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Espírita Missionários da Luz – Juventude >
13 anos – 13/11/2020
Tema: Espiritismo e os Animais Estudo
Virtual – Google Meet
Objetivos:
- Estudar como o Espiritismo
aborda a questão da alma dos animais e sua evolução.
Bibliografia:
O Livro dos Espíritos, item ‘Os animais e o
homem’, pergs 592 à 610, ‘Metempsicose’ pergs 611 à 613;
O Livro dos Médiuns, Cap. XXII ‘Mediunidade nos
Animais’;
RE, Junho/1860 > O
Espírito e o cãozinho;
RE, Maio/1865/questões-e-problemas
Material:
1
Hora
da novidade, exercícios de respiração profunda, e prece inicial
2
Motivação
inicial:
Perguntar o que os
jovens pensam a respeito dos animais e dos Espíritos: sobrevivem à morte?
Reencarnam? Progridem? Existem animais nos mundos superiores?
3
Discussão
dialogada com apoio de slides, com as perguntas do LE, item ‘Os animais e os
homens’.
Slides:
•
Os Animais e
Espiritismo
•
É
possível que os cães vejam ou sintam os Espíritos?
•
“É
certo que os Espíritos podem tornar-se visíveis e tangíveis aos animais e,
muitas vezes, o terror súbito que eles denotam, sem que lhe percebais a causa,
é determinado pela visão de um ou de muitos Espíritos. Ainda com mais
frequência vedes cavalos que se negam a avançar ou a recuar, ou que empinam
diante de um obstáculo imaginário. Pois bem! tende como certo que o obstáculo
imaginário é quase sempre um Espírito ou um grupo de Espíritos que se comprazem
em impedi-los de mover-se.
Mas, repito, não
medianizamos diretamente nem os animais, nem a matéria inerte. É-nos sempre
necessário o concurso consciente, ou inconsciente, de um médium humano, porque
precisamos da união de fluidos similares, o que não achamos nem nos animais,
nem na matéria bruta. (LM, cap. XXII,
item 236)
•
Os Animais e os Homens (Perguntas 592 a 610) – O Livro dos
Espíritos
•
592. Se comparamos o homem e os animais, em relação à
inteligência, parece difícil estabelecer a linha de demarcação. Essa linha de
demarcação pode ser estabelecida de maneira precisa?
•
O
homem é um ser à parte. No físico, o homem é como os animais e menos bem
provido que muitos dentre eles. Seu corpo se destrói como o dos animais, isto é
certo, mas o seu Espírito tem um destino que só ele pode compreender, porque só
ele é completamente livre. Reconhecei o homem pela faculdade de pensar em Deus.
•
593. Podemos dizer que os animais só agem por instinto?
•
Ainda
nisso há um sistema. É bem verdade que o instinto domina na maioria dos
animais: mas não vês que há os que agem por uma vontade determinada? É que têm
inteligência, porém ela é limitada.
•
594. Os animais têm linguagem?
•
Se
pensais numa linguagem formada de palavras e de sílabas, não; mas num meio de
se comunicarem entre si, então, sim. Eles se dizem muito mais coisas do que
supondes, mas a sua linguagem é limitada, como as próprias ideias, às suas
necessidades.
•
594-a. Há animais que não possuem voz; esses não parecem
destituídos de linguagem?
•
Compreendem-
se por outros meios. Os animais, sendo dotados da vida de relação, têm meios de
se prevenir e de exprimir as sensações que experimentam. Pensas que os peixes
não se entendem? O homem não tem o privilégio da linguagem, mas a dos animais é
instintiva e limitada pelo círculo exclusivo das suas necessidades e das suas
ideias, enquanto a do homem é perfectível e se presta a todas as concepções da
sua inteligência.
•
595. Os animais têm livre-arbítrio?
•
Não
são simples máquinas, como supondes, mas sua liberdade de ação é limitada pelas
suas necessidades, e não pode ser comparada à do homem. Sendo muito inferiores
a este, não têm os mesmos deveres. Sua liberdade é restrita aos atos da vida
material.
•
596. De onde vem a aptidão de certos animais para imitar a
linguagem do homem, e por que essa aptidão se encontra mais entre as aves do
que entre os símios, por exemplo, cuja conformação tem mais analogia com a
daquele?
•
Conformação
particular dos órgãos vocais, secundada pelo instinto da imitação. O símio
imita os gestos; certos pássaros imitam a voz.
•
597. Pois se os animais têm uma inteligência que lhes dá
uma certa liberdade de ação, há neles um princípio independente da matéria?
•
Sim,
e que sobrevive ao corpo.
•
597-a. Esse princípio é uma alma semelhante à do homem?
•
É
também uma alma, se o quiserdes; isso depende do sentido em que se tome a
palavra; mas é inferior à do homem. Há, entre a alma dos animais e a do homem
tanta distância quanto entre a alma do homem e Deus.
•
598. A alma dos animais conserva após a morte sua
individualidade e a consciência de si mesma?
•
Sua
individualidade, sim, mas não a consciência de si mesma. A vida inteligente
permanece em estado latente.
•
599. A alma dos animais pode escolher a espécie em que
prefira encarnar-se?
•
Não;
ela não tem o livre arbítrio.
•
600. A alma do animal, sobrevivendo ao corpo, fica num
estado errante, como a do homem após a morte?
•
Fica
numa espécie de erraticidade, pois não está unida a um corpo. Mas não é um
Espírito errante. O Espírito errante é um ser que pensa e age por sua livre vontade;
o dos animais não tem a mesma faculdade. É a consciência de si mesmo que
constitui o atributo principal do Espírito. O Espírito do animal é classificado
após a morte, pelos Espíritos incumbidos disso, e utilizado quase
imediatamente: não dispõe de tempo para se pôr em relação com outras criaturas.
•
601. Os animais seguem uma lei progressiva, como os homens?
•
Sim,
e é por isso que nos mundos superiores, onde os homens são mais adiantados, os
animais também o são, dispondo de meios de comunicação mais desenvolvidos. São,
porém, sempre inferiores e submetidos aos homens, sendo para estes servidores
inteligentes.
•
602. Os animais progridem como o homem, por sua própria
vontade, ou pela força das coisas?
•
Pela
força das coisas; e é por isso que, para eles, não existe expiação.
•
604-a. A inteligência é assim uma propriedade comum, um
ponto de encontro entre a alma dos animais e a do homem?
•
Sim,
mas os animais não têm senão a inteligência da vida material; nos homens, a
inteligência produz a vida moral.
•
606. De onde tiram os animais o princípio inteligente que
constitui a espécie particular de alma de que são dotados?
•
Do
elemento inteligente universal.
•
606-a. A inteligência do homem e a dos animais emanam,
portanto, de um princípio único?
•
Sem
nenhuma dúvida; mas no homem ela passou por uma elaboração que a eleva sobre a
dos brutos.
•
610. Os Espíritos que disseram que o homem é um ser à parte
na ordem da Criação enganaram-se, então?
• Não, mas a questão não havia sido desenvolvida, e há coisas que não podem vir senão a seu tempo. O homem é, de fato, um ser à parte, porque tem faculdades que o distinguem de todos os outros e tem outro destino. A espécie humana é a que Deus escolheu para a encarnação dos seres que podem conhecer.
4
Conclusão
Resposta
de Kardec sobre um relato que um leitor da RE fez, dizendo que a cachorrinha da família, que havia
morrido, veio visita-los de noite:
“Nosso honrado correspondente faz bem em não considerar definitivamente
resolvida a questão. De um fato único, que além disso não passa de uma
probabilidade, ele não tira uma conclusão absoluta. Ele constata e observa,
esperando que a luz se faça. Assim o quer a prudência. Os fatos deste gênero não são ainda bastante
numerosos nem suficientemente comprovados para deles deduzir-se uma teoria
afirmativa ou negativa. A questão do princípio e do fim do Espírito dos animais apenas começa
a surgir, e o fato de que se trata a ela se liga essencialmente. Se não
for uma ilusão, pelo menos constata o elo de afinidade que existe entre o
Espírito dos animais, ou melhor, de certos animais e o do homem. Aliás, parece
positivamente provado que há animais que veem os Espíritos e com estes se impressionam.
Temos relatado vários exemplos na Revista, entre outros o do Espírito e o
cãozinho, no número de junho de 1860. Se os animais veem os Espíritos,
evidentemente não é pelos olhos do corpo. Então, também eles têm uma espécie de
visão espiritual.”
“Não é
por meio de sistemas que se poderá resolver esta grave questão, mas pelos fatos.
Se deve sê-lo um dia, o Espiritismo, criando a psicologia experimental, é o
único que lhe poderá fornecer os meios. Em todo o caso, se existem pontos de
contacto entre a alma animal e a alma humana, este não pode ser, no caso da
alma animal, senão da parte dos mais adiantados. Um fato importante a constatar
é que, entre os seres do
mundo espiritual, jamais se fez menção de que existissem Espíritos de animais.
Disso pareceria resultar que aqueles não conservam a sua individualidade após a
morte e, por outro lado,
que a pequena galga, que se teria manifestado, pareceria provar o contrário.”
(RE, Maio/1865/questões-e-problemas)
5
Prece
Final
6. Avaliação:
Estudo com 9 jovens, com diversas dúvidas deles sobre esse tema. Gostaram das discussões.
7. Anexos:
Livro dos Espíritos:
Comentário de Kardec à perg.585:
Os animais,
também compostos de matéria inerte e igualmente dotados de vitalidade, possuem,
além disso, uma espécie de inteligência
instintiva, limitada, e a consciência de sua existência e de sua individualidade.
O homem, tendo tudo o
que há nas plantas e nos animais, domina todas as outras classes por uma
inteligência especial, indefinida, que lhe dá a consciência do seu futuro, a percepção das coisas extra
materiais e o conhecimento de Deus.
Perg. 612. Poderia encarnar num animal o Espírito que
animou o corpo de um homem?
“Isso seria retrogradar e o Espírito não retrograda.
O rio não remonta à sua nascente.”
Coment Karde perg 613
Quanto às relações misteriosas que existem entre o homem e os animais, isso, repetimos, está nos segredos de Deus, como muitas outras coisas, cujo conhecimento atual nada importa ao nosso progresso e sobre as quais seria inútil determo-nos.
RE, Junho/1860 > O Espírito e o cãozinho
O
Sr. G. G..., de Marselha, nos transmite este fato:
“Um rapaz faleceu há oito meses e sua família, na qual há três irmãs médiuns, o evoca quase que diariamente, servindo-se de uma cesta. Cada vez que o Espírito é chamado, um cãozinho, do qual ele gostava muito, salta sobre a mesa e vem cheirar a cesta, soltando ganidos. A primeira vez que isto aconteceu, a cesta escreveu: “Meu valente cachorrinho, que me reconhece.”
No dia seguinte a Sra. Lec..., médium, membro da Sociedade, recebeu em particular a seguinte explicação sobre o mesmo assunto:
“O fato citado na Sociedade é verídico, embora o perispírito destacado do corpo não tenha nenhuma de suas emanações. O cão farejava a presença de seu dono.(...)
Por suas fibras nervosas, o cão é posto em
relação direta conosco, Espíritos, quase tanto quanto com os homens. Ele
percebe as aparições; dá-se conta da diferença existente entre elas e as coisas
reais ou terrenas, e lhes tem muito medo. O cão uiva à Lua, conforme a
expressão vulgar; uiva também quando sente vir a morte. Nestes dois casos, e em
muitos outros mais, o cão é intuitivo. Acrescentarei que seu órgão visual é
menos desenvolvido que as suas sensações. Ele vê menos do que sente. O fluido
elétrico o penetra quase que habitualmente. O fato que me serviu de ponto de partida
nada tem de admirável, porque, no momento do desprendimento da vontade que chamava o seu dono, o cão
sentia sua presença quase tão depressa quanto o próprio Espírito
escutava e respondia ao chamado que lhe era feito.” Georges (Espírito familiar)
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