Casa Espírita
Missionários da Luz – DIJ/Pré e Mocidade >
12 anos – 19/10/2018
Tema: Parábola O Filho Prodigo
Objetivos:
Estudar
a parábola do filho pródigo, da dracma e da ovelha perdidas;
Perceber
a necessidade de sair de si para viver o mundo, de forma equilibrada;
Refletir
sobre a solicitude de Deus para com todas as criaturas.
Bibliografia:
- Em Busca da Verdade, Joanna de Ângelis/Divaldi
Franco, Cap. 4 ‘Experiências de Iluminação’, ’Cap 5 ‘Conviver e Ser’
- Parábola e Ensinos de Jesus, Caibar Schutel
Material: 2 cópias da parábola do Filho
Pródigo; perguntas aos grupos em pedaços de papel
Desenvolvimento:
1.
Hora
da novidade, exercícios de respiração profunda, e prece inicial.
2.
Desenvolvimento
Lembrar com os jovens as parábolas estudadas na semana
passada: 4 parábolas sobre o reino de Deus. Verificar com eles o que lembram
das parábolas e dos ensinos de Jesus aos contá-las.
Propor para a noite o estudo de mais 3 parábolas, que Jesus também contou na sequência uma da outra: Da ovelha perdida, da dracma perdida e do filho pródigo.
Propor para a noite o estudo de mais 3 parábolas, que Jesus também contou na sequência uma da outra: Da ovelha perdida, da dracma perdida e do filho pródigo.
Perguntar quem lembra dessas parábolas e do ensino nelas
contido. Parabenizar os que se recordam, lembrar que as parábolas de Jesus
podem ter diversas interpretações, desde as mais simples e diretas, até outras
de significado mais profundo.
Ler as 2 parábolas menores, que foram as primeiras que Jesus
contou dessa tríade. Ler de forma pausada para que possam entender e prestar
atenção. (Substituir as palavras pouco usuais por outras do cotidiano deles).
Qual de vós
é o homem que, possuindo cem ovelhas e tendo perdido uma delas, não deixa as
noventa e nove no deserto, e não vai em busca da que se havia perdido até
achá-la? Quando a tiver achado, põe-na cheio de júbilo sobre os seus ombros e,
chegando a casa, reúne os seus amigos e vizinhos e diz-lhes: Regozijai-vos
comigo, porque achei a minha ovelha que se havia perdido. Digo-vos que assim
haverá maior júbilo no céu por um pecador que se arrepende, do que por noventa
e nove justos, que não necessitam de arrependimento.
Qual a
mulher que, tendo dez dracmas e perdendo uma, não acende a candeia, não varre a
casa e não a procura diligentemente até achá-la? Quando a tiver achado, reúne
as suas amigas e vizinhas, dizendo: Regozijai-vos comigo, porque achei a dracma
que eu tinha perdido. Assim, digo-vos, há júbilo na presença dos anjos de Deus
por um pecador que se arrepende. (Lucas, 15, vv 4:10)
èQuais os contextos dessas 2 parábolas? (pastoreiro; cuidados da casa).
èComo deviam ser as pessoas que O ouviam naquele momento em
que Jesus contou essas parábolas? (pastores e donas de casa).
Perguntar o que podemos tirar dessas duas parábolas. É a
mesma lógica, em 2 contextos diferentes.
ð Da mesma forma que a mulher, ao perder a dracma, acende a luz, varre a
casa e procura-a até achá-la, também Deus emprega todos os meios para encontrar
aquele Espírito que se perdeu, a fim de ser ele restituído à casa paterna. (o reino de Deus no coração).
ð Num sentido mais profundo, Joanna de Ângelis propõe no livro Em Busca da
Verdade:
ð “A Parábola do Filho pródigo, assim como a da dracma e a
da ovelha perdida constituem preciosas lições de autodescobrimento de todo
aquele que deseja identificar a finalidade da jornada terrestre, o
significado real da vilegiatura carnal, conseguindo superar o vazio
existencial com objetivos dinâmicos e seguros em favor da sua completude
emocional e espiritual. Resgatando as
perdas, envolve-se em aquisições de relevante significação para a sua
imortalidade, na qual, desde ontem, se encontra mergulhado.”
Na sequência, ler a parábola do Filho Pródigo com o grupo.
Depois, sem comentários, dividir em 2 grupos, entregando uma cópia da parábola
a cada um. Cabem aos grupos as tarefas (entregar por escrito):
Grupo 1 – Filho mais novo – analisar o perfil desse filho: quais
suas intenções? Ele estava certo ou errado? Ela amava o pai? Amava o
irmão? Quais seriam suas reais intenções
ao voltar para casa?
Grupo 2 – Filho mais velho - analisar o perfil desse filho: quais
suas intenções? Ele estava certo ou errado? Ela amava o pai? Amava o
irmão? Quais seriam suas reais intenções
permanecendo em casa quando o irmão partiu?
Depois da apresentação dos grupos, discutir com eles, sobre
o pai. O que representa o pai nessa parábola? èrepresenta nosso Pai, Deus. Respeita o nosso livre arbítrio,
conhece a cada um de nós. Nunca nos perde de vista: soube quando o filho mais
novo voltava para casa e em qual condição íntima (aprendeu com o sofrimento);
percebeu o que ocorria com o filho mais velho e foi buscá-lo também.
3.
Conclusão
“Jesus
concebeu e expôs a Parábola do Filho pródigo, assim como as duas outras,
sobre os perdidos, para demonstrar que Ele viera para esses sofredores e
desorientados, que Ele encontraria e reconduziria às suas origens, na doce
expressão do Pai misericordioso, o que conseguiu com êxito retumbante,
demonstrando, sub-repticiamente, aos seus antagonistas que, de alguma forma,
eles estavam perdidos, mas que também estavam sendo encontrados, tendo a chance
de retornar à casa paterna...” (Em
Busca da Verdade, Joanna de Ângelis)
4.
Exercícios
de respiração profunda, prece final e passes.
5.
Avaliação
Aula para 4 jovens com participação. A princípio não lembravam das parábolas, mas
quando comecei a relatar, foram recordando.
Anexos
Parábola do Filho Pródigo, Lucas, 15, vv 11-32.
Um homem tinha dois filhos — narrou Jesus —. Disse o mais moço a seu pai: - Meu pai, dá-me a
parte dos bens que me toca. Ele repartiu os seus haveres entre ambos. Poucos
dias depois o filho mais moço, ajuntando tudo o que era seu, partiu para um
país longínquo, e lá dissipou todos os seus bens, vivendo dissolutamente.
Depois de ter consumido tudo, sobreveio àquele país uma grande fome e ele
começou a passar necessidades. Foi encontrar-se com um dos cidadãos daquele
país e este o mandou para os seus campos guardar porcos. Ele desejava ele fartar-se
das alfarrobas que os porcos comiam, mas ninguém Ih 'as dava. Caindo, porém, em
si, disse: Quantos jornaleiros de meu pai têm pão com fartura, e eu aqui estou
morrendo de fome! Levantar-me-ei, irei a meu pai e dir-lhe-ei: — Pai, pequei
contra o céu e diante de ti. Já não sou digno de ser chamado teu filho;
trata-me como um dos teus jornaleiros. Levantando-se, foi para seu pai. Estando
ele ainda longe, seu pai viu-o e teve compaixão dele, e, correndo, o abraçou, e
o beijou. Disse-lhe o filho: — Vai, pequei contra o céu e diante de ti. Já não
sou digno de ser chamado teu filho. O pai, porém, disse aos seus servos: — Trazei-me
depressa a melhor roupa e vesti-lha, e ponde-lhe um anel no dedo e sandálias
nos pés; tracei também o novilho cevado, matai-o, comamos e regozijemo-nos,
porque este meu filho era morto e reviveu, estava perdido e se achou. E
começaram a regozijar-se. Seu filho mais velho estava no campo. Quando voltou e
foi chegando a casa, ouviu a música e a dança, e chamando um dos criados,
perguntou-lhe o que era aquilo. Este lhe respondeu: — Chegou teu irmão, e teu
pai mandou matar o novilho cevado, porque o recuperou com saúde. Ele se
indignou e não queria entrar; e saindo seu pai, procurava conciliá-lo. Mas ele
respondeu a seu pai: — Há tantos anos que te sirvo, sem jamais transgredir uma
ordem tua, e nunca me deste um cabrito para eu me regozijar com os meus
amigos,mas quando veio este teu filho, que gastou os teus bens com meretrizes, tu
mandaste matar para ele o novilho cevado. Replicou-lhe o pai: — Filho, tu
sempre estás comigo, e tudo o que é meu é teu; entretanto, cumpria regozijarmo-nos
e alegrarmo-nos, porque este teu irmão era morto e reviveu, estava perdido e se
achou.
Em Busca da Verdade, Joanna de Ângelis
“A saúde, a paz de espírito, o equilíbrio emocional
e psicológico, a harmonia doméstica, a confiança, a alegria de viver podem ser
considerados ovelhas e dracmas valiosas que todos estimam e lutam por
preservar. Nada obstante, as circunstâncias do trânsito carnal, não poucas
vezes, criam situações difíceis e perdem-se alguns desses valores ou, pelo
menos, um deles, essencial à vitória e ao bem-estar. É sábio quem, não
considerando os outros tesouros, empenha-se por buscar o que foi perdido, lutando
com tenacidade até encontrá-lo e, ao tê-lo novamente, quanto júbilo que o
invade! Irrompe-lhe a satisfação imensa, o desejo de anunciar a todos: amigos,
vizinhos e conhecidos a alegria de que se encontra tomado pela recuperação do
que havia perdido e voltou a fazer parte da sua existência.”
Parábolas e Ensinos de Jesus, Caibar Schutel
A Parábola da Dracma Perdida, que não passa de um
simples episódio, em que Jesus reuniu às exortações que fez certa vez aos
publicanos e pecadores, compara Ele a alegria que há no Mundo Espiritual, na
presença dos Mentores, quando um pecador se arrepende, com a alegria que tem uma
mulher ao achar 315 réis (uma dracma), que havia perdido! E faz ver que, pela
mesma forma que a mulher, ao perder a dracma, acende a candeia, varre a casa e
procura-a diligentemente até achá-la, também Deus emprega todos os meios que
sabiamente sugere aos Espíritos seus
Mensageiros para encontrar a sua dracma, ou seja o pecador que se
perdeu, a fim de ser ele restituído à casa paterna.
Ambas as individualidades que representam o Filho
Obediente e o Filho Desobediente simbolizam a Humanidade Terrestre.
O Pai de ambos aqueles filhos, simboliza Deus.
Uma pequena, pequeníssima parte da Humanidade
personificada no Filho Obediente, se esforça por guardar a Lei Divina e
permanece, portanto, na Casa do Pai. A outra parte personifica o Filho
Desobediente, que, de posse dos haveres celestiais, dissipa todos esses bens e
vive dissolutamente, até chegar ao extremo de ter de comer das alfarrobas que os
porcos comem. Esse extremo é que o força a voltar à casa paterna, onde,
acolhido com benemerência e conforto, volta a participar das regalias
concedidas aos outros filhos.
Em resumo: esta simples alegoria, capaz de ser
compreendida por uma criança, demonstra o amparo e a proteção que Deus sempre
reserva a todos os seus filhos. Nenhum deles é abandonado pelo Pai Celestial,
tenha os pecados que tiver, pratique as faltas que praticar, porque se é
verdade que o filho chega a perder a condição de filho, o Pai nunca perde a condição
de Pai para com todos, porque todos somos criaturas suas.
Estejam eles onde estiverem, quer no Mundo, quer no
Espaço; quer neste planeta, quer em país longínquo, ou seja noutro planeta, com
um corpo de carne ou com um corpo espiritual, o Pai a nenhum despreza, a nenhum
abandona, porque nos criou para gozarmos da sua Luz, da sua Glória, do seu
Amor!
A Parábola do Filho Pródigo é a magnificência de
Deus e ao mesmo tempo o solene e categórico protesto de Jesus contra a doutrina
blasfema, caduca, irracional das penas eternas do Inferno, inventada pelos
homens.
Quando a criatura humana, num momento de irreflexão
se afasta de Deus, e, dissipando os bens que o Criador a todos doou, se entrega
a toda sorte de dissoluções, a dor e a miséria, esses terríveis aguilhões do Progresso
Espiritual ferem rijo a sua alma orgulhosa até que, num momento supremo de
angústia, ela possa elevar-se para Deus e deliberar reentrar no caminho da
perfectibilidade. É então que, como o Filho Pródigo, o homem transviado, tocado
pelo arrependimento, volta-se para o
Pai carinhoso e diz: “Pai, pequei contra o Céu e
contra ti; já não sou digno de ser chamado teu filho...” E Deus, nosso amoroso
Criador, que já o havia visto em caminho para dEle se aproximar e rogar, abre
àquele filho as portas da regeneração e lhe faculta todas as dádivas, todos os
dons
necessários para esse grandioso trabalho da
perfeição espiritual.
Está escrito no Evangelho que houve um banquete com
música e festa à chegada do Filho Pródigo à Casa Paterna. Está escrito mais,
que o Pai mandou ver a melhor roupa para vestir o filho que voltou, as melhores
sandálias para lhes resguardar os pés e, ainda lhe colocou no dedo um belo
anel, tal foi a alegria que teve, e tal é a alegria
nos Céus, quando uma alma transviada, para os Céus se volta.
O Pai está sempre pronto a receber o Filho Pródigo,
e os Céus estão sempre abertos à sua chegada
Não há falta, por maior que seja, que não se possa
reparar; assim como não há nódoa, por mais fixa que pareça, que não se possa
apagar.
Completando a Parábola, vemos que o Filho Pródigo
recebeu os bens, saiu de casa, esbanjou-os dissolutamente numa vida desregrada.
E o que não foi Pródigo, o Filho Obediente, por seu turno, enterrou seus bens, como
aquele que enterrou o talento da Parábola.
O que diz o Evangelho que o Filho Obediente fez dos
bens que possuía?
Ele vivia à custa do Pai, participava de todos os
bens que havia em casa, e, com a chegada do irmão, ao ver a festa com que
aquele foi recebido, entristeceu-se: cheio de egoísmo, de avareza, revoltou-se
contra o Pai!
Ao concluir a Parábola, o Mestre exalta os pródigos
que voltam e censura os obedientes que ficam, não só com os bens que receberam,
como, também, com as paixões más de que não se querem despojar!
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