quarta-feira, 27 de julho de 2016

Lei de Reprodução - Relacionamentos afetivos

Casa Espírita Missionários da Luz – Mocidade – 22/07/2016

Tema: Lei de Reprodução - Relacionamentos afetivos

Objetivos:
Refletir sobre a importância dos relacionamentos afetivos  - namoro, noivado, casamento - para o desenvolvimento do ser;
Perceber a ação do planejamento espiritual na reunião dos seres para os compromissos afetivos.

Bibliografia:
O Livro dos Espíritos, pergs: 60, 291, 695. e 696
O Evang.Segundo o Espiritismo, Cap. XVII item 7 “O Dever”, Cap. XXII item 3;
Desafios da Educação – Camilo/Raul Teixeira, Parte 3 'A Honra de Procriar”, pergs. 28, 29, 33;
Desafios da Vida Familiar – Camilo/Raul Teixeira, “Formação dos Casais”, pergs. 15 à 25, “O Casamento na Terra”;
Vida e Sexo, Emmanuel/Chico Xavier, “Namoro”, “Energia Sexual”, “Compromisso Afetivo” e “Casamento”.
Vereda Familiar, Thereza de Brito/Raul Teixeira, Cap. 6 e 7

Material: cópia da letra da música para todos e áudio da música “Já sei namorar”; caixa de som/pendrive

Desenvolvimento:
1.            Hora da novidade e Prece Inicial

2.            Motivação inicial:
Dar a letra da música dos Tribalistas: “Já sei namorar”, e colocar o áudio para que possam acompanhar.
Já sei namorar
Não tenho juiz
Já sei beijar de língua
Se você quer a vida em jogo
Agora, só me resta sonhar
Eu quero é ser feliz
Já sei onde ir
Não tenho paciência pra televisão
Já sei onde ficar
Eu não sou audiência para a solidão
Agora, só me falta sair
Eu sou de ninguém
Não tenho paciência pra televisão
Eu sou de todo mundo
Eu não sou audiência para a solidão
E todo mundo me quer bem
Eu sou de ninguém
Eu sou de ninguém
Eu sou de todo mundo
Eu sou de todo mundo
E todo mundo me quer bem
E todo mundo é meu também
Eu sou de ninguém
Tô te querendo como ninguém
Eu sou de todo mundo
Tô te querendo como Deus quiser
E todo mundo é meu também
Tô te querendo como eu te quero
Já sei namorar
Tô te querendo como se quer (x2)
Já sei chutar a bola
Agora, só me falta ganhar

O que mais te chamou atenção na música? Por quê ?
Conduzir os jovens à reflexão sobre suas atitudes perante os seus próprios sentimentos e dos outros.
Existe ‘não sou de ninguém’? ‘sou de todo mundo’?
- Será que somos máquina, que liga/desliga um botão?
- Se um dos dois entra num encontro afetivo com esse pensamento, pode estar machucando a si mesmo e ao outro.

3.            Desenvolvimento:

Para quê serve o namoro? Noivado? Casamento?
==> Deixá-los responder, conduzindo a resposta a partir do texto de Camilo sobre o tema.

Perg. 29: Qual a função dos períodos de namoro, noivado e casamento?

Encarando esses períodos como exigências sociais, que obedecem à necessidade que os indivíduos apresentam de estabelecerem um contato mínimo, antes do matrimônio propriamente dito. Vê-mo-las como propiciadores desses contatos, desses entrosamentos, partindo do conhecimento mais periférico, que envolve modos, beleza plástica, falas, etc., passando por um estágio em que já se vivencia uma intimidade maior no campo das ideias, da firmeza e fragilidade da outra pessoa, filosofia de vida, temperamento, ocasião em que se deverão pôr as cartas na mesa, no sentido de se definirem posturas para o casamento, condutas perante a questão profissional da mulher, quanto ao trabalho fora de casa, à criação dos filhos, ao ajustamento religioso dos filhos em razão de possíveis diferenças do casal, etc.
O casamento, contudo, é que vai coroando esse conhecimento, ao longo do tempo, impondo muitas vezes mudanças de opiniões, de idéias ou de condutas que se tinha com relação à outra parte, amadurecendo o bem-querer ou confirmando os desencontros.
Daí, então, vemos o casamento como o crisol onde vão-se burilando os seres que se dispuseram servir à Grande Vida, por meio de sua sinceridade e abnegação nos passos da vida, crescendo, pouco a pouco, para o cumprimento dos seus relevantes misteres na Terra. (Diretrizes da Educação – Camilo/Raul Teixeira)

==>  Dá para atingir esses objetivos sem um compromisso de namoro? O namoro é uma preparação para o casamento – união de dois seres, fase de conhecimento entre dois seres.
==> O que é o ‘ficar’? ==> exaltação dos sentidos! Não alimenta a alma!

==> a alma precisa de alimento? O que vocês acham?
==>   Nutrição psíquica

==> Por que é natural buscarmos os relacionamentos afetivos?
==>pela própria lei de reprodução, para a perpetuação da espécie. Mas mais do que isso, existe Complementação Psíquica

Camilo, pela psicografia de Raul Teixeira, em  “A Honra de Procriar” - Diretrizes da Educação diz:
“Enquanto reencarnados na Terra, os espíritos, na sua quase totalidade, necessitam dessas experiências sob risco de enfermarem, psicologicamente, espiritualmente, quando não ofertem nem recebam esses nectares da Vida. (...)
Essas energias criadoras não são encontradas somente nos casais, mas, conforme já o assinalamos, está presente em todas as criaturas. Assim é que ela está no gesto enternecido entre almas que se amam, independente de relações conjugais, independente de contatos genitais. Está ativa no afeto dos amigos que se abraçam, que se tocam ou simplesmente se envolvem psiquicamente, sem qualquer contato corporal, produzindo o mesmo efeito.”

==> Camilo coloca que necessitamos dessas experiências afetivas. Todos necessitamos de AMOR!

Os autores desse livro, perguntaram a Camilo?
Perg.21: Por que temos de buscar alguém que nos complemente o psiquismo? E a nossa individualidade?

A Divindade estabeleceu para a vida na Terra o regime da interdependência. Para que o egoísmo não alcance níveis mais alarmantes, quis o Criador que, embora individuais, inteiros, tivéssemos necessidade da relação uns com os outros.
Em termos orgânicos, quando encarnados, temos necessidade do alimento material. Para isso estão ao dispor de cada ser humano os alimentos dos reinos vegetal, mineral e animal, para reabastecer o edifício somático.
Entanto, os indivíduos carecem de outras energias, a energia que nos chega dos astros, da natureza em torno, principalmente de outras almas. Não é à toa que somos animais sociais – como afirmou Platão – pois sentimos falta do contato dos outros, dos fluidos dos demais irmãos, como se fossem combustível para a vida. Aliás, é a ausência dos fluidos de outra pessoa em nós que nos impõe um sentimento que chamamos saudade. Sentimos a presença ou a ausência dos fluidos característicos tanto de pessoas quanto de lugares. Saudade, então, representa um processo de “desnutrição” psíquica que pode fazer adoecer, psicológica e fisicamente, ou mesmo matar biologicamente. Morre-se de saudade como se morre de inanição no mundo. (...)
Daí, as pessoas amadas, sejam amigas, sejam esposos, filhos, pais, irmãos, deixam-nos carentes dos seus fluidos quando estão longe de nós, fisicamente. Passamos a sentir esvaecimento, surge a necessidade de complementação. O recebimento de uma carta, uma chamada telefônica, um encontro, mesmo que rápido, apaziguam a angustiosa sensação. Então, verificamos que há uma relação biopsíquica entre as pessoas vinculadas por afetividade.

==>  resposta reforça que o casamento, a união de dois seres, é lei natural, para que possamos reduzir o egoísmo.

==> vocês acham que no casamento, existe planejamento espiritual?
Fazer dois grupos: os que acham que SIM e os que acham que NÃO.

            - para o grupo do SIM, fazer a pergunta: mas e as pessoas que casam e descasam? E Casam de novo?

            - para o grupo do NÃO, fazer a pergunta: mas como muitos casamentos são duradouros?

            Depois voltar as respostas ao grupão (respostas baseadas no livro Desafios da Vida Familiar):

Para o grupo do SIM:


Perg. 16: Como podemos entender que duas pessoas se encontrem, se gostem e se unam, formando um casal para viver junto longamente?

Do mesmo modo que os vegetais se direcionam na busca do Sol e tem suas raízes que procuram diversos nutrientes no solo ou no subsolo, as almas também desejam se nutrir.
Esta procura de alimentação, de complementação que as almas efetuam dá-se o nome de psiquismo. O ser espiritual – essa psique em permanente atividade – anela encontrar em outro ser espiritual aquilo que lhe falta, de costume, à própria formação psicológica ou algo que se some ao que já lhe é comum.
Em realidade, não é comum que esse tipo de busca esteja ao nível do consciente. Quase sempre isso ocorre em nível inconsciente.
Quando alguém de depara com outro alguém que lhe dê resposta afetiva capaz de alimentar seus sentimentos, nutrir seus sonhos, contribuir com seus projetos de vida a dois, é comum se formalize o interesse de uma parte pela outra, ou o interesse recíproco, em condição favorável para a formação do par, do casal.

Perg. 17: Quando se diz que os casamentos vêm programados do Mundo Espiritual, o que isto significa?

Isso quer dizer que os Espíritos Benfeitores, responsáveis pelas reencarnações, após analisar e avaliar as “fichas” reencarnatórias dos seus tutelados, concluíram que em função das virtudes conquistadas e dos débitos com a vida, ser-lhes-á importante, necessário mesmo, encontrar e unir-se a alguém portador de tais qualidades e tais dificuldades. Indivíduos com as características visadas poderão ser encontrados em qualquer lugar da Terra, tendo em vista compor no planeta uma família universal com muitos pontos em comum, muitas similitudes.
Espíritos assim, tão semelhantes e tão dessemelhantes – aqui é proposital a aparente contradição – acharão, com certeza, aqueles com pouca ou ampla possibilidade de ajustamento psíquico.
É necessário que os parceiros experimentem um certo conforto psicológico, a fim de se aceitarem para a convivência mais íntima, com sérios propósitos.
Nisso consiste a força da programação. Não o determinismo absoluto, que não corresponderia à Suprema Inteligência do Criador.


Para o grupo do NÃO:
Perg 19: Podem duas pessoas que jamais estiveram juntas em outras existências vir se encontrar na Terra e estabelecer uma relação conjugal?

Sim, e muitas vezes acontece. Pelo fato de ser a família terrestre muito parecida, costumam ocorrer encontros nos quais vige a lei das afinidades, do magnetismo pessoal. Duas criaturas que nunca tenham convivido podem sem dúvida, unir-se atualmente, por serem almas afins. A afinidade psíquica é responsável tanto pelas expressões de simpatia quanto da antipatia, no caso da não afinidade.


4.            Conclusão:

Existem planejamentos pessoais, e planejamentos por características que auxiliem os Espíritos a progredirem juntos.

Por isso, pessoas que nunca se conheceram em vidas passadas, mas que detém características que se auxiliem mutuamente, podem vir a casar e se auto alimentarem psiquicamente.

De qualquer modo, temos nosso livre arbítrio. Muitas vezes nos deixamos levar por motivações outras que não a atração psíquica, e por não haver então, a mútua alimentação psíquica, o par acaba se separando.

5.            Prece final.

Avaliação:

Aula para 6 jovens. Não foi feito o trabalho em grupo. A turma mostrou bastante interesse pelo tema.
 Obs.: os textos de Camilo foram comentados durante o diálogo com os jovens; não é para ler!

Anexo:
    “A Honra de Procriar” - Camilo/Raul Teixeira – Diretrizes da Educação


Nenhuma função que tenha o espírito na Terra encarnado será mais bela ou mais pujante do que a função de co-criador com Deus.
O Criador depôs em cada um dos Seus Filhos essa chama, perenemente acesa, alimentada por essa energia cósmica que tudo penetra, que tudo inunda, que tudo faz vibrar, e que se convencionou chamar de Vida. (...)
No consórcio esponsalício, quando duas almas se unem sob a bênção do amor, essa sublime energia criadora que se movimenta em todo ser humano, chamada energia sexual, estabelece a nutrição hormono-psíquica do casal, ocasião em que se diz, simbolicamente, que os dois se tornam uma só carne, facultando que levem uma vida harmonizada, à semelhança de quem se vale de um copo d'água fresca quando tem sede.
Junto desses hormônios em atividade durante os relacionamentos do amor, seja na sua expressão genital ou nas trocas de ternuras, no envolvimento do carinho, desenvolvem-se outras formas de energia, decorrentes da energia mental, capazes de alimentar os centros energéticos – centros de força – do corpo espiritual, repercutindo sobre o corpo físico, fechando o circuito do amor conjugal. Nasce o impulso afetivo no espírito. (…)
Enquanto reencarnados na Terra, os espíritos, na sua quase totalidade, necessitam dessas experiências sob risco de enfermarem, psicologicamente, espiritualmente, quando não ofertem nem recebam esses nectares da Vida. (...)
Essas energias criadoras não são encontradas somente nos casais, mas, conforme já o assinalamos, está presente em todas as criaturas. Assim é que ela está no gesto enternecido entre almas que se amam, independente de relações conjugais, independente de contatos genitais. Está ativa no afeto dos amigos que se abraçam, que se tocam ou simplesmente se envolvem psiquicamente, sem qualquer contato corporal, produzindo o mesmo efeito.

Nenhum comentário:

Postar um comentário