Casa Espírita
Missionários da Luz – Mocidade >
14 anos 15/11/2019
Tema: Bem aventurados os Brandos e Pacíficos
Objetivos:
Estudar
o capítulo IX de O Evangelho Segundo o Espiritismo.
Bibliografia:
O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. IX;
https://www.facebook.com/watch/?v=1459697467426975 – Haroldo Dutra Dias;
https://www.facebook.com/sementesdeluzcg/videos/291096191496632/ - Haroldo conta um
caso de Gandhi.
https://www.youtube.com/watch?v=ct51dULjgkA – cena do Hulk
destruindo tudo, inclusive os amigos, em acesso de cólera - THOR vs HULK (Nova Edição) | Os Vingadores:
The Avengers
Material: Texto para os
grupos, vídeo da cena do Hulk.
Hora da novidade, exercício de respiração
profunda e prece Inicial.
Desenvolvimento:
1.
Motivação
inicial:
Passar a cena do filme Os Vingadores,
da luta do Hulk com os demais (5 min), destruindo tudo e atacando até os
amigos.
Gostaram
da cena? Vocês sabem qual é o nosso tema de hoje? Tem tudo a ver com essa cena...
Kardec
colocou no cap. IX do Evangelho:
1. Bem-aventurados os que são brandos, porque
possuirão a Terra. (S. MATEUS, 5:5.)
2. Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados
filhos de Deus. (S. MATEUS, 5:9.)
-
será que o Hulk está nessa bem aventurança?
2.
Desenvolvimento
O
que é ser manso? Ser brando? Quem aqui é brando?
E
ser pacífico? O que é?
O manso não é um fraco. É um forte que
percebeu que a vida tem uma lógica e um tempo para se manifestar. Logo, ser
brando, é ser paciente, não se deixar
irritar.
E
ser pacífico? É ser conciliador! Resolver conflitos entre as pessoas.
Não
é o caso do Hulk, que tem uma cólera incontrolável!
Vamos ver porque a
cólera é tão perigosa e traz grandes males às pessoas. Nessa cena, vemos que o
professor quando fica
encolerizado, perde totalmente a capacidade de raciocinar e agride até os
amigos. Fica como uma pessoa louca, transtornada, que destrói tudo a sua volta.
A cólera é assim!
Na cena em questão, ele destruía a própria nave que os conduzia. Se considerarmos a nave como nosso corpo, é a mesma relação! A cólera destrói nosso corpo, pois contamina as células com energias desequilibradas, de baixo teor vibratório.
Dividir a turma em 2
grupos e dar 2 cópias do trecho para leitura e discussão.
Depois cada grupo
deve apresentar o caso lido e relatar as conclusões ao outro grupo.
Obs.: Se tiver
número suficiente de jovens, pedir que encenem a situação relatada no texto.
Grupo 1 – Um grito de cólera – Neio
Lucio/Chico Xavier
Grupo 2 – Momento Espírita – Cólera
3.
Conclusão
Kardec
também colocou outro trecho de Mateus:
3. Sabeis que foi dito aos antigos: Não matareis e
quem quer que mate merecerá condenação pelo juízo. – Eu, porém, vos digo que
quem quer que se puser em cólera contra seu irmão merecerá condenação no juízo;
que aquele que disser a seu irmão: Raca,
merecerá condenado pelo conselho; e que aquele que lhe disser: És louco,
merecerá condenado ao fogo do inferno. (S. MATEUS, 5:21 e 22.)
- parece exagerada essa recomendação
de Jesus, né? Porque falar mal do outro merecerá ser réu? Ser condenado? Porque
será que Jesus foi tão rigoroso nesse aspecto?
É que toda palavra ofensiva exprime um sentimento contrário à lei do
amor e da caridade que deve presidir às relações entre os homens e manter entre
eles a concórdia e a união; é que constitui um golpe desferido na benevolência
recíproca e na fraternidade; é que entretém o ódio e a animosidade; é, enfim,
que, depois da humildade para com Deus, a caridade para com o próximo é a lei
primeira de todo cristão. (Evang., Cap IX, item 4).
- mesmo quem não explode, como o Hulk, mas
agride por palavras ou mesmo por pensamentos, já está alimentando as guerras no
mundo!
4.
Avaliação
Aula dada pela Geani para 5 jovens: 3 da pré
e 2 da Mocidade.
5.
Anexos
Subsídios doutrinários:
“Bem-aventurados os
mansos porque eles possuirão a Terra”
ð O que é ser manso?
Ser manso e pacífico
é ser paciente com todas as pessoas e em todas as situações, é não se deixar
irritar por qualquer motivo. Não se importar se alguém falou isto ou aquilo a
nosso respeito ou pegou sem pedir alguma coisa nossa.
Se nós
temos que aprender muitas coisas para nos tornarmos melhores, nos tornarmos pessoas
realmente boas, também as pessoas que estão a nossa volta precisam aprender
muito. Somos todos imperfeitos e portanto, devemos perdoar um ao outro. Se
começarmos a tratar o outro de uma forma melhor, mais educada, esta pessoa
passará a gostar mais da gente e nos tratará também melhor. Daí, seremos
verdadeiros amigos e conseguiremos viver melhor em comunidade.
Ser
manso é não agredir, não usar violência. Herdarão a Terra porque aqui vão
reencarnar no futuro, quando a Terra for um planeta de Regeneração, apenas os
Espíritos que também evoluírem espiritualmente.
“A obediência é o consentimento
da razão; a resignação é o consentimento do coração, forças ativas ambas,
porquanto carregam o fardo das provações que a revolta insensata deixa cair.”
(Evang. Cap.XI, item 8).
Quais são as virtudes dessa bem-aventurança? Paciência,
Resignação, Obediência
O grito de cólera - Neio Lúcio/Chico Xavier
Lembra-se do instante
em que gritou fortemente, antes do almoço?
Por insignificante
questão de vestuário, você pronunciou palavras feias em voz alta,
desrespeitando a paz doméstica.
Ah! meu filho,
quantos males foram atraídos por seu gesto de cólera!...
A Mamãe, muito
aflita, correu para o interior, arrastando atenções de toda a casa. Voltoulhe
a dor-de-cabeça e o coração tornou a descompassar-se. As duas irmãs, que
cuidavam da refeição, dirigiram-se precipitadamente para o quarto, a fim de
socorrê-la, e duas terças partes do almoço ficaram inutilizadas.
Em razão das
circunstâncias provocadas por sua irreflexão, o papai, muito contrariado, foi
compelido a esperar mais tempo em casa, chegando ao serviço com grande atraso.
Seu chefe não estava disposto a tolerar-lhe a falta e recebeu-o com repreensão
áspera.
Quem o visse, erecto
e digno, a sofrer essa pena, em virtude da sua leviandade, sentiria compaixão,
porque você não passa de um jovem necessitado de disciplina, e ele é um homem
de bem, idoso e correto, que já venceu muitas tempestades para amparar a família
e defendê-la. Humilhado, suportou as consequências de seu gesto impulsivo, por
vários dias, observado na oficina qual se fora um menino vadio e imprudente.
Os resultados de sua
gritaria foram, porém, mais vastos.
A Mãezinha piorou e o
médico foi chamado. Medicamentos de alto preço, trazidos à pressa, impuseram
vertiginosa subida às despesas, e o papai não conseguiu pagar todas as contas
de armazém, farmácia e aluguel de casa.
Durante seis meses,
toda a sua família lutou e solidarizou-se para recompor a harmonia quebrada,
desastradamente, por sua ira infantil.
Cento e oitenta dias
de preocupações e trabalhos árduos, sacrifícios e lágrimas! Tudo porque você,
incapaz de compreender a cooperação alheia, se pôs a berrar, inconscientemente,
recusando a roupa que lhe não agradava.
Pense na lição, meu
filho, e não a repita.
Todos estamos unidos,
reciprocamente, através de laços que procedem dos desígnios divinos. Ninguém se
reúne ao acaso. Forças superiores impelem-nos uns para os outros, de modo a
aprendermos a ciência da felicidade, no amor e no respeito mútuos.
O golpe do machado
derruba a árvore de vez.
A ventania destrói um
ninho de momento para outro.
A ação impensada de
um homem, todavia, é muito pior.
O grito de cólera é
um raio mortífero, que penetra o círculo de pessoas em que foi pronunciado e aí
se demora, indefinidamente, provocando moléstias, dificuldades e desgostos.
Por que não aprende a
falar e a calar, a benefício de todos?
Ajude em vez de
reclamar.
A cólera é força
infernal que nos distancia da paz divina.
A própria guerra, que
extermina milhões de criaturas, não é senão a ira venenosa de alguns homens que
se alastra, por muito tempo, ameaçando o mundo inteiro.
(Cap. 26 do livro Alvorada Cristã)
Cólera
O rapaz fora
despedido e ficou muito magoado com o seu chefe. Pegou um papel e grafou sua
ira com palavras agressivas e o enviou ao seu ex-gerente.
Quando esse leu o
bilhete, assimilou o seu conteúdo venenoso e ficou muito irritado. Chegando em
casa para almoçar, com aquela carga pestilenta, xingou a esposa porque seus
sapatos não estavam bem lustros. Transferiu o veneno para a esposa, que sentiu
necessidade de agredir alguém.
E a vez foi da
auxiliar doméstica. A patroa descarregou toda sua ira na pobre moça, porque não
havia deixado os sapatos do patrão com o brilho desejado.
A serviçal, no
entanto, não tinha ninguém para descarregar sua raiva. Saiu esbravejando e viu
logo à sua frente um velho cão que tirava um cochilo tranquilamente deitado no
chão. Não teve dúvidas. Extravasou toda sua ira em um pontapé no pobre bicho.
O cão saiu em
disparada e mordeu a primeira pessoa que encontrou no caminho. Era a vizinha.
Essa, com a mordida
recebeu a carga que havia sido emitida pelo funcionário despedido. Tomada de
dor e muito irada, acabou por agredir o rapaz que a atendeu na farmácia.
Esse, por sua vez, ao
adentrar o lar, furioso, começou a esbravejar contra a mãezinha que o aguardava
para o jantar.
Que vida miserável! A
senhora é culpada por eu ter que trabalhar feito um condenado naquela farmácia.
Não aguento mais tantos problemas!
A mãezinha,
calmamente, o envolveu num abraço afetuoso e falou suavemente: É verdade,
filho, você tem razão.
E passando a mão nos
seus cabelos com carinho, amortizou a ira e fez com que se dissipasse ali,
aquele veneno letal que já havia prejudicado a tantos.
A força do amor! Não
há arma mais capaz do que o amor!
Ninguém resiste à
força do amor. Se uma pessoa chega furiosa, agredindo-nos com palavras e lhe
respondemos com calma, ela fica como que imobilizada e sem ação.
É como jogar água
sobre o fogo. Enquanto o revide, a ira, são como o elemento inflamável jogado
na fogueira.
Ghandi foi um exemplo
vivo da força do amor. Enquanto os ingleses portavam armas pesadas,
aparentemente invencíveis, ele, com a força do amor, logrou libertar seu povo
do jugo da Inglaterra.
Se temos usado a
tática do revide, tentemos agora a tática do amor. Basta que respondamos ao mal
com o bem, à violência com a não violência, ao ódio com a paciência.
O ensino do Mestre de
Nazaré é sábio quando recomenda que se alguém nos bater na face direita lhe
apresentemos a outra. Pois bem, quando se nos apresente a ira, a revolta,
mostremos a outra face, a face da paciência, da concórdia, da tolerância.
Agindo assim, com
certeza, não seremos propagadores da revolta, da ira, da cólera, e de tantos
outros males que poderiam ser aplacados com apenas algumas gotas de tolerância.
* * *
Quando ficamos
irados, os batimentos cardíacos aceleram-se e o sangue flui para as mãos,
tornando mais fácil pegar uma arma ou golpear o inimigo.
Por isso, é que, às
vezes, temos notícias de pessoas que agridem o semelhante por motivos irrelevantes.
É que foram dominadas pela cólera.
Assim, é importante
que treinemos diariamente para vencermos a ira a qualquer custo, para o nosso
próprio bem.
(Momento Espírita com
base no cap. 26, do livro Alvorada cristã, Neio Lúcio/Chico Xavier.
Em 23.06.2010.)
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