segunda-feira, 14 de maio de 2018

Reencarnação


Casa Espírita Missionários da Luz – Pré e Mocidade - > 12 anos – 11/05/2018

Tema: Reencarnação

Objetivos:
Perceber na reencarnação, a ação da justiça divina e o meio de evolução dos Espíritos;
Levar o jovem a refletir sobre a sua atual reencarnação.

Bibliografia:
O Livro dos Espíritos, pergs 167 à 171, Cap. V, parágrafos 6* ao 9*;
Evangelho, Cap. IV, itens 1 à 3, 5, 24; Cap. VI, item 4 – 3* e 4* parágrafos.
O Céu e o Inferno, 1ª parte, Cap. VII Código Penal da Vida Futura, itens 16, 17 e 21
Ação e Reação, André Luiz/Chico Xavier, Cap 9 e 20.

Material:

Desenvolvimento:
1.      Hora da novidade e Prece Inicial
2.      Motivação: Vamos começar hoje, com uma história relatada por um Espírito amigo a André Luiz, no plano espiritual. Livro Ação e Reação, de Chico Xavier. (em anexo)

èessa é uma história comum de um homem comum de seu tempo.
- que mais chamou a atenção de vocês sobre a personalidade de Silas?
            - o ter dinheiro era sua única preocupação; tinha amor pelos pais, mas o apego ao dinheiro era sua questão predominante. ‘Servia’ ao dinheiro, ou seja, não via o dinheiro como instrumento de construção de coisas úteis, ao progresso, apenas tinha fome de ter sempre mais; de ter. Lembram algum ensinamento de Jesus sobre isso? Não se pode servir a Deus e a Mamon....
            - ele tinha noção de que estava num caminho que só traria sofrimentos, que o levaria ao erro? Não!.
            - o que faltava a ele para perceber que estava no caminho errado? A noção de Deus, de fraternidade, da vida imortal...
            - ele teve apoio moral para essa encarnação que já foi uma prova, como ele mesmo disse no início? Sim! A mãe!

3.      Desenvolver o tema com exposição dialogada, fazendo as perguntas para que a turma responda, e complementar/corrigir quando necessário. (Direcionar a pergunta cada vez a um jovem diferente)
Temos a seguinte pergunta no LE:
Perg. 167: Qual o fim objetivado com a reencarnação?
      èqual a resposta que vocês dariam a Kardec?  (deixar que respondam)

Os Espíritos responderam:
“Expiação, melhoramento progressivo da Humanidade. Sem isto, onde a justiça?”

O que é expiação? É castigo? ècomplementar a resposta da turma, reforçando que é uma consequência atual, das ações tomadas pelo Espírito no passado, por livre e espontânea vontade (livre arbítrio).

Escrever no quadro:  Arrependimento, expiação e reparação
            èsegundo Kardec, no livro O Céu e o Inferno, essas são as três condições necessárias para apagar os traços de uma falta e suas consequências.
Como definir esses termos? èanotar no quadro as respostas, depois que eles tiverem tentado responder.
Arrependimento: sinceramente perceber o erro e desejar não tê-lo cometido;
Expiação: sofrimentos físicos e morais consequência da falta cometida;
Reparação: corrigir o erro.

No caso de Silas, ele se arrependeu? (Só depois da morte.)
è E nesses casos em que a pessoa se arrepende mas não há mais o que fazer nessa vida?
            èsó a reencarnação, como instrumento da justiça divina, nos permite resolver essa questão!
           
Vimos que ele se arrependeu e percebeu os erros cometidos.
- Qual foi o objetivo bem específico nessa última encarnação?  èvencer o apego ao dinheiro.
- Ele conseguiu? Não.
- Que novos problemas ele adquiriu naquela existência? èdívida para com o pai e com a Aída; suicídio indireto (vida inútil, desgastando o corpo).

4.    Propor uma divisão em grupinhos de 3 pessoas, para discutirem e decidirem, como deveria ser a próxima encarnação de Silas, para sanar essas questões não resolvidas (o apego ao dinheiro) e reparar as que ele gerou na última encarnação.

5.    Apresentação dos grupinhos, corrigindo ou direcionando, se necessário. Reforçar que o livro de André Luiz não relata em detalhes como seria a próxima reencarnação dos envolvidos. Fala apenas, que ele reencarnaria novamente como filho dos mesmos pais, e Aída seria a irmã mais nova.

Lembrar o LE na Perg.168. É limitado o número das existências corporais, ou o Espírito reencarna perpetuamente?
A cada nova existência, o Espírito dá um passo para diante na senda do progresso. Desde que se ache limpo de todas as impurezas, não tem mais necessidade das provas da vida corporal.”
ð  Deus, em sua justiça e bondade, nos permite o tempo necessário para que nos limpemos de nossos débitos e vençamos as tentações de nossos vícios em transformação em virtudes.
ð  A cada reencarnação, caminhamos rumo à nossa evolução, à perfeição que nos é possível atingir. Já pensaram como seria se não houvesse a reencarnação? A vida teria sentido?

6.      Conclusão
Assim, como o Silas reencarnado, não percebia o erro que cometia ao se deixar levar pelo amor ao dinheiro, será que nós estamos atentos para nossas tentações?
èreconhecer nossas tentações é uma boa pista, para que possamos perceber nosso objetivo da vida; pelo menos, alguns deles!
èmanter o hábito de refletir sobre o que nos atrai e nos afasta das leis de Deus, das nossas obrigações, daquilo que sabemos ser o certo mas não dá vontade de fazer... Estejamos atentos, para não nos deixarmos levar como Silas.

7.            Prece final.

Avaliação: Aula para 10 jovens com participação. Fui escrevendo os personagens no quadro pois eles estavam se perdendo na história. Não fiz a discussão em grupinhos. Fizemos o planejamento da próxima reencarnação em grupão mesmo.

ANEXOS:
 O Céu e o Inferno, 1ª parte, Cap. VII Código Penal da Vida Futura, itens 16 e 17: Arrependimento, expiação e reparação constituem, portanto, as três condições necessárias para apagar os traços de uma falta e suas consequências.
Até que os últimos vestígios da falta desapareçam, a expiação consiste nos sofrimentos físicos e  morais que lhe são consequentes, seja na vida atual, seja na vida espiritual após a morte, ou ainda em nova existência corporal.
seus erros numa existência, por fraqueza ou má vontade, achar-se-á numa existência ulterior em contacto com as mesmas pessoas que de si tiverem queixas, e em condições voluntariamente escolhidas, de modo a demonstrar-lhes reconhecimento e fazer-lhes tanto bem quanto mal lhes tenha feito. Nem todas as faltas acarretam prejuízo direto e efetivo; em tais casos a reparação se opera, fazendo-se o que se deveria fazer e foi descurado; cumprindo os deveres desprezados, as missões não preenchidas; praticando o bem em compensação ao mal praticado, isto é, tornando-se humilde se se tem sido orgulhoso, amável se se foi austero, caridoso se se tem sido egoísta, benigno se se tem sido perverso, laborioso se se tem sido ocioso, útil se se tem sido inútil, frugal se se tem sido intemperante, trocando em suma por bons os maus exemplos perpetrados. E desse modo progride o Espírito, aproveitando-se do próprio passado.

21º — A responsabilidade das faltas é toda pessoal, ninguém sofre por erros alheios, salvo se a eles deu origem, quer provocando-os pelo exemplo, quer não os impedindo quando poderia fazê-lo. Assim, o suicida é sempre punido; mas aquele que por maldade impele outro a cometê-lo, esse sofre ainda maior pena.


Ação e Reação – André Luiz – A História de Silas
Cap. 9 – A História de Silas
E Silas começou em voz pausada:
- Tanto quanto posso abranger com a minha memória a presente, lembro-me de que , em minha última viagem pelos domínios da carne, desde a meninice, me entreguei à paixão pelo dinheiro, o que hoje me confere a certeza de que, por muitas e muitas vezes, fui usurário terrível entre os homens da Terra.
Hoje, por informações de instrutores abnegados, que , como de outras ocasiões, renasci na derradeira existência, num lar bafejado por grande fortuna, a fim de sofrer a tentação do ouro farto e vencê-la, a golpes de vontade firme, na lavoura incessante do amor fraterno, caindo, porém, lamentavelmente, por minha infelicidade. Era eu filho único de um homem probo que herdara dos avoengos consideráveis bens. Meu pai era um advogado correto que, por excesso de conforto, não se dedicava aos misteres da profissão, mas, profundamente estudioso, vivias rodeado de livros raros, entre obrigações sociais, que, de alguma sorte, lhe subtraíam a personalidade às cogitações da fé. Minha mãe, porém, era católica romana, de pensamento fervoroso e digno, e, embora sem descer conosco a qualquer disputa na esfera devocional, tentava incutir-nos o dever da beneficência.
Recordo-me., com tardio arrependimento, dos reiterados convites que nos dirigia, bondosa, para que lhe palmilhássemos as tarefas de caridade cristã, convites esse que meu pai e eu recusávamos, sem discrepância, encastelados em nossa irreverência enfatuada e risonha. Minha genitora cedo percebeu que meu pobre espírito trazia consigo o azinhavre da usura e, reconhecendo que lhe seria extremamente difícil colaborar na renovação íntima de meu pai, homem já feito e desde a infância habituado à dominação financeira, concentrava em mim seus propósitos de elevação. Para isso, buscou estimular-me ao gosto pelos estudos de medicina, alegando que, ao lado do sofrimentos humano, poderia eu encontrar as melhores oportunidades de auxílio ao próximo, tornando-me agradável a Deus, ainda mesmo que não me fosse possível entesourar os recursos da fé. Intimamente eu escarnecia das sagradas esperanças de quem em era a criatura mais cara ao espírito; contudo, sem poder resistir-lhe ao cerco afetivo, consagrei-me à carreira médica, muito mais interessando em explorar os enfermos ricos, cujos agravos do corpo, indiscutivelmente, me facultariam amplas vantagens materiais.
Entretanto, em vésperas da vitória estudantil esperada, minha mãe, relativamente moça, despediu-se da experiência física, vitimada por um acidente de angina. Nossa dor foi enorme. Recebi meu diploma de medicina, qual se me fora ele detestável recordação, e, não obstante os estímulos da bondade paterna, não cheguei a ingressar na prática da profissão conquistada, recolhi-me à intimidade doméstica, de que me ausentava tão-somente para as estações de entretenimento e repouso. Então mais que nunca chafurdado na sovinice, porquanto acompanhei o inventário de minha mãe, com vigilância tão rigorosa que as minhas estranhas atitudes chegaram a surpreender meu próprio pai, egoísta e displicente, mas nunca avarento quanto eu. Compreendi que a fortuna herdada em situava, para meu infortúnio moral, a cavaleiro de qualquer necessidade da vida física, por largos anos, desde que não me confiasse à dissipação... ainda assim, quando vi meu genitor inclinado às segundas núpcias, quase aos sessenta de idade, fiz quanto pude, indiretamente, para dissuadi-lo, asatando-o de tal intento.
Ele, todavia, era um homem resoluto nas decisões e desposou Aída, uma jovem da minha idade, que mal se avizinhava dos trinta anos... Recebi a madrasta como intrusa em nosso campo doméstico, e, tomando-a por aventureira comum, à caça de fortuna fácil, jurei vingar-me. Apesar das carinhosas requisições do casal e não obstante o tratamento gentil que a pobre moça em dispensava, exibia sempre um pretexto para fugir-lhe às convivência. O novo matrimônio, no entanto, passou a exigir do esposo mais dilatados sacrifícios no mundo social de que Aída não pretendia afastar-se, e foi assim que, ao término de alguns meses, meu genitor era obrigado a procurar o socorro medico, recolhendo-se, então, a necessário repouso. Acompanhava-lhe a decadência orgânica, tomado de vivas apreensões. Não era a saúde paterna que me feria a imaginação, mas sim a extensa reserva financeira de nossa casa. Na hipótese do súbito falecimento do homem que me trouxera à existência, de modo algum em resignaria a partilhar a herança com a mulher que, aos meus olhos, indevidamente ocupava o espaço de minha mãe.
- Passei a arquitetar planos ditosos, quanto à melhor maneira de alijar Aída  de qualquer possibilidade de ingresso futuro ao nosso patrimônio, sem melindrar meu pai doente... E nos projetos criminosos que me visitavam a cabeça, a própria morte da madrasta comparecia como solução. Entretanto, com suprimi-la sem causar maior sofrimento ao enfermo que eu desejava conservar?... Não seria aconselhável desmoralizá-la, antes de tudo, aos olhos dele, para que não padecesse qualquer saudade da mulher, condenada por mim às desvalia? Tramava no silêncio e na sombra, quando a ocasião esperada veio ao meu encontro... Convidado a comparecer com a esposa numa festividade pública, meu pai chamou-me e insistiu par que eu acompanhasse Aída, representando-lhe a autoridade... Pela primeira vez, acedi com prazer... Pretendia conhecer-lhe agora, de mais perto, as afeições... Funestos propósitos nasciam-me no crânio... Desse modo,. Durante alegre âgape, tomei contato com Armando, primo de minha madrasta e que a cortejara em solteira. Aramando era um rapaz pouco mais velho que eu, perdulário e fanfarrão, que dividia o tempo entre mulheres e taças espumantes, a quem contrariamente aos meus hábitos, ofereci premeditada comunhão afetiva... Tanto quanto possível, dominando moralmente o ânimo de meu pai, desde então, o associei ao nosso campo doméstico, favorecendo-lhe o mais amplo retorno à intimidade com a criatura de quem se havia enamorado, anos antes. A praia, o teatro, o cinema, bem como passeios de variados matizes, eram agora os pontos costumeiros de nossa presença, nos quais intencionalmente eu atirava os dois primos nos braços um do outro... Aída não me percebeu a manobra e, embora resistisse, por mais de um ano, à galantearia do companheiro, acabou por ceder à constante ofensiva dele... Fingi desconhecer-lhes as relações até que eu pudesse conduzir meu pai ao testemunho direto dos acontecimentos.. Inventava jogos e distrações para reter o sedutor em nossa casa... Captei-lhe a confiança absoluta, de modo a usá-lo como peça importante em meu criminoso ardil e, certa noite, em que , cauteloso, aparentei completa ausência de nosso templo familiar sabendo os amantes segregados em determinado aposento contíguo ao meu, procurei meu pai em sua dependência de enfermo e, mascarando-me com intensa dignidade ofendida, chamei-o a brios, numa exposição sintética dos fatos... Lívido e trêmulo, o doente exigiu provas e nada mais fiz que conduzi-lo, cambaleante, até a porta do quanto, cujo fecho eu próprio deixara enfraquecido... Bastou um empurrão mais forte e meu genitor, desolado, encontrou o flagrante que eu desejava... Armando, cínico, não obstante o desapontamento, afastou-se, lépido, ciente de que não poderia esperar qualquer golpe grave de um sexagenário abatido... Minha madrasta, porém, profundamente ferida em seu amor próprio, dirigiu ao velho esposo acusações humilhantes, procurando os seus aposentos particulares, numa explosão de amargura. Completando a obra terrível a que me devotar, mostrei-me mais carinhoso para com o enfermo, intimamente aniquilado... Duas semanas arrastaram-se pesadas para a nossa equipe familiar... Enquanto Aída ocupava o leito, assistida por dois médicos de nossa confiança, que nem de longe no conheciam a tragédia oculta, afagava meu pai com lamentações e sugestões indiretas para que os bens de nossa casa fossem, na maioria, guardados em meu nome, á que o segundo matrimônio não poderia desfazer-se, perante as autoridades legais. Prosseguia em minha faina delituosa, quando minha madrasta a pareceu morta... Os clínicos de nossa amizade positivaram um envenenamento fulminante e , constrangido, notificam a meu pai tratar-se de um suicídio, decerto motivado pela insofreável neurastenia de que a doente se via objeto. Meu genitor estava mais sombrio nos aparatosos funerais, contudo, em meus destruidores propósitos, regozijei-me... Agora, sim... a fortuna total de nossa casa passaria a pertencer-me...Minha satânica alegria, porém, durou muito pouco... Desde a morte da Segunda mulher, meu pai acamou-se para não mais se erguer... Debalde, médicos e padres amigos procuraram oferecer-lhe melhoras e consolações... Ao fim de dois meses, meu pai, que nunca mais sorriu, entrou em dolorosa agonia, na qual, através de confidência entrecortada de lágrimas, me confessou haver envenenado Aída, administrando-lhe violento tóxico no calmante habitual.
Isso, no entanto _ assegurava-me vencido - , impunha-lhe também a morte, de vez que não conseguia perdoar a si mesmo,. Passando a carregar consigo um fardo de remorso constante e intolerável... Pela primeira vez, minha consciência doeu, fundo. O apego aos bens da carne arrasava-me a vida... o velho querido morreu nos meus braços, crendo que o meus soluços de arrependimento fossem pranto de amor. Deixando-lhe o corpo fatigado na terra fria, tornei a nossa casa solarenga, sentindo-me o mais infortunado dos seres... o ouro integral do mundo não me garantiria agora o mais leve consolo. Achava-me sozinho e ... infinitamente desgraçado, todos os recantos e pertences de nossa habitação falavam-me de crime e remorso... muitas vezes, a sombra noturna pareceu-me povoada de fantasmas horripilantes a escarnecerem de minha dor, e , em meio da malta de insensíveis demônios, a investirem contra mim, tinha a idéias de escutar a voz inconfundível de meu pai, clamando para minhalma: - _meu filho! recua enquanto é tempo. _(...) em pavorosa crise moral, demandei à Europa, em longa viagem de recreio(...)
Regressei a o Brasil, mas não tive coragem de retomar a intimidade com nossa casa. Amparado pela afeição de velho amigo de meu pai, aceite-lhe o acolhimento(...) Embalado pelo carinho familiar daquele amigo, deixei que longos meses passassem, tentado imerecida fuga mental...até que, numa noite inolvidável para mim, na qual minha gastralgia se transformara num azorrague de dor, tomei de um frasco de arsênico na adega de meu anfitrião, acreditando usar o bicarbonato de sódio que ali deixara na véspera, e o veneno expulsou-me do corpo, impondo-me sofrimentos terríveis... Qual acontecera à minha madrasta, que desencarnara em padecimentos atrozes, eu também passei pela morte em condições análogas... E os amigos que me asilavam no templo doméstico, desconhecendo o equívoco de que eu fora vítima, admitiram, sem qualquer sombra de dúvida, que eu buscara no suicídio a extinção das penas morais que me castigavam a alma de _moço rico e entediado da vida, segundo a versão a que deram curso.
èencerrar a narrativa aqui ç
- Isso, porém, não bastou par ressarcir minhas tremendas culpas... Dementado, depois do sepulcro, atravessei meses cruéis de terror e desequilíbrio, entre os quadros vivos a se me exteriorizarem da mente algemada às criações de si própria, até que fui socorrido por amigos de meu pai, que se achava igualmente a caminho da sua recuperação, e, unindo-me a ele, passeia a empenar todas as minhas energias na preparação do futuro...
- Como vêem, a fascinação pelo ouro foi o motivo de minha perda, tenho necessidade de grande esforço no bem e de fé vigorosa par anão cair outra vez, por quanto lé indispensável me consagre a nova experiência entre os homens...
Cap. 20: Silas e o pai, Druso, reencontram Aída no PE:
Druso e ele tinham sido pai e filho na existência última, e tendo ambos recebido a necessária permissão para trabalhar em busca de Aída, cuja perda haviam provocado, devotavam-se ao serviço da Mansão, sob o beneplácito de amigos do Plano Superior. Ao preço de tremendas lutas na própria recuperação, chegaram a conquistar amizades sólidas e experiências notáveis; contudo, a recordação da jovem sacrificada constituía-lhes envenenado acúleo nos refolhos do ser. Assim era que, para mais ampla elevação na Luz Infinita, necessitavam ressarcir o infamante débito.
E acentuava, esperançoso, com ignota ventura a luzir-lhe no olhar:
- Dentro de três dias, meu pai deixará o encargo de orientador da instituição, alçando-se, por fim, à companhia de minha mãe, para regressarem brevemente à reencarnação que os espera, sob a guarda de alguns amigos nossos. Meu pai partirá primeiramente, pouco depois minha abnegada genitora o seguirá para a internação na carne e, mais tarde, quando se consorciarem na esfera dos homens, recolher-me-ão nos braços, na condição de primogênito, para que nós três venhamos a receber Aída, sofredora, em nossos corações. Conceder-nos-á Jesus a felicidade de resgatar a imensa dívida, com a assistência amorosa de minha mãe, que renunciou à alegria da ascensão imediata, em nosso benefício... Como podem observar, nós mesmos, segundo a Lei, buscamos a Justiça por nossas próprias mãos.

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