Casa Espírita
Missionários da Luz – Mocidade – 22/07/2016
Tema: Lei de Reprodução -
Relacionamentos afetivos
Objetivos:
Refletir sobre a importância dos
relacionamentos afetivos - namoro,
noivado, casamento - para o desenvolvimento do ser;
Perceber a ação do planejamento espiritual na
reunião dos seres para os compromissos afetivos.
Bibliografia:
O Livro dos
Espíritos, pergs: 60, 291, 695. e 696
O Evang.Segundo o
Espiritismo, Cap. XVII item 7 “O Dever”, Cap. XXII item 3;
Desafios da Educação
– Camilo/Raul Teixeira, Parte 3 'A Honra de Procriar”, pergs. 28, 29, 33;
Desafios da Vida
Familiar – Camilo/Raul Teixeira, “Formação dos Casais”, pergs. 15 à 25, “O
Casamento na Terra”;
Vida e Sexo,
Emmanuel/Chico Xavier, “Namoro”, “Energia Sexual”, “Compromisso Afetivo” e
“Casamento”.
Vereda Familiar,
Thereza de Brito/Raul Teixeira, Cap. 6 e 7
Material: cópia da letra da
música para todos e áudio da música “Já sei namorar”; caixa de som/pendrive
Desenvolvimento:
1.
Hora
da novidade e Prece Inicial
2.
Motivação inicial:
Dar
a letra da música dos Tribalistas: “Já sei namorar”, e colocar o áudio para que
possam acompanhar.
|
- O que mais te chamou
atenção na música? Por quê ?
Conduzir os jovens à reflexão sobre
suas atitudes perante os seus próprios sentimentos e dos outros.
- Existe ‘não sou de
ninguém’? ‘sou de todo mundo’?
- Será que somos
máquina, que liga/desliga um botão?
- Se um dos dois entra
num encontro afetivo com esse pensamento, pode estar machucando a si mesmo e ao
outro.
3.
Desenvolvimento:
Para quê
serve o namoro? Noivado? Casamento?
==> Deixá-los
responder, conduzindo a resposta a partir do texto de Camilo sobre o tema.
Perg. 29: Qual a
função dos períodos de namoro, noivado e casamento?
Encarando
esses períodos como exigências sociais,
que obedecem à necessidade que os
indivíduos apresentam de estabelecerem um contato mínimo, antes do
matrimônio propriamente dito. Vê-mo-las como propiciadores desses contatos,
desses entrosamentos, partindo do conhecimento mais periférico, que envolve modos,
beleza plástica, falas, etc., passando por um estágio em que já se vivencia uma
intimidade maior no campo das ideias, da
firmeza e fragilidade da outra pessoa, filosofia de vida, temperamento, ocasião
em que se deverão pôr as cartas na mesa, no sentido de se definirem
posturas para o casamento, condutas perante a questão profissional da mulher,
quanto ao trabalho fora de casa, à criação dos filhos, ao ajustamento religioso
dos filhos em razão de possíveis diferenças do casal, etc.
O
casamento, contudo, é que vai coroando esse conhecimento, ao longo do tempo,
impondo muitas vezes mudanças de opiniões, de idéias ou de condutas que se
tinha com relação à outra parte, amadurecendo o bem-querer ou confirmando os
desencontros.
Daí,
então, vemos o casamento como o crisol onde vão-se burilando os seres que se
dispuseram servir à Grande Vida, por meio de sua sinceridade e abnegação nos
passos da vida, crescendo, pouco a pouco, para o cumprimento dos seus
relevantes misteres na Terra. (Diretrizes
da Educação – Camilo/Raul Teixeira)
==> Dá para atingir esses
objetivos sem um compromisso de namoro? O namoro é uma preparação para o
casamento – união de dois seres, fase de conhecimento entre dois seres.
==> O que é o ‘ficar’? ==> exaltação
dos sentidos! Não alimenta a alma!
==> a alma precisa de alimento? O que vocês
acham?
==> Nutrição psíquica
==> Por que é natural buscarmos os
relacionamentos afetivos?
==>pela
própria lei de reprodução, para a perpetuação da espécie. Mas mais do que isso,
existe Complementação Psíquica
Camilo,
pela psicografia de Raul Teixeira, em “A Honra de Procriar” - Diretrizes da
Educação
diz:
“Enquanto
reencarnados na Terra, os espíritos, na sua quase totalidade, necessitam dessas experiências sob
risco de enfermarem, psicologicamente,
espiritualmente, quando não ofertem nem recebam esses nectares da Vida.
(...)
Essas
energias criadoras não são encontradas somente nos casais, mas, conforme já o
assinalamos, está presente em todas as
criaturas. Assim é que ela está no gesto enternecido entre almas que se
amam, independente de relações conjugais, independente de contatos genitais.
Está ativa no afeto dos amigos que se abraçam, que se tocam ou simplesmente se
envolvem psiquicamente, sem qualquer contato corporal, produzindo o mesmo
efeito.”
==> Camilo coloca que necessitamos dessas experiências afetivas. Todos necessitamos de
AMOR!
Os
autores desse livro, perguntaram a Camilo?
Perg.21: Por que
temos de buscar alguém que nos complemente o psiquismo? E a nossa
individualidade?
A Divindade
estabeleceu para a vida na Terra o regime
da interdependência. Para que o egoísmo
não alcance níveis mais alarmantes, quis o Criador que, embora individuais, inteiros, tivéssemos
necessidade da relação uns com os outros.
Em termos orgânicos,
quando encarnados, temos necessidade do alimento material. Para isso estão ao
dispor de cada ser humano os alimentos dos reinos vegetal, mineral e animal,
para reabastecer o edifício somático.
Entanto, os
indivíduos carecem de outras energias, a energia que nos chega dos astros, da
natureza em torno, principalmente de outras almas. Não é à toa que somos
animais sociais – como afirmou Platão – pois sentimos falta do contato dos
outros, dos fluidos dos demais irmãos, como se fossem combustível para a vida.
Aliás, é a ausência dos fluidos de outra
pessoa em nós que nos impõe um sentimento que chamamos saudade. Sentimos a
presença ou a ausência dos fluidos característicos tanto de pessoas quanto de
lugares. Saudade, então, representa um processo de “desnutrição” psíquica que pode fazer adoecer, psicológica e
fisicamente, ou mesmo matar biologicamente. Morre-se de saudade como se morre
de inanição no mundo. (...)
Daí, as pessoas
amadas, sejam amigas, sejam esposos, filhos, pais, irmãos, deixam-nos carentes
dos seus fluidos quando estão longe de nós, fisicamente. Passamos a sentir
esvaecimento, surge a necessidade de complementação. O recebimento de uma
carta, uma chamada telefônica, um encontro, mesmo que rápido, apaziguam a
angustiosa sensação. Então, verificamos que há uma relação biopsíquica entre as
pessoas vinculadas por afetividade.
==> resposta reforça que o casamento, a união
de dois seres, é lei natural, para que possamos reduzir o egoísmo.
==> vocês acham que no casamento, existe
planejamento espiritual?
Fazer
dois grupos: os que acham que SIM e os que acham que NÃO.
- para o grupo do SIM, fazer a
pergunta: mas e as pessoas que casam e descasam? E Casam de novo?
- para o grupo do NÃO, fazer a
pergunta: mas como muitos casamentos são duradouros?
Depois voltar as respostas ao grupão
(respostas baseadas no livro Desafios da Vida Familiar):
Para
o grupo do SIM:
Perg. 16: Como
podemos entender que duas pessoas se encontrem, se gostem e se unam, formando
um casal para viver junto longamente?
Do
mesmo modo que os vegetais se direcionam na busca do Sol e tem suas raízes que
procuram diversos nutrientes no solo ou no subsolo, as almas também desejam se
nutrir.
Esta
procura de alimentação, de complementação que as almas efetuam dá-se o nome de
psiquismo. O ser espiritual – essa psique em permanente atividade – anela
encontrar em outro ser espiritual aquilo que lhe falta, de costume, à própria
formação psicológica ou algo que se some ao que já lhe é comum.
Em
realidade, não é comum que esse tipo de busca esteja ao nível do consciente.
Quase sempre isso ocorre em nível inconsciente.
Quando
alguém de depara com outro alguém que lhe dê resposta afetiva capaz de
alimentar seus sentimentos, nutrir seus sonhos, contribuir com seus projetos de
vida a dois, é comum se formalize o interesse de uma parte pela outra, ou o
interesse recíproco, em condição favorável para a formação do par, do casal.
Perg. 17: Quando se
diz que os casamentos vêm programados do Mundo Espiritual, o que isto
significa?
Isso
quer dizer que os Espíritos Benfeitores, responsáveis pelas reencarnações, após
analisar e avaliar as “fichas” reencarnatórias dos seus tutelados, concluíram
que em função das virtudes conquistadas e dos débitos com a vida, ser-lhes-á
importante, necessário mesmo, encontrar e unir-se a alguém portador de tais
qualidades e tais dificuldades. Indivíduos
com as características visadas poderão ser encontrados em qualquer lugar da
Terra, tendo em vista compor no planeta uma família universal com muitos pontos
em comum, muitas similitudes.
Espíritos
assim, tão semelhantes e tão dessemelhantes – aqui é proposital a aparente
contradição – acharão, com certeza, aqueles com pouca ou ampla possibilidade de
ajustamento psíquico.
É
necessário que os parceiros experimentem um certo conforto psicológico, a fim
de se aceitarem para a convivência mais íntima, com sérios propósitos.
Nisso
consiste a força da programação. Não o determinismo absoluto, que não
corresponderia à Suprema Inteligência do Criador.
Para o
grupo do NÃO:
Perg 19: Podem duas
pessoas que jamais estiveram juntas em outras existências vir se encontrar na
Terra e estabelecer uma relação conjugal?
Sim, e muitas vezes acontece. Pelo fato de ser a família terrestre muito parecida,
costumam ocorrer encontros nos quais vige a lei das afinidades, do magnetismo
pessoal. Duas criaturas que nunca tenham convivido podem sem dúvida, unir-se
atualmente, por serem almas afins. A afinidade psíquica é responsável tanto
pelas expressões de simpatia quanto da antipatia, no caso da não afinidade.
4.
Conclusão:
Existem
planejamentos pessoais, e planejamentos por características que auxiliem os
Espíritos a progredirem juntos.
Por
isso, pessoas que nunca se conheceram em vidas passadas, mas que detém
características que se auxiliem mutuamente, podem vir a casar e se auto
alimentarem psiquicamente.
De
qualquer modo, temos nosso livre arbítrio. Muitas vezes nos deixamos levar por
motivações outras que não a atração psíquica, e por não haver então, a mútua
alimentação psíquica, o par acaba se separando.
5.
Prece
final.
Avaliação:
Aula para
6 jovens.
Não foi feito o trabalho em grupo. A turma mostrou bastante interesse pelo
tema.
Obs.: os textos de Camilo foram comentados durante o diálogo com os jovens; não é para ler!
Anexo:
“A Honra de Procriar” - Camilo/Raul
Teixeira – Diretrizes da Educação
Nenhuma função que
tenha o espírito na Terra encarnado será mais bela ou mais pujante do que a
função de co-criador com Deus.
O Criador depôs em
cada um dos Seus Filhos essa chama, perenemente acesa, alimentada por
essa energia cósmica que tudo penetra, que tudo inunda, que tudo faz
vibrar, e que se convencionou chamar de Vida. (...)
No consórcio
esponsalício, quando duas almas se unem sob a bênção do amor, essa sublime
energia criadora que se movimenta em todo ser humano, chamada energia sexual,
estabelece a nutrição hormono-psíquica do casal, ocasião em que se diz,
simbolicamente, que os dois se tornam uma só carne, facultando que levem
uma vida harmonizada, à semelhança de quem se vale de um copo d'água fresca
quando tem sede.
Junto desses
hormônios em atividade durante os relacionamentos do amor, seja na sua
expressão genital ou nas trocas de ternuras, no envolvimento do carinho,
desenvolvem-se outras formas de energia, decorrentes da energia mental,
capazes de alimentar os centros energéticos – centros de força – do corpo
espiritual, repercutindo sobre o corpo físico, fechando o circuito do amor
conjugal. Nasce o impulso afetivo no espírito. (…)
Enquanto reencarnados
na Terra, os espíritos, na sua quase totalidade, necessitam dessas experiências
sob risco de enfermarem, psicologicamente, espiritualmente, quando não ofertem
nem recebam esses nectares da Vida. (...)
Essas energias
criadoras não são encontradas somente nos casais, mas, conforme já o
assinalamos, está presente em todas as criaturas. Assim é que ela está no gesto
enternecido entre almas que se amam, independente de relações conjugais,
independente de contatos genitais. Está ativa no afeto dos amigos que se
abraçam, que se tocam ou simplesmente se envolvem psiquicamente, sem qualquer
contato corporal, produzindo o mesmo efeito.
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