Casa Espírita Missionários da Luz - DIJ – Mocidade: > 14 anos
14/04/2023
Tema: Justiça da Reencarnação - Identidade de Gênero
Objetivos:
- Reconhecer na reencarnação, a ação da justiça divina e o meio de evolução dos Espíritos;
- Analisar as questões de identidade de gênero e homossexualidade à luz da reencarnação.
Bibliografia:
- O Livro dos Espíritos, pergs 167 à 171 (Da Pluralidade das Existências), Cap. V (item 222), parágrafos 6* ao 9*; pergs: 200 à 202 (Sexo nos Espíritos), pergs 258 e 262 (Escolha das Provas), 392 e 393 (Esquecimento do Passado); perg. 861 (Fatalidade);
- Revista espírita — 1866 > Janeiro > ‘As mulheres tem alma?’;
- Evangelho, Cap. VI (O Cristo Consolador), item 4 – 3* e 4* parágrafos;
- Vida e Sexo, Emmanuel/Chico Xavier, Cap. 21 “Homossexualidade”;
- Educação e Vivências – Raul Teixeira/Camilo - “Homossexualismo e Educação”;
- Desafios da Educação – Raul Teixeira/Camilo, perg.27;
- Desafios da Vida Familiar – Camilo/Raul Teixeira – pergs. 12, 13 e 28;
- Loucura e Obsessão – Manoel P. Miranda/Divaldo Pereira Franco, Cap 5 e 6;
- Adolescência e Vida, Joanna de Ângelis/Divaldo Franco, Cap. 22 - O Adolescente e os Transtornos Sexuais;
- Encontro com a Paz e a Saúde, Joanna de Ângelis, Cap.8 - Reflexões Sobre A Sexualidade, item ' Compromissos ético-morais em relação à conduta sexual'.
- Dias Gloriosos, Joanna de Ângelis/Divaldo Franco, cap. 14, Mudança de Sexo;
- Estudos Espíritas – Joanna de Ângelis/Divaldo Franco, Cap. 20 “Sexo”;
- Atualidade do Pensamento Espírita – Vianna de Carvalho/Divaldo Pereira Franco – perg. 179;
- Joanna de Ângelis/Divaldo Franco, Jesus e o Evangelho à Luz da Psicologia Profunda, Cap. 15,16, 18 e 23;
- Joanna de Ângelis/Divaldo Franco, Triunfo Pessoal, Cap. 5, item ‘A conscientização dos arquétipos primordiais’.
Material: Perguntas a serem estudadas pelos grupos em folhas; exemplares do LE.
Desenvolvimento:
1. Motivação Inicial: Trabalho em grupos
Formar grupinhos para estudar algumas perguntas de O LE, buscando entender as informações trazidas pelos Espíritos Superiores sobre a temática em estudo por Kardec nas perguntas.
(15 min pra leitura e discussão)
Grupo1: Justiça da Reencarnação
167. Qual o fim objetivado com a reencarnação?
“Expiação, melhoria progressiva da humanidade. Sem isto, onde a justiça?”
168. É limitado o número das existências corporais, ou o Espírito reencarna perpetuamente?
“A cada nova existência o Espírito dá um passo adiante na senda do progresso. Quando se ache despojado de todas as impurezas não tem mais necessidade das provas da vida corporal.”
169. É invariável o número das encarnações para todos os Espíritos?
“Não; aquele que caminha depressa a muitas provas se forra. Todavia, as encarnações sucessivas são sempre muito numerosas, porquanto o progresso é quase infinito.”
171. Em que se funda o dogma da reencarnação?
“Na justiça de Deus e na revelação, pois incessantemente repetimos: o bom pai deixa sempre aberta a seus filhos uma porta para o arrependimento..."
Todos os Espíritos tendem para a perfeição e Deus lhes faculta os meios de alcançá-la, proporcionando-lhes as provações da vida corporal. Sua justiça, porém, lhes concede realizar, em novas existências, o que não puderam fazer ou concluir numa primeira prova. (…)
A doutrina da reencarnação, isto é, a que consiste em admitir para o Espírito muitas existências sucessivas, é a única que corresponde à ideia que formamos da justiça de Deus para com os homens que se acham em condição moral inferior; a única que pode explicar o futuro e firmar as nossas esperanças, pois que nos oferece os meios de resgatarmos os nossos erros por novas provações. A razão no-la indica e os Espíritos a ensinam.
Grupo 2: Escolha das Provas
258. Quando na erraticidade, antes de começar nova existência corporal, tem o Espírito consciência e previsão do que lhe sucederá no curso da vida terrena?
“Ele próprio escolhe o gênero de provas por que há de passar, e nisso consiste o seu livre-arbítrio.”
a) – Não é Deus, então, que lhe impõe as tribulações da vida, como castigo?
“Nada ocorre sem a permissão de Deus, porquanto foi Deus que estabeleceu todas as leis que regem o universo. (...)
Dando ao Espírito a liberdade de escolher, Deus lhe deixa a inteira responsabilidade de seus atos e das consequências que estes tiverem. Nada lhe estorva o futuro; abertos se lhe acham, assim, o caminho do bem, como o do mal. Se vier a sucumbir, restar-lhe-á a consolação de que nem tudo se lhe acabou, e que a bondade divina lhe concede a liberdade de recomeçar o que foi mal feito.
259. Do fato de pertencer ao Espírito a escolha do gênero de provas que deva sofrer, seguir-se-á que todas as tribulações que experimentamos na vida nós as previmos e escolhemos?
“Todas, não, porque não escolhestes e previstes tudo o que vos sucede no mundo, até às mínimas coisas. Escolhestes apenas o gênero das provações. As particularidades são a consequência da posição em que vos achais e, muitas vezes, das vossas próprias ações. Escolhendo, por exemplo, nascer entre malfeitores, sabia o Espírito a que arrastamentos se expunha; ignorava, porém, quais os atos que viria a praticar. Esses atos resultam do exercício da sua vontade, ou do seu livre-arbítrio. Sabe o Espírito que, escolhendo tal caminho, terá que sustentar lutas de determinada espécie; sabe, portanto, de que natureza serão as vicissitudes que se lhe depararão, mas ignora se se verificará este ou aquele evento.
262 a) – Quando o Espírito goza do livre-arbítrio, a escolha da existência corporal dependerá sempre exclusivamente de sua vontade, ou essa existência lhe pode ser imposta, como expiação, pela vontade de Deus?
“Deus sabe esperar, não apressa a expiação. Todavia, pode impor certa existência a um Espírito, quando este, pela sua inferioridade ou má vontade, não se mostra apto a compreender o que lhe seria mais benéfico, e quando vê que tal existência servirá para a purificação e o progresso do Espírito, ao mesmo tempo que lhe sirva de expiação.”
Grupo 3: Esquecimento do passado.
392. Por que perde o Espírito encarnado a lembrança do seu passado?
“Não pode o homem, nem deve, saber tudo. Deus assim o quer em sua sabedoria. Sem o véu que lhe oculta certas coisas, ficaria ofuscado, como quem, sem transição, saísse do escuro para o claro. Esquecido de seu passado, ele é mais ele mesmo. ”
393. Como pode o homem ser responsável por atos e resgatar faltas de que se não lembra? Como pode aproveitar da experiência de vidas de que se esqueceu? Concebe-se que as tribulações da existência lhe servissem de lição, se se recordasse do que as tenha podido ocasionar. Desde que, porém, disso não se recorda, cada existência é, para ele, como se fosse a primeira e eis que então está sempre a recomeçar. Como conciliar isto com a justiça de Deus?
“Em cada nova existência, o homem dispõe de mais inteligência e melhor pode distinguir o bem do mal. Onde o seu mérito se se lembrasse de todo o passado? Quando o Espírito volta à vida primitiva (a vida espírita), diante dos olhos se lhe estende toda a sua vida pretérita. Vê as faltas que cometeu e que deram causa ao seu sofrer, assim como de que modo as teria evitado. Reconhece justa a situação em que se acha e busca então uma existência capaz de reparar a que vem de transcorrer. Escolhe provas análogas às de que não soube aproveitar, ou as lutas que considere apropriadas ao seu adiantamento e pede a Espíritos que lhe são superiores que o ajudem na nova empresa que sobre si toma, ciente de que o Espírito que lhe for dado por guia nessa outra existência se esforçará pelo levar a reparar suas faltas, dando-lhe uma espécie de intuição das em que incorreu. Tendes essa intuição no pensamento, no desejo criminoso que frequentemente vos assalta e a que instintivamente resistis, atribuindo, as mais das vezes, essa resistência aos princípios que recebestes de vossos pais, quando é a voz da consciência que vos fala. Essa voz, que é a lembrança do passado, vos adverte para não recairdes nas faltas de que já vos fizestes culpados. Na nova existência, se sofre com coragem aquelas provas e resiste, o Espírito se eleva e ascende na hierarquia dos Espíritos, ao voltar para o meio deles.”
Não temos, é certo, durante a vida corpórea, lembrança exata do que fomos, nem do bem ou do mal que fizemos, em anteriores existências; mas temos de tudo isso a intuição, sendo as nossas tendências instintivas uma reminiscência do passado. E a nossa consciência, que é o desejo que experimentamos de não reincidir nas faltas já cometidas, nos concita a resistir àqueles pendores.
399. Sendo as vicissitudes da vida corporal expiação das faltas do passado e, ao mesmo tempo, provas com vistas ao futuro, seguir-se-á que da natureza de tais vicissitudes se possa inferir de que gênero foi a existência anterior?
“Muito amiúde é isso possível, pois que cada um é punido naquilo por onde pecou. Entretanto, não há que tirar daí uma regra absoluta. As tendências instintivas constituem indício mais seguro, visto que as provas por que passa o Espírito são determinadas tanto pelo que respeita ao passado, quanto pelo que toca ao futuro.”
2. Apresentação dos Grupos
- cada grupo deve apresentar suas conclusões sobre o tema estudado. Complementar caso necessário. (15 min)
3. Identidade de Gênero e Homossexualidade
- Introduzir o tema fazendo a conexão com as apresentações dos grupos:
- Vimos que os Espíritos, nós, escolhemos antes da presente existência, o gênero de provas que precisaríamos passar, e a expiação necessária a eliminar de nossas consciências, os erros do passado.
- Vimos que a justiça divina está sempre presente, atuando, e que a reencarnação é uma prova dessa justiça e da bondade de Deus para com os Espíritos, para conosco!
- Sabemos que o esquecimento das nossas existências anteriores é uma bênção, pois permite que recomecemos sem o peso das lembranças de nossos erros, mas que trazemos a intuição do que precisamos fazer, cuidar, e nossas tendências nos mostram nossos vícios e virtudes já adquiridas.
- Isso posto, como podemos analisar a questão da identidade de gênero, da homossexualidade, dos conflitos sexuais de toda ordem que estamos vendo nesses últimos tempos?
- o que está acontecendo?
- quem são esses Espíritos que estão vivenciando essa experiência?
- seriam casos de expiação, provas, missão?
- 10 minutos para discussão nos mesmos grupos da etapa anterior.
- No retorno dos grupos, falar das perguntas do Livro dos Espíritos, onde Kardec tratou a questão do sexo nos Espíritos:
Sexo nos Espíritos.
200. Têm sexos os Espíritos?
“Não como o entendeis, pois que os sexos dependem do organismo. Há entre eles amor e simpatia, mas baseados na semelhança dos sentimentos.”
201. Em nova existência, pode o Espírito que animou o corpo de um homem animar o de uma mulher e vice-versa?
“Decerto; são os mesmos os Espíritos que animam os homens e as mulheres.”
202. Quando errante, que prefere o Espírito: encarnar no corpo de um homem, ou no de uma mulher?
“Isso pouco lhe importa. O que o guia na escolha são as provas por que haja de passar.”
Os Espíritos encarnam como homens ou como mulheres, porque não têm sexo. Visto que lhes cumpre progredir em tudo, cada sexo, como cada posição social, lhes proporciona provações e deveres especiais e, com isso, ensejo de ganharem experiência. Aquele que só como homem encarnasse só saberia o que sabem os homens.
- Apresentação dos grupos.
Complementar após a fala dos grupos:
Emmanuel, Vida e Sexo, Cap. 21 “Homossexualidade”
A homossexualidade, (...) não encontra explicação fundamental nos estudos psicológicos que tratam do assunto em bases materialistas, mas é perfeitamente compreensível, à luz da reencarnação.
==> Podemos identificar algumas causas para a homossexualidade:
i.- vivência no mesmo sexo por muitas reencarnações, trazendo então, características das últimas numa mesma polaridade;
ii.- escolha do Espírito - oportunidade de trabalho em áreas específicas;
iii.- oportunidade pedagógica de reajustar-se, aprendizado, respeito a si e aos outros;
iv.- efeito de um processo educacional deficiente;
v.- opção sexual, em oposição à própria polaridade, pela bem urdida propaganda apresentada pela mídia;
vi.- à iniciação, quando adultos perversos e doentes estupram, ou desviam a atenção sexual do jovem em formação.
vii – processos obsessivos
==> seja qual for a causa, a encarnação é sempre uma experiência que os Espíritos vivenciam, para seu aprendizado e crescimento evolutivo. Nossa meta é a angelitude, onde não haverá mais essa questão da sexualidade pois os Espíritos Puros tem as potencialidades das duas polaridades em harmonia.
A homossexualidade é uma característica da pessoa, não devendo em nada interferir em sua vida, em sua atuação na sociedade.
Conclusão:
Vida e Sexo – Emmanuel/Chico Xavier – Cap. 21 “Homossexualidade”
Observadas as tendências homossexuais dos companheiros reencarnados nessa faixa de prova ou de experiência, é forçoso se lhes dê o amparo educativo adequado, tanto quanto se administra instrução à maioria heterossexual. E para que isso se verifique em linhas de justiça e compreensão, caminha o mundo de hoje para mais alto entendimento dos problemas do amor e do sexo, porquanto, à frente da vida eterna, os erros e acertos dos irmãos de qualquer procedência, nos domínios do sexo e do amor, são analisados pelo mesmo elevado gabarito de Justiça e Misericórdia. Isso porque todos os assuntos nessa área da evolução e da vida se especificam na intimidade da consciência de cada um.”
- Exercícios de respiração profunda, prece final e passes coletivos.
Avaliação:
Encontro somente com 6 jovens com participação e interesse.
Como estavam em poucos, só fiz 2 trios: Escolha das Provas e Esquecimento do Passado. Nesses dois trios, eles já discutiram as questões analisadas nos trechos lidos.
Fizeram as apresentações e houve perguntas de um trio para o outro!
Não cheguei a fazer novos trios para a segunda discussão, porque já começaram a perguntar sobre o tema.
Trouxeram diversos aspectos sobre o contexto social, sobre a época de Sócrates onde a prática homossexual era comum (viram na escola). Foram bastante produtivas as reflexões.
A tendência deles era avaliar sobre a visão atual, na encarnação, na sociedade e não a visão da escolha das provas, as necessidades e provas dos Espíritos.
Perceberam a questão que Joanna traz em Triunfo Pessoal sobre homens com anima atuante, e vice-e-versa, identificando esses casos em diversos conhecidos.
Perceberam a questão do respeito a si e aos outros, as experiências de cada Espírito em casa nova existência.
Anexos – Subsídios teóricos
Joanna de Ângelis/Divaldo Franco, Jesus e o Evangelho à Luz da Psicologia Profunda
Exemplo da perfeita identificação da anima com o animus, Ele é todo harmonia que cativa e arrebata as multidões. (Prefácio)
Jesus sintetizou as duas naturezas, fundindo em unidade harmônica a anima ao animus, harmonizando a Sua conduta sem traição de qualquer arquétipo ancestral em uma imagem integrada de Ser ideal. (Cap. 15 A vingança)
Esse amor não censurou ninguém, porque é feminino, maternal; no entanto, advertiu, caracterizando ser também masculino, paternal, em perfeita identidade da anima com o animus, em perfeita harmonia no Homem-Jesus. (Cap.16 O Ódio)
Jesus, o Homem pleno, realizador harmônico do Seu animus com a Sua anima, perfeitamente identificado com o Eu profundo, que desvelava em todos os momentos, jamais assumindo posturas incompatíveis com os conteúdos das lições vivas que ministrava. (Cap.18 A Beneficência)
Jesus-Homem, à luz da Psicologia Profunda, arrebentou esse pressuposto de dominação patriarcal, realizando a superior androginia figurativa, quando harmonizou o Seu animus com a Sua anima, em perfeita identidade de conteúdos, o que Lhe permitiu transitar pelos diferentes comportamentos emocionais, mantendo a mesma qualidade de conduta.
Jamais Lhe aconteceu a predominância essencial de um conteúdo psicológico em detrimento do outro, que sempre se encarrega de contrabalançar a atitude, destacando o ser essencial e não o seu exterior.
Essa dualidade será sempre vivida em tal elevação, que Ele superou o ambiente em que viveu, destacando-se pela qualidade de valores adotados e propostos, sem jamais desvincular-se do programa que veio trazer ao mundo, revolucionando as mentes e preparando-as para o advento da Nova Era. (Cap.23 A Avareza)
Joanna de Ângelis/Divaldo Franco, Triunfo Pessoal, Cap. 5, item ‘A conscientização dos arquétipos primordiais’.
A anima/ animus ou alter ego é também o resultado dos impulsos e tendências que foram rejeitados pela família e pela sociedade, que se aglutinam, formando imagens que permanecem na superfície do inconsciente pessoal. Quando, em qualquer circunstância, uma porção de um par de opostos é conscientizada ou apresentada à luz do discernimento, a outra, a que não foi aceita, desce e, numa metáfora, transforma-se em sombra no inconsciente. (...)
Da mesma forma, esses resquícios da anima/animus merecem considerações lúcidas, de forma que sejam identificados com heranças de vivências em reencarnações transatas, que não foram absorvidas como deveriam pelo Si profundo.
No processo da evolução e, por todo o sempre, o Espírito é assexuado, experienciando as duas polaridades - responsáveis pela perpetuação da espécie humana —, nas quais a vigência de hormônios específicos encarrega-se de desenvolver aptidões ora físicas, morais, intelectuais, ora emocionais diferentes, a fim de realizar a individuação plena, desse modo, sintetizando os valores que decorrem de ambos os sexos em uma totalidade harmônica.
Um Espírito que se haja reencarnado por diversas vezes na masculinidade e, subitamente inicie experiências femininas, apresentará uma anatomia constituída pelos implementos correspondentes; no entanto, o seu será um psiquismo animus, mediante o qual revelará as potências acumuladas, que o propelem a atitudes masculinas, não obstante a sua constituição fisiológica feminil.
Nos casos opostos, o ser masculino herdará as experiências femininas, dando vitalidade à anima, que predominará em seus conteúdos psicológicos.
É muito provável que esse animus/anima, em supremacia psíquica sobre a organização anatômica, faculte ao indivíduo identificar-se como seu oposto em outro ser cuja organização fisiológica seja diversa da sua exteriorização psicológica.
Graças a essa identificação dos conteúdos arquetípicos, o homem, no uso de suas funções, mas de aparência frágil e compleição emocional gentil, em quem a anima se encontra prevalecente, irá vincular-se a uma mulher cujo animus desempenhe um papel de comando na área da personalidade e dos relacionamentos. O oposto também é real, pois que da mesma gênese, e de consequências idênticas.
Sem qualquer prejuízo para a saudável convivência sexual, os arquétipos complementam-se, produzindo harmonia, o que se torna perturbador, quando essa identificação não é levada em conta e a atração é mais física do que psicológica…
O malogro de muitos relacionamentos na área da afetividade tem a sua psicogênese nesse comportamento desidentificado que existe entre os parceiros, que se sentem defraudados nas suas aspirações inconscientes de equilíbrio e complementação emocional.
A integração dos conteúdos anima /animus, parcial que seja, proporciona melhor capacidade para lidar com a realidade das demais pessoas, tanto quanto da própria psique.
Multiplicam-se os casos nos quais as parcerias psicológicas são responsáveis pelos sucessos e desastres emocionais entre os indivíduos.
A conscientização da necessidade de conviver com pessoas que preencham as lacunas emocionais que existem na afetividade, auxiliará com segurança os relacionamentos humanos exitosos.
Revista espírita — 1866 > Janeiro > As mulheres tem alma?
Os órgãos sexuais só existem no organismo. Eles são necessários à reprodução dos seres materiais. Mas os Espíritos, sendo criação de Deus, não se reproduzem uns pelos outros, razão pela qual os órgãos sexuais seriam inúteis no mundo espiritual. (...)
Devendo os Espíritos progredir em tudo e adquirir todos os conhecimentos, cada um é chamado a concorrer aos diversos trabalhos e a passar por diferentes gêneros de provas. É por isso que eles renascem alternativamente ricos ou pobres, senhores ou servos, profissionais do pensamento ou da matéria. (...)
É com o mesmo objetivo que os Espíritos se encarnam nos diferentes sexos. Aquele que foi homem poderá renascer mulher, e aquele que foi mulher poderá renascer homem, a fim de realizar os deveres de cada uma dessas posições, e de submeter-se às provas respectivas.
Sofrendo o Espírito encarnado a influência do organismo, seu caráter se modifica conforme as circunstâncias e se dobra às necessidades e às exigências impostas por esse mesmo organismo. Essa influência não se apaga imediatamente após a destruição do envoltório material, da mesma forma que ele não perde instantaneamente os gostos e hábitos terrenos. Depois, pode acontecer que o Espírito percorra uma série de existências no mesmo sexo, o que faz com que durante muito tempo ele possa conservar, na condição de Espírito, o caráter de homem ou de mulher, cuja marca nele ficou impressa. Somente quando chegado a um certo grau de adiantamento e de desmaterialização é que a influência da matéria se apaga completamente e, com ela, o caráter dos sexos.
Se essa influência da vida corporal repercute na vida espiritual, o mesmo se dá quando o Espírito passa da vida espiritual para a corporal (...). Mudando de sexo ele poderá, portanto, sob essa impressão e em sua nova encarnação, conservar os gostos, as inclinações e o caráter inerentes ao sexo que acaba de deixar. Assim se explicam certas anomalias aparentes, notadas no caráter de certos homens e de certas mulheres.
Educação e Vivências – Raul Teixeira/Camilo - “Homossexualismo e Educação”
“decorrentes de processos educacionais deletérios que se apoiaram em inclinações morais deficitárias, ainda não são suficientemente amadurecidas para a verdadeira liberdade, os dramas homossexuais têm lugar na intimidade das criaturas largamente.”
“Motivados, ainda, por terríveis programas obsessivos, que antigos inimigos desencarnados engendram por vingança ou, ainda, decorrentes de perturbações psiquiátricas não devidamente diagnosticadas, explodem quadros homossexuais, aqui e acolá. (…)”
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