Casa Espírita Missionários da Luz - DIJ
Mocidade: > 14 anos 30/05/2024
Tema: Influência dos Espíritos – Anjos de Guarda
Objetivo:
- Estudar a ação dos Espíritos amigos em nossa vida;
- Identificar a importância das horas do sono para contatos com os Espíritos Amigos;
- Reconhecer a importância da gratidão a nossos mentores espirituais.
Bibliografia:
O Livro dos Espíritos", Perguntas 459, 489 à 521 (Anjos da Guarda); perg 919 (Autoconhecimento);
Evangelho, Cap XXVIII - Coletânea de Preces Espíritas – II “Aos Anjos Guardiães e aos Espíritos Protetores”;
Paulo e Estêvão, Emmanuel/Chico Xavier, Cap. 6 ‘Peregrinações e sacrifícios’.
Material: música suave, exemplares de o LE.
Desenvolvimento:
1. Hora das novidades da semana.
2. Exercícios de respiração profunda e prece inicial.
3. Motivação Inicial:
Se pensarmos nos primeiros anos após a partida de Jesus, como será que a msg de Jesus foi levada aos demais povos além do povo judeu?
==> pelos relatos nos evangelhos e também na literatura espírita, vemos que o intercâmbio mediúnico era comum entre os primeiros núcleos cristãos.
Vemos o grande trabalho missionário de Paulo, o apóstolo dos gentios, levando a msg de Jesus aos povos que não eram judeus, aos chamados gentios. Além disso, também vemos a presença constante das orientações diretas dos guias espirituais do apóstolo.
==> relatar o caso da orientação de Estêvão a Paulo, conforme o relato de Emmanuel, em Paulo e Estêvão. (texto em anexo):
- de noite, após a prece, ouviu uma voz: “Paulo, sigamos adiante!” ==> era Estêvão quem lhe falava mas ele atribuiu ao próprio Jesus. (Atos, Cap 16, vv 7)
- seguiu adiante mas intuía que não era esse o seus destino. ==> a voz lhe sugeriu a mudança do trajeto.
- ao chegar ao local indicado, Paulo teve visão de um homem vestido como os da Macedônia. Resolveu partir para lá, sem saber como chegariam pois seria preciso cruzar o mar e eles não tinham recursos: “Jesus proverá!”;
- no porto, encontram Lucas que trabalhava num navio como o médico de bordo. Lucas consegue que Paulo e seus amigos embarquem rumo à Macedônia e Lucas se une ao grupo.
4. Discussão dialogada – Anjo Guardião e Espíritos Familiares
==> Qual a definição de anjo de guarda?
- pedir que um dos jovens leia as pergs. 490 e 492 do LE, vendo a definição de anjo guardião, que é de ordem elevada, e do tempo em que esse guardião acompanha seu protegido.
==> vejam que linda essa fala de São Luís e Sto Agostinho, na perg. 495 do LE:
“Eles se acham ao vosso lado por ordem de Deus. Foi Deus quem aí os colocou e, aí permanecendo por amor de Deus, desempenham bela, porém penosa missão. Sim, onde quer que estejais, estarão convosco. Nem nos cárceres, nem nos hospitais, nem nos lugares de devassidão, nem na solidão, estais separados desses amigos a quem não podeis ver, mas cujo brando influxo vossa alma sente, ao mesmo tempo que lhes ouve os ponderados conselhos.
==> Onde fica esse anjo de guarda? Perguntar a um dos jovens: Onde está o seu anjo de guarda?
- em qualquer lugar! A fala de São Luís e Sto Agostinho respondem:
“Aos que considerem impossível que Espíritos verdadeiramente elevados se consagrem a tarefa tão laboriosa e de todos os instantes, diremos que nós vos influenciamos as almas, estando embora muitos milhões de léguas distantes de vós. O espaço, para nós, nada é, e não obstante viverem noutro mundo, os nossos Espíritos conservam suas ligações com os vossos.”
==> pedir que outro jovem leia as pergs. 512, 513 e 514, que fala dos diversos Espíritos que assistem (para o bem ou para o mal) e do Espírito familiar (o amigo da casa).
- no comentário de Kardec sobre esse tema (após a perg. 514), Kardec explica:
Os Espíritos familiares se ligam a certas pessoas por laços mais ou menos duráveis, com o fim de lhes serem úteis, dentro dos limites do poder, quase sempre muito restrito, de que dispõem. São bons, porém muitas vezes pouco adiantados e mesmo um tanto levianos. Ocupam-se de bom grado com as particularidades da vida íntima e só atuam por ordem ou com permissão dos Espíritos protetores. (Comentário de Kardec após a perg. 514)
==> Tem pessoas que percebem familiares, parentes desencarnados nas casas, junto das famílias.
5. Discussão dialogada – Importância da hora do sono
==> o importante é não esquecermos do nosso anjo guardião! Buscar sempre estreitar cada vez mais nossa conexão com ele.
Qual a melhor hora de fazermos isso? De noite, quando dormimos! Como vimos nas duas últimas semanas, todas as noites, ao dormirmos, nos desprendemos parcialmente do corpo e ficamos livres para entrar em contato com os Espíritos.
Como vimos, Kardec tratou desse assunto no LE, no capítulo da Emancipação da Alma.
==> é um hábito que precisamos ir criando; irmos ampliando cada vez mais essa conexão com nosso Anjo Guardião.
==> É então, uma oportunidade, todas as noites, de entrarmos em contato com nossos Guias Espirituais, pedindo orientações, proteção. E com esses encontros habituais, mais fácil será durante o dia, percebermos as sugestões, as orientações que vem dele.
==> na perg 919, onde Kardec trata da questão do autoconhecimento, Sto Agostinho fala que nossos anjos sempre nos auxiliam quando nos dispomos a nos conhecermos com objetivo de nos melhorarmos!
“Aquele que, todas as noites, evocasse todas as ações que praticara durante o dia e inquirisse de si mesmo o bem ou o mal que houvera feito, rogando a Deus e ao seu anjo-de-guarda que o esclarecessem, grande força adquiriria para se aperfeiçoar, porque, crede-me, Deus o assistiria.”
==> Devemos ser gratos pela constante e incessante assistência que os Bons Espíritos nos dão!
6. Visualização
Propor uma visualização para encontro com nosso Anjo da Guarda. Fizemos ano passado; importante nos permitirmos esses momentos.
==> colocar uma música suave, baixinha.
Neste momento, vamos todos fechar os olhos e ir fazendo e imaginando aquilo que eu for dizendo…
Vamos procurar uma posição confortável.
Vamos respirar fundo uma vez ... duas vezes... sentindo o ar entrar e sair dos pulmões... mais uma vez, respirando fundo.
Agora vamos contar até três.
Um, sentindo os braços e as pernas relaxadas... Dois, sentindo a barriga, o pescoço e a cabeça sem nenhuma pressão... Três, sentindo todo o corpo relaxado e muito bem.
Agora imagine um lugar bonito, cheio de plantas e pássaros e um belo jardim. Veja as árvores, as flores e um lago, com águas tranquilas e limpas.
Agora você vai se imaginar sentado... pode ser em uma cadeira, um banco… neste belo lugar. Você está calmo e tranquilo, ouvindo os passarinhos e sentindo o vento nos cabelos. Sinta o lugar...
Você observa então, que alguém se aproxima lentamente. Observe seu rosto...seu olhar calmo, sereno, um sorriso amigo, doce. Você reconhece nesse ser, o seu anjo da guarda, seu espírito protetor. Não importa como ele se apresente a você. Você sabe, sente que ele é o seu anjo da guarda.
Conforme ele se aproxima, você se sente envolvido por um abraço cheio de energias positivas. Ele se senta na sua frente, seus olhos doces, meigos, fitando os seus olhos... Ele conversa com você. Escute… Sinta a vibração de sua presença amiga junto de si.
Você sabe que ele te ama muito e quer o seu bem, te acompanha desde antes do seu nascimento, te protege sempre, te dá bons conselhos.
Ele diz que você pode conversar com ele sempre que quiser, através da prece. Diz também que ele vai continuar te aconselhando a seguir no caminho do bem. Você está ouvindo tudo com muita atenção. A conversa é calma e tranquila.
Ele então, se levanta e te dá um conselho: um conselho para o bem, mas que só você sabe o que é. Neste momento você está ouvindo este conselho...
Seu anjo da guarda então se despede de você com um abraço especial e diz que estará sempre com você, te auxiliando.
Você, então, o vê se afastar e observa novamente o lugar onde está: um jardim muito bonito. Foi um encontro muito especial, mas agora é preciso retornar para a nossa sala…
Respire bem fundo, lentamente...Aos poucos comece a mover os dedos, mova o pescoço, e de pois, abra lentamente os olhos.
7. Conclusão:
Podemos,
e devemos, estar mais atentos às nossas horas de sono! Precisamos
‘saber
dormir’!
Nos
preparar para esse longo período em que estaremos em contato com os
Espíritos!
Vamos bem aproveitar esse tempo e nos conectarmos com nossos Anjos de Guarda na prece, antes de dormir, pedindo que possamos estar com ele durante esse descanso do corpo!
8. Reflexões sobre o livro Céu Azul, em leitura pelo grupo: Cap.13 e revisão de todos os caps anteriores.
9.. Exercícios de respiração profunda, prece final e passes coletivos.
Avaliação:
Encontro com 9 jovens, com boa participação. Não conheciam a história de Paulo. Fiz um pequeno resumo, falando que Estêvão, martirizado por Saulo, se tornou o guia espiritual de Paulo. Com relação às perguntas de o LE, fomos conversando sem a leitura direta. Realcei a influência constante dos Espíritos em nossos pensamentos e a importância de nos conectarmos sempre com nosso anjo de guarda. Não deu tempo de fazer a visualização.
Anexos – Subsídios teóricos
Paulo e Estêvão, Emmanuel/Chico Xavier, Cap. 6 ‘Peregrinações e sacrifícios’
O Apóstolo experimentava o contentamento do semeador que defronta as primeiras flores, como radiosas promessas do campo.
Os emissários da Boa Nova atravessaram a Frígia e a Galácia sem perseguições de grande envergadura. O nome de Jesus era, agora, pronunciado com mais respeito.
O ex-rabino continuava em franca atividade para a difusão do Evangelho na Ásia, quando, uma noite, após as preces habituais, ouviu uma voz que lhe dizia com amoroso acento:
— Paulo, sigamos adiante .... Levemos a luz do Céu a outras sombras; outros irmãos te esperam no caminho infinito!...
Era Estevão, o amigo de todos os minutos, que, representando o Mestre Divino junto do Apóstolo dos gentios, o concitava à semeadura noutros rumos.
O valoroso emissário das verdades eternas compreendeu que o Senhor lhe reservava novos campos a desbravar. No dia seguinte, informando Silas e Timóteo do sucedido, concluía inspirado:
—Tenho, assim, que o Mestre me chama a novas tarefas. É justo. Aliás, reconheço que estas regiões já receberam a semente divina.
E acentuava depois de uma pausa:
— Desta vez, já não encontramos muitas dificuldades. Antes, com Barnabé, experimentamos as expulsões, o cárcere, os açoites, o apedrejamento... Agora, porém, nada disso aconteceu. Quer dizer que por aqui já existem bases seguras para a vitória do Cristo. É preciso, por tanto, caminhar para onde se encontrem os obstáculos e vencê-los, para que o Mestre seja conhecido e glorificado, pois nós estamos numa batalha e é necessário não desprezar as frentes.
Os dois discípulos ouviram e procuraram meditar na grandeza de semelhantes conceitos.
Decorrida uma semana, lá se foram a pé, procurando a Mísia. E contudo, intuitivamente, Paulo percebeu que não seria ainda ali o novo campo de operações. Pensou em se dirigir para a Bitínia, mas a voz que o generoso Apóstolo interpretava como sendo a do “Espírito de Jesus” (Atos, capítulo 16º, versículo 7), sugeriu-lhe a alteração do trajeto, induzindo-o a descer para Trôade. Chegados ao ponto do destino, acolheram-se cansadíssimos, numa hospedaria modesta. E Paulo, numa visão significativa do espírito, viu um homem da Macedônia, que identificou pelo vestuário característico, a acenar-lhe ansiosamente, exclamando: — “Vem e ajuda-nos!”
O ex-doutor interpretou o fato como ordenação de Jesus, a respeito de seus novos encargos. Cientificou os companheiros logo pela manhã, não sem ponderar a extrema dificuldade da viagem por mar, baldo que estava de recursos.
—Entretanto, concluía, creio que o Mestre lá nos facultará o necessário.
Silas e Timóteo calaram-se respeitosos.
Saindo à rua cheia de sol, pela manhã, eis que o Apóstolo fixa o olhar numa casa de comércio e para lá se dirige com ansiosa alegria. Era Lucas que parecia fazer compras.
O ex-rabino aproximou-se com os discípulos, e bateu-lhe carinhosamente no ombro:
—Por aqui? — disse Paulo, com grande sorriso.
Abraçaram-se alegremente. O pregador do Evangelho apresentou ao médico os novos companheiros, falando-lhe dos objetivos de sua excursão por aquelas paragens. Lucas, a seu turno, explicou que, havia dois a nos, era encarregado dos serviços médicos, a bordo de grande embarcação ali ancorada, em trânsito para Samotrácia.
Paulo recebeu a informação com profundo interesse. Muito impressionado com o encontro, deu-lhe a conhecer a revelação auditiva do roteiro, bem como a vidência da véspera.
E convicto da assistência do Mestre naquele instante, falava com segurança:
— Estou certo de que o Senhor nos envia os recursos necessários na tua pessoa. Precisamos transportar -nos à Macedônia, mas estamos sem dinheiro.
— Quanto a isso — respondeu Lucas, com fran queza —, não te preocupes. Se não tenho fortuna, tenho vencimentos. Seremos companheiros de viagem e tudo pagarei com muita satisfação.
A palestra prosseguiu animada, relatando o antigo hóspede de Antioquia as suas conquistas para Jesus. Nas suas viagens, havia aproveitado todas as oportunidades em prol do Evangelho, transmitindo a quantos se lhe aproximavam os tesouros da Boa Nova. Quando contou que estava só no mundo, com a partida da genitora para a esfera espiritual, Paulo fez-lhe nova observação, acentuando:
— Ora, Lucas, se te encontras sem compromissos imediatos, por que não te dedicas inteiramente aos trabalhos do Mestre Divino?
A pergunta produziu certa emoção no médico, como se valesse por uma revelação. Passada a surpresa, Lucas acrescentou, um tanto indeciso:
— Sim, mas há que considerar os deveres da profissão..
— Mas, quem foi Jesus senão o Divino Médico do mundo inteiro? Até agora tens curado corpos, que, de qualquer modo, cedo ou tarde hão de perecer.
Tratar do espírito não seria um esforço mais justo? Com isso não quero dizer que se deva desprezar a medicina propriamente do mundo; no entanto, essa tarefa ficaria para aqueles que ainda não possuem os valores espirituais que trazes contigo. Sempre acreditei que a medicina do corpo é um conjunto de experiências sagradas, de que o homem não poderá prescindir, até que se resolva a fazer a experiência divina e imutável, da cura espiritual.
Lucas meditou seriamente nessas palavras e replicou:
— Tens razão.
— Queres cooperar conosco na evangelização da Macedônia? — interrogou o ex-rabino sentindo-se triunfante. Irei contigo — concluiu Lucas.
Entre os quatro discípulos do Cristo houve enorme júbilo.
No dia seguinte, a missão navegava para a Samotrácia. Lucas explicou-se como pôde, solicitando ao comando a permissão de se afastar por um ano dos serviços a seu cargo. E porque apresentasse substituto, conseguiu com facilidade o seu intento.
A bordo, como fazia em toda parte, Paulo aproveitou todos os ensejos para a pregação.
As menores margens eram grandes temas evangélicos no seu raciocínio superior, O próprio comandante, romano de boa têmpera, abandonava-se prazerosamente ao gosto de ouvi -lo.
Foi nessas viagens que Paulo de Tarso travou relações com grande círculo de simpatizantes do Evangelho, conquistando numerosos amigos, citados nas futuras epístolas.
Atos, capítulo 16º, versículo 7
“e tendo chegado diante da Mísia, tentavam ir para Bitínia, mas o Espírito de Jesus não lho permitiu.”
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