segunda-feira, 16 de julho de 2018

Onde a igualdade nesse mundo tão desigual?


Casa Espírita Missionários da Luz – Pré e Mocidade                > de 12 anos    13/07/2018

Tema:  Onde a igualdade nesse mundo tão desigual?

Objetivo:
Levar o jovem a refletir sobre a igualdade de todos perante Deus, tendo todos nós, em cada encarnação, as oportunidades de progresso.

Bibliografia:  
O Livro dos Espíritos, perg 115, 121, 122 e 127 (progressão dos Espíritos), e Cap. VIII - Lei da Igualdade, pergs 803 e 805;
NT, Lucas, 15:4-32


Material: 7 exemplares de O LE; papel de recado, e lápis para todos

Hora da novidade, exercício de respiração profunda e Prece Inicial.

Desenvolvimento:

1.    Motivação Inicial:

Imaginem uma lagarta. Passa grande parte de sua vida no chão, olhando os pássaros, indignada com sua vida e com sua forma.
Se vc fosse uma lagarta, se arrastando pelo chão, pelos galhos da árvore, o que vc pensaria? O que desejaria?
è talvez desejasse ser como os pássaros no céu; talvez se queixasse com Deus por isso:
- Sou a mais desprezível das criaturas. Sou feia, condenada a rastejar pela Terra.

Um dia, entretanto, a Natureza pede que faça um casulo.
èo que vc, lagarta, pensaria então?
Talvez pensasse: - Será que estou morrendo? Será que estou construindo o meu próprio túmulo?

Indignada com a vida que levou até então, talvez reclasse novamente com Deus: - Quando finalmente me acostumei, o Senhor me tira o pouco que tenho.

Desesperada, tranca-se no casulo e aguarda o fim.

Alguns dias depois, vê-se transformada numa linda borboleta. Pode passear pelos céus, e ser admirada pelos homens.
Surpreende-se com o sentido da vida e com os desígnios de Deus.

2.    Exposição dialogada:

èQuestionar sobre o conto que acabaram de escutar: que reflexões podemos tirar desse conto?
      èPercepção de injustiça pelas diferenças de oportunidades, de corpo, de vida.
      èPercepção distorcida da realidade, por estar focada no momento atual de vida, sem saber os planos de Deus para cada criatura.

Alguém já se sentiu injustiçado?  (deixar que falem, buscando conduzir a reflexão para a falta de conhecimento que temos das nossas reais necessidades)

Alguém já se sentiu superior a alguém? Alguém já achou que outra pessoa é perdida no contexto, sem noção, estranha, diferente? (deixar que falem, buscando conduzir para a reflexão de que não temos conhecimento das reais necessidades dos outros para julgar suas atitudes e modo de ser).

èdistribuir os 7 exemplares entre alguns dos jovens.

èPedir que um dos jovens leia a perg.803 de O LE:
803. Perante Deus, são iguais todos os homens?
“Sim, todos tendem para o mesmo fim e Deus fez suas leis para todos. Dizeis freqüentemente: ‘O Sol luz para todos’ e enunciais assim uma verdade maior e mais geral do que pensais.”

Todos os homens estão submetidos às mesmas leis da Natureza. Todos nascem igualmente fracos, acham-se sujeitos às mesmas dores e o corpo do rico se destrói como o do pobre. Deus a nenhum homem concedeu superioridade natural, nem pelo nascimento, nem pela morte: todos, aos seus olhos, são iguais.
  èvemos nessa pergunta, que se refere ao homem encarnado. Fala do corpo que sofre e morre para todos nós. Mas na próxima pergunta, Kardec já expande o raciocínio para a vida do Espírito:

èpedir a outro que leia o comentário de Kardec à perg. 805 de O LE:

Assim, a diversidade das aptidões entre os homens não deriva da natureza íntima da sua criação, mas do grau de aperfeiçoamento a que tenham chegado os Espíritos encarnados neles. Deus, portanto, não criou faculdades desiguais; permitiu, porém, que os Espíritos em graus diversos de desenvolvimento estivessem em contacto, para que os mais adiantados pudessem auxiliar o progresso dos mais atrasados e também para que os homens, necessitando uns dos outros, compreendessem a lei de caridade que os deve unir.
      èvemos que a desigualdade que vemos entre nós, é providencial! Objetiva que os mais aptos possam auxiliar os menos desenvolvidos; oportunidade de exercer a caridade!
      èe pq existe essa diferença nas aptidões das pessoas? èpq os Espíritos embora aqui possam ter a mesma idade, tem vivências muito diferentes em suas reencarnações anteriores.

      Vejamos agora a perg.115 que se refere à criação dos Espíritos: (outro jovem deve ler)
 Dos Espíritos, uns terão sido criados bons e outros maus?
Deus criou todos os Espíritos simples e ignorantes, isto é, sem saber. A cada um deu determinada missão, com o fim de esclarecê-los e de os fazer chegar progressivamente à perfeição, pelo conhecimento da verdade, para aproximá-los de si. Nesta perfeição é que eles encontram a pura e eterna felicidade. Passando pelas provas que Deus lhes impõe é que os Espíritos adquirem aquele conhecimento. Uns aceitam submissos essas provas e chegam mais depressa à meta que lhes foi assinada. Outros, só a suportam murmurando e, pela falta em que desse modo incorrem, permanecem afastados da perfeição e da prometida felicidade.”
èuns aceitam as provas, outros reclamam; e assim começam as diferenças entre os Espíritos recém criados...

Pedir que outro jovem leia o complemento da perg. 115:
a) — Segundo o que acabais de dizer, os Espíritos, em sua origem, seriam como as crianças, ignorantes e inexperientes, só adquirindo pouco a pouco os conhecimentos de que carecem com o percorrerem as diferentes fases da vida?
“Sim, a comparação é boa. A criança rebelde se conserva ignorante e imperfeita. Seu aproveitamento depende da sua maior ou menor docilidade. Mas, a vida do homem tem termo, ao passo que a dos Espíritos se prolonga ao infinito.”
èKardec usou a comparação com a criança para que melhor ficasse entendido como vai se estabelecendo as diferenças entre os Espíritos.

Pedir que outro jovem leia o complemento da perg. 121:
121. Por que é que alguns Espíritos seguiram o caminho do bem e outros o do mal?
“Não têm eles o livre-arbítrio? Deus não os criou maus; criou-os simples e ignorantes, isto é, tendo tanta aptidão para o bem quanta para o mal. Os que são maus, assim se tornaram por vontade própria.”
èvocês ficaram satisfeitos com essa resposta dos Espíritos? Kardec também não! E prosseguiu perguntando! Pedir que outro jovem leia a perg. 122:

122. Como podem os Espíritos, em sua origem, quando ainda não têm consciência de si mesmos, gozar da liberdade de escolha entre o bem e o mal? Há neles algum princípio, qualquer tendência que os encaminhe para uma senda de preferência a outra?
“O livre-arbítrio se desenvolve à medida que o Espírito adquire a consciência de si mesmo. Já não haveria liberdade, desde que a escolha fosse determinada por uma causa independente da vontade do Espírito. A causa não está nele, está fora dele, nas influências a que cede em virtude da sua livre vontade. É o que se contém na grande figura emblemática da queda do homem e do pecado original: uns cederam à tentação, outros resistiram.”
            èentão, pq uns seguem um caminho e outros outro caminho? Pq cedem às influências dos Espíritos desencarnados. Vemos que os Espíritos encarnam para adquirem experiência e, estando encarnados, passam a ser influenciados pelos desencarnados, e seguem ou não suas sugestões.

Pedir que outro jovem leia a complementação da perg.122:
a) — Donde vêm as influências que sobre ele se exercem?
Dos Espíritos imperfeitos, que procuram apoderar-se dele, dominá-lo, e que rejubilam com o fazê-lo sucumbir. Foi isso o que se intentou simbolizar na figura de Satanás.”

Ainda mais um pouco na perg.127:
127. Os Espíritos são criados iguais quanto às faculdades intelectuais?
“São criados iguais, porém, não sabendo donde vêm, preciso é que o livre-arbítrio siga seu curso. Eles progridem mais ou menos rapidamente em inteligência como em moralidade.”

Os Espíritos que desde o princípio seguem o caminho do bem nem por isso são Espíritos perfeitos. Não têm, é certo, maus pendores, mas precisam adquirir a experiência e os conhecimentos indispensáveis para alcançar a perfeição. Podemos compará-los a crianças que, seja qual for a bondade de seus instintos naturais, necessitam de se desenvolver e esclarecer e que não passam, sem transição, da infância à madureza. Simplesmente, assim como há homens que são bons e outros que são maus desde a infância, também há Espíritos que são bons ou maus desde a origem, com a diferença capital de que a criança tem instintos já inteiramente formados, enquanto que o Espírito, ao formar-se, não é nem bom, nem mau; tem todas as tendências e toma uma ou outra direção, por efeito do seu livre-arbítrio.

Então, embora sejamos diferentes uns dos outros, diante de Deus somos todos iguais.

Isso posto, todos estão satisfeitos com suas vidas, suas possibilidades, suas oportunidades?

èo que fazer quando mesmo sabendo disso tudo, não estamos satisfeitos, assim como a lagarta do conto, não era satisfeita com sua vida?  èpropor uma dinâmica:


3.    Fixação do conteúdo

- entregar um pedaço de papel e lápis a cada um, e pedir que pensem um minuto em silêncio, em algo que tem, que são, que vivenciam, que é motivo de tristeza, de dificuldade, e que  vocês gostariam que fosse diferente.
- anotar esse aspecto de sua vida que te traz dificuldades, no papel, em letra de imprensa e sem se identificar.

- recolher os papéis e redistribuí-los entre os jovens.

- O nome dessa dinâmica é ‘Troca de Segredos’. Um por vez, deverá ler o que está anotado no papel que pegou e dar uma ideia, uma sugestão, opinião, do que a pessoa (não identificada) que tem o problema descrito deveria fazer para se sentir melhor.
      ètodos devem ler o papel recebido e dar uma sugestão, uma solução para o problema apresentado.

èestimular a reflexão e discussão, enfatizando que não podemos fingir sentir o que de fato, não sentimos. Somos imperfeitos. É natural ainda, que tenhamos sentimentos viciosos. O importante é ao perceber sentimentos contrários ao que já aprendemos na DE, estarmos vigilantes para que possamos controlar nossos pensamentos e ações.
èimportante usar o conhecimento espírita como norte, como diretriz para nos auxiliar a seguir em frente, assim como a lagarta, buscando em todas as situações, mesmo sem perceber o pq de determinadas situações, consolidar em si a certeza de que Deus sabe o que nós necessitamos!


4.    Exercício de respiração profunda e prece final e passes.

5.    Avaliação
Aula para 5 jovens com participação. Não fiz a atividade de fixação.

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