Casa Espírita Missionários da Luz – DIJ / Mocidade > de 14 anos 31/03/2023
Tema: O Consolador Prometido e o Espírito de Verdade
Objetivos:
Estudar o capítulo VI de O ESE no item ‘O Consolador Prometido’;
Identificar no Espiritismo, o Consolador Prometido por Jesus, liderado pelo Espírito de Verdade.
Bibliografia:
- O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. VI, itens 3 e 4;
- A Gênese, Cap. XVII itens 36 à 42 “Anunciação do Consolador”;
- Obras Póstumas, 2ª parte ‘Meu Espírito protetor, 1 de dezembro de 1855’; ‘Meu Guia espiritual, 25 de março de 1856’; 9 de agosto de 1863 - Imitação do Evangelho;
- NT, Ato dos Apóstolos, Cap.2, 1:18 (Pentecostes);
- As Mil Faces da Realidade Espiritual, Hermínio Miranda, Cap. 5 ‘Quem é o Espírito de Verdade, Guia de Kardec’.
http://www.mundoespirita.com.br/?materia=pentecostes – explicação sobre o termo Pentecostes.
https://www.febnet.org.br/wp-content/uploads/2012/06/Mod-2-Rot-20-Atos-dos-Apostolos-2.pdf – apostila de estudo da FEB, sobre o Pentecostes.
Material: 2 pranchetas com 1 caneta e folha de papel em cada uma; 2 cópias dos trechos de João sobre o Consolador Prometido, perguntas para orientar a discussão em grupos.
Desenvolvimento:
Hora da novidade, exercícios de respiração profunda e prece Inicial.
1. Motivação Inicial:
Propor o Jogo da Vida (Forca ‘ao contrário’), onde o grupo precisará acertar uma palavra relacionada ao tema do estudo de encontro. Cada um diz uma letra, e só pode tentar a certar o jovem da vez.
Escrever no quadro: __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ (11 letras)
Conforme forem acertando, desenhar ao lado, um bonequinho: cada letra certa, mais um elemento no desenho!
A palavra a ser descoberta é: Pentecostes (3 ‘e’, 2 ‘t’, 2 ‘s’, e 1 ‘n’, ‘c’, ‘o’, e ‘p’).
Depois de descoberta a palavra, perguntar que sabe o que significa.
Significado de Pentecostes: (Dicionário)
1. festa dos judeus em memória do dia em que Moisés recebeu de Deus as Tábuas da Lei.
2. festa da Igreja cristã em memória da descida do Espírito Santo sobre os apóstolos, 50 dias depois da Páscoa.
Para a doutrina espírita, existe outra definição: (estudo na apostila da FEB – EADE, Livro I, Módulo II, Roteiro 20 – Atos dos apóstolos)
O que teria ocorrido naquele instante com os Apóstolos?
Os fenômenos mediúnicos ocorridos no dia de Pentecostes foram notáveis. Os pontos luminosos que a multidão percebeu sobre a cabeça de cada apóstolo nos revelam o conhecido fenômeno mediúnico de efeitos físicos. Na verdade, tais pontos nada mais eram do que Espíritos “que não se mostraram visíveis de todo, mas apenas o suficiente para serem percebidos; e como brilhasse a parte que os discípulos puderam ver, interpretaram-na como línguas de fogo.” (RIGONATTI, Eliseu. O evangelho da mediunidade. Cap. 2.)
Obs.: em O Livro dos Espíritos, q. 88, os Espíritos são definidos como “uma chama, um clarão ou uma centelha etérea”. Antes, nessa questão, somos informados de que, “aos nossos olhos”, os Espíritos não “têm uma forma”, mas aos deles, sim.
A mediunidade poliglota (xenoglossia), permitiu que os representantes estrangeiros entendessem, na própria língua, “As maravilhas de Deus” (Atos, vers. 11).
2. Desenvolvimento do conteúdo
Vamos agora estudar uma previsão que Jesus fez e verificar se essa previsão já se cumpriu.
Vamos fazer 2 grupos com a mesma tarefa:
- Levantar as características que Jesus citou na previsão;
- Identificar de quem Jesus falava.
==> Usar argumentação lógica! Não é para ‘chutar’!!!
- Vocês tem 20 minutos para essa tarefa.
Distribuir para cada grupo: 2 cópias do texto de João na prancheta com papel para anotações e 1 caneta, perguntas para orientar a discussão.
Se me amais, guardai os meus mandamentos — e eu pedirei a meu Pai e ele vos enviará outro Consolador, a fim de que fique eternamente convosco: — O Espírito de Verdade que o mundo não pode receber, porque não o vê; vós, porém, o conhecereis, porque permanecerá convosco e estará em vós. — Mas o Consolador, que é o Espírito Santo, que meu Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e fará vos lembreis de tudo o que vos tenho dito. (S. João, 14:15 a 17 e 26)
Entretanto, digo-vos a verdade: Convém que eu me vá, porquanto, se eu não me for, o Consolador não vos virá; eu, porém, me vou e vo-lo enviarei.
Tenho ainda muitas coisas a dizer-vos, mas presentemente não as podeis suportar.
Quando vier esse Espírito de Verdade, ele vos ensinará toda a verdade, porquanto não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tenha escutado e vos anunciará as coisas porvindouras. Ele me glorificará, porque receberá do que está em mim e vo-lo anunciará. (S. João, 16:7, 12 à 14.)
Perguntas motivadoras da discussão no grupo:
- Esse Consolador viria na mesma época dos apóstolos de Jesus?
- Quanto tempo esse Consolador ficaria conosco?
- O quê esse Consolador viria fazer?
- Porque será que os discípulos de Jesus não poderiam suportar as outras coisas que Jesus ainda tinha a dizer?
- Porque Jesus disse que o Consolador “fará vos lembreis de tudo o que vos tenho dito”?
- Esse Consolador prometido por Jesus já veio? Se sim, quem é/foi?
Apresentação dos grupos.
Após as 2 apresentações, complementar se necessário.
Respostas às perguntas motivadoras:
- Esse Consolador viria na mesma época dos apóstolos de Jesus? (A Gênese, Cap. XVII, item 38)
Quando terá de vir esse novo revelador? É evidente que se, na época em que Jesus falava, os homens não se achavam em estado de compreender as coisas que lhe restavam a dizer, não seria em alguns anos apenas que poderiam adquirir as luzes necessárias a entendê-las. Para a inteligência de certas partes do Evangelho, excluídos os preceitos morais, faziam-se mister conhecimentos que só o progresso das ciências facultaria e que tinham de ser obra do tempo e de muitas gerações. Se, portanto, o novo Messias tivesse vindo pouco tempo depois do Cristo, houvera encontrado o terreno ainda nas mesmas condições e não teria feito mais do que o mesmo Cristo. Ora, desde aquela época até os nossos dias, nenhuma grande revelação se produziu que haja completado o Evangelho e elucidado suas partes obscuras, indício seguro de que o Enviado ainda não aparecera.
- Quanto tempo esse Consolador ficaria conosco? (A Gênese, Cap. XVII, item 39)
A fim de que fique eternamente convosco e ele estará em vós. Esta proposição não poderia referir-se a uma individualidade encarnada, visto que não poderia ficar eternamente conosco, nem, ainda menos, estar em nós; compreendemo-la, porém, muito bem com referência a uma doutrina, a qual, com efeito, quando a tenhamos assimilado, poderá estar eternamente em nós. O Consolador é, pois, segundo o pensamento de Jesus, a personificação de uma doutrina soberanamente consoladora, cujo inspirador há de ser o Espírito de Verdade.
- O quê esse Consolador viria fazer? (A Gênese, Cap. XVII, item 37)
“Sob o nome de Consolador e de Espírito de Verdade, Jesus anunciou a vinda daquele que havia de ensinar todas as coisas e de lembrar o que ele dissera.”
- Porque será que os discípulos de Jesus não poderiam suportar as outras coisas que Jesus ainda tinha a dizer? (A Gênese, Cap. XVII, item 37)
Esta predição, não há contestar, é uma das mais importantes, do ponto de vista religioso, porquanto comprova, sem a possibilidade do menor equívoco, que Jesus não disse tudo o que tinha a dizer, pela razão de que não o teriam compreendido nem mesmo seus apóstolos, visto que a eles é que o Mestre se dirigia. Se lhes houvesse dado instruções secretas, os Evangelhos fariam referência a tais instruções. Ora, desde que ele não disse tudo a seus apóstolos, os sucessores destes não terão podido saber mais do que eles, com relação ao que foi dito;
- Porque Jesus disse que o Consolador “fará vos lembreis de tudo o que vos tenho dito”?
(A Gênese, Cap. XVII, item 37)
Logo, não estava completo o seu ensino. E, ao demais, prevê não só que ficaria esquecido, como também que seria desvirtuado o que por ele fora dito, visto que o Espírito de Verdade viria tudo lembrar e, de combinação com Elias, restabelecer todas as coisas, isto é, pô-las de acordo com o verdadeiro pensamento de seus ensinos.
- Esse Consolador prometido por Jesus já veio? Se sim, quem é/foi? (A Gênese, Cap.XVII, Item 40) Concluir que o Espiritismo é o Consolador prometido por Jesus:
“O Espiritismo realiza, como ficou demonstrado (cap. I,nº 30), todas as condições do Consolador que Jesus prometeu.
Não é uma doutrina individual, nem de concepção humana; ninguém pode dizer-se seu criador. É fruto do ensino coletivo dos Espíritos, ensino a que preside o Espírito de Verdade. Nada suprime do Evangelho: antes o completa e elucida. Com o auxílio das novas leis que revela, conjugadas essas leis às que a Ciência já descobrira, faz se compreenda o que era ininteligível e se admita a possibilidade daquilo que a incredulidade considerava inadmissível.
Teve precursores e profetas, que lhe pressentiram a vinda. Pela sua força moralizadora, ele prepara o reinado do bem na Terra.”
A Igreja diz que o Consolador foi o Pentecostes. Vejamos como Kardec analisa essa questão, na Gênese, Cap.XVII, Item 42:
“Se disserem que essa promessa se cumpriu no dia de Pentecostes, por meio da descida do Espírito Santo, poder-se-á responder que o Espírito Santo os inspirou, que lhes desanuviou a inteligência, que desenvolveu neles as aptidões mediúnicas destinadas a facilitar-lhes a missão, porém que nada lhes ensinou além daquilo que Jesus já ensinara, porquanto, no que deixaram, nenhum vestígio se encontra de um ensinamento especial.”
- Porque se chama ‘Consolador’? ==> Por demonstrar a imortalidade e a reencarnação, traz esperanças e consolações! (ESE, no item 4 do cap. VI)
“O Espiritismo vem, (…) finalmente, trazer a consolação suprema aos deserdados da Terra e a todos os que sofrem, atribuindo causa justa e fim útil a todas as dores. “
3. Conclusão:
Concluir com o texto de Kardec no ESE, no item 4 do cap. VI:
O Espiritismo vem, na época predita, cumprir a promessa do Cristo: preside ao seu advento o Espírito de Verdade. Ele chama os homens à observância da lei; ensina todas as coisas fazendo compreender o que Jesus só disse por parábolas. Advertiu o Cristo: "Ouçam os que têm ouvidos para ouvir." O Espiritismo vem abrir os olhos e os ouvidos, porquanto fala sem figuras, nem alegorias; levanta o véu intencionalmente lançado sobre certos mistérios.
4. Prece final e passes.
5. Avaliação
Encontro com 10 jovens, com interesse. Participaram do Jogo da Vida com entusiasmo. Não sabiam o que era o Pentecostes. Ficamos um tempinho nesse assunto. Não deu tempo de fazer trabalho em grupo. Dei as duas folhas com os textos para 2 jovens, para que fizessem a leitura. Também colei no grupo WhatsApp para quem quisesse acompanhar pelo celular. A discussão foi através de diálogos. Somente 2 jovens sabiam que segundo a DE, o Consolador Prometido por Jesus é o próprio Espiritismo. Também falamos do Espírito de Verdade ser Jesus.
6. Anexos
Sobre o Espírito de Verdade, como sendo Jesus ou um Espírito Superior em nome de Jesus:
Obras Póstumas, 2ª parte
9 de agosto de 1863 - IMITAÇÃO DO EVANGELHO
Pergunta — Que pensais da nova obra em que trabalho neste momento?
(…) Acaba a tua obra e conta com a proteção do teu guia, guia de todos nós, e com o auxílio devotado dos Espíritos que te são mais fiéis e em cujo número digna-te de me incluir sempre.
RE, Jan/1864, Um caso de possessão - Senhorita Júlia
“… que o Espírito de Verdade, que dirige este globo, conferirá quando for merecido. “ (HAHNEMANN.)
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