Casa Espírita
Missionários da Luz – Pré-Mocidade 13
à 17 anos 04/11/2016
Tema: Maria de Nazaré
Objetivos:
Conhecer
fatos da vida de Maria de Nazaré, e sua ação junto aos sofredores suicidas..
Bibliografia:
- Boa Nova - cap.
6 e 30 -Humberto de Campos, psicografia de Francisco Cândido Xavier
- A Mensagem do Amor Imortal, Amélia Rodrigues - cap 14. JESUS E FAMILIA
- Quando Voltar a Primavera, Amélia Rodrigues – ‘As Núpcias de Caná’
- O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. XIV item 7, ‘Honrai a vosso pai e a vossa mãe’
- A GÊNESE, Cap.XV
- Revista
Espírita – Janeiro/1862
- Mateus, Capítulo 1, 18-25; Lucas,
Cap. 1, 26-35;
- Cristianismo, a
Mensagem Esquecida – Herminio C. Miranda, Cap. 3 ‘Aspectos Históricos
Específicos”, item III ‘Jesus Teve Pai Terreno?”
- Memórias de um
Suicida, Yvonne Pereira
Material: cópias
Hora da novidade e Prece Inicial (todos que
desejarem, fazem a prece, um por vez).
Desenvolvimento:
1.
Motivação
Inicial:
Nas duas reuniões falamos de dois dos
apóstolos de Jesus, Paulo e Pedro, e depois de Marta e Maria, as irmãs de
Lázaro, amigos de Jesus.
Qual outra grande personagem da época de
Jesus falta falar?
O que vocês sabem sobre a mãe de Jesus?
- anotar no quadro o que disserem.
Quantos anos vocês acham que ela tinha quando
recebeu o anúncio de que seria mãe de Jesus?
- não se sabe exatamente. Uns dizem que
ela tinha 14 anos...
Ler a anunciação:
Lucas, Cap. 1:26-33
Ora, no sexto mês, foi o anjo Gabriel enviado
por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré, a uma virgem desposada com
um varão cujo nome era José, da casa de Davi; e o nome da virgem era Maria.
E, entrando o anjo onde ela estava disse:
Salve, agraciada; o Senhor é contigo.
Ela, porém, ao ouvir estas palavras, turbou-se
muito e pôs-se a pensar que saudação seria essa.
Disse-lhe então o anjo: Não temas, Maria; pois
achaste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, ao
qual porás o nome de Jesus. Este será grande e será chamado filho do Altíssimo;
o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi seu pai; e reinará eternamente sobre a
casa de Jacó, e o seu reino não terá fim.
- Essa passagem se chama ‘anunciação’ pois
registra o momento em que Maria recebeu a notícia de que seria mãe de Jesus.
O que chamou a atenção de vocês nessa
passagem?
- mediunidade de Maria: viu um
Espírito lhe dando a mensagem;
- virgem era um termo usado na
língua da época, para designar jovens mulheres. E Maria era muito jovem.
2.
Distribuir
alguns trechos da literatura espírita que fala de Maria para que possam ir construindo
uma visão da vida da mãe de Jesus.
Cada um deve ler seu trecho e
comentar.
- Boa Nova, Cap.6 –
Maria preocupada com o futuro de Jesus
- Quando Voltar a Primavera – ‘As Núpcias de Caná’ – Maria uma mãe que
pede auxílio ao filho
- Evangelho Seg.Espiritismo,
Cap. XIV, item 5 – Maria busca Jesus que pregava ao povo
- A Mensagem do Amor Imortal, Cap. 14
- Maria aos pés da cruz (família
universal)
- Boa Nova, Cap. 30,
Maria atende aos sofredores em Éfeso
- Boa Nova, Cap. 30,
Jesus busca Maria já idosa
- Memórias de um
Suicida – Maria no socorro aos suicidas
3.
Passes
e prece final.
4.
Avaliação
Aula para 7 jovens, com participação. Tiveram
dificuldade de interpretar os textos recebidos. A cada leitura fui explicando
os fatos e o contexto para que entendessem.
5.
Anexos
( 1 )
(Humberto de Campos, Boa Nova, Cap.2, relata uma
passagem de Maria)
– “Mãe, que
queres tu de mim‘? Acaso não tenho testemunhado minha comunhão com o Pai que
está no Céu ?!”
Altamente
surpreendida com a sua pergunta, respondi-lhe hesitante : – “Tenho cuidado por
ti, meu filho! Reconheço que necessitas de um preparo melhor para a vida...”
Mas, como
se estivesse em pleno conhecimento do que se passava em meu íntimo, ponderou :
“Mãe, toda
preparação útil e generosa no mundo é preciosa; entretanto, eu já estou com
Deus. Meu Pai, porém, deseja de nós toda a exemplificação que seja boa e eu
escolherei, desse modo, a escola melhor”.
( 2 )
(Quando Voltar a Primavera, Amélia
Rodrigues – ‘As Núpcias de Caná’)
Maria
se encontrava em Caná. Convidada, como foram Jesus e os discípulos,
antecedera-O. Ele abraçou-a ao chegar com inaudita ternura. Ela O aguardava com
ansiedade crescente e afeto desmedido.
A
cena comovente estava assinalada pelas expectativas de felicidade da mãe
saudosa que se renovava no carinho do filho terno que a afagaria. (...)
A festa nupcial convidativa iniciava-se em clima de
expectativas, em circunstâncias felizes. Todas elas em Israel eram
significativas. Consoante os recursos financeiros e a posição social dos
nubentes, demoravam de três a oito dias... (...)
Maria, diligente amiga da família, acompanhava as cenas e
rejubilava-se com todos. A presença do filho era-lhe felicidade para o coração.
(...)
No
transcorrer das festas, Maria percebeu que o vinho não poderia atender à
insaciedade de todos e recorrer, aflita, ao filho.
Ela
sabia da Sua procedência, do Seu poder, e resolveu interceder junto a Ele pela
família. (...)
Acercou-se,
discreta, e apresentou-lhe os receios do coração a meia voz.
-
Faltará o vinho – assevera-Lhe com preocupação – e isso é sinal de mau agouro
para os nubentes que começam a edificação do lar. (...)
Jesus
fitou-a, amoroso, e redargüiu-lhe com a ternura habitual de filhos devotado.
-
Mulher, que tenho eu com isso? Minha hora ainda não é chegada.
A
expressão mulher, não obstante soe aos ouvidos modernos como rude, em Israel
era verbete de carinho e respeito na intimidade familial, desde os antigos. Na
Cruz, novamente Ele pronunciará a palavra num tom de inesquecível angústia, mas
também de devoção.
Maria,
que Lhe conhecia a disposição de servir, asseverou aos servos, tranqüila:
-
Fazei tudo quanto Ele vos disser.
Há
um momento breve de longa espera.
Os
dois amores se penetram de ternura. Ela sorri. Ele medita.
( 3 )
(O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. XIV
item 5)
E, tendo vindo para casa, reuniu-se
aí tão grande multidão de gente, que eles nem sequer podiam fazer sua refeição.
– Sabendo disso, vieram seus parentes para se apoderarem dele, pois diziam que
perdera o espírito.
Entretanto, tendo vindo sua mãe e
seus irmãos e conservando-se do lado de fora, mandaram chamá-lo. – Ora, o povo
se assentara em torno dele e lhe disseram: Tua mãe e teus irmãos estão lá fora
e te chamam. – Ele lhes respondeu:
Quem é minha mãe e quem são meus
irmãos? E, perpassando o olhar pelos que estavam assentados
ao seu derredor, disse: Eis aqui
minha mãe e meus irmãos; – pois, todo aquele que faz a vontade de Deus, esse é
meu irmão, minha irmã e minha mãe. (S.
MARCOS, 3:20-21 e 31 a 35; – S. MATEUS, 12:46 a 50.)
( 4 )
(A Mensagem do Amor Imortal, Amélia Rodrigues - cap 14. JESUS E FAMILIA)
Jesus, ‘quando se
encontrava na cruz, expirando, e ouviu o grito de sua santa mãe chamando-O de filho,
Ele fitou João, que se encontrava ao lado dela, e propôs a família universal do
amor, enunciando:
- Mulher, eis aí o teu filho. Filho, eis aí a tua mãe!...
- Mulher, eis aí o teu filho. Filho, eis aí a tua mãe!...
Rompiam-se, naquele
momento, os laços da família biológica para ampliar-se os sentimentos de união
na família universal.
(
5 )
(Boa
nova, Cap. 30)
E João lhe
contou a sua nova vida. Instalara-se definitivamente em Éfeso, onde as idéias
cristãs ganhavam terreno entre almas devotadas e sinceras. Nunca olvidara as
recomendações do Senhor e, no intimo, guardava aquele titulo de filiação como
das mais altas expressões de amor universal para com aquela que recebera o
Mestre nos braços veneráveis e carinhosos.
Maria
escutava-lhe as confidências, num misto de reconhecimento e de ventura.
João
continuava a expor-lhe os seus planos mais insignificantes. Levá-la-ia consigo,
andariam ambos na mesma associação de interesses espirituais. Seria seu filho
desvelado, enquanto que receberia de sua alma generosa a ternura maternal, nos
trabalhos do Evangelho. (...)
Maria
aceitou alegremente.
Dentro de
breve tempo, instalaram-se no seio amigo da Natureza, em frente do oceano.
Éfeso ficava pouco distante; porém, todas as adjacências se povoavam de novos núcleos
de habitações alegres e modestas. A casa de João, ao cabo de algumas semanas,
se transformou num ponto de assembléias adoráveis, onde as recordações do
Messias eram cultuadas por espíritos humildes e sinceros.
Maria
externava as suas lembranças. Falava dele com maternal enternecimento, enquanto
o apóstolo comentava as verdades evangélicas, apreciando os ensinos recebidos.
(...)
Decorridos
alguns meses, grandes fileiras de necessitados acorriam ao sitio singelo e
generoso. A notícia de que Maria descansava agora entre eles espalhara um clarão
de esperança por todos os sofredores. (...)
Sua
choupana era, então, conhecida pelo nome de “Casa da Santíssima”.
O fato
tivera origem em certa ocasião, quando um miserável leproso, depois de aliviado
em suas chagas, lhe osculou as mãos, reconhecidamente murmurando:
—“Senhora,
sois a mãe de nosso Mestre e nossa Mãe Santíssima”.
(
6 )
(Boa
nova, Cap. 30)
Então, num crepúsculo estrelado, Maria entregou-se
às orações, como de costume, pedindo a Deus por todos aqueles que se
encontrassem em angústias do coração, por amor de seu filho.
Embora a solenidade do ambiente, não se sentia só;
uma como força singular lhe banhava a alma toda. (...)
Enlevada nas suas meditações, Maria viu
aproximar-se o vulto de um pedinte.
— “Minha mãe — exclamou o recém-chegado, como
tantos outros que recorriam ao seu carinho venho fazer-te companhia e receber a
tua bênção”.
Maternalmente, ela o convidou a entrar,
impressionada com aquela voz que lhe inspirava profunda simpatia. O peregrino
lhe falou do céu, confortando-a delicadamente Comentou as bem-aventuranças
divinas que aguardam a todos os devotados e sinceros filhos de Deus, dando a
entender que lhe compreendia as mais ternas saudades do coração. Maria sentiu-se
empolgada por tocante surpresa. Que mendigo seria alquile que lhe acalmava as dores
secretas da alma saudosa, com bálsamos tão dulçurosos? Nenhum lhe surgira até
então para dar; era sempre para pedir alguma coisa. No entanto, aquele
viandante desconhecido lhe derramava no intimo as mais santas consolações. Onde
ouvira aquela voz meiga e carinhosa, noutros tempos?! Que emoções eram
aquelas que lhe faziam pulsar o coração de tanta caricia?
Seus olhos se umedeceram de Ventura, sem que
conseguisse explicar a razão de sua terna emotividade.
Foi quando o hóspede anônimo lhe estendeu as mãos
generosas e lhe falou com profundo acento de amor:
— “Minha mãe, vem aos meus braços!”.
Nesse instante, fitou as mãos nobres que se lhe
ofereciam, num gesto da mais bela ternura. Tomada de comoção profunda, viu
nelas duas chagas, como as que seu filho revelava na cruz e, instintivamente,
dirigindo o olhar ansioso para os pés do peregrino amigo, divisou também aí as úlceras
causadas pelos cravos do suplicio. Não pode mais. Compreendendo a visita
amorosa que Deus lhe enviava ao coração, bradou com infinita alegria:
— “Meu filho! meu filho! as úlceras que te fizeram!”...
E, precipitando-se para ele, como mãe carinhosa e
desvelada, quis certificar-se, tocando a ferida que lhe fora produzida pela
última lança, perto do coração. Suas mãos ternas e solícitas o abraçaram na
sombra visitada pelo luar, procurando sofregamente a úlcera que tantas lágrimas
lhe provocara ao carinho maternal. A chaga lateral também lá estava, sob a
caricia de suas mãos. Não conseguiu dominar
o seu intenso júbilo. Num ímpeto de amor, fez um movimento para se ajoelhar.
Queria abraçar-se aos pés do seu Jesus e osculá-los com ternura. Ele, porém,
levantando-se, cercado de um halo de luz
celestial, se lhe ajoelhou aos pés e, beijando-lhe as mãos, disse em carinhoso
transporte:
—“Sim, minha mãe, sou eu!... Venho buscar-te, pois
meu Pai quer que sejas no meu reino a Rainha dos Anjos!...”.
( 7 )
(PDF do livro Memórias de Um Suicida)
Daquele momento em diante estaríamos
sob a tutela direta de uma das mais importantes agremiações pertencentes à Legião
chefiada pelo grande Espírito Maria de Nazaré, ser angélico e sublime que na
Terra mereceu a missão honrosa de seguir, com solicitudes maternais, aquele que
foi o redentor dos homens! (pág 26)
(pag 44)
(...) - Maria, única Majestade a
governar este Instituto Correcional onde te abrigas temporariamente!
pag 106 - Cap II - Os arquivos
da alma
(...), é
Maria a sublime acolhedora dos réprobos que se arrojaram aos
temerosos abismos da morte voluntária...
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