Casa Espírita
Missionários da Luz – Pré e Mocidade >
de 12 anos 13/07/2018
Tema: Onde a igualdade nesse mundo tão desigual?
Objetivo:
Levar o jovem a refletir sobre a igualdade de todos perante
Deus, tendo todos nós, em cada encarnação, as oportunidades de progresso.
Bibliografia:
O Livro dos
Espíritos, perg 115, 121, 122 e 127 (progressão dos Espíritos), e Cap. VIII -
Lei da Igualdade, pergs 803 e 805;
NT, Lucas, 15:4-32
Material: 7 exemplares de O LE;
papel de recado, e lápis para todos
Hora da novidade, exercício de respiração
profunda e Prece Inicial.
Desenvolvimento:
1.
Motivação
Inicial:
Imaginem uma lagarta. Passa grande parte de sua vida no
chão, olhando os pássaros, indignada com sua vida e com sua forma.
Se vc fosse uma lagarta, se arrastando pelo chão, pelos galhos da árvore, o que vc pensaria? O que desejaria?
è talvez desejasse ser como os pássaros no céu; talvez se queixasse com Deus por isso:
Se vc fosse uma lagarta, se arrastando pelo chão, pelos galhos da árvore, o que vc pensaria? O que desejaria?
è talvez desejasse ser como os pássaros no céu; talvez se queixasse com Deus por isso:
- Sou a mais desprezível das criaturas. Sou feia, condenada
a rastejar pela Terra.
Um dia, entretanto, a Natureza pede que faça um casulo.
èo que vc, lagarta, pensaria então?
Talvez pensasse: - Será que estou morrendo? Será que estou construindo o meu próprio túmulo?
Talvez pensasse: - Será que estou morrendo? Será que estou construindo o meu próprio túmulo?
Indignada com a vida que levou até então, talvez reclasse
novamente com Deus: - Quando finalmente me acostumei, o Senhor me tira o pouco
que tenho.
Desesperada, tranca-se no casulo e aguarda o fim.
Alguns dias depois, vê-se transformada numa linda borboleta.
Pode passear pelos céus, e ser admirada pelos homens.
Surpreende-se com o sentido da vida e com os desígnios de
Deus.
2.
Exposição
dialogada:
èQuestionar sobre o conto que acabaram de escutar: que
reflexões podemos tirar desse conto?
èPercepção de injustiça pelas diferenças de oportunidades, de
corpo, de vida.
èPercepção distorcida da realidade, por estar focada no
momento atual de vida, sem saber os planos de Deus para cada criatura.
Alguém já se sentiu injustiçado? (deixar que falem, buscando conduzir a
reflexão para a falta de conhecimento que temos das nossas reais necessidades)
Alguém já se sentiu superior a alguém? Alguém já achou que
outra pessoa é perdida no contexto, sem noção, estranha, diferente? (deixar que
falem, buscando conduzir para a reflexão de que não temos conhecimento das reais necessidades dos
outros para julgar
suas atitudes e modo de ser).
èdistribuir os 7 exemplares entre alguns dos jovens.
èPedir que um dos jovens leia a perg.803 de O LE:
803. Perante Deus, são iguais todos os homens?
“Sim, todos tendem para o mesmo fim e Deus fez suas
leis para todos. Dizeis freqüentemente: ‘O Sol luz para todos’ e enunciais
assim uma verdade maior e mais geral do que pensais.”
Todos os homens estão submetidos às mesmas leis da Natureza. Todos nascem
igualmente fracos, acham-se sujeitos às mesmas dores e o corpo do rico se
destrói como o do pobre. Deus a nenhum homem concedeu superioridade natural,
nem pelo nascimento, nem pela morte: todos, aos seus olhos, são iguais.
èvemos nessa pergunta, que se refere ao homem encarnado. Fala do corpo
que sofre e morre para todos nós. Mas na próxima pergunta, Kardec já expande o
raciocínio para a vida do Espírito:
èpedir a outro que leia o comentário de Kardec à perg. 805 de
O LE:
Assim, a diversidade das aptidões
entre os homens não deriva da natureza íntima da sua criação, mas do grau de aperfeiçoamento a que
tenham chegado os Espíritos encarnados neles. Deus, portanto, não criou
faculdades desiguais; permitiu, porém, que os Espíritos em graus diversos de
desenvolvimento estivessem em contacto, para que os mais adiantados pudessem
auxiliar o progresso dos mais atrasados e também para que os homens,
necessitando uns dos outros, compreendessem a lei de caridade que os deve unir.
èvemos que a desigualdade que vemos entre nós, é
providencial! Objetiva que os mais aptos possam auxiliar os menos
desenvolvidos; oportunidade de exercer a caridade!
èe pq existe essa diferença nas aptidões das pessoas? èpq os Espíritos embora aqui possam ter a mesma idade, tem
vivências muito diferentes em suas reencarnações anteriores.
Vejamos agora a
perg.115 que se refere à criação dos Espíritos: (outro jovem deve ler)
Dos Espíritos, uns terão sido criados bons e outros maus?
“Deus
criou todos os Espíritos simples e ignorantes, isto é, sem saber. A cada
um deu determinada missão, com o fim de esclarecê-los e de os fazer chegar
progressivamente à perfeição, pelo conhecimento da verdade, para aproximá-los
de si. Nesta perfeição é que eles encontram a pura e eterna felicidade.
Passando pelas provas que Deus lhes impõe é que os Espíritos adquirem aquele
conhecimento. Uns aceitam submissos essas provas e chegam mais depressa à meta
que lhes foi assinada. Outros, só a suportam murmurando e, pela falta em que
desse modo incorrem, permanecem afastados da perfeição e da prometida felicidade.”
èuns aceitam as provas, outros reclamam; e assim começam as diferenças
entre os Espíritos recém criados...
Pedir que outro jovem leia o complemento da perg. 115:
a) — Segundo o que
acabais de dizer, os Espíritos, em sua origem, seriam como as crianças,
ignorantes e inexperientes, só adquirindo pouco a pouco os conhecimentos de que
carecem com o percorrerem as diferentes fases da vida?
“Sim, a comparação é boa. A criança rebelde se conserva ignorante e imperfeita.
Seu aproveitamento depende da sua maior ou menor docilidade. Mas, a vida do
homem tem termo, ao passo que a dos Espíritos se prolonga ao infinito.”
èKardec usou a comparação com a criança para que melhor ficasse entendido
como vai se estabelecendo as diferenças entre os Espíritos.
Pedir que outro jovem leia o complemento da perg. 121:
121. Por que é que alguns
Espíritos seguiram o caminho do bem e outros o do mal?
“Não têm eles o livre-arbítrio? Deus não os criou
maus; criou-os simples e ignorantes, isto é, tendo tanta aptidão para o bem
quanta para o mal. Os que
são maus, assim se tornaram por vontade própria.”
èvocês ficaram satisfeitos com essa resposta dos Espíritos? Kardec também
não! E prosseguiu perguntando! Pedir que outro jovem leia a perg. 122:
122. Como podem os
Espíritos, em sua origem, quando ainda não têm consciência de si mesmos, gozar da liberdade de escolha
entre o bem e o mal? Há neles algum princípio, qualquer tendência que os
encaminhe para uma senda de preferência a outra?
“O livre-arbítrio se desenvolve à medida que o
Espírito adquire a consciência de si mesmo. Já não haveria liberdade, desde que
a escolha fosse determinada por uma causa independente da vontade do Espírito. A causa não está nele, está fora
dele, nas influências a que cede em virtude da sua livre vontade. É o
que se contém na grande figura emblemática da queda do homem e do pecado original:
uns cederam à tentação, outros resistiram.”
èentão, pq uns seguem um caminho e outros outro caminho? Pq cedem às
influências dos Espíritos desencarnados. Vemos que os Espíritos encarnam para
adquirem experiência e, estando encarnados, passam a ser influenciados pelos
desencarnados, e seguem ou não suas sugestões.
Pedir que outro jovem leia a complementação da
perg.122:
a) — Donde vêm as
influências que sobre ele se exercem?
“Dos
Espíritos imperfeitos, que procuram apoderar-se dele, dominá-lo, e que
rejubilam com o fazê-lo sucumbir. Foi isso o que se intentou simbolizar na
figura de Satanás.”
Ainda mais um pouco na perg.127:
127. Os Espíritos são criados iguais quanto às faculdades intelectuais?
“São criados iguais, porém, não sabendo donde vêm, preciso
é que o livre-arbítrio siga seu curso. Eles progridem mais ou menos rapidamente
em inteligência como em moralidade.”
Os Espíritos que desde o princípio seguem o caminho
do bem nem por isso são Espíritos perfeitos. Não têm, é certo, maus pendores,
mas precisam adquirir a experiência e os conhecimentos indispensáveis para
alcançar a perfeição. Podemos compará-los a crianças que, seja qual for a
bondade de seus instintos naturais, necessitam de se desenvolver e esclarecer e
que não passam, sem transição, da infância à madureza. Simplesmente, assim como
há homens que são bons e outros que são maus desde a infância, também há Espíritos que são bons
ou maus desde a origem, com a diferença capital de que a criança tem
instintos já inteiramente formados, enquanto que o Espírito, ao formar-se, não
é nem bom, nem mau; tem
todas as tendências e toma uma ou outra direção, por efeito do seu
livre-arbítrio.
Então, embora sejamos diferentes uns dos outros, diante de
Deus somos todos iguais.
Isso posto, todos
estão satisfeitos com suas vidas, suas possibilidades, suas oportunidades?
èo que fazer quando mesmo sabendo disso tudo, não estamos
satisfeitos, assim como a lagarta do conto, não era satisfeita com sua vida? èpropor
uma dinâmica:
3.
Fixação
do conteúdo
- entregar um pedaço de papel e lápis a cada um, e pedir que
pensem um minuto em silêncio, em algo que tem, que são, que vivenciam, que é
motivo de tristeza, de dificuldade, e que
vocês gostariam que fosse diferente.
- anotar esse aspecto de sua vida que te traz dificuldades,
no papel, em letra de imprensa e sem se identificar.
- recolher os papéis e redistribuí-los entre os jovens.
- O nome dessa dinâmica é ‘Troca de Segredos’. Um por vez,
deverá ler o que está anotado no papel que pegou e dar uma ideia, uma sugestão,
opinião, do que a pessoa (não identificada) que tem o problema descrito deveria
fazer para se sentir melhor.
ètodos devem ler o papel recebido e dar uma sugestão, uma
solução para o problema apresentado.
èestimular a reflexão e discussão, enfatizando que não
podemos fingir sentir o que de fato, não sentimos. Somos imperfeitos. É natural
ainda, que tenhamos sentimentos viciosos. O importante é ao perceber
sentimentos contrários ao que já aprendemos na DE, estarmos vigilantes para que
possamos controlar nossos pensamentos e ações.
èimportante usar o
conhecimento espírita como norte, como diretriz para nos auxiliar a seguir em
frente, assim como a lagarta, buscando em todas as situações, mesmo sem
perceber o pq de determinadas situações, consolidar em si a certeza de que Deus
sabe o que nós necessitamos!
4.
Exercício
de respiração profunda e prece final e passes.
5.
Avaliação
Aula para 5 jovens com participação. Não fiz a atividade
de fixação.
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