domingo, 30 de agosto de 2015

O Medo

Casa Espírita Missionários da Luz – Pré-Mocidade                   11 à 14 anos    28/08/2015

Tema:  O Medo

Objetivos:
Refletir sobre os efeitos negativos e destrutivos do medo exagerado;
Refletir sobre o medo da morte.

Bibliografia:  
O Livro dos Espíritos: Pergs. 154 à 157, 728 à 731(lei de destruição) e 941.
Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. II
O Céu e o Inferno, Cap. II
Leis Morais da Vida, Joanna de Ângelis/, Divaldo Pereira Franco – VI – Lei da Destruição - Cap 26

Material: frases de Jesus em tiras de papel

Hora da novidade e Prece Inicial (todos que desejarem, fazem a prece, um por vez).

Desenvolvimento:

1.    Motivação Inicial:

Contar a história relatada no início da página “O Bico de Luz” do livro “Quem tem Medo da Morte?” de  Richard Simonetti.

2.    Exposição dialogada:

Tinha sentido de ter medo nessa historinha?
ð  Natural... qualquer um ficaria assustado. Se é natural, está nas leis de Deus. A lei de conservação, nos mantém em alerta em sinal de possível perigo, para que possamos nos prevenir e evitar a perda da vida física ou algum ferimento.

Por quê o personagem da história ficou com medo?
èimaginou um monte de coisas horríveis... não sabia o que era e por isso, o medo. Quando sabemos o que é, o medo se vai!

Quem aqui tem medo da morte? è levantem a mão que tem!

Pedir a cada um que diga pq tem medo da morte e anotar no quadro.

De modo geral, devem ser as seguintes razões:

i.              Medo de não mais viver; 
ii.             Medo de doer;
iii.            Medo do não saber o que vai acontecer;
iv.           Medo de sofrer (no plano espiritual);
v.            Medo de perder (afetos e bens materiais )

Esclarecer cada ‘medo’:

i.    Medo de não mais viver: “ Este temor é um efeito da sabedoria da Providência e uma conseqüência do instinto de conservação , (...) contrapeso à tendência que, sem esse freio, nos levaria a deixar prematuramente a vida e negligenciar o trabalho terreno que deve servir ao nosso próprio adiantamento .” (KARDEC, O Céu e o Inferno , Cap. II)

ii.    Medo de doer: “ Muitas pessoas temem a morte por causa dos sofrimentos físicos que a acompanham . Sofremos, é verdade, na doença que acaba pela morte, mas sofremos também nas doenças de que nos curamos . No instante da morte, dizem-nos os Espíritos, quase nunca há dor; morre-se como se adormece. Esta opinião é confirmada por todos aqueles a quem a profissão e o dever chamam frequentes vezes para a cabeceira dos morimbundos .” (DENIS, O Problema do ser, do destino e da dor , cap. X – A morte )

LE, perg. 154. É dolorosa a separação da alma e do corpo?
“Não; o corpo quase sempre sofre mais durante a vida do que no momento da morte; a alma nenhuma parte toma nisso. Os sofrimentos que algumas vezes se experimentam no instante da morte são um gozo para o Espírito, que vê chegar o termo do seu exílio.”
Na morte natural, a que sobrevém pelo esgotamento dos órgãos, em conseqüência da idade, o homem deixa a vida sem o perceber: é uma lâmpada que se apaga por falta de óleo.

iii. Medo do Desconhecido: “ O temor da morte decorre, portanto, da noção insuficiente da vida futura , embora denote também a necessidade de viver e o receio da destruição total; igualmente o estimula secreto anseio pela sobrevivência da alma, velado ainda pela incerteza .” (KARDEC, O Céu e o Inferno, Cap. II ) Temos uma tendência natural de temer o desconhecido. Com a Doutrina Espírita, passamos a conhecer melhor a vida além-túmulo, e a morte passa a ser uma simples transição das muitas vidas.

iii.    Medo de Sofrer: “ Outra causa de apego às coisas terrenas, mesmo nos que mais firmemente crêem na vida futura, é a impressão do ensino que relativamente a ela se lhes há dado desde a infância . Convenhamos que o quadro pela religião esboçado, sobre o assunto, é nada sedutor e ainda menos consolatório. ” (KARDEC, O Céu e o Inferno, Cap. II) Céu Inferno Penas Eternas
èinferno, diabo, fogo que arde sem queimar, etc...

iv.     Medo de Perder: “ O medo da morte é o medo do ego de desaparecer. Por esse motivo o indivíduo, movido pelos desejos egóicos, apega-se ao corpo como se ali estivesse sua própria essência. ” (NOVAES, Psicologia e Espiritualidade )
 “ A morte o assusta [o homem carnal] , porque ele duvida do futuro e porque tem de deixar no mundo todas as suas afeições e esperanças .” (KARDEC, O Livro dos Espíritos, Q941)

ð  Continuamos a viver! Estaremos afastados temporariamente da nossa família, amigos, mas outros familiares e amigos nos aguardam no plano espiritual! É como se fosse uma viagem onde viajamos sozinhos!

A contribuição do Espiritismo: “ Para libertar-se do temor da morte, é mister poder encará-la sob seu verdadeiro ponto de vista, isto é, ter penetrado pelo pensamento no mundo espiritual, fazendo dele uma idéia tão exata quanto possível, o que denota da parte do Espírito encarnado um tal ou qual desenvolvimento e aptidão para desprender-se da matéria. No Espírito atrasado, a vida material prevalece sobra a vida espiritual ”. (KARDEC, O Céu e o Inferno, Cap. II)
O Espiritismo matou a morte!

“Onde  está, ó  morte, o  teu  aguilhão?" pergunta  o apóstolo  Paulo  (I Coríntios,  15:55).
èJesus, ao reaparecer após a crucificação de fato, matou a morte!


3.    Fixação do conteúdo

Além do medo da morte, que já entendemos um pouco mais, temos algum outro medo?
èdeixar que falem, refletindo com eles sobre os efeitos negativos e destrutivos do medo exagerado.
Medo significa o quê?
ð  Falta de fé na providência divina. A maior parte dos nossos medos não acontece! Sofremos por antecipação e criamos um monstro com nossa imaginação. E isso nos faz sofrer!
ð  Lembremos ensinos de Jesus que nos mostram que devemos viver o hoje, no bem, com a certeza de um amanhã igualmente de bens, com situações que podemos controlar, superar, lidar, com naturalidade (levar em tiras de papel para que alguém leia e interprete):

- Mateus, 6:33 - Mas buscai primeiro o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas (comer, vestir, onde morar) vos serão acrescentadas.
 - Mateus, 6:34 -  Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã; porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal.

- Mateus, 7:11 -  Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas dádivas a vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará boas coisas aos que lhas pedirem?

- Mateus 10:26 - Portanto, não os temais; porque nada há encoberto que não haja de ser descoberto, nem oculto que não haja de ser conhecido.

- Mateus 10:28 - E não temais os que matam o corpo, e não podem matar a alma; temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo.


4.    Passes e prece final.

5.    Avaliação

Aula para 21 jovenzinhos, com bastante agito. Participaram com interesse.

6.    Anexos

BICO DE LUZ  (livro “Quem tem Medo da Morte?” de  Richard Simonetti)

Um homem transitava por estrada deserta, altas horas.

Noite escura, sem luar, estrelas apagadas. . Seguia apreensivo.

Por  ali ocorriam, não raro, assaltos.. Percebeu que alguém o acompanhava.

 – Olá! Quem vem aí? – perguntou, assustado. Não obteve resposta. Apressouse, no que foi imitado pelo  perseguidor.
Correu. O desconhecido também. Apavorado, em desabalada  carreira, tão  rápido  quanto  suas pernas o permitiam, coração a galopar no peito, pulmões em brasa, passou  diante  de  um  bico  de  luz. Olhou  para  trás  e, como  por  encanto, o  medo desvaneceuse. Seu  perseguidor era  apenas  um  velho burro, acostumado a  acompanhar andarilhos.

A história assemelhase ao que ocorre com a morte. A imortalidade é algo intuitivo na criatura humana. No entanto, muitos  têm medo, porque  desconhecem inteiramente  o processo e o que os espera na espiritualidade. As religiões, que deveriam preparar os fiéis para a vida alémtúmulo, conscientizandoos da  sobrevivência  e descerrando  a  cortina  que  separa  os dois  mundos, pouco fazem  nesse sentido, porquanto  limitamse  a  incursões  pelo terreno da fantasia.

O Espiritismo é o "bico de luz" que ilumina os caminhos misteriosos  do retomo,  afugentando temores  irracionais  e constrangimentos  perturbadores. Com  a  Doutrina  Espírita podemos  encarar a  morte  com serenidade, preparandonos para  enfrentála. Isso  é  muito  importante, fundamental mesmo, já que se trata da única certeza da existência humana: todos morreremos um dia! 
(...)

Compreensível, pois, que nos preparemos, superando temores e dúvidas, inquietações e enganos, a fim de que, ao chegar  nossa  hora, estejamos  habilitados  a  um  retomo equilibrado e feliz. 

O primeiro passo nesse sentido é o de tirar da morte o aspecto fúnebre, mórbido, temível, sobrenatural. . Há condicionamentos  milenares  nesse  sentido. Há pessoas  que simplesmente  recusamse  a  conceber  o  falecimento  de  um familiar ou o seu próprio.
Transferem o assunto para um futuro remoto. 
Por  isso  se  desajustam  quando  chega  o  tempo da separação. 


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