segunda-feira, 18 de novembro de 2019

Bem aventurados os Brandos e Pacíficos


Casa Espírita Missionários da Luz – Mocidade              > 14 anos         15/11/2019

Tema:  Bem aventurados os Brandos e Pacíficos

Objetivos:
Estudar o capítulo IX de O Evangelho Segundo o Espiritismo.

Bibliografia:  
O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. IX;
https://www.youtube.com/watch?v=ct51dULjgkA – cena do Hulk destruindo tudo, inclusive os amigos, em acesso de cólera - THOR vs HULK (Nova Edição) | Os Vingadores: The Avengers

Material: Texto para os grupos, vídeo da cena do Hulk.

Hora da novidade, exercício de respiração profunda e prece Inicial.

Desenvolvimento:

1.    Motivação inicial:

Passar a cena do filme Os Vingadores, da luta do Hulk com os demais (5 min), destruindo tudo e atacando até os amigos.

Gostaram da cena? Vocês sabem qual é o nosso tema de hoje?  Tem tudo a ver com essa cena...

Kardec colocou no cap. IX do Evangelho:

1. Bem-aventurados os que são brandos, porque possuirão a Terra. (S. MATEUS, 5:5.)
2. Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus. (S. MATEUS, 5:9.)

- será que o Hulk está nessa bem aventurança?

2.    Desenvolvimento

O que é ser manso? Ser brando? Quem aqui é brando?
E ser pacífico? O que é?

O manso não é um fraco. É um forte que percebeu que a vida tem uma lógica e um tempo para se manifestar. Logo, ser brando, é ser paciente, não se deixar irritar.

E ser pacífico? É ser conciliador! Resolver conflitos entre as pessoas.

Não é o caso do Hulk, que tem uma cólera incontrolável!

Vamos ver porque a cólera é tão perigosa e traz grandes males às pessoas. Nessa cena, vemos que o professor quando fica encolerizado, perde totalmente a capacidade de raciocinar e agride até os amigos. Fica como uma pessoa louca, transtornada, que destrói tudo a sua volta.
A cólera é assim!

Na cena em questão, ele destruía a própria nave que os conduzia. Se considerarmos a nave como nosso corpo, é a mesma relação! A cólera destrói nosso corpo, pois contamina as células com energias desequilibradas, de baixo teor vibratório.

Dividir a turma em 2 grupos e dar 2 cópias do trecho para leitura e discussão.
Depois cada grupo deve apresentar o caso lido e relatar as conclusões ao outro grupo.
Obs.: Se tiver número suficiente de jovens, pedir que encenem a situação relatada no texto.


Grupo 1 – Um grito de cólera – Neio Lucio/Chico Xavier
Grupo 2 – Momento Espírita – Cólera


3.    Conclusão

Kardec também colocou outro trecho de Mateus:
3. Sabeis que foi dito aos antigos: Não matareis e quem quer que mate merecerá condenação pelo juízo. – Eu, porém, vos digo que quem quer que se puser em cólera contra seu irmão merecerá condenação no juízo; que aquele que disser a seu irmão: Raca, merecerá condenado pelo conselho; e que aquele que lhe disser: És louco, merecerá condenado ao fogo do inferno. (S. MATEUS, 5:21 e 22.)
- parece exagerada essa recomendação de Jesus, né? Porque falar mal do outro merecerá ser réu? Ser condenado? Porque será que Jesus foi tão rigoroso nesse aspecto?

É que toda palavra ofensiva exprime um sentimento contrário à lei do amor e da caridade que deve presidir às relações entre os homens e manter entre eles a concórdia e a união; é que constitui um golpe desferido na benevolência recíproca e na fraternidade; é que entretém o ódio e a animosidade; é, enfim, que, depois da humildade para com Deus, a caridade para com o próximo é a lei primeira de todo cristão. (Evang., Cap IX, item 4).

- mesmo quem não explode, como o Hulk, mas agride por palavras ou mesmo por pensamentos, já está alimentando as guerras no mundo!

4.    Avaliação
Aula dada pela Geani para 5 jovens: 3 da pré e 2 da Mocidade.

5.    Anexos

Subsídios doutrinários:
Bem-aventurados os mansos porque eles possuirão a Terra
ð  O que é ser manso?
Ser manso e pacífico é ser paciente com todas as pessoas e em todas as situações, é não se deixar irritar por qualquer motivo. Não se importar se alguém falou isto ou aquilo a nosso respeito ou pegou sem pedir alguma coisa nossa.
Se nós temos que aprender muitas coisas para nos tornarmos melhores, nos tornarmos pessoas realmente boas, também as pessoas que estão a nossa volta precisam aprender muito. Somos todos imperfeitos e portanto, devemos perdoar um ao outro. Se começarmos a tratar o outro de uma forma melhor, mais educada, esta pessoa passará a gostar mais da gente e nos tratará também melhor. Daí, seremos verdadeiros amigos e conseguiremos viver melhor em comunidade.
Ser manso é não agredir, não usar violência. Herdarão a Terra porque aqui vão reencarnar no futuro, quando a Terra for um planeta de Regeneração, apenas os Espíritos que também evoluírem espiritualmente.
A obediência é o consentimento da razão; a resignação é o consentimento do coração, forças ativas ambas, porquanto carregam o fardo das provações que a revolta insensata deixa cair.” (Evang. Cap.XI, item 8).
Quais são as virtudes dessa bem-aventurança? Paciência, Resignação, Obediência



O grito de cólera  - Neio Lúcio/Chico Xavier

Lembra-se do instante em que gritou fortemente, antes do almoço?
Por insignificante questão de vestuário, você pronunciou palavras feias em voz alta, desrespeitando a paz doméstica.

Ah! meu filho, quantos males foram atraídos por seu gesto de cólera!...

A Mamãe, muito aflita, correu para o interior, arrastando atenções de toda a casa. Voltou­lhe a dor-de-cabeça e o coração tornou a descompassar-se. As duas irmãs, que cuidavam da refeição, dirigiram-se precipitadamente para o quarto, a fim de socorrê-la, e duas terças partes do almoço ficaram inutilizadas.

Em razão das circunstâncias provocadas por sua irreflexão, o papai, muito contrariado, foi compelido a esperar mais tempo em casa, chegando ao serviço com grande atraso. Seu chefe não estava disposto a tolerar-lhe a falta e recebeu-o com repreensão áspera.
Quem o visse, erecto e digno, a sofrer essa pena, em virtude da sua leviandade, sentiria compaixão, porque você não passa de um jovem necessitado de disciplina, e ele é um homem de bem, idoso e correto, que já venceu muitas tempestades para amparar a família e defendê-la. Humilhado, suportou as consequências de seu gesto impulsivo, por vários dias, observado na oficina qual se fora um menino vadio e imprudente.

Os resultados de sua gritaria foram, porém, mais vastos.

A Mãezinha piorou e o médico foi chamado. Medicamentos de alto preço, trazidos à pressa, impuseram vertiginosa subida às despesas, e o papai não conseguiu pagar todas as contas de armazém, farmácia e aluguel de casa.

Durante seis meses, toda a sua família lutou e solidarizou-se para recompor a harmonia quebrada, desastradamente, por sua ira infantil.

Cento e oitenta dias de preocupações e trabalhos árduos, sacrifícios e lágrimas! Tudo porque você, incapaz de compreender a cooperação alheia, se pôs a berrar, inconscientemente, recusando a roupa que lhe não agradava.

Pense na lição, meu filho, e não a repita.

Todos estamos unidos, reciprocamente, através de laços que procedem dos desígnios divinos. Ninguém se reúne ao acaso. Forças superiores impelem-nos uns para os outros, de modo a aprendermos a ciência da felicidade, no amor e no respeito mútuos.

O golpe do machado derruba a árvore de vez.

A ventania destrói um ninho de momento para outro.

A ação impensada de um homem, todavia, é muito pior.
O grito de cólera é um raio mortífero, que penetra o círculo de pessoas em que foi pronunciado e aí se demora, indefinidamente, provocando moléstias, dificuldades e desgostos.

Por que não aprende a falar e a calar, a benefício de todos?
Ajude em vez de reclamar.

A cólera é força infernal que nos distancia da paz divina.

A própria guerra, que extermina milhões de criaturas, não é senão a ira venenosa de alguns homens que se alastra, por muito tempo, ameaçando o mundo inteiro.


(Cap. 26  do livro Alvorada Cristã)

Cólera

O rapaz fora despedido e ficou muito magoado com o seu chefe. Pegou um papel e grafou sua ira com palavras agressivas e o enviou ao seu ex-gerente.

Quando esse leu o bilhete, assimilou o seu conteúdo venenoso e ficou muito irritado. Chegando em casa para almoçar, com aquela carga pestilenta, xingou a esposa porque seus sapatos não estavam bem lustros. Transferiu o veneno para a esposa, que sentiu necessidade de agredir alguém.

E a vez foi da auxiliar doméstica. A patroa descarregou toda sua ira na pobre moça, porque não havia deixado os sapatos do patrão com o brilho desejado.
A serviçal, no entanto, não tinha ninguém para descarregar sua raiva. Saiu esbravejando e viu logo à sua frente um velho cão que tirava um cochilo tranquilamente deitado no chão. Não teve dúvidas. Extravasou toda sua ira em um pontapé no pobre bicho.

O cão saiu em disparada e mordeu a primeira pessoa que encontrou no caminho. Era a vizinha.
Essa, com a mordida recebeu a carga que havia sido emitida pelo funcionário despedido. Tomada de dor e muito irada, acabou por agredir o rapaz que a atendeu na farmácia.

Esse, por sua vez, ao adentrar o lar, furioso, começou a esbravejar contra a mãezinha que o aguardava para o jantar.

Que vida miserável! A senhora é culpada por eu ter que trabalhar feito um condenado naquela farmácia. Não aguento mais tantos problemas!

A mãezinha, calmamente, o envolveu num abraço afetuoso e falou suavemente: É verdade, filho, você tem razão.

E passando a mão nos seus cabelos com carinho, amortizou a ira e fez com que se dissipasse ali, aquele veneno letal que já havia prejudicado a tantos.

A força do amor! Não há arma mais capaz do que o amor!

Ninguém resiste à força do amor. Se uma pessoa chega furiosa, agredindo-nos com palavras e lhe respondemos com calma, ela fica como que imobilizada e sem ação.

É como jogar água sobre o fogo. Enquanto o revide, a ira, são como o elemento inflamável jogado na fogueira.

Ghandi foi um exemplo vivo da força do amor. Enquanto os ingleses portavam armas pesadas, aparentemente invencíveis, ele, com a força do amor, logrou libertar seu povo do jugo da Inglaterra.

Se temos usado a tática do revide, tentemos agora a tática do amor. Basta que respondamos ao mal com o bem, à violência com a não violência, ao ódio com a paciência.

O ensino do Mestre de Nazaré é sábio quando recomenda que se alguém nos bater na face direita lhe apresentemos a outra. Pois bem, quando se nos apresente a ira, a revolta, mostremos a outra face, a face da paciência, da concórdia, da tolerância.

Agindo assim, com certeza, não seremos propagadores da revolta, da ira, da cólera, e de tantos outros males que poderiam ser aplacados com apenas algumas gotas de tolerância.

*   *   *

Quando ficamos irados, os batimentos cardíacos aceleram-se e o sangue flui para as mãos, tornando mais fácil pegar uma arma ou golpear o inimigo.
Por isso, é que, às vezes, temos notícias de pessoas que agridem o semelhante por motivos irrelevantes. É que foram dominadas pela cólera.

Assim, é importante que treinemos diariamente para vencermos a ira a qualquer custo, para o nosso próprio bem.
(Momento Espírita com base no cap. 26, do livro Alvorada cristã, Neio Lúcio/Chico Xavier.
Em 23.06.2010.)

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