Casa Espírita
Missionários da Luz – Pré e Mocidade - > 12 anos – 11/05/2018
Tema: Reencarnação
Objetivos:
Perceber na reencarnação, a ação da justiça
divina e o meio de evolução dos Espíritos;
Levar o jovem a refletir sobre a sua atual
reencarnação.
Bibliografia:
O Livro dos
Espíritos, pergs 167 à 171, Cap. V, parágrafos 6* ao 9*;
Evangelho, Cap. IV,
itens 1 à 3, 5, 24; Cap. VI, item 4 – 3* e 4* parágrafos.
O Céu e o Inferno, 1ª parte, Cap.
VII Código Penal da Vida Futura, itens
16, 17 e 21
Ação e Reação, André Luiz/Chico Xavier, Cap 9 e 20.
Material:
Desenvolvimento:
1.
Hora
da novidade e Prece Inicial
2.
Motivação:
Vamos começar hoje, com uma história relatada por um Espírito amigo a André
Luiz, no plano espiritual. Livro Ação e Reação, de Chico Xavier. (em anexo)
èessa é uma história
comum de um homem comum de seu tempo.
- que mais chamou a atenção de vocês sobre a
personalidade de Silas?
- o ter dinheiro era sua única
preocupação; tinha amor pelos pais, mas o apego ao dinheiro era sua questão
predominante. ‘Servia’ ao dinheiro, ou seja, não via o dinheiro como
instrumento de construção de coisas úteis, ao progresso, apenas tinha fome de
ter sempre mais; de ter. Lembram algum ensinamento de Jesus sobre isso? Não se pode servir a Deus e a Mamon....
- ele tinha noção de que estava num
caminho que só traria sofrimentos, que o levaria ao erro? Não!.
- o que faltava a ele para perceber
que estava no caminho errado? A noção de Deus, de fraternidade, da vida
imortal...
- ele teve apoio moral para essa
encarnação que já foi uma prova, como ele mesmo disse no início? Sim! A mãe!
3.
Desenvolver
o tema com exposição dialogada, fazendo as perguntas para que a turma responda,
e complementar/corrigir quando necessário. (Direcionar
a pergunta cada vez a um jovem diferente)
Temos a
seguinte pergunta no LE:
Perg. 167: Qual o fim
objetivado com a reencarnação?
èqual
a resposta que vocês dariam a Kardec? (deixar que respondam)
Os Espíritos responderam:
“Expiação, melhoramento progressivo da
Humanidade. Sem isto, onde a justiça?”
O que é expiação? É castigo? ècomplementar
a resposta da turma, reforçando que é uma consequência atual, das ações tomadas
pelo Espírito no passado, por livre e espontânea vontade (livre arbítrio).
Escrever
no quadro: Arrependimento, expiação e
reparação
èsegundo Kardec, no
livro O Céu e o Inferno, essas são as
três condições necessárias para apagar os traços de uma falta e suas consequências.
Como
definir esses termos? èanotar no quadro as
respostas, depois que eles tiverem tentado responder.
Arrependimento: sinceramente
perceber o erro e desejar não tê-lo cometido;
Expiação: sofrimentos
físicos e morais consequência da falta cometida;
Reparação: corrigir o erro.
No caso
de Silas, ele se arrependeu? (Só depois
da morte.)
è E nesses casos em que a pessoa se arrepende
mas não há mais o que fazer nessa vida?
èsó a reencarnação, como instrumento da justiça divina, nos
permite resolver essa questão!
Vimos que ele se arrependeu e percebeu os
erros cometidos.
- Qual foi o objetivo bem específico nessa
última encarnação? èvencer
o apego ao dinheiro.
- Ele conseguiu? Não.
- Que novos problemas ele adquiriu naquela
existência? èdívida para com o pai
e com a Aída; suicídio indireto (vida inútil, desgastando o corpo).
4.
Propor
uma divisão em grupinhos de 3 pessoas, para discutirem e decidirem, como
deveria ser a próxima encarnação de Silas, para sanar essas questões não
resolvidas (o apego ao dinheiro) e reparar as que ele gerou na última
encarnação.
5.
Apresentação
dos grupinhos, corrigindo ou direcionando, se necessário. Reforçar que o livro
de André Luiz não relata em detalhes como seria a próxima reencarnação dos
envolvidos. Fala apenas, que ele reencarnaria novamente como filho dos mesmos
pais, e Aída seria a irmã mais nova.
Lembrar
o LE na Perg.168. É limitado o número das existências corporais, ou o
Espírito reencarna perpetuamente?
“A
cada nova existência, o Espírito dá um passo para diante na senda do progresso.
Desde que se ache limpo de todas as impurezas, não tem mais necessidade das
provas da vida corporal.”
ð
Deus,
em sua justiça e bondade, nos permite o tempo necessário para que nos limpemos
de nossos débitos e vençamos as tentações de nossos vícios em transformação em
virtudes.
ð
A
cada reencarnação, caminhamos rumo à nossa evolução, à perfeição que nos é
possível atingir. Já pensaram como seria se não houvesse a reencarnação? A vida
teria sentido?
6.
Conclusão
Assim,
como o Silas reencarnado, não percebia o erro que cometia ao se deixar levar
pelo amor ao dinheiro, será que nós estamos atentos para nossas tentações?
èreconhecer nossas tentações é uma boa pista,
para que possamos perceber nosso objetivo da vida; pelo menos, alguns deles!
èmanter o hábito de refletir sobre o que nos
atrai e nos afasta das leis de Deus, das nossas obrigações, daquilo que sabemos
ser o certo mas não dá vontade de fazer... Estejamos atentos, para não nos
deixarmos levar como Silas.
7.
Prece
final.
Avaliação: Aula para 10 jovens com participação. Fui escrevendo os personagens no quadro pois eles estavam se
perdendo na história. Não fiz a discussão em grupinhos. Fizemos o planejamento
da próxima reencarnação em grupão mesmo.
ANEXOS:
O Céu e o Inferno, 1ª parte, Cap. VII
Código Penal da Vida Futura, itens 16 e 17: Arrependimento, expiação e reparação constituem, portanto, as três
condições necessárias para apagar os traços de uma falta e suas consequências.
Até que os últimos vestígios da falta
desapareçam, a expiação consiste nos sofrimentos físicos e morais que lhe são consequentes, seja na vida
atual, seja na vida espiritual após a morte, ou ainda em nova existência
corporal.
seus erros numa existência, por
fraqueza ou má vontade, achar-se-á numa existência ulterior em contacto com as
mesmas pessoas que de si tiverem queixas, e em condições voluntariamente
escolhidas, de modo a demonstrar-lhes reconhecimento e fazer-lhes tanto bem quanto
mal lhes tenha feito. Nem todas as faltas acarretam prejuízo direto e efetivo;
em tais casos a reparação se opera, fazendo-se o que se deveria fazer e foi
descurado; cumprindo os deveres desprezados, as missões não preenchidas;
praticando o bem em compensação ao mal praticado, isto é, tornando-se humilde
se se tem sido orgulhoso, amável se se foi austero, caridoso se se tem sido
egoísta, benigno se se tem sido perverso, laborioso se se tem sido ocioso, útil
se se tem sido inútil, frugal se se tem sido intemperante, trocando em suma por
bons os maus exemplos perpetrados. E desse modo progride o Espírito,
aproveitando-se do próprio passado.
21º — A responsabilidade das faltas é
toda pessoal, ninguém sofre por erros alheios, salvo se a eles deu origem, quer
provocando-os pelo exemplo, quer não os impedindo quando poderia fazê-lo.
Assim, o suicida é sempre punido; mas aquele que por maldade impele outro a
cometê-lo, esse sofre ainda maior pena.
Ação e Reação –
André Luiz – A História de Silas
Cap.
9 – A História de Silas
E
Silas começou em voz pausada:
-
Tanto quanto posso abranger com a minha memória a presente, lembro-me de que ,
em minha última viagem pelos domínios da carne, desde a meninice, me entreguei
à paixão pelo dinheiro, o que hoje me confere a certeza de que, por muitas e
muitas vezes, fui usurário terrível entre os homens da Terra.
Hoje,
por informações de instrutores abnegados, que , como de outras ocasiões,
renasci na derradeira existência, num lar bafejado por grande fortuna, a fim de
sofrer a tentação do ouro farto e vencê-la, a golpes de vontade firme, na
lavoura incessante do amor fraterno, caindo, porém, lamentavelmente, por minha
infelicidade. Era eu filho único de um homem probo que herdara dos avoengos
consideráveis bens. Meu pai era um advogado correto que, por excesso de
conforto, não se dedicava aos misteres da profissão, mas, profundamente
estudioso, vivias rodeado de livros raros, entre obrigações sociais, que, de
alguma sorte, lhe subtraíam a personalidade às cogitações da fé. Minha mãe,
porém, era católica romana, de pensamento fervoroso e digno, e, embora sem
descer conosco a qualquer disputa na esfera devocional, tentava incutir-nos o
dever da beneficência.
Recordo-me.,
com tardio arrependimento, dos reiterados convites que nos dirigia, bondosa,
para que lhe palmilhássemos as tarefas de caridade cristã, convites esse que
meu pai e eu recusávamos, sem discrepância, encastelados em nossa irreverência
enfatuada e risonha. Minha genitora cedo percebeu que meu pobre espírito trazia
consigo o azinhavre da usura e, reconhecendo que lhe seria extremamente difícil
colaborar na renovação íntima de meu pai, homem já feito e desde a infância
habituado à dominação financeira, concentrava em mim seus propósitos de
elevação. Para isso, buscou estimular-me ao gosto pelos estudos de medicina,
alegando que, ao lado do sofrimentos humano, poderia eu encontrar as melhores oportunidades
de auxílio ao próximo, tornando-me agradável a Deus, ainda mesmo que não me
fosse possível entesourar os recursos da fé. Intimamente eu escarnecia das
sagradas esperanças de quem em era a criatura mais cara ao espírito; contudo,
sem poder resistir-lhe ao cerco afetivo, consagrei-me à carreira médica, muito
mais interessando em explorar os enfermos ricos, cujos agravos do corpo,
indiscutivelmente, me facultariam amplas vantagens materiais.
Entretanto,
em vésperas da vitória estudantil esperada, minha mãe, relativamente moça,
despediu-se da experiência física, vitimada por um acidente de angina. Nossa
dor foi enorme. Recebi meu diploma de medicina, qual se me fora ele detestável
recordação, e, não obstante os estímulos da bondade paterna, não cheguei a
ingressar na prática da profissão conquistada, recolhi-me à intimidade
doméstica, de que me ausentava tão-somente para as estações de entretenimento e
repouso. Então mais que nunca chafurdado na sovinice, porquanto acompanhei o
inventário de minha mãe, com vigilância tão rigorosa que as minhas estranhas
atitudes chegaram a surpreender meu próprio pai, egoísta e displicente, mas
nunca avarento quanto eu. Compreendi que a fortuna herdada em situava, para meu
infortúnio moral, a cavaleiro de qualquer necessidade da vida física, por
largos anos, desde que não me confiasse à dissipação... ainda assim, quando vi
meu genitor inclinado às segundas núpcias, quase aos sessenta de idade, fiz
quanto pude, indiretamente, para dissuadi-lo, asatando-o de tal intento.
Ele,
todavia, era um homem resoluto nas decisões e desposou Aída, uma jovem da minha
idade, que mal se avizinhava dos trinta anos... Recebi a madrasta como intrusa
em nosso campo doméstico, e, tomando-a por aventureira comum, à caça de fortuna
fácil, jurei vingar-me. Apesar das carinhosas requisições do casal e não
obstante o tratamento gentil que a pobre moça em dispensava, exibia sempre um
pretexto para fugir-lhe às convivência. O novo matrimônio, no entanto, passou a
exigir do esposo mais dilatados sacrifícios no mundo social de que Aída não
pretendia afastar-se, e foi assim que, ao término de alguns meses, meu genitor
era obrigado a procurar o socorro medico, recolhendo-se, então, a necessário
repouso. Acompanhava-lhe a decadência orgânica, tomado de vivas apreensões. Não
era a saúde paterna que me feria a imaginação, mas sim a extensa reserva
financeira de nossa casa. Na hipótese do súbito falecimento do homem que me
trouxera à existência, de modo algum em resignaria a partilhar a herança com a
mulher que, aos meus olhos, indevidamente ocupava o espaço de minha mãe.
-
Passei a arquitetar planos ditosos, quanto à melhor maneira de alijar Aída de qualquer possibilidade de ingresso futuro
ao nosso patrimônio, sem melindrar meu pai doente... E nos projetos criminosos
que me visitavam a cabeça, a própria morte da madrasta comparecia como solução.
Entretanto, com suprimi-la sem causar maior sofrimento ao enfermo que eu
desejava conservar?... Não seria aconselhável desmoralizá-la, antes de tudo,
aos olhos dele, para que não padecesse qualquer saudade da mulher, condenada
por mim às desvalia? Tramava no silêncio e na sombra, quando a ocasião esperada
veio ao meu encontro... Convidado a comparecer com a esposa numa festividade
pública, meu pai chamou-me e insistiu par que eu acompanhasse Aída,
representando-lhe a autoridade... Pela primeira vez, acedi com prazer...
Pretendia conhecer-lhe agora, de mais perto, as afeições... Funestos propósitos
nasciam-me no crânio... Desse modo,. Durante alegre âgape, tomei contato com
Armando, primo de minha madrasta e que a cortejara em solteira. Aramando era um
rapaz pouco mais velho que eu, perdulário e fanfarrão, que dividia o tempo
entre mulheres e taças espumantes, a quem contrariamente aos meus hábitos,
ofereci premeditada comunhão afetiva... Tanto quanto possível, dominando
moralmente o ânimo de meu pai, desde então, o associei ao nosso campo
doméstico, favorecendo-lhe o mais amplo retorno à intimidade com a criatura de
quem se havia enamorado, anos antes. A praia, o teatro, o cinema, bem como
passeios de variados matizes, eram agora os pontos costumeiros de nossa
presença, nos quais intencionalmente eu atirava os dois primos nos braços um do
outro... Aída não me percebeu a manobra e, embora resistisse, por mais de um ano,
à galantearia do companheiro, acabou por ceder à constante ofensiva dele...
Fingi desconhecer-lhes as relações até que eu pudesse conduzir meu pai ao
testemunho direto dos acontecimentos.. Inventava jogos e distrações para reter
o sedutor em nossa casa... Captei-lhe a confiança absoluta, de modo a usá-lo
como peça importante em meu criminoso ardil e, certa noite, em que , cauteloso,
aparentei completa ausência de nosso templo familiar sabendo os amantes
segregados em determinado aposento contíguo ao meu, procurei meu pai em sua
dependência de enfermo e, mascarando-me com intensa dignidade ofendida,
chamei-o a brios, numa exposição sintética dos fatos... Lívido e trêmulo, o
doente exigiu provas e nada mais fiz que conduzi-lo, cambaleante, até a porta
do quanto, cujo fecho eu próprio deixara enfraquecido... Bastou um empurrão
mais forte e meu genitor, desolado, encontrou o flagrante que eu desejava...
Armando, cínico, não obstante o desapontamento, afastou-se, lépido, ciente de
que não poderia esperar qualquer golpe grave de um sexagenário abatido... Minha
madrasta, porém, profundamente ferida em seu amor próprio, dirigiu ao velho
esposo acusações humilhantes, procurando os seus aposentos particulares, numa
explosão de amargura. Completando a obra terrível a que me devotar, mostrei-me
mais carinhoso para com o enfermo, intimamente aniquilado... Duas semanas
arrastaram-se pesadas para a nossa equipe familiar... Enquanto Aída ocupava o
leito, assistida por dois médicos de nossa confiança, que nem de longe no conheciam
a tragédia oculta, afagava meu pai com lamentações e sugestões indiretas para
que os bens de nossa casa fossem, na maioria, guardados em meu nome, á que o
segundo matrimônio não poderia desfazer-se, perante as autoridades legais.
Prosseguia em minha faina delituosa, quando minha madrasta a pareceu morta...
Os clínicos de nossa amizade positivaram um envenenamento fulminante e ,
constrangido, notificam a meu pai tratar-se de um suicídio, decerto motivado
pela insofreável neurastenia de que a doente se via objeto. Meu genitor estava
mais sombrio nos aparatosos funerais, contudo, em meus destruidores propósitos,
regozijei-me... Agora, sim... a fortuna total de nossa casa passaria a
pertencer-me...Minha satânica alegria, porém, durou muito pouco... Desde a morte
da Segunda mulher, meu pai acamou-se para não mais se erguer... Debalde,
médicos e padres amigos procuraram oferecer-lhe melhoras e consolações... Ao
fim de dois meses, meu pai, que nunca mais sorriu, entrou em dolorosa agonia,
na qual, através de confidência entrecortada de lágrimas, me confessou haver
envenenado Aída, administrando-lhe violento tóxico no calmante habitual.
Isso,
no entanto _ assegurava-me vencido - , impunha-lhe também a morte, de vez que
não conseguia perdoar a si mesmo,. Passando a carregar consigo um fardo de
remorso constante e intolerável... Pela primeira vez, minha consciência doeu,
fundo. O apego aos bens da carne arrasava-me a vida... o velho querido morreu
nos meus braços, crendo que o meus soluços de arrependimento fossem pranto de
amor. Deixando-lhe o corpo fatigado na terra fria, tornei a nossa casa
solarenga, sentindo-me o mais infortunado dos seres... o ouro integral do mundo
não me garantiria agora o mais leve consolo. Achava-me sozinho e ...
infinitamente desgraçado, todos os recantos e pertences de nossa habitação
falavam-me de crime e remorso... muitas vezes, a sombra noturna pareceu-me
povoada de fantasmas horripilantes a escarnecerem de minha dor, e , em meio da
malta de insensíveis demônios, a investirem contra mim, tinha a idéias de
escutar a voz inconfundível de meu pai, clamando para minhalma: - _meu filho!
recua enquanto é tempo. _(...) em pavorosa crise moral, demandei à Europa, em
longa viagem de recreio(...)
Regressei
a o Brasil, mas não tive coragem de retomar a intimidade com nossa casa.
Amparado pela afeição de velho amigo de meu pai, aceite-lhe o acolhimento(...)
Embalado pelo carinho familiar daquele amigo, deixei que longos meses
passassem, tentado imerecida fuga mental...até que, numa noite inolvidável para
mim, na qual minha gastralgia se transformara num azorrague de dor, tomei de um
frasco de arsênico na adega de meu anfitrião, acreditando usar o bicarbonato de
sódio que ali deixara na véspera, e o veneno expulsou-me do corpo, impondo-me
sofrimentos terríveis... Qual acontecera à minha madrasta, que desencarnara em
padecimentos atrozes, eu também passei pela morte em condições análogas... E os
amigos que me asilavam no templo doméstico, desconhecendo o equívoco de que eu
fora vítima, admitiram, sem qualquer sombra de dúvida, que eu buscara no
suicídio a extinção das penas morais que me castigavam a alma de _moço rico e
entediado da vida, segundo a versão a que deram curso.
èencerrar
a narrativa aqui ç
-
Isso, porém, não bastou par ressarcir minhas tremendas culpas... Dementado,
depois do sepulcro, atravessei meses cruéis de terror e desequilíbrio, entre os
quadros vivos a se me exteriorizarem da mente algemada às criações de si
própria, até que fui socorrido por amigos de meu pai, que se achava igualmente
a caminho da sua recuperação, e, unindo-me a ele, passeia a empenar todas as
minhas energias na preparação do futuro...
-
Como vêem, a fascinação pelo ouro foi o motivo de minha perda, tenho necessidade
de grande esforço no bem e de fé vigorosa par anão cair outra vez, por quanto
lé indispensável me consagre a nova experiência entre os homens...
Cap.
20: Silas e o pai, Druso, reencontram Aída no PE:
Druso e ele tinham sido pai e filho na existência última,
e tendo ambos recebido a necessária permissão para trabalhar em busca de Aída,
cuja perda haviam provocado, devotavam-se ao serviço da Mansão, sob o
beneplácito de amigos do Plano Superior. Ao preço de tremendas lutas na própria
recuperação, chegaram a conquistar amizades sólidas e experiências notáveis;
contudo, a recordação da jovem sacrificada constituía-lhes envenenado acúleo
nos refolhos do ser. Assim era que, para mais ampla elevação na Luz Infinita,
necessitavam ressarcir o infamante débito.
E acentuava, esperançoso, com ignota ventura a
luzir-lhe no olhar:
- Dentro de três dias, meu pai deixará o encargo de
orientador da instituição, alçando-se, por fim, à companhia de minha mãe, para
regressarem brevemente à reencarnação que os espera, sob a guarda de alguns
amigos nossos. Meu pai partirá primeiramente, pouco depois minha abnegada
genitora o seguirá para a internação na carne e, mais tarde, quando se
consorciarem na esfera dos homens, recolher-me-ão nos braços, na condição de
primogênito, para que nós três venhamos a receber Aída, sofredora, em nossos
corações. Conceder-nos-á Jesus a felicidade de resgatar a imensa dívida, com a
assistência amorosa de minha mãe, que renunciou à alegria da ascensão imediata,
em nosso benefício... Como podem observar, nós mesmos, segundo a Lei, buscamos
a Justiça por nossas próprias mãos.
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