sabe descrever como isso ocorre?
-
quando o corpo está em repouso, o Espírito se separa do corpo e vai cuidar de
seus interesses.
Qual característica do perispírito
permite que isso aconteça: Expansibilidade – capacidade de se expandir.
Pelos sonhos podemos confirmar essa característica do perispírito! (LE - perg.
402)
Vejamos o que Kardec escreveu no Livro
dos Médiuns, na 2ª Parte, Cap. I, item 53, como uma nota de rodapé:
“Quem se quiser reportar a tudo o que dissemos em O Livro dos
Espíritos sobre os sonhos e o estado do Espírito durante o sono (nrs 400 a
418), conceberá que esses sonhos que quase toda gente tem, em que nos vemos
transportados através do espaço e como que voando, são mera recordação do que o
nosso Espírito experimentou, quando, durante o sono, deixara momentaneamente o
corpo material, levando consigo apenas o corpo fluídico, o que ele conservará
depois da morte. Esses sonhos, pois, nos
podem dar uma ideia do estado do Espírito, quando se houver desembaraçado dos
entraves que o retêm preso ao solo.”
- o que
Kardec quis dizer na última frase? Que quando desencarnados vivenciaremos
estado semelhante ao que ficamos durante o sono! É como se treinássemos a vida
de desencarnado todas as noites!
- Então, todos os nossos sonhos são
atividades de emancipação da alma?
Não! Existem sonhos
relacionados ao nosso estado físico. Ex.: estamos com frio e sonhamos que
caminhamos na neve. Outros relacionados ao nosso cotidiano, problemas que temos
que resolver, ao nosso estado mental PP dito.
E também sonhos que
são mensagens do nosso inconsciente profundo, nos alertando sobre algo que está
acontecendo no momento atual da nossa vida.
Freud revolucionou o
estudo da psique humana ao interpretar os sonhos de seus pacientes. Jung deu
continuidade aos estudos indo além de Freud. Hoje, a Psicologia analítica
junguiana, trabalha na cura de problemas psíquicos utilizando, além de outros
recursos, a simbologia dos sonhos.
- O nosso tema de hoje: a visão espiritual
dos Espíritos encarnados e os sonhos de modo geral.
- Quais os tipos de vista espiritual que
podemos ter? (Escrever no quadro as respostas:
Sonhos e Sonambulismo (adormecidos), Dupla
Vista e Êxtase (acordados)
- Vocês sabem como esses fenômenos acontecem?
Qual a diferença entre eles?
Ouvir as respostas, orientar em caso de
necessidade, e propor a discussão do tema a partir de perguntas cujos nrs estão
nos bombons!
Sonho
|
É a
lembrança do que o Espírito viu durante o sono (LE, perg. 402)
|
Sonambulismo
|
8.
“É um estado de independência do Espírito, mais
completo do
que no sonho, estado em que maior amplitude adquirem suas faculdades. A alma
tem então percepções de que não dispõe no sonho, que é um estado de
sonambulismo imperfeito. (LE. Perg.
425)
|
Dupla Vista
|
A “dupla
vista, ou vista espiritual, a que também se
pode chamar vista
psíquica, da qual muitas pessoas são dotadas, frequentemente a seu
mau grado, assim como da vista sonambúlica.” (A Gênese, XIV, 22)
O que se chama dupla
vista é ainda resultado da libertação do Espírito, sem que o corpo seja
adormecido. A dupla vista ou segunda vista é a vista da alma.”
(LE. Perg. 447)
|
Êxtase
|
“O êxtase é um
sonambulismo mais apurado. A alma do extático ainda é mais independente.”
(LE, perg. 439)
|
4.
Perguntas
ao grupo: cada jovem pega um bombom (um jovem por vez), vê o número da pergunta
e deve tentar responder. Não sabendo, pode passar a pergunta, e o bombom, a um outro
jovem!
1.
“Pode
o homem, pela sua vontade, provocar as visitas espíritas? Pode, por exemplo,
dizer, quando está para dormir: Quero esta noite encontrar-me em Espírito com
Fulano, quero falar-lhe para dizer isto?” Perg.416
- Não constitui
razão, para que semelhante coisa se verifique, o simples fato de ele o querer
quando desperto.
2.
Pode a atividade do Espírito, durante o repouso, ou o
sono corporal, fatigar o corpo?
- Sim, porque o Espírito tem um corpo, como o balão cativo tem um poste.
Ora, da mesma forma que a agitação do balão abala o poste, a atividade do Espírito
reage sobre o corpo e pode fazê-lo experimentar fadiga. LE 412.
3.
Quem
tem dupla vista, vê por quais órgãos?
- “O
perispírito é o órgão sensitivo do Espírito, por meio do qual este
percebe coisas espirituais que escapam aos sentidos corpóreos. Pelos órgãos do
corpo, a visão, a audição e as diversas sensações são localizadas e limitadas à
percepção das coisas materiais; pelo sentido espiritual, ou psíquico,
elas se generalizam: o
Espírito vê, ouve e sente, por todo o seu ser, tudo o que se encontra na
esfera de irradiação do seu fluido perispirítico.” (A Gênese, XIV, 22)
4 Podem duas pessoas que se conhecem
visitar-se durante o sono?
“É tão habitual o
fato de irdes encontrar-vos, durante o sono, com amigos e parentes, com os que
conheceis e que vos podem ser úteis, que quase todas as noites fazeis essas
visitas.” (perg. 414)
5 Que
utilidade podem ter as visitas espirituais durante o sono, se as esquecemos?
Guardais a intuição desse fato, do qual se
originam certas ideias que vos vêm espontaneamente, sem que possais explicar
como vos acudiram. (perg. 415)
6 Podem
os Espíritos comunicar-se, estando completamente despertos os corpos? (Perg.
420)
“O Espírito não se
acha encerrado no corpo como numa caixa; irradia por todos os lados. Segue-se
que pode comunicar-se com outros Espíritos, mesmo em estado de vigília, se bem
que mais dificilmente.”
7 É necessário o sono completo para a
emancipação do Espírito?
“Não; basta que os
sentidos entrem em torpor para que o Espírito recobre a sua liberdade.” (LE,
perg. 407)
8 O
sonambulismo é um fenômeno mediúnico?
“Quando se produzem os fatos do
sonambulismo, é que o Espírito, preocupado com uma coisa ou outra, se aplica a
uma ação qualquer, para cuja prática necessita de utilizar-se do corpo.
Serve-se então deste, como se serve de uma mesa ou de outro objeto material no
fenômeno das manifestações físicas, ou mesmo como se utiliza da mão do médium
nas comunicações escritas.” .” (LE, perg. 425)
èé
um fenômeno anímico
9 O
que é o médium sonambúlico?
“Mostra
a experiência que os sonâmbulos também recebem comunicações de outros
Espíritos, que lhes transmitem o que devam dizer e suprem à incapacidade que
denotam. Isto se verifica principalmente nas prescrições médicas. O Espírito do
sonâmbulo vê o mal, outro lhe indica o remédio.” (LE, Coment. Perg. 431)
- é quando está em contato com
outros Espíritos
10 O
sonambulismo natural tem alguma relação com os sonhos? Qual a diferença entre
um e outro?
“É
um estado de independência do Espírito, mais completo do que no sonho, estado
em que maior amplitude adquirem suas faculdades. A alma tem então percepções de
que não dispõe no sonho, que é um estado de sonambulismo imperfeito.” (LE, Perg. 425)
11 Por que é
que o sonâmbulo não vê tudo e tantas vezes se engana?
“Primeiramente, aos Espíritos imperfeitos não
é dado verem tudo e tudo saberem.” (Perg.
430)
12 Qual a origem das ideias inatas do sonâmbulo e como pode falar com exatidão
de coisas que ignora quando desperto, de coisas que estão mesmo acima de sua
capacidade
intelectual?
“É que o sonâmbulo possui mais conhecimentos do que
os que lhe supões. Apenas, tais conhecimentos dormitam, porque, por demasiado
imperfeito, seu invólucro corporal não lhe consente rememorá-lo. (Perg. 431)
13 Como fazer para
santificar as nossas horas de sono?
Eleve,
pois, aquele que se ache compenetrado desta verdade, o seu pensamento a Deus,
quando sinta aproximar-se o sono, e peça o conselho dos bons Espíritos e de
todos cuja memória lhe seja cara, a fim de que venham juntar-se-lhe, nos curtos
instantes de liberdade que lhe são concedidos, e, ao despertar, sentir-se-á
mais forte contra o mal, mais corajoso diante da adversidade.” (Evang.Seg. Espiritismo,
cap. 28, item 38)
14 Todos
os sonhos se referem a visitas ou atividades espirituais?
Não. Existem sonhos fisiológicos,
psicológicos e avisos do nosso inconsciente.
15 Como
são os sonhos fisiológicos?
Refletem o que
sentimos no corpo físico. Se estivermos com frio, sonhamos que estamos em meio
à neve, por exemplo.
16 Como são os sonhos psicológicos?
São resultados de
nossos pensamentos, interesses e preocupações. Se tivermos um problema a
resolver é comum sonhar com a situação.
17 Como são sonhos de avisos do inconsciente?
São sempre
simbólicos, e estão relacionados com nosso contexto atual, ou seja, o
simbolismo do sonho é um recado de nosso inconsciente sobre nossa situação
atual.
5.
Conclusão
ð
Vamos
refletir por alguns minutos, sobre a qualidade de nosso sono: Dormimos bem?
Ficamos descansados? Acordamos com boa sensação?
ð
É
importante observar como acordamos, lembrar de nossos sonhos, para que possamos
santificar essas horas tão importantes para nós: é a parte espiritual de nossa
encarnação! Devemos utilizá-las com sabedoria!
Devemos
pedir, em oração, para que durante o sono possamos nos encontrar com o nosso
espírito protetor e dele receber conselhos, força e coragem nas dificuldades da
vida, para saber qual a melhor atitude a tomar diante de determinada situação.
Com o tempo, o exercício e o nosso merecimento, podemos receber as respostas
através de intuição durante o dia. Também podemos encontrar alguém de quem não
gostamos para fazer as pazes e nos harmonizarmos, preparando o perdão e o
desfazimento da mágoa e do ódio que vão ocorrer quando estivermos acordados.
Pode-se, também, encontrar pessoas, aprender, assistir aulas, trabalhar e fazer
o bem no Mundo Espiritual.
6.
Exercício
de respiração profunda e prece final.
Avaliação: Aula para 11 jovens da Mocidade e 4
do III ciclo.
Não fiz o jogo com os
bombons! Não deu tempo, pois foram tantas perguntas e interesse na questão dos
sonhos que ficamos só na roda de conversa mesmo.
Subsídios teóricos:
“O sonho é a lembrança do que o Espírito viu
durante o sono. Notai, porém, que nem sempre sonhais. Que quer isso dizer? Que
nem sempre vos lembrais do que vistes, ou de tudo o que haveis visto, enquanto
dormíeis. É que não tendes então a alma no pleno desenvolvimento de suas
faculdades.
Muitas vezes, apenas vos fica a lembrança da
perturbação que o vosso Espírito experimenta à sua partida ou no seu regresso,
acrescida da que resulta do que fizestes ou do que vos preocupa quando
despertos. A não ser assim, como explicaríeis os sonhos absurdos, que tanto os sábios, quanto as mais
humildes e simples criaturas têm? Acontece também que os maus Espíritos se
aproveitam dos sonhos para atormentar as almas fracas e pusilânimes.” (LE,
perg.402)
“Embora, durante a vida, o Espírito se encontre preso ao corpo pelo
perispírito, não se lhe acha tão escravizado, que não possa alongar a cadeia
que o prende e transportar-se a um ponto distante, quer sobre a Terra, quer do
espaço. (...)
Tem-se então o fenômeno a que se dá o nome de emancipação da alma,
fenômeno que se produz sempre durante o sono. De todas as vezes que o corpo
repousa, que os sentidos ficam inativos, o Espírito se desprende.” (A Gênese, Cap. XIV, 23 )
Nesses momentos ele vive da vida espiritual, enquanto que o corpo vive
apenas da vida vegetativa; acha-se, em parte, no estado em que se achará após a
morte: percorre o espaço, confabula com os amigos e outros Espíritos, livres ou
encarnados também.
“O laço fluídico que o prende ao corpo só por ocasião da morte se rompe
definitivamente; a separação completa somente se dá por efeito da extinção
absoluta da atividade vital. Enquanto o corpo vive, o Espírito, a qualquer
distância que esteja, é instantaneamente chamado à sua prisão, desde que a sua
presença aí se torne necessária. Ele, então, retoma o curso da vida exterior de
relação.
Por vezes, ao despertar, conserva das suas peregrinações uma lembrança,
uma imagem mais ou menos precisa, que constitui o sonho. Quando nada, traz
delas intuições que lhe sugerem idéias e pensamentos novos e justificam o
provérbio: A noite é boa conselheira.”
(A Gênese, Cap. XIV, 23)
“Segundo o grau de desenvolvimento, as
circunstâncias e o estado moral do indivíduo, pode ela (a vista espiritual)
dar, quer durante o sono, quer no estado de vigília:
1º a
percepção de certos fatos materiais e
reais, como o conhecimento de alguns que ocorram a grande distância, os
detalhes descritivos de uma localidade, as causas de uma enfermidade e os
remédios convenientes;
2º a
percepção de coisas igualmente reais do
mundo espiritual, como a presença dos Espíritos;
3º imagens fantásticas criadas pela imaginação,
análogas às criações fluídicas do pensamento”
(A Gênese, Cap. XIV, 27)
No
sonho e no sonambulismo, o Espírito anda em giro pelos mundos terrestres. No
êxtase, penetra em um mundo desconhecido, o dos Espíritos etéreos, com os quais
entra em comunicação, sem que, todavia, lhe seja lícito ultrapassar certos
limites, porque, se os transpusesse, totalmente se partiriam os laços que o
prendem ao corpo. Cerca-o então resplendente e desusado fulgor, inebriam-no
harmonias que na Terra se desconhecem, indefinível bem-estar o invade: goza
antecipadamente da beatitude celeste e bem se pode dizer que pousa um pé no limiar
da eternidade. (LE, perg.455)
A
emancipação da alma se verifica às vezes no estado de vigília e produz o
fenômeno conhecido pelo nome de segunda vista ou dupla vista, que
é a faculdade graças à qual quem a possui vê, ouve e sente além dos limites dos
sentidos humanos. Percebe o que exista até onde estende a alma a sua ação.
Vê, por assim dizer, através da vista ordinária e como por uma espécie de
miragem.
No
momento em que o fenômeno da segunda vista se produz, o estado físico do
indivíduo se acha sensivelmente modificado. O olhar apresenta alguma coisa de
vago. Ele olha sem ver. (LE, perg. 455)
O
sonambulismo natural e artificial, o êxtase e a dupla vista são efeitos vários,
ou de modalidades diversas, de uma mesma causa. Esses fenômenos, como os sonhos,
estão na ordem da natureza. Tal a razão por que hão existido em todos os
tempos. A História mostra que foram sempre conhecidos e até explorados desde a
mais remota antiguidade e neles se nos depara a explicação de uma imensidade de
fatos que os preconceitos fizeram fossem tidos por sobrenaturais. (LE, perg. 455)
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