Casa Espírita
Missionários da Luz
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12 anos 24/05/2018
Tema: Sim à Vida!
Objetivo:
- Estudar as consequências do suicídio para o Espírito;
- Refletir sobre as possíveis causas do suicídio;
- Perceber a importância da religiosidade como prevenção ao suicídio.
Bibliografia:
O Livro dos
Espíritos, perg 155, 257, 943 à 957, (Desgosto da Vida. Suicídio);
Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap V – Bem-Aventurados os Aflitos, itens 14 à 17 - ‘O
Suicídio e a Loucura’;
O Céu e o Inferno, 2ª parte, Cap V ‘Suicidas’;
Evolução em Dois Mundos, André
Luiz/Chico Xavier, 1ª parte, Cap. 16, item ‘Zonas purgatoriais’; 2ª parte, Cap.17 – Desencarnação;
Adolescência e Vida,
Joanna de Ângelis/Divaldo P. Franco, Cap. 25 ‘O Adolescente e o suicídio’;
Juventude Interrompida,
Autores Diversos, DIJ da FEEES, editora AME, Fev2014.
Ideias
básicas:
LE 957. Quais, em geral, com relação ao estado do Espírito, as consequências do
suicídio?
“Muito diversas são as consequências do suicídio.
Não há penas determinadas e, em todos os casos, correspondem sempre às causas
que o produziram. Há, porém, uma consequência a que o suicida não pode escapar;
é o desapontamento. Mas, a sorte não é a mesma para todos; depende das
circunstâncias.” (...)
“A afinidade que permanece entre o Espírito e o
corpo produz, nalguns suicidas, uma espécie de repercussão do estado do corpo
no Espírito, que, assim, a seu mau grado, sente os efeitos da decomposição,
donde lhe resulta uma sensação cheia de angústias e de horror, estado esse que
também pode durar pelo tempo que devia durar a vida que sofreu interrupção. Não
é geral este efeito; mas, em caso algum, o suicida fica isento das consequências
da sua falta de coragem e, cedo ou tarde, expia, de um modo ou de outro, a
culpa em que incorreu.”
Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap V
“14. A calma e a resignação hauridas da maneira de
considerar a vida terrestre e da confiança no futuro dão ao espírito uma
serenidade que é o melhor preservativo contra a loucura e o suicídio.”
“15. O mesmo ocorre com o suicídio. Postos de lado os
que se dão em estado de embriaguez e de loucura, aos quais se pode chamar de
inconscientes, é incontestável que tem ele sempre por causa um
descontentamento, quaisquer que sejam os motivos particulares que se lhe
apontem. Ora, aquele que está certo de que só é desventurado por um dia e que
melhores serão os dias que hão de vir, enche-se facilmente de paciência. Só se
desespera quando nenhum termo divisa para os seus sofrimentos. E que é a vida
humana, com relação à eternidade, senão bem menos que um dia?”
“16. A incredulidade, a simples dúvida sobre o futuro,
as ideias materialistas, numa palavra, são os maiores incitantes ao suicídio;
ocasionam a covardia moral.”
Material: Livro: Juventude Interrompida (ou ter o
texto Carta de Caio, desse livro)
Desenvolvimento:
1.
Hora
da novidade e prece Inicial
2.
Motivação
ao tema:
Mostrar o livro Juventude
Interrompida, falando que são relatos e alertas de jovens do além, que ditaram
cartas a médiuns ligados ao DIJ da FEEES, contando a história deles, que
‘quando chegaram, descobriram que haviam partido cedo demais...’.
No tema ‘suicidio’, são 4 cartas.
Vamos ver a primeira delas: Carta de Caio.
èler a carta de Caio,
de 6 páginas.
Caio se suicidou aos 15 anos de idade.
Filho único, nascido em ‘berço de ouro’, alegria e esperanças de futuro aos
pais, se percebeu como homossexual aos 13 anos. Não encontrando apoio dos pais,
nem na escola, nem na igreja, foi se fechando em si mesmo e pulou da janela do
seu quarto no 11º andar do edifício onde morava e descobriu, após a morte do
corpo, que continuava vivo. Uma história emocionante. Relata sua surpresa após
a morte, sua situação e como foi auxiliado.
3.
Exposição
dialogada:
No fim
do capítulo sobre suicídio, do livro Juventude Interrompida, existem algumas
anotações sobre o suicídio da OMS:
- a cada 3 segundos uma pessoa
atenta contra a própria vida;
- a cada 30 segundos uma pessoa
comete suicídio;
- um milhão de pessoas cometeu
suicídio em 2000;
- o suicídio produz mais mortes que
a soma das mortes por homicídios, terrorismo e guerras;
- o suicídio é a 3ª causa de morte
entre pessoas de 15 a 35 anos;
- estimativas apontam que em 2020,
as vítimas de suicídio poderão chegar a 1,5 milhões de pessoas por ano.
Na
revista Galileu, de Set/2017, os dados mostram:
Novos dados divulgados pelo Ministério da
Saúde mostram que o índice de suicídios cresceu entre 2011 e 2015 no Brasil.
Segundo a pasta, esta é a quarta maior causa de mortes entre jovens de 15 e 29
anos.
Em 2011, foram 10.490 mortes: 5,3 a cada 100
mil habitantes. Já em 2015 o número chegou a 11.736: 5,7 a cada 100 mil, segundo
dados são do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM).
Suicídio
é uma questão séria. Precisamos falar disso, principalmente nós espíritas, que
temos informações sobre a vida no mundo espiritual.
4.
Vamos
dividir a turma em 2 ou 3 grupos, para juntos discutirem o ocorrido com o Caio.
èO grupo deve pensar em uma solução para o
problema dele, antes do ato final, ou seja, uma solução para que não haja o
suicídio.
5.
Apresentação
dos grupos (procurar levar para uma análise do que fariam se a história fosse
com eles: o que fazer quando eles tem um segredo, sentem algo que ninguém
compreende? Ou como ajudariam se soubessem de um amigo ou colega que tenha essa
mesma situação do Caio).
6.
Discussão
circular:
Vamos pensar
nesse tema em 3 aspectos:
- Possíveis causas do suicídio;
- Consequências do suicídio para o Espírito;
- Prevenção ao suicídio.
Apoio
teórico:
- Possíveis causas do suicídio
- um descontentamento,
quaisquer que sejam os motivos particulares que se lhe apontem. No caso dos
jovens, as pesquisas mostram que normalmente tem um fato estressante que
desencadeia o processo. No caso da juventude, tudo parece muito mais ampliado. O
problema parece muito mais complexo, denso, sem saída.
- a incredulidade, a simples dúvida sobre o futuro,
as ideias materialistas;
- processos obsessivos;
- embriaguez e loucura, aos quais se pode chamar de
suicídios inconscientes;
- depressão e outros transtornos psiquiátricos.
- Consequências do suicídio para o Espírito
- Muito
diversas são as consequências do suicídio, variando para cada caso;
- Há,
porém, uma consequência a que o suicida não pode escapar; é o desapontamento;
- Alguns suicidas sentem os efeitos da decomposição do corpo;
- A sensação de angústias e de horror pode durar pelo tempo que devia
durar a vida que sofreu interrupção;
- Lesões provocadas pelo suicídio “determinam
processos degenerativos e desajustes nos centros essenciais do psicossoma” que
causam doenças e deficiências na próxima reencarnação.
- Prevenção ao suicídio
-
informação a respeito da imortalidade do ser e da
reencarnação;
- “resistência espiritual para enfrentar as
vicissitudes e os desafios, mediante amadurecimento íntimo e compreensão dos
valores éticos que constituem a vida”;
- “choques e dores que devem ser atenuados,
canalizados pela educação, pelos exercícios moralizadores”;
- “o lar se tornar escola de real educação, e a
escola se transformar em lar de formação moral e cultural, a realidade do
Espírito fará parte das suas programações éticas”;
- pedir ajuda;
- buscar orientação médico-psiquiátrica e apoio
psicológico.
7.
Conclusão:
A religiosidade é muito importante como prevenção ao
suicídio, pois a crença em Deus e na imortalidade da alma, propicia esperança
aos que sofrem.
Ninguém está abandonado! Mesmo os Espíritos suicidas se
restabelecerão, renascerão, e novas oportunidades terão para refazer os
caminhos.
8.
Prece
final e passes
Avaliação:
Aula para 6 jovens com participação. Não foi feito o trabalho
em grupos: foi discussão circular.
Anexos
Evolução em Dois Mundos, André Luiz/Chico Xavier, 1ª parte, Cap. 16,
item ‘Zonas purgatoriais’
“É dessa forma que os suicidas, com agravantes à
frente do Plano Espiritual, como também os delinquentes de variada categoria,
padecem por largo tempo a influência constante das aflitivas criações mentais
deles mesmos, a elas aprisionados, pela fixação monoidéica de certos núcleos do
corpo espiritual, em detrimento de outros que se mantém malbaratados e oclusos.
E porque o pensamento é força criativa e
aglutinante na criatura consciente em plena Criação, as imagens plasmadas pelo
mal, à custa da energia inestancável que lhe constitui atributo inalienável e
imanente, servem para a formação das paisagens regenerativas em que a alma
alucinada pelos próprios remorsos é detida em sua marcha, ilhando-se nas
consequências dos próprios delitos, em lugares que, retendo a associação de
centenas e milhares de transviados, se transformam em verdadeiros continentes
de angústia, filtros de aflição e de dor, em que a loucura ou a crueldade,
juguladas pelo sofrimento que geram para si mesmas, se rendem lentamente ao
raciocínio equilibrado, para a readmissão indispensável ao trabalho remissor.”
Evolução em Dois Mundos, André
Luiz/Chico Xavier, 2ª parte, Cap.17 - Desencarnação
– Podemos considerar a desencarnação da
alma, em plena infância, como sendo uma punição das Leis Divinas, na maioria
das vezes?
– Muitas existências são frustradas no
berço, não por simples punição externa da Lei Divina, mas porque a própria Lei
Divina funciona em todos nós, desde que todos existimos no hausto do Criador.
Frequentemente, através do suicídio, integralmente
deliberado, ou do próprio desregramento, operamos em nossa alma desequilíbrios,
quais tempestades ocultas, que desencadeamos, por teimosia, no campo da
natureza íntima.
Cargas venenosas, instrumentos
perfurantes, projéteis fulminatórios, afogamentos, enforcamentos, quedas
calculadas de grande altura e multiformes viciações com que as criaturas
responsáveis arruínam o próprio corpo ou o aniquilam, impondo-lhe a morte
prematura, com plena desaprovação da consciência, determinam processos degenerativos
e desajustes nos centros essenciais do psicossoma, notadamente naqueles que
governam o córtex encefálico, as glândulas de secreção interna, a organização
emotiva e o sistema hematopoético.
Ante o impacto da desencarnação
provocada, semelhantes recursos da alma entram em pavoroso colapso, sob
traumatismo para o qual não há termo correlato na diagnose terrestre.
Indescritíveis flagelações, que vão da
inconsciência descontínua à loucura completa, senhoreiam essas mentes
torturadas, por tempo variável, conforme as atenuantes e agravantes da culpa,
induzindo as autoridades superiores a reinterná-las no plano carnal, quais
enfermos graves, em celas físicas de breve duração, para que se reabilitem,
gradativamente, com a justa cooperação dos Espíritos reencarnados, cujos
débitos com eles se afinem.
Eis por que um golpe suicida no
coração, acompanhado pelo remorso, causará comumente diátese hemorrágica, com
perda considerável da protrombina do sangue, naqueles que renascem para
tratamento de recuperação do corpo espiritual em distonia; o auto-envenenamento
ocasionará, nas mesmas condições, deploráveis desarmonias nas regiões
psicossomáticas correspondentes à medula vermelha, conturbando o nascimento das
hemácias, tanto em sua evolução intravascular, dentro dos sinusóides, como
também na sua constituição extravascular, no retículo, gerando as distrofias
congênitas do eritrônio com hemopatias diversas; os afogamentos e
enforcamentos, em identidade de circunstâncias, impõem naqueles que os provocam
os fenômenos da incompatibilidade
materno-fetal, em que os chamados fatores Rh, de modo geral, após a primeira
gestação, permitem que a hemolisina alcance a fronteira placentária,
sintonizando-se com a posição mórbida da entidade reencarnante, a se externarem
na eritroblastose fetal, em suas variadas expressões; e o voluntário
esfacelamento do crânio, a queda procurada de grande altura e as viciações do
sentimento e do raciocínio estabelecem no veículo espiritual múltiplas
ocorrências de arritmia cerebral, a se revelarem nos doentes renascituros,
através da eclampsia e da tetania dos latentes, da hidrocefalia, da encefalite
letárgica, das encefalopatias crônicas, da psicose epiléptica, da idiotia, do
mongolismo e de várias morboses oriundas da insuficiência glandular.
Adolescência e Vida,
Joanna de Ângelis/Divaldo P. Franco, Cap. 25
‘O Adolescente e o
suicídio’;
“A desinformação a respeito da imortalidade do ser
e da reencarnação responde pela correria alucinada na busca do suicídio, com a
proposta de encontrar nele solução para as dificuldades que são ensanchas de
progresso, sem as quais se permaneceria estacionado no patamar em que se
transita.”
“No período de infância e de adolescência, o ser
forma o caráter sob as heranças das reencarnações anteriores, que se expressam,
nem sempre de forma feliz, produzindo, às vezes, choques e dores que devem ser
atenuados, canalizados pela educação, pelos exercícios moralizadores, até que
se fixem as disposições definidoras do rumo feliz. Nunca, porém, a caminhada se
dará sem dificuldade, sem tropeço, sem esforço. Quem alcança uma glória sem
luta, não é digno dela.”
“Quando o lar se tornar escola de real educação, e
a escola se transformar em lar de formação moral e cultural, a realidade do
Espírito fará parte das suas programações éticas, sem o caráter impositivo de
doutrina religiosa compulsivo-obsessiva, porém com a condição de disciplina
educativo-moralizadora que é, da qual ninguém se poderá evadir ou simplesmente
ignorar, então o suicídio na adolescência cederá lugar à resistência espiritual
para enfrentar as vicissitudes e os desafios, mediante amadurecimento íntimo e
compreensão dos valores éticos que constituem a vida.”
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