sábado, 15 de fevereiro de 2025

Deus

 Casa Espírita Missionários da Luz – DIJ – Juventude: > 14 anos

14/02/2025

Tema – Existência de Deus

Objetivos:

  • Levar os jovens a refletirem sobre existência de Deus, nosso Pai, e os impactos da existência de Deus em nossas vidas; ­

  • Refletir sobre Deus e a Geração do Universo;

  • Refletir sobre o início: Como Deus surgiu? De onde essa inteligência suprema veio?

  • Analisar os deuses das Mitologias e suas semelhanças/diferenças com o Espiritismo (Lei da Adoração).

Bibliografia:

  1. Livro dos Espíritos, 1ª parte, Cap.1 (Deus e o Infinito); 2ª parte, Cap. II (Lei de Adoração), item ‘Politeísmo’, pergs. 667 e 668;

  2. A Gênese, Cap II (Deus);

  3. Novo Testamento: Mateus 5:8 e 7:9-11.

Material: Exemplares de O Livro dos Espíritos; um exemplar de A Gênese.

Procedimentos:

  • Hora da novidade, exercício de respiração e Prece.

  • Motivação Inicial

Os biógrafos de Santo Agostinho contam que ele teve um sonho quando tentava entender os mistérios de Deus.

Sonhou que ele andava pela praia, pensativo nos assuntos teológicos e, especialmente, dedicava atenção ao mistério da Santíssima Trindade: Três pessoas em um só Deus. Como pode ser isso?

Avistou um garotinho com um baldinho retirando a água do mar e enchendo um buraquinho na areia. Fazia isso, repetidas vezes.

Ele se aproximou e perguntou ao menino “o que você está fazendo?”.

O menino de forma simples respondeu “Vou colocar toda a água do mar neste buraquinho.”

Garoto, isso é impossível! A água do mar é muita e o buraco é pequenino demais!”

Ao que o menino, com profundidade, respondeu:

É mais fácil eu conseguir colocar toda a água do mar nesse buraquinho do que você desvendar os mistérios de Deus!”

O santo calou-se e aprendeu.

O que podemos entender dessa história?

==> ouvir as respostas do grupo e pedir que um deles leia e comente a perg. 10 e depois, a perg. 11 de O Livro dos Espíritos:

  • Desenvolvimento

Natureza de Deus


10. Pode o homem compreender a natureza íntima de Deus?

Não; falta-lhe para isso um sentido.”

==> quais são os sentidos que a humanidade hoje tem? Visão, audição, olfato, tato, paladar. Todos relacionados com a vida material. Para compreendermos Deus, precisamos de um novo sentido!

11. Será dado um dia ao homem compreender o mistério da Divindade?

Quando não mais tiver o espírito obscurecido pela matéria e, pela sua perfeição, se houver aproximado de Deus, ele o verá e compreenderá.”

A inferioridade das faculdades do homem não lhe permite compreender a natureza íntima de Deus. Na infância da humanidade, o homem o confunde muitas vezes com a criatura, cujas imperfeições lhe atribui; mas, à medida que nele se desenvolve o senso moral, seu pensamento penetra melhor no âmago das coisas; então, faz ideia mais justa da Divindade e, ainda que sempre incompleta, mais conforme à sã razão.

==> Lembramos então uma bem-aventurança que Jesus, nos ensinou. Quem lembra qual é?

Bem-aventurados os puros de coração, pois verão a Deus.” (Mateus, 5:8)

No livro A Gênese, no Cap. II, onde Kardec trata da questão de Deus.

==> Pedir que outro jovem faça a leitura e explicação do item 8:


8. Não é dado ao homem sondar a natureza íntima de Deus. Para compreendê-lo, ainda nos falta o sentido próprio, que só se adquire por meio da completa depuração do Espírito. Mas, se não pode penetrar na essência de Deus, o homem, desde que aceite como premissa a sua existência, pode, pelo raciocínio, chegar a conhecer-lhe os atributos necessários, porquanto, vendo o que ele absolutamente não pode ser, sem deixar de ser Deus, deduz daí o que ele deve ser. Sem o conhecimento dos atributos de Deus, impossível seria compreender-se a obra da criação. Esse o ponto de partida de todas as crenças religiosas e é por não se terem reportado a isso, como ao farol capaz de as orientar, que a maioria das religiões errou em seus dogmas. As que não atribuíram a Deus a onipotência imaginaram muitos deuses; as que não lhe atribuíram soberana bondade fizeram dele um Deus cioso, colérico, parcial e vingativo.

==> só os Espíritos Puros, como Jesus, conseguem sondar a natureza íntima de Deus. Como disse Jesus, para ver Deus precisamos ser puros de coração!

Politeísmo

==> E Kardec aqui nesse trecho fala que, partindo da premissa da existência de Deus, pela razão, pelo raciocínio, podemos conhecer os atributos, as características de Deus.

==> Que sem conhecer os atributos de Deus “impossível seria compreender-se a obra da criação”.

==> Faz sentido? Quais problemas os que acreditam em Deus teriam, se não conhecessem os atributos de Deus?

==> discussão dois-a-dois: exemplos de problemas do entendimento sobre Deus que vemos na história da humanidade?

==> depois de ouvir as respostas das duplas, concluir com Kardec que nos responde nesse mesmo texto: Muitos deuses (politeísmo); “humanização” de Deus, atribuindo a Ele as nossas imperfeições.

Outra discussão dois-a-dois: Vimos que por não saber que Deus é Único, os povos passaram a acreditar em muitos deuses. Que fatos devem ter acontecido para eles “criarem” esses deuses, muitos dos quais cheios de vícios humanos? Além dos povos indígenas, temos os deuses da mitologia greco-romana. Como entender essa multidão de deuses?

==> depois de ouvir as respostas, pedir que um jovem leia e comente a perg. 668 de OLE:

668. Tendo-se produzido em todos os tempos e sendo conhecidos desde as primeiras idades do mundo, não haverão os fenômenos espíritas contribuído para a difusão da crença na pluralidade dos deuses?

Sem dúvida, porquanto chamando deus a tudo o que era sobre-humano, os homens tinham por deuses os Espíritos. Daí veio que, quando um homem, pelas suas ações, pelo seu gênio, ou por um poder oculto que o vulgo não lograva compreender, se distinguia dos demais, faziam dele um deus e, por sua morte, lhe rendiam culto.”

E o comentário de Kardec:

A palavra deus tinha, entre os antigos, acepção muito ampla. Não indicava, como presentemente, uma personificação do Senhor da natureza. Era uma qualificação genérica, que se dava a todo ser existente fora das condições da humanidade. Ora, tendo-lhes as manifestações espíritas revelado a existência de seres incorpóreos a atuarem como potência da natureza, a esses seres deram eles o nome de deuses, como lhes damos atualmente o de Espíritos. Pura questão de palavras, com a única diferença de que, na ignorância em que se achavam, mantida intencionalmente pelos que nisso tinham interesse, eles erigiram templos e altares muito lucrativos a tais deuses, ao passo que hoje os consideramos simples criaturas como nós, mais ou menos perfeitas, que se despojaram de seus envoltórios terrestres. Se estudarmos atentamente os diversos atributos das divindades pagãs, reconheceremos, sem esforço, todos os de que vemos dotados os Espíritos nos diferentes graus da escala espírita, o estado físico em que se encontram nos mundos superiores, todas as propriedades do perispírito e os papéis que desempenham nas coisas da Terra.

==> vemos que a mediunidade, sempre presente na humanidade, permitiu a comunicação com os Espíritos, e pela ignorância dos povos, muitos desses Espíritos se tornaram deuses para aqueles povos.

  • Nos temas levantados por vocês na semana passada temos:

  • Refletir sobre Deus e a Geração do Universo;

  • Refletir sobre o início: Como Deus surgiu? De onde essa inteligência suprema veio?

  • Analisar os deuses das Mitologias e suas semelhanças/diferenças com o Espiritismo (Lei da Adoração).

==> estão respondidos nessas nossas reflexões de hoje?

Provas da Existência de Deus

Nessas nossas reflexões, nós partimos da premissa da existência de Deus.

==> vamos então discutir dois-a-dois: Como podemos comprovar a existência de Deus? Só pela revelação (pelos profetas, por Jesus, pelos Espíritos)?

==> depois das respostas das duplas, complementar com Kardec, em A Gênese, Cap.II, item 7, pedindo que um jovem leia e comente:

7. A existência de Deus é, pois, uma realidade comprovada não só pela revelação, como pela evidência material dos fatos. Os povos selvagens nenhuma revelação tiveram; entretanto, creem instintivamente na existência de um poder sobre-humano. Eles veem coisas que estão acima das possibilidades do homem e deduzem que essas coisas provêm de um ente superior à humanidade. Não demonstram raciocinar com mais lógica do que os que pretendem que tais coisas se fizeram a si mesmas?

==> Kardec tem uma frase linda na Gênese, no item 6 desse capítulo: “Deus não se mostra, mas se revela pelas suas obras.”

==> Muitos ateus se opõem a existência de Deus, pois dizem que:

As obras ditas da natureza são produzidas por forças materiais que atuam mecanicamente, em virtude das leis de atração e repulsão; as moléculas dos corpos inertes se agregam e desagregam sob o império dessas leis. As plantas nascem, brotam, crescem e se multiplicam sempre da mesma maneira, cada uma na sua espécie, por efeito daquelas mesmas leis; cada indivíduo se assemelha ao de quem ele proveio; o crescimento, a floração, a frutificação, a coloração se acham subordinados a causas materiais, tais como o calor, a eletricidade, a luz, a umidade, etc. O mesmo se dá com os animais. Os astros se formam pela atração molecular e se movem perpetuamente em suas órbitas por efeito da gravitação. Essa regularidade mecânica no emprego das forças naturais não acusa a ação de qualquer inteligência livre. O homem movimenta o braço quando quer e como quer; aquele, porém, que o movimentasse no mesmo sentido, desde o nascimento até a morte, seria um autômato. Ora, as forças orgânicas da natureza são puramente automáticas.” (A Gênese, cap. II, item 6).

==> como podemos responder a esses raciocínios dos ateus?

Kardec responde no mesmo item 6:

Tudo isso é verdade; mas, essas forças são efeitos que hão de ter uma causa e ninguém pretende que elas constituam a Divindade. Elas são materiais e mecânicas; não são de si mesmas inteligentes, também isto é verdade; mas, são postas em ação, distribuídas, apropriadas às necessidades de cada coisa por uma inteligência que não é a dos homens. A aplicação útil dessas forças é um efeito inteligente, que denota uma causa inteligente.

==> vocês concordam com essa argumentação de Kardec?

  • Conclusão

  1. Deus é o nosso Pai! Jesus cita várias vezes em seu evangelho, que Deus é nosso Pai.

==> O que vocês acham sobre esse conceito de que Deus é nosso Pai? O que isso representa pra cada um de nós?

Qual homem, do meio de vocês, se o filho pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou, se pedir peixe, lhe dará uma cobra? Portanto, se vocês, apesar de serem maus, sabem dar boas coisas aos seus filhos, quanto mais o seu Pai, que está nos céus, dará coisas boas aos que lhe pedirem! (Mat 7:9-11)

==> Imaginemos uma vida, uma existência sem essa figura de Deus como nosso Pai.

==> Quem cuidaria de nós?

==> A existência, a providência divina nos traz esperanças!

  • Passes coletivos e prece final.

Avaliação:

Encontro com 13 jovens. Participaram das discussões, e tiveram boas reflexões nos trios. Somente um jovem soube dizer quem era Santo Agostinho.

Na questão sobre os fatos que poderiam ter gerado o politeísmo, somente um jovem falou da mediunidade.

Não deu tempo de abordar os tópicos sobre as provas da existência de Deus.
Ao mencionar os temas abordados, logo responderam que nos falta um sentido para entendermos os mistérios da natureza de Deus e da criação.

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