domingo, 26 de agosto de 2018

Violência


Casa Espírita Missionários da Luz – Pré e Mocidade                > de 12 anos    25/08/2018

Tema:  Violência

Objetivos:
Perceber a violência interior como base da violência social e mundial;
Identificar os sentimentos destrutivos que afloram no dia-a-dia e refletir sobre como lidar com esses sentimentos.

Bibliografia:  
O Livro dos Espíritos, pergs. 728 à 756;
A Gênese, Cap. III, item 10 -  O Bem e o Mal;
O Evangelho, Cap. IX ‘Bem aventurados os mansos e pacíficos’
https://www.terra.com.br/noticias/mundo/america-latina/na-fronteira-venezuelanos-relatam-medo-e-fome-apos-violencia,dad8a1f0e46e54774591fab4199c2365du5l9stn.html


Material:

Exercícios de respiração profunda e prece inicial.

Desenvolvimento:

Motivação Inicial: Falar dos acontecimentos no última fim de semana em Roraima, com os imigrantes venezuelanos:
O comerciante Raimundo Nonato, de Roraima, foi espancado e sofreu traumatismo craniano durante um assalto. Logo depois de ele ser internado, começaram a circular no Whats-App e Facebook vídeos do comerciante com a cabeça enfaixada, na maca, e "denúncias".

"Crime covarde na noite dessa sexta-feira, dia 17, em que um comerciante de Pacaraima (Roraima), foi assaltado, espancado e esfaqueado por 4 'refugiados' venezuelanos, que queriam dinheiro. O comerciante está em coma, entre a vida e a morte no hospital", dizia Ezequiel Calegari.
Segundo a polícia, os suspeitos são quatro venezuelanos que teriam levado R$ 23 mil e celulares da casa do comerciante.

Mas Nonato foi internado no hospital geral de Pacaraima com traumatismo craniano em estado estável, não foi esfaqueado, e nunca esteve em coma.

Os vídeos, porém, foram o estopim para perseguição que levou mais de 1200 venezuelanos a fugirem de Pacaraima no sábado. Brasileiros saíram queimando os pertences e expulsando os refugiados.

Outro caso:
O consultor comercial Marcelo Palhares, 36, usou um grupo de WhatsApp que reúne motociclistas de Boa Vista para compartilhar sua indignação com o assalto sofrido pela filha de 19 anos, em julho. "Ela voltava a pé do trabalho e dois venezuelanos passaram de bicicleta e roubaram o celular dela", conta
Palhares.
No grupo, ele mandou um áudio pedindo ajuda para localizar os dois venezuelanos. Nos minutos seguintes, inúmeros membros do grupo passaram a mandar fotos de pessoas que pareciam ser venezuelanas. "É esse? É esse?", e se oferecer para detê-los.

"Esse clima de tensão é um ambiente propício para a criação de boatos, que se espalham por meio das redes sociais, e levam a episódios lamentáveis como aqueles que vimos durante o final de semana", diz Camila Asano, coordenadora de programas da Conectas Direitos Humanos.

Um relato de 2 venezuelanos:
"Queimaram todos os meus documentos, só me sobrou a roupa do corpo", diz o engenheiro de sistemas Raul León, de 36 anos, um dos venezuelanos atacados no sábado. Havia cruzado a fronteira na véspera. "A triagem demorou mais de um dia", conta.

León saiu da Venezuela para fugir de um desempregado, da falta de comida e de remédios. "Já passei três dias sem comer", diz. "Sei operar redes de comunicação, câmeras de segurança... Me  recomendaram trabalhar em Manaus, mas não sei quando vou conseguir ir."

Após as agressões de sábado, León pensou em voltar. "Senti medo, mas depois as coisas foram se acalmando", relata. "Os brasileiros pensaram que foram venezuelanos que agrediram o comerciante. Entendo. Mas nenhuma violência se justifica."

Outro caso:
Ao lado da mulher e de cinco filhos, a mais nova de dois anos e o mais velho de 12, o comerciante Gregorio Bello, de 37 anos, estava com a passagem comprada para o Brasil quando recebeu a notícia do incêndio no acampamento. "Não podia devolver, então pensei: 'vamos em nome de Deus'."

O desejo, segundo conta, é chegar a Boa Vista e matricular as crianças na escola. "Até o momento, os brasileiros me atenderam muito bem", diz. "Espero que dê tudo certo."

èo que vemos nesse episódio? A violência, a intolerância, latente nas pessoas.

1.    Exposição dialogada:

èO que podemos entender por violência? Quem pode dar exemplos?
(anotar no quadro as respostas) e complementar:
- ofensas, xingamentos, grosserias;
- depredação de bens públicos ou particulares (telefone, ônibus, praças, escolas...);
- pichação de muros e prédios;
- “diversões” (touradas, brigas nas torcidas de futebol, "rachas" de carro, rivalidades de "grupos", booling).
Sem falar na violência contra si mesmo: hábitos que prejudicam a saúde do corpo (gula, vícios) e da mente (vícios mentais).

èlembrar o ensino de Jesus: (Evang. Cap IX)

1. Bem-aventurados os que são brandos, porque possuirão a Terra. (S. MATEUS, 5:5.)
2. Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus. (S. MATEUS, 5:9.)
3. Sabeis que foi dito aos antigos: Não matareis e quem quer que mate merecerá condenação pelo juízo. – Eu, porém, vos digo que quem quer que se puser em cólera contra seu irmão merecerá condenação no juízo; que aquele que disser a seu irmão: Raca, merecerá condenado pelo conselho; e que aquele que lhe disser: És louco, merecerá condenado ao fogo do inferno. (S. MATEUS, 5:21 e 22.)

ð  Jesus deixa bem claro, que até uma expressão descortês (raca)  seria motivo de condenação, pois a toda palavra e ação, está associado um sentimento. Nesse caso, de violência...


2.    Trabalho em grupo
Vamos fazer 2 grupos. A tarefa de cada grupo é:
- cada um deverá dizer de uma situação de violência que sofreu ou que fez alguém sofrer.
- o grupo deverá escolher um dos relatos e dar a ele um final diferente do que aconteceu de fato, de forma que não ocorra a ação violenta.
- esse caso reformulado pelo grupo deverá ser apresentado ao outro grupo.

Os dois grupos apresentam a situação vivida com um final diferente.

èdar apoio teórico caso seja necessário.

3.    Fixação do conteúdo


Vcs acham que a violência mora dentro de nós?  Onde a nascente dessa violência que trazemos em nós? Nas etapas anteriores de nossa evolução; quando agíamos por instinto para sobreviver, como os animais. Criamos esses automatismos que nos tomam de assalto nos momentos que nos sentimos fragilizados, ofendidos, atacados, em risco...

Não adianta engolir a violência que irrompe, engolir a raiva.
Precisamos nos aperceber desse sentimento, entrar em contato com ele. Controlá-lo para que ele não nos controle. E depois, buscar entender porque esse sentimento chegou, o que o ativou. Assim, vamos nos conhecendo aos poucos. Conhecendo e antecipando nossas reações, para que possamos agir ao invés de reagir.

èComo agir quando alguém nos provoca?
            - deixar que respondam e complementar:

- acalmar-se (e não discutir até que o outro fique calmo);
- procurar compreender o que o outro sente;
- dialogar sobre os pontos de vista diferentes;
- lembrar que todos somos iguais: queremos ser felizes.

ècomo diz o ditado popular, quando um não quer, dois não brigam.

4.    Passes e prece final.

5.    Avaliação
Aula para 5 jovens com boa participação. Não foi feito o trabalho em grupos. Foi uma conversa, no tema, que fluiu naturalmente. Eles deram retorno que gostaram das reflexões.


6.    Anexos


Nenhum comentário:

Postar um comentário