segunda-feira, 10 de abril de 2023

Última Ceia - O Lava-Pés – Lição de Humildade

 Casa Espírita Missionários da Luz – Mocidade > 14 anos – 07/04/2023

Tema: Última Ceia - O Lava-Pés – Lição de Humildade

Objetivos:

  • Conhecer os fatos narrados pelos evangelistas da Última Ceia de Jesus com seus discípulos;

  • Identificar a lição do Lava-Pés como exemplo de Humildade;

  • Reconhecer no serviço ao próximo, a grandeza moral;

  • Refletir sobre oportunidades de serviço ao próximo em nosso cotidiano.

Bibliografia:

Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. VII, itens 3 à 6 (Aquele que se Eleva Será Rebaixado);

NT, João, 13:1-20;

Boa Nova, Chico Xavier/Humberto de Campos - “A Última Ceia”.

Material: 2 jarras, 2 bacias com água; 2 toalhas de rosto. Música suave.

O evangelizador deve chegar cedo, e levar duas jarras plásticas cheias de água e esconder na sala, junto com as bacias e as toalhas.

Desenvolvimento:

  1. Hora da Novidade.

  2. Exercícios de respiração profunda e pausada e prece inicial.

  1. Sensibilização

Pedir que os jovens se sentem em círculo com alguma distância entre as cadeiras. Dizer que realizaremos uma atividade em silêncio. É uma atividade de seriedade e reflexão íntima, então pedimos que fiquem em silêncio e observem.

Depois teremos tempo para os comentários.

Colocar uma música suave.

Pedir que tirem os calçados e meias, deixando-os atrás das cadeiras.

Colocar as bacias aos pés de dois jovens que estejam lado-a-lado, uma na frente de cada um. Encher de água.

Os dois evangelizadores devem, cada um, se ajoelhar e lavar os pés do jovem cuja bacia está a sua frente, massageando suavemente. Depois enxugá-los, colocar a bacia na frente do colega do lado e pedir que o jovem que teve os pés lavados, faça o mesmo para o seu colega. (uma bacia segue pela esquerda, outra pela direita).

Repetir esse procedimento até que todos tenham tido os pés lavados.

Obs.:Caso alguém fique sem lavar os pés de alguém, não tem problema. Deixar assim mesmo. Mas todos deverão ter os pés lavados.

  1. Conversar com eles sobre a experiência:

- Como foi ter os pés lavados por outra pessoa? Quais sentimentos percebeu em você?

- Como foi lavar os pés de outra pessoa? Quais sentimentos percebeu em você?

- E os que não lavaram os pés de ninguém, como se sentiram? (se algum jovem ficou sem lavar)

==> foco: vergonha, constrangimento

- É vergonhoso lavar os pés de alguém? Porque será que sentimos vergonha, constrangimento?

Vocês sabiam que Jesus lavou os pés de seus discípulos há 2 mil anos?

Sim. Estavam juntos, numa noite de quinta-feira, na noite em que Jesus foi preso. Jesus lavou os pés de seus discípulos na última ceia que teve com eles. E na sexta seguinte, Ele foi crucificado.

E hoje, sexta-feira santa, o mundo cristão lembra essa data como a ‘paixão de Cristo’.Ler o texto de João que relata a cena do Lava-Pés.

Antes da leitura, dar o contexto:  

Jesus estava com os discípulos e sabia que seria a última ceia junto deles. 

Era a ceia da Páscoa. Jesus quis fazer com que aquela noite, 

 preparando-os para as lutas que viriam após a volta de Jesus ao plano espiritual.


 João, 13:1-20

1 Antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que tinha chegado a sua hora, hora de passar deste mundo para o Pai, tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim. 2 Foi durante a ceia. O diabo já tinha seduzido Judas Iscariotes para entregar Jesus. 3 Sabendo que o Pai tinha posto tudo em suas mãos e que de junto de Deus saíra e para Deus voltava, 4 Jesus levantou-se da ceia, tirou o manto, pegou uma toalha e amarrou-a à cintura. 5 Derramou água numa bacia, pôs-se a lavar os pés dos discípulos e enxugava-os com a toalha que trazia à cintura. 6 Chegou assim a Simão Pedro. Este disse: “Senhor, tu vais lavar-me os pés?” 7 Jesus respondeu: “Agora não entendes o que estou fazendo; mais tarde compreenderás”. 8 Pedro disse: “Tu não me lavarás os pés nunca!” Mas Jesus respondeu: “Se eu não te lavar, não terás parte comigo”. 9 Simão Pedro disse: “Senhor, então lava-me não só os pés, mas também as mãos e a cabeça”. 10 Jesus respondeu: “Quem tomou banho não precisa lavar senão os pés, pois está inteiramente limpo. Vós também estais limpos, mas não todos”. 11 Ele já sabia quem o iria entregar. Por isso disse: “Não estais todos limpos”. 12 Depois de lavar os pés dos discípulos, Jesus vestiu o manto e voltou ao seu lugar. Disse aos discípulos: “Entendeis o que eu vos fiz? 13 Vós me chamais de Mestre e Senhor; e dizeis bem, porque sou. 14 Se eu, o Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns aos outros. 15 Dei-vos o exemplo, para que façais assim como eu fiz para vós. 16 Em verdade, em verdade, vos digo: o servo não é maior do que seu senhor, e o enviado não é maior do que aquele que o enviou. 17 Já que sabeis disso, sereis felizes se o puserdes em prática. (ler só até aqui)

18 Eu não falo de todos vós. Eu conheço aqueles que escolhi. Mas é preciso que se cumpra o que está na Escritura: ‘Aquele que come do meu pão levantou contra mim o calcanhar’. 19 Desde já, antes que aconteça, eu vo-lo digo, para que, quando acontecer, acrediteis que eu sou. 20 Em verdade, em verdade, vos digo: quem recebe aquele que eu enviar, a mim recebe; e quem me recebe, recebe aquele que me enviou”.

  1. Dialogar com os jovens:

- O que aconteceu nessa cena? Porque será que Jesus achou necessário deixar esse 

ensinamento aos discípulos?


==> os discípulos não tinham ideia exata da mensagem de Jesus. Vemos registros nos

 Evangelhos, onde eles falavam das glórias no mundo, de quem seria o maior no reino de

 Deus… Como era o último momento com eles, Jesus deu-lhes a lição da humildade: Dei-

vos o exemplo, para que façais assim como eu fiz para vós.

==> quantos exemplos temos sobre a humildade nos Evangelhos! Falou na parábola dos

 primeiros lugares, falou no caso de Salomé, esposa de Zebedeu, pedindo lugar especial

 para seus dois filhos João e Tiago...

E mesmo convivendo com Jesus, os discípulos ainda tinham uma visão muito material do

 reino ao qual Jesus se referia...


  1. Encaminhar ao final, com as reflexões trazidas ao cotidiano deles:

- É fácil ter essa postura de humildade e de serviço ao próximo? Por que não?

- Devemos buscar essa postura? Por quê? Vocês realmente acreditam nisso?

- O que ganhamos com essa postura?

==> a paz de espírito e a liberdade com relação aos eventos e fatos externos a nós.

 Quando servimos aos nossos semelhantes, sem desejo de ser o maior, de “vencer na

 vida”, de se dar bem, as vitórias vem naturalmente, dentro de nosso merecimento e

 dedicação, sem disputas nem decepções.

Por que sentimos vergonha? ==> porque nos achamos melhor do que os outros! É o

 orgulho!

Por que nos decepcionamos? Porque esperamos demais de nós próprios e dos outros!

A mensagem de Jesus é uma mensagem libertadora, que nos traz felicidade!


  1. Exercícios de respiração pausada e profunda, prece final e passes.

  1. Avaliação:

Encontro na sexta-feira santa, para 10 jovens. A atividade do lava-pés foi realizada por todos, e ficaram em silêncio até todos terem vivenciado

Comentaram que foi estranho ter os pés lavados, mas foi bom terem lavado os pés do colega.

Li o texto de João, e fui trazendo as reflexões. De modo geral, ficaram mais quietos ouvindo, com poucas questões. Interpretaram o ensino de Jesus como sendo de doação aos discípulos e de humildade.

  1. Anexos

Texto extraído de Boa Nova – Humberto de Campos/Chico Xavier – A Última Ceia

1– Amados – disse Jesus, com emoção – está muito próximo o nosso último instante de trabalho em conjunto e quero reiterar-vos as minhas recomendações de amor, feitas desde o primeiro dia do apostolado. Este pão significa o do banquete do Evangelho, este vinho é o sinal do espírito renovador dos meus ensinamentos. Constituirão o símbolo de nossa comunhão perene, no sagrado idealismo do amor, com que operaremos no mundo até o último dia. Todos os que partilharem conosco, através do tempo, desse pão eterno e desse vinho sagrado da alma, terão o espírito fecundado pela luz gloriosa do Reino de Deus que representa o objetivo santo dos nossos destinos.

2 Imenso é o trabalho da redenção, mesmo porque tenho outras ovelhas que não são deste aprisco; mas, o Reino nos espera com sua eternidade luminosa!...

Altamente tocados pelas suas exortações solenes, porém, maravilhados ainda mais com as promessas daquele reinado venturoso e sem fim, que ainda não podiam compreender claramente, a maioria dos discípulos começou a discutir as aspirações e conquistas do futuro.

3 - Enquanto Jesus se entretinha com João, em observações afetuosas, os filhos de Alfeu examinavam com Tiago as possíveis realizações dos tempos vindouros, antecipando opiniões sobre qual dos companheiros poderia ser o maior de todos, quando chegasse o Reino com as suas inauditas grandiosidades.

4- Felipe afirmava a Simão Pedro que, depois do triunfo, todos deveriam entrar em Nazaré para revelar aos doutores e aos ricos da cidade a sua superioridade espiritual.

5 -Levi dirigia-se a Tomé e lhe fazia sentir que, verificada a vitória, se lhes constituía uma obrigação a marcha para o Templo ilustre, onde exigiriam seus poderes supremos.

6 - Tadeu esclarecia que o seu intento era dominar os mais fortes e impenitentes do mundo, para que aceitassem, de qualquer modo, a lição de Jesus.

7 - O Mestre interrompera a sua palestra íntima com João, e os observava. As discussões iam acirradas. As palavras “maior de todos” soavam insistentemente aos seus ouvidos. Parecia que os componentes do sagrado colégio estavam na véspera da divisão de uma conquista material e, como os triunfadores do mundo, cada qual desejava a maior parte da presa.

8 - Nesse instante, os apóstolos observaram que ele se erguia.

Com espanto de todos, despiu a túnica singela e cingiu-se com uma toalha em torno dos rins, à moda dos escravos mais íntimos, a serviço dos seus senhores. E, como se fossem dispensáveis as palavras naquela hora decisiva de exemplificação, tomou de um vaso de água perfumada e, ajoelhando-se, começou a lavar os pés dos discípulos. Ante o protesto geral em face daquele ato de suprema humildade, Jesus repetiu o seu imorredouro ensinamento: 

9 - Vós me chamais Mestre e Senhor e dizeis bem, porque eu o sou. Se eu, Senhor e Mestre, vos lavo os pés, deveis igualmente lavar os pés uns dos outros no caminho da vida porque no Reino do Bem e da Verdade o maior será sempre aquele que se fez sinceramente o menor de todos.

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