Casa Espírita Missionários da Luz - DIJ
Mocidade: > 14 anos 28/04/2023
Tema: Responsabilidade com a Vida - meu corpo - minha mente
Objetivo:
- Perceber a responsabilidade de bem cuidarmos do corpo, instrumento do Espírito, e da vigilância de nossos pensamentos para resistirmos à más influências espirituais;
- Identificar as tentações para manter vigilância perante as distrações para a juventude.
Bibliografia:
O Livro dos Espíritos, pergs 711 à 714 (Gozo dos bens terrenos); 715, 716 (Necessário e Suplérfluo), 718 à 720;
ESE, Cap. IX item 10; Cap. XVII – Sede Perfeitos, item 11 ‘Cuidar do Corpo e do Espírito’, Capítulo XXVIII ‘ Coletânea de preces espíritas’ item II.
Material: Exemplar de O Livro dos Espíritos e do Evang.Seg.Espiritismo; pedaço e papel e caneta para todos.
Desenvolvimento:
1. Hora das novidades da semana.
2. Exercícios de respiração profunda e prece inicial.
3. Motivação Inicial:
Pedir que um dos jovens leia a perg. 712 de O Livro dos Espíritos e a resposta dada:
Com que fim pôs Deus atrativos no gozo dos bens materiais?
“Para instigar o homem ao cumprimento da sua missão e para experimentá-lo por meio da tentação.”
==> que reflexões podemos fazer sobre essa questão?
- o que são bens materiais? ==> tudo relativo à nossa condição de espíritos encarnados, que tem sensações no corpo.
- como a pergunta fala em “gozo”, está se referindo aos prazeres que experimentamos com as coisas do mundo.
- então podemos deduzir que os atrativos de fato, existem!
- e a reposta nos diz que um dos objetivos divinos é nos experimentar! Uma prova para resistirmos às tentações.
Na Oração que Jesus nos ensinou, o Pai Nosso, um dos pedidos a Deus é: “Não nos deixeis cair em tentação’. ==> então, a tentação é um assunto que merece nossa atenção!
- Porque a tentação é um assunto que devemos prestar atenção?
==> porque nos desvia da nossa rota; nos faz recair em antigos erros, ou enveredar por caminhos que nos fazem mal à saúde (física e mental).
Pedir que outro jovem leia a perg. 720 a), do Livro dos Espíritos:
— Haverá privações voluntárias que sejam meritórias?
“Há: a privação dos gozos inúteis, porque desprende da matéria o homem e lhe eleva a alma. Meritório é resistir à tentação que arrasta ao excesso ou ao gozo das coisas inúteis;”
- Vamos pensar em 1 ou 2 minutos: Em que tenho tentação? O que tenho atração por fazer que é um gozo inútil? Que me arrasta ao excesso?
- dar um pedaço e papel e caneta para que possam anotar o que identificaram como tentação. Reforçar que não será preciso que compartilhem com os demais, caso não queiram.
4. Discussão dialogada
- Todos conseguiram identificar alguma tentação para a qual precisam estar atentos e vigilantes?
- Foi difícil identificar o que é tentação na vida, no momento atual?
- Qual a consequência, quando nos deixarmos levar pelas tentações?
- Pedir que outro jovem leia a perg. 716 do Livro dos Espíritos:
Mediante a organização física que nos deu, não traçou a natureza o limite das nossas necessidades?
“Sem dúvida, mas o homem é insaciável. Por meio da organização que lhe deu, a Natureza lhe traçou o limite das necessidades; porém, os vícios lhe alteraram a constituição e lhe criaram necessidades que não são reais.”
- como podemos expandir essa questão? Aqui Kardec fala do nosso corpo, que tem necessidades, precisa de cuidados, e que é prejudicado pelos excessos. Os Espíritos responderam que o vícios alteram a constituição do corpo!
==> quando nos deixamos arrastar pelas tentações, vamos destruindo aos poucos o nosso corpo! E tudo sempre começa por um início, por um primeiro passo: um primeiro gole, um primeiro trago, uma primeira mentira, um primeiro deslize!
- Esse assunto da tentação é tão importante, um motivo comum de queda do Espírito encarnado, que Kardec colocou uma prece específica sobre isso! Pedir que outro jovem leia o trecho de Kardec no Evangelho Segundo o Espiritismo: Capítulo XXVIII — Coletânea de preces espíritas > II — Preces por aquele mesmo que ora. > Para pedir a força de resistir a uma tentação.
20. Prefácio: Duas origens pode ter qualquer pensamento mau: a própria imperfeição de nossa alma, ou uma funesta influência que sobre ela se exerça. Neste último caso, há sempre indício de uma fraqueza que nos sujeita a receber essa influência; há, por conseguinte, indício de uma alma imperfeita. De sorte que aquele que venha a falir não poderá invocar por escusa a influência de um Espírito estranho, visto que esse Espírito não o teria arrastado ao mal, se o considerasse inacessível à sedução.
Quando surge em nós um mau pensamento, podemos, pois, imaginar um Espírito maléfico a nos atrair para o mal, mas a cuja atração podemos ceder ou resistir, como se se tratara das solicitações de uma pessoa viva. Devemos, ao mesmo tempo, imaginar que, por seu lado, o nosso anjo guardião, ou Espírito protetor, combate em nós a má influência e espera com ansiedade a decisão que tomemos. A nossa hesitação em praticar o mal é a voz do Espírito bom, a se fazer ouvir pela nossa consciência. (ESE, Capítulo XXVIII)
- vemos aqui, que nossa atração pelo mal, a tentação que nos chega, muitas vezes vem aumentada pela influência de um Espírito inferior. ==> Porque será que um Espírito inferior faz isso?
==> pode ser para nos prejudicar, mas também pode ser porque ele mesmo, quando encarnação se fez escravo do vício, e agora sofre pela falta de poder satisfazer a esse vício. Nesse caso, ele se satisfaz através dos encarnados que tem os mesmos vícios que ele.
- Pedir que outro jovem leia a perg. 228 do Livro dos Espíritos:
Por que, deixando a Terra, não deixam aí os Espíritos todas suas más paixões, uma vez que lhes reconhecem os inconvenientes?
“Vês nesse mundo pessoas excessivamente invejosas. Imaginas que, mal o deixam, perdem esse defeito? Acompanha os que da Terra partem, sobretudo os que alimentaram paixões bem acentuadas, uma espécie de atmosfera que os envolve, conservando-lhes o que têm de mau, por não se achar o Espírito inteiramente desprendido da matéria. Só por momentos ele entrevê a verdade, que assim lhe aparece como que para mostrar-lhe o bom caminho.”
- o que vemos aqui? ==> que ao desencarnar, os Espíritos não percebem de imediato os inconvenientes, os erros da encarnação que deixou. Então, muitos permanecem por aqui, a busca de atender suas necessidades mentais, vícios que ele adquiriu na encarnação.
- Por isso, a questão da tentação é tão reforçada pelos ensinos de Jesus e dos Espíritos! Temos que vigiar nossos pensamentos, e nos esforçarmos para resistir às tentações de cada dia!
- Hoje em dia temos duas questões muito fortes, atingindo a nossa sociedade e, em especial, aos jovens:
- bebida, como hábito social ‘normal’;
- redes sociais e jogos eletrônicos.
a) Hábito de beber – o que vocês acham disso?
- quem já ouviu falar de jovens que bebem tanto que passam mal e precisam ser levados a um hospital?
- e o BPE (Beber Pesado Episódico)? É mais comum entre os jovens e associado a riscos como acidentes e violência.
- o alcoolismo tem cura? “A dependência do álcool (alcoolismo) é uma doença crônica e multifatorial”. ==> requer tratamento de longa duração, com o doente e junto com sua família, além de diversos profissionais.
==> atualmente o alcoolismo já é considerado problema de saúde pública.
O que é uma doença crônica?As doenças crônicas são caracterizadas por uma progressão lenta e por uma longa duração, sendo que algumas podem se estender por cerca de três meses ou mesmo perdurar por toda a vida. As doenças crônicas podem ser transmissíveis ou não.24 de ago. De 2021 - sabin.com.brhttps://blog.sabin.com.br › o-que-sao-doencas-cronicas
- dentro do que vimos com relação aos ‘gozos inúteis’ e que ‘levam ao excesso’, vocês avaliam que o hábito de beber está na lista das tentações que levam aos arrastamentos, que prejudicam a saúde física e mental?
b) Uso do celular – já tem até CID, pra isso; problemas identificados de postura com dores na coluna, isolamento social,….
- vocês acham que tem algum lugar onde as pessoas não ficam olhando o celular, nem que seja uma ‘olhadinha rápida’?
- é uma tentação? É um ‘gozo inútil’ segundo definição dos Espíritos a Kardec?
==> a tecnologia é importante pois nos facilita a vida, traz inúmeros benefícios, mas não precisamos observar se não estamos nos deixando escravizar por ela…
==> já existem estudos mostrando os efeitos do uso das redes sociais na infância e adolescência. Ou seja, nas relações familiares, no convívio social.
5. Conclusão:
Como nos ensinou Jesus: “Não se pode servir a Deus e a Mamon”.
O que significa?
O que é servir? ==> é estar ‘a disposição para’.
O que é servir a Mamon? ==> é servir aos comandos do mundo; se deixar distrair pelos chamamentos ilusórios do mundo
==> estejamos atentos! Cuidemos de nosso corpo, instrumento do Espírito, e vigiemos nossos pensamentos, para resistirmos às tentações!
5. Exercícios de respiração profunda, prece final e passes coletivos.
Avaliação:
Encontro com 10 jovens (Rafael, Bruna, Michel, Hérien, Marina, Vinicius, Nicollas, Duda, Maria Eduarda, Larissa) com participação e interesse. Não chegamos a ler o ESE nem a perg.228, pois os assuntos apareceram naturalmente durante as reflexões anteriores. Trouxeram naturalmente o problema da bebida. Todos anotaram no papel a tentação mais difícil no momento e ninguém quis compartilhar. Taambém trouxeram naturalmente a questão do vício no celular.
Anexos – Subsídios teóricos
“As doenças, as enfermidades e, ainda, a morte, que resultam do abuso, são, ao mesmo tempo, o castigo à transgressão da lei de Deus.” (LE, perg. 714a)
“Compenetrai--vos, pois, de que o homem não se conserva vicioso, senão porque quer permanecer vicioso; de que aquele que queira corrigir-se sempre o pode. De outro modo, não existiria para o homem a lei do progresso.” (ESE, Cap. IX item 10)
Dois sistemas se defrontam: o dos ascetas, que tem por base o aniquilamento do corpo, e o dos materialistas, que se baseia no rebaixamento da alma. Duas violências quase tão insensatas uma quanto a outra. (…) Onde, então, a ciência de viver? Em parte alguma; e o grande problema ficaria sem solução, se o Espiritismo não viesse em auxílio dos pesquisadores, demonstrando-lhes as relações que existem entre o corpo e a alma e dizendo-lhes que, por se acharem em dependência mútua, importa cuidar de ambos. Amai, pois, a vossa alma, porém, cuidai igualmente do vosso corpo, instrumento daquela. (ESE, Cap. XVII item 11)
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