terça-feira, 9 de outubro de 2018

A Lei de Amor e a Vida Futura


Casa Espírita Missionários da Luz – Pré e  Mocidade                     > 12 anos           05/10/2018

Tema:   A Lei de Amor e a Vida Futura
                                          
Objetivos:
Perceber na lei de Amor e na Vida Futura as bases da revelação de Jesus aos homens.

Bibliografia:
O Ev.Seg.Espiritismo, Cap.XI, itens 1 à 3, 8 à 10; Cap I, itens 3 e 4; Cap.II; Cap.XVI, itens 5 e 9.
Material: 2 exemplares do Evang.Seg.Espiritismo, 2 folhas de papel e 2 canetas, caixa de bombom

Roteiro:
1.    Exercícios de respiração profunda, hora da novidade e prece inicial.
2.    Motivação inicial:
Iniciar com a pergunta: qual foi a última vez que vcs falaram ‘amo você’ a alguém que vcs amam? Perguntar a cada um, e também quando foi. O evangelizador também deve responder a essas questões.
É fácil falar de nossos sentimentos?

E com relação a vcs mesmos? Vocês se amam? Já pararam para pensar nisso?
Já identificaram erros em suas atitudes, defeitos em vc? Procuraram entender porque tomaram a atitude errada? E se perdoaram buscando evitar novas ocorrências?

3.    Desenvolvimento – Lei de AMOR
Quando Jesus esteve entre nós e se revelou como profeta, Ele disse que não veio destruir a lei, a lei divina, os 10 mandamentos que Moisés, como médium, trouxe ao povo hebreu. Ele resumiu os 10 mandamentos em quantos mandamentos?  
Quais são esses 2 mandamentos que resumem toda a lei de Deus?
“Amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”.
“Tratai todos os homens como quereríeis que eles vos tratassem”. (Lc, 6:31.)

èNós conhecemos esse Amor?  Ainda não. Mas é a meta. Chegaremos a amar a todos dessa forma, assim como Jesus nos ama.
Com isso, Jesus estabeleceu a necessidade do perdão, da indulgência, da benevolência para com todos. Um caminho para desenvolvermos esse Amor.
E deixou bem claro que antes de amarmos a Deus e aos outros, precisamos aprender a nos amar; aprender o auto-perdão.

E a segunda regrinha, a regra de ouro: ‘Tratai todos os homens como quereríeis que eles vos tratassem’? É fácil pensar em como o outro vai se sentir antes de nossas ações com relação a ele?

è de modo geral, nada disso é fácil. Mais normal é sairmos agindo pensando em nossos objetivos sem pensarmos no outro. Não é querer mal ao outro; é esquecer de pensar na consequência de nossas ações com relação aos outros.
É um exercício que vamos fazendo em cada reencarnação: aprendendo a desenvolver o amor.

Esse foi um grande diferencial do ensino de Jesus: a necessidade do AMOR. Que Deus é AMOR, é pai. Com isso, Jesus quebrou completamente a lógica religiosa da época pois os hebreus julgavam que eram eleitos por Deus; que eram o povo privilegiado. Foi uma quebra de paradigma grande, fundamental esse nova lei trazida por Jesus.
Vejam, mais de 2 mil anos se passaram e ainda estamos tentando entender esse amor.

(essa fala inicial pode ser feita com anotações no quadro para ajudar aqueles que são mais visuais do que auditivos).

4.    Desenvolvimento – VIDA FUTURA

Qual o segundo grande diferencial do ensino de Jesus?
èler o trecho do NT:
Pilatos, tendo entrado de novo no palácio e feito vir Jesus à sua presença, perguntou-lhe: És o rei dos judeus? – Respondeu-lhe Jesus: Meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, a minha gente houvera combatido para impedir que eu caísse nas mãos dos judeus; mas, o meu reino ainda não é aqui.”  (Jo, 18:33, 36 e 37, em Evang.Seg.Esp. Cap II, item 1)
èVocês sabem de que momento da vida de Jesus esse trecho da bíblia trata? Quem era Pilatos?
èPela resposta de Jesus, de que Ele falava? Que existe uma outra esfera da vida, onde a Lei de Amor, impera. Onde é esse lugar onde Jesus reina? No coração dos seres de bem; nos mundos felizes, onde impera o Amor; nos mundos Celestes. Jesus fala da vida futura; a vida do Espírito.

Pedir que um jovem leia o item 2 do Cap. II do Evangelho Seg.Espiritismo:
“Por essas palavras, Jesus claramente se refere à vida futura, que ele apresenta, em todas as circunstâncias, como a meta a que a Humanidade irá ter e como devendo constituir objeto das maiores preocupações do homem na Terra. Todas as suas máximas se reportam a esse grande princípio. Com efeito, sem a vida futura, nenhuma razão de ser teria a maior parte dos seus preceitos morais, donde vem que os que não creem na vida futura, imaginando que ele apenas falava na vida presente, não os compreendem, ou os consideram pueris.”
ècomo Kardec comenta, sem a visão da vida no mundo dos Espíritos, a maior parte dos ensinos de Jesus ficam sem sentido.

Para entendermos um pouco mais essa premissa de Jesus em seus ensinos, vamos ver uma parábola que Ele nos contou.

Propor uma dinâmica para estudo da parábola:
- Dividir a turma em 2 grupos, dando um exemplar do Evangelho Seg.Espiritismo para cada grupo.
- Cada grupo deve estudar a parábola do Mau Rico, no Cap. XVI item 5, e formular 5 perguntas para o outro grupo, com relação aos ensinamentos que Jesus nos legou nessa parábola.
Regras:
- Ganha ponto o grupo que fizer pergunta que o outro grupo não acerte;
- Ganha ponto o grupo que acertar a resposta da pergunta feita;
- O Evangelizador também poderá fazer perguntas eventualmente. Porém sempre em igual número para os dois grupos;
- O grupo vencedor, ganha a caixa de bombom.

Apoio teórico ao evangelizador:
- um rico. Tinha nome esse homem? Não. Muito rico e ostentava sua riqueza. Nem as migalhas eram dadas aos pobres.

- um pobre, resignado, passando por muitas dificuldades e sofrimentos. Tinha nome? Sim! Lazaro!
- qual a situação de cada um após a morte? Lázaro foi levado pelos anjos. E o mau rico? Foi parar num lugar de muitos tormentos. Ele reclamou de sede terrível; nem água tinha para saciar a sede.
- relata a parábola que uma hora ele levantou os olhos. O que significa esse levantar os olhos? Se voltar para a sua natureza de Espírito; percebeu o mundo real verdadeiro. E viu Lázaro junto de Abraão.

Quem foi Abraão? O patriarca do povo judeu, do qual Jesus fazia parte e também as pessoas para quem ele contava a parábola. Estar com Abraão representa estar no reino de delícias do céu. Ele viu que Lázaro, que ele conhecia, como aquele pobre cheio de feridas, estava bem depois da morte, e ele, que sempre foi o rico, o poderoso, estava nos tormentos.

O que ele pediu a Abraão? Que o livrasse dos tormentos? Não! Ele sabia que tinha errado, sido egoísta, orgulhoso. Pediu apenas que Lázaro, o mendigo doente de ontem, auxiliasse a saciar a sua sede.

Será que isso sempre acontece? Que ao morrermos percebemos o quanto desperdiçamos a vida enquanto aqui na Terra encarnados? Mais cedo ou mais tarde, temos essa percepção. E normalmente, quando os Espíritos arrependidos percebem o quanto desperdiçaram o tempo, o que eles pedem? Uma nova oportunidade! A reencarnação!

O que será que Jesus quis ensinar quando Abraão disse que havia um abismo entre Lázaro e o mau rico? Enquanto aqui as distâncias são percorridas pelos meios de transporte, no mundo os Espíritos, as barreiras são fluídicas. Espíritos sofredores, devedores, tem seus corpos espirituais densos e não conseguem penetrar nos ambientes de fluidos mais suaves, mais leves.

Já pensou nos amores separados no mundo dos Espíritos, por diferença de densidade nos perispíritos? Muitas vezes, por séculos! Séculos separando os corações que se amam, por equívocos nas condutas enquanto viviam as suas vidas nas diversas reencarnações.

Mas é para sempre essa separação? Esse abismo nunca poderá ser anulado? Não. Através das novas experiências reencarnatórias, os Espíritos faltosos, nas duras provas e expiações, vão reduzindo essa distância, vão diminuindo a densidade de seus perispíritos.

Vocês acham que o mau rico se arrependeu de seus erros? Sim. Por que estava resignado e se preocupou com seus irmãos. Quis avisá-los da realidade do mundo espiritual.

Qual foi a resposta de Abraão? Eles tem Moisés e os profetas. O que significa isso? Que a informação sempre foi dada. Ninguém pode dizer que não tinha conhecimento.

E nós? Temos essa informação? Sim. Jesus veio há mais de dois mil anos, e no século retrasado, a DE veio dizer sem alegorias, de forma clara, direta e sem deixar dúvidas: nós somos Espíritos imortais. A vida aqui não é a nossa real vida.
Será que estamos ouvindo? Ou estamos como o mau rico?

Quando Jesus fala da riqueza, ele fala somente do dinheiro? Não! Todos nós que recebemos recursos, talentos, somos ricos: inteligência, saúde, família, oportunidade de estudo... são tesouros que recebemos.

E Lázaro? Foi para o lado de Abraão só por que era pobre e doente? Sabemos que não. A pobreza não é passaporte para a felicidade futura. O que é preciso então? A caridade, a resignação, o bom coração. Nessa parábola Jesus fala do mau rico. Se fala do “mau” é por que existe o bom rico. Como Zaqueu. Outro personagem da vida de Jesus.
Então a questão não é a riqueza nem a pobreza, mas sim, como está o coração.

5.    Conclusão
Nós ainda não sabemos amar, como Jesus nos amou. Mas conseguimos identificar esse Amor em algumas pessoas.
E como Jesus também falou que “O céu e a Terra não passarão sem que tudo esteja cumprido até o último iota”, nos deu a certeza de que todos, um dia, amaremos dessa forma que Ele nos amou. Todos, sem exceção.
Essa é a nossa meta. O nosso destino!

O Amor é a essência da mensagem de Jesus.
“Amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”.

6.    Exercício de respiração pausada, prece e passes.
7.    Avaliação:
Aula para 6 jovens com participação. Tiveram dificuldade em preparar perguntas para o outro grupo. Basicamente fizeram as mesmas perguntas com enunciados diferentes! Trouxeram a ideia de que Lázaro não teve condições de fazer o mal nem o bem, e que o rico ficou na situação ruim por castigo! Foi uma oportunidade de esclarecer a ótica da DE sobre as penas e recompensas futuras.

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