terça-feira, 11 de março de 2025

Eficácia da Prece

 Casa Espírita Missionários da Luz

Juventude: > de 14 anos

Tema: Eficácia da Prece                                                               Em 21/02/2025 e 07/03/2025

Objetivos:

Refletir sobre a eficácia da prece – ESE Cap. 27: Se Deus sabe o que necessitamos, porquê precisamos orar?

Bibliografia:

O Livro dos Espíritos –3ª parte, Cap. II – Da Lei de Adoração; pergs 489 à 500 (anjos de guarda);

Ev.Seg.Espiritismo, Cap. XXVII – Pedi e Obtereis, item Eficácia da Prece;

RE Maio/1866 > Dissertações espíritas > Aquiescência à prece

Material: 1 Prancheta para cada grupo com as perguntas a serem respondidas pelo grupo.

Procedimentos:

1. Dar as boas ao grupo, deixando que comentem as novidades da semana.

2. Exercício de respiração profunda e lenta, e prece inicial.

3. Sensibilização:

Relatar o exemplo de Kardec, do item 8 do cap. 27 – Eficácia da Prece.

Um homem se acha perdido no deserto. A sede o martiriza horrivelmente. Desfalecido, cai por terra. Pede a Deus que o assista, e espera.

Nenhum anjo lhe virá dar de beber. Contudo, um bom Espírito lhe sugere a ideia de levantar-se e tomar um dos caminhos que tem diante de si. Por um movimento maquinal, reunindo todas as forças que lhe restam, ele se ergue, caminha e descobre ao longe um regato. Ao divisá-lo, ganha coragem.

Se tem fé, exclamará: “Obrigado, meu Deus, pela ideia que me inspiraste e pela força que me deste.”

Se lhe falta a fé, exclamará: “Que boa ideia tive! Que sorte a minha de tomar o caminho da direita, em vez do da esquerda; o acaso, às vezes, nos serve admiravelmente! Quanto me felicito pela minha coragem e por não me ter deixado abater!”

Mas, dirão, por que o bom Espírito não lhe disse claramente: “Segue este caminho, que encontrarás o de que necessitas”? Por que não se lhe mostrou para o guiar e sustentar no seu desfalecimento? Dessa maneira tê-lo-ia convencido da intervenção da Providência.

==> o que podemos responder a quem tiver essa dúvida?

==> cochicho 2-a-2

Ouvir as respostas das duplas e reforçar com a continuidade do texto de Kardec:

Primeiramente, para lhe ensinar que cada um deve ajudar-se a si mesmo e fazer uso das suas forças. Depois, pela incerteza, Deus põe à prova a confiança que nele deposita a criatura e a submissão desta à sua vontade. Aquele homem estava na situação de uma criança que cai e que, dando com alguém, se põe a gritar e fica à espera de que a venham levantar; se não vê pessoa alguma, faz esforços e se ergue sozinha.”

==> alguém lembra algum fato, onde teve uma ideia salvadora que te livrou de um problema?

4. Desenvolvimento

Hoje nossas reflexões são em torno da eficácia da prece, ou seja, o quanto as preces, de fato, são úteis para quem ora.

Propor a divisão da turma em 2 grupos para discutirem dois pontos desse tema:

Grupo 1:

Jesus ensinou: “Seja o que for que peçais na prece, crede que o obtereis e concedido vos será o que pedirdes.” (S. Marcos, 11:24.) (ESE, Cap. 27, item 5)

Pergunta: “Deus sempre atende nossas preces?”

Se sim, como as preces são atendidas?

Se não, pra quê adianta orar?

Grupo 2:

Tem pessoas que pensam:

É inútil orar pois Deus já conhece nossas necessidades. E nada do que se peça vai mudar as determinações de Deus.”

==> Isso faz sentido? Se Deus já conhece as nossas necessidades, pra quê orar então?

==> Nossos pedidos podem ser atendidos sem mudar as determinações de Deus?



Complementos para a resposta do Grupo 1:

fora ilógico deduzir que basta pedir para obter e fora injusto acusar a Providência se não acede a toda súplica que se lhe faça, uma vez que ela sabe, melhor do que nós, o que é para nosso bem.” (Kardec, ESE, cap 27, item 7)

O que Deus lhe concederá sempre, se ele o pedir com confiança, é a coragem, a paciência, a resignação. Também lhe concederá os meios de se tirar por si mesmo das dificuldades, mediante ideias que fará lhe sugiram os bons Espíritos, deixando-lhe dessa forma o mérito da ação. Ele assiste os que se ajudam a si mesmos, de conformidade com esta máxima: ”Ajuda-te, que o céu te ajudará”; não assiste, porém, os que tudo esperam de um socorro estranho, sem fazer uso das faculdades que possui.” (Kardec, ESE, cap 27, item 7)

Pela prece, obtém o homem o concurso dos bons Espíritos que acorrem a sustentá-lo em suas boas resoluções e a inspirar-lhe ideias sãs. Ele adquire, desse modo, a força moral necessária a vencer as dificuldades e a volver ao caminho reto, se deste se afastou. Por esse meio, pode também desviar de si os males que atrairia pelas suas próprias faltas.” (Kardec, ESE, cap 27, item 11)

Os Espíritos, executores de sua vontade, são então encarregados de provocar as circunstâncias que devem conduzir ao resultado desejado. Quase sempre esse resultado requer o concurso de algum encarnado. É, pois, esse concurso que os Espíritos preparam, inspirando aos que devem nela cooperar, o pensamento de uma ação; incitando-os a irem a um ponto e não a outro; provocando encontros propícios que parecem devidos ao acaso. Dessa forma, o acaso não mais existe, nem na assistência que se recebe, nem nas desgraças que se experimenta. (RE Maio/1866 > Dissertações espíritas > Aquiescência à prece)

Complementos para a resposta do Grupo 2:

Sem dúvida alguma há leis naturais e imutáveis que não podem ser abrogadas ao capricho de cada um; mas, daí a crer-se que todas as circunstâncias da vida estão submetidas à fatalidade, vai grande distância. Se assim fosse, nada mais seria o homem do que instrumento passivo, sem livre-arbítrio e sem iniciativa.”

Sendo livre o homem de agir num sentido ou noutro, seus atos lhe acarretam, e aos demais, consequências subordinadas ao que ele faz ou não. Há, pois, devidos à sua iniciativa, sucessos que forçosamente escapam à fatalidade e que não quebram a harmonia das leis universais, do mesmo modo que o avanço ou o atraso do ponteiro de um relógio não anula a lei do movimento sobre a qual se funda o mecanismo. Possível é, portanto, que Deus aceda a certos pedidos, sem perturbar a imutabilidade das leis que regem o conjunto, subordinada sempre essa anuência à sua vontade.” (ESE, cap. 27, item 6)

Pela prece, obtém o homem o concurso dos bons Espíritos que acorrem a sustentá-lo em suas boas resoluções e a inspirar-lhe ideias sãs. Ele adquire, desse modo, a força moral necessária a vencer as dificuldades e a volver ao caminho reto, se deste se afastou. Por esse meio, pode também desviar de si os males que atrairia pelas suas próprias faltas.” (Kardec, ESE, cap 27, item 11)



Pergunta à turma:

Vimos que os bons Espíritos são os executores das determinações de Deus, e que “ Quase sempre esse resultado requer o concurso de algum encarnado”.

==> e se essa pessoa, pelo seu livre arbítrio não atender às intuições recebidas pelos bons Espíritos?

Apoio doutrinário à resposta:

P. ─ Há casos, como num perigo iminente, em que a assistência deve ser imediata. Como pode ela chegar em tempo hábil, se é preciso esperar a boa vontade de um homem e se essa boa vontade está ausente, por força do livre-arbítrio?

R. ─ Não deveis esquecer que os anjos de guarda, os Espíritos protetores, cuja missão é velar pelos que lhes são confiados, os seguem, por assim dizer, passo a passo. Eles não lhes podem evitar as apreensões dos perigos que fazem parte de suas provações, mas se as consequências do perigo podem ser evitadas, como tudo previram com antecedência, não esperaram o último momento para preparar o socorro. Se por vezes se dirigem a homens de má vontade, é com vistas a procurar despertar neles os bons sentimentos, mas não contam com eles.

Quando, numa situação crítica, uma pessoa aparece, como que a propósito, para vos assistir e exclamais: “É a Providência que a envia”, dizeis uma verdade maior do que por vezes supondes.

Se há casos prementes, outros que o são menos exigem um certo tempo para trazer um concurso de circunstâncias favoráveis, sobretudo quando é preciso que os Espíritos triunfem, pela inspiração, sobre a apatia das pessoas cuja cooperação é necessária para o resultado a obter. Essas demoras na realização do desejo são provações para a paciência e a resignação. Ademais, quando acontece a realização do que se desejou, é quase sempre por um encadeamento de circunstâncias tão naturais, que absolutamente nada denuncia uma intervenção oculta; nada denuncia a mais ligeira aparência de maravilhoso. As coisas parecem arranjar-se por si mesmas. Isto deve ser assim pelo duplo motivo que, em primeiro lugar, os meios de ação não se afastam das leis gerais e em segundo lugar, se a assistência dos Espíritos fosse muito evidente, o homem se fiaria neles e habituar-se-ia a não contar consigo mesmo. Essa assistência deve ser compreendida por ele por pensamento, pelo sentido moral, e não pelos sentidos materiais. Sua crença deve ser o resultado de sua fé e de sua confiança na bondade de Deus. Infelizmente, porque não viu o dedo de Deus fazer um milagre para ele, esquece o mais das vezes aquele a quem deve sua salvação, para glorificar o acaso. É uma ingratidão que mais cedo ou mais tarde receberá a sua expiação. (Um Espírito Protetor, em RE Maio/1866 > Dissertações espíritas > Aquiescência à prece)

5. Fixação – reflexão sobre a atuação de nossos anjos de guarda

Propor um Quiz com os jovens sobre nossos anjos de guarda, mantendo os dois subgrupos:

i.Existe um anjo de guarda (AG) para cada pessoa? Sim (LE, perg. 489);

ii. Qual a diferença evolutiva entre o AG e seu protegido? O AG é sempre de ordem mais elevada. (LE, perg. 490; comentário de Kardec à perg. 514);

iii. Quando o AG se liga ao seu protegido? Desde antes de seu nascimento (LE, perg. 492);

iv. O AG pode abandonar seu protegido? Nâo. Mas às vezes se afasta. (LE, perg. 495)

v. Como o AG pode nos ajudar? Pela intuição. (LE perg. 495)

vi. Em termos de comparação, qual tipo de relacionamento existe entre o AG e seu protegido? O de melhor amigo! (LE, perg. 495)

vii. Nosso AG pode habitar outro mundo que não a Terra? Sim (LE, perg. 495);

viii. Em algum momento o Espírito não mais precisa de um AG? Sim. Quando se torna Espírito Puro. (LE, perg. 500).

6. Conclusão

A prece é um recurso muito valioso. Precisamos nos habituar a essa conexão com Deus.

Kardec coloca no item 12:

Recomendam-na todos os Espíritos. Renunciar alguém à prece é negar a bondade de Deus; é recusar, para si, a sua assistência e, para com os outros, abrir mão do bem que lhes pode fazer.”

7. Exercício de Respiração profunda e Prece final

8. Avaliação

Estudo em dois encontros.

21/02/25 – 17 jovens. Fizemos a sensibilização e o cochicho 2-a-2 com relação ao exemplo dado por Kardec no ESE. Na apresentação das duplas, fizeram diversas outras perguntas.

07/03/2025 – 14 jovens. Fizemos a divisão em 2 grupos para discussão das perguntas e posterior apresentação. Não deu tempo de fazer o Quiz.

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