Casa Espírita
Missionários da Luz – Pré-Mocidade 11
à 14 anos 25/08/2018
Mocidade > 14 anos
Tema: Lei de Sociedade - Minha Família e Eu
Objetivos:
- Identificar na família o ambiente que preciso para
evoluir;
- Identificar os laços espirituais e consanguíneos que nos
unem na família;
- Refletir sobre o caso de adoção e os laços familiares;
- Levar os jovens a refletirem sobre a importância de sua
família e como atuar para auxiliá-la.
Bibliografia:
O Livro dos Espíritos, Pergs. 266, 773 à 775;
203 à 217
O Evangelho Seg. Espiritismo , Cap. XIV
Desafios
da Vida Familiar, Camilo/Raul Teixeira, Parte I - “O sentido da Família”
Nossos
Filhos São Espíritos, Hermínio C. Miranda, Cap. 5 ‘Um Frasco de Veneno’
Painéis
da Obsessão, Manoel P. de Miranda/Divaldo Franco, cap. 29 e 32
Material: 2 cópias do estudo
de caso; exemplar de O LE.
Desenvolvimento:
Hora da novidade e Prece Inicial (todos que
desejarem, fazem a prece, um por vez).
1.
Motivação
Inicial:
Propor a análise de
um caso em dois grupos. Cada grupo receberá uma cópia do caso que deverá
analisar e responder à pergunta proposta.
(15 min)
2.
Respostas
dos grupos e desenvolvimento do conteúdo com exposição dialogada.
Depois que os grupos
relatarem suas respostas, perguntar:
èComo
explicar antipatias e verdadeiras aversões que vemos entre alguns membros de
uma família, como no caso dos irmãos de Marina?
ð Relacionamentos de
vidas passadas, não resolvidos. (E.S.E. Cap. XIV,
item 8)
A DE nos ensina que existem dois tipos de
laços familiares: Quais são?
o
Consanguíneos
(família atual) e espirituais (afetos conquistados em vidas anteriores).
èExiste
a força do sangue? Dos laços consanguíneos?
Sim. Mesmo havendo desavenças entre os
membros da família, existe o ‘laço’ que os une: os de pertencer a mesma
família! Os cuidados que a criança necessita, aproxima os pais de seus filhos
pequenos, e a proximidade, o convívio diário, vai fortalecendo os laços
afetivos. É um processo de fortalecimento de laços anteriores já existentes, ou
de ‘reconquista’ no caso de desavenças fortes entre os membros da família.
è São fáceis as dificuldades familiares? Não! São provas muito duras, doloridas.
=>“As provas rudes, ouvi-me bem, são quase
sempre indício de um fim de sofrimento e de um aperfeiçoamento do Espírito,
quando aceitas com o pensamento em Deus. (E.S.E. Cap. XIV, item 9)
èporquê
será que Marina teve essa situação familiar?
-
relatar a situação desse Espírito, conforme o texto de Hermínio no seu livro.
-
então, Marina deveria ter largado os irmãos para se casar e deixar os irmãos
por si mesmos? Não. Se assim fizesse,
estaria fugindo de um compromisso assumido antes de reencarnar.
èVendo esse caso da
Marina, um caso real, que conclusões podemos tirar com relação à importância da
família?
-
é uma oportunidade de crescimento espiritual
-
escolhemos nascer nessa família
-
mesmo sendo uma família tumultuada, é o resultado de nossas escolhas
anteriores. Precisamos dessa família!
ð Em que esse
conhecimento da DE pode nos auxiliar no contexto familiar?
- compreendermos as
relações de amor conquistado ou ainda a conquistar, que envolvem nossos
familiares. Com isso, teremos mais força e coragem para superar as
dificuldades!
èE
no caso da adoção? Como vocês avaliam os compromissos familiares?
- é sempre uma oportunidade de
crescimento! Sempre há o compromisso entre os Espíritos envolvidos. Pode ser uma
necessidade do Espírito de reencarnar dessa forma, ou pode ser uma questão de impossibilidade
física mesmo, da gestação. Então o filho vem por outra mãe biológica, sendo
reencaminhado pelos mentores, à sua família programada. No livro Painéis da
Obsessão, vemos uma situação assim. (relatar
conforme resumo em anexo)
Nós vemos todas as
situações nas famílias. A DE nos auxilia a entendermos as situações que parecem
estranhas, às vezes, mas que conseguimos perceber os possíveis laços que unem
os Espíritos envolvidos na situação.
èPor
que as famílias se acham tão desestruturadas, apesar de seu valor?
- falta de lucidez e consciência das pessoas
com relação ao valor da família;
- obsessões: “como a
família é o núcleo assistencial para o progresso da alma, admitem que seja
necessário bombardeá-la, a fim de que os espíritos que reencarnam não achem nem
orientação feliz, nem apoio, nem segurança, e transformem a reencarnação num
convescote, numa busca insofreável de prazeres hedonistas e de futilidades de
variados tons.”
(Desafios da Vida Familiar, Camilo/Raul
Teixeira, perg. 7 Parte I - “O sentido da Família”)
“Assim, encontramos verdadeiros tumultos,
descompensações graves, verdadeiras guerras ao lado de problemas comuns que são
plenamente concebíveis no seio da família.”
(Desafios da Vida Familiar, Camilo/Raul
Teixeira, perg. 7 Parte I - “O sentido da Família”)
è Nenhuma influência
exercem os Espíritos dos pais sobre o filho depois do nascimento deste?
== > “Ao
contrário: bem grande influência exercem. Conforme já dissemos, os Espíritos
têm que contribuir para o progresso uns dos outros. Pois bem, os Espíritos dos
pais têm por missão desenvolver os de seus filhos pela educação. Constitui-lhes
isso uma tarefa. Tornar-se-ão culpados, se vierem a falir no seu desempenho.”
(LE. perg. 208)
èE
quando os pais não cumprem com essa missão? Os filhos ficam isentos de seguir o
mandamento “Honrar pai e mãe”?
o
Não!
Te permitiram nascer! Devemos ser sempre agradecidos aos nossos pais a
oportunidade da reencarnação! (ESE, Cap. XIV item 3 e 9)
3.
Conclusão:
Mesmos nas situações
mais difíceis em família, estamos onde precisamos estar, com quem precisamos
estar. Assim, como precisamos da família, a família também precisa de nós!
4.
Passes
e prece final.
5.
Avaliação
Aula para 12 jovens. Participaram com interesse no estudo de caso (os 2 grupos avaliaram
que Marina não deveria abandonar a família; se o rapaz quisesse, ele entraria
na família dela). A exposição dialogada após o debate sobre o estudo de caso
ficou sem energia.
6.
Anexos
Nossos Filhos São Espíritos, Hermínio
C. Miranda, Cap. 5 ‘Um Frasco de Veneno’
O espírito que nos veio contar este caso era o de
uma mulher. Na existência anterior, abortara sistematicamente todas as vezes
que engravidara.
No tipo de atividade profissional que exercia,
entendia que os filhos não passavam de estorvos a serem removidos com a
possível presteza. Como iria ela cuidar deles? No sacrifício diário e noturno,
cansando-se, envelhecendo, estragando as mãos e, principalmente, o corpo, que
era seu mais precioso patrimônio? Nada disso. Pareceu-lhe mais cômodo eliminar
logo os bebês, assim que davam início à formação do corpinho a eles destinado,
ou mais tarde, em alguns casos, já nascidos.
Foram oito ao todo! Ao retornar ao mundo
espiritual, pois todos nós morremos inapelavelmente um dia, encontrou-os lá, à
sua espera, e foi recebida com inesperada hostilidade por parte deles, todos
revoltados com sua atitude criminosa, que lhes havia cancelado sumariamente as
expectativas de vida que nutriam.
Muito tempo ficou ela à mercê de seus rancores e
agressividades, pois o Cristo não disse que aquele que erra fica escravo do
erro? E que de lá não sai enquanto não pagar o último centavo da dívida? É
dívida mesmo, igual a qualquer outra no plano terreno. Só que esta, mesmo
disposto a pagar, não o livra da cadeia; você a resgatará, com seu trabalho,
suas canseiras, suas lágrimas, para que um dia volte a sorrir, após ter
reconquistado a confiança
daqueles perante os quais falhou.
Para encurtar a história: a moça foi socorrida, no
mundo espiritual, compreendeu a extensão e gravidade de seus erros e decidiu
aceitar (Que outro remédio teria?) as condições que lhe foram concedidas, pois
nada é imposto, a não ser em casos extremos. As condições eram as seguintes:
ela renasceria numa família pobre, na Argentina, primeira filha de um casal. O
pai,
desajustado, seria um alcoólatra de difícil
recuperação (ela própria o havia desencaminhado, em existência anterior).
Depois dela, nasceriam todos os oito espíritos que ela recusara pelos abortos
praticados na vida anterior. Em seguida, a mãe dela e das demais crianças
morreria, deixando com ela a responsabilidade de criar, com o suor de seu rosto
e o trabalho de suas mãos, os oito irmãos que ela rejeitara como filhos. De
contrapeso, ficava, ainda, o pai problema, antigo amante, igualmente rejeitado.
Seria bela e saudável, mas sua situação não lhe
permitiria casar-se, embora tentada pelo assédio de mais de um pretendente. Se
o fizesse, desorganizaria todo o plano assentado. Sua tarefa era mesmo a de
criar as crianças que outrora recusara. O que teria sido bem mais fácil antes,
pois naquele tempo dispusera de recursos materiais, teria de ser feito agora, literalmente,
com sangue, suor e lágrimas, mesmo porque seus irmãos — à exceção de um deles —
ainda viam nela a mãe assassina de outrora, não a irmã sacrificada de hoje, que
tudo fazia para sobreviverem juntos e honestamente.
Para esse projeto, de dificílima execução, ela
contaria com dois importantes auxílios: o da mãe, antiga companheira espiritual
sua (já fora sua mãe em outra oportunidade) e que se propusera a vir ter, por
ela, os filhos que ela recusara; e o irmão maior, o segundo da série, que, a
despeito de ter sido também rejeitado por ela, não lhe guardara rancor, por ser
um espírito mais equilibrado e evoluído.
A alguém que lhe explicou todo esse plano de
recuperação, ela perguntou:
— Mas por que não me deixam casar e ter normalmente
os filhos, em vez de tê-los como irmãos-problema, tão trabalhosos e hostis, sem
o apoio de um marido? Isto não era possível, explicaram-lhe, primeiro porque
ela precisava criar as crianças com seu trabalho pessoal, que lhes recusara
anteriormente, e não com o trabalho do eventual marido.
Segundo, porque os espíritos dos filhos rejeitados
ainda sentiam por ela muita mágoa e até rancores não superados; a gestação
deles criaria dificuldades insuperáveis. A vista do antagonismo filho e mãe,
muitos poderiam abortar repetidamente, frustrando os planos de reconciliação.
Estava, pois, colocada diante de uma situação
inescapável. Poderia, claro, recusar tudo aquilo, pois ainda lhe restava o
sagrado direito do livre arbítrio, mas isso representaria apenas um adiamento
embrulhado num agravamento dos problemas, que permaneceriam sem solução. Até
quando? Mais um século, ou quatro, ou um milênio? Além do mais, quando seria
possível reunir novamente, num só ponto, todas as
personagens da trágica história e encaminhá-las à recuperação?
Não havia, pois, alternativa mais aceitável ou mais
suave. Ela suspirou fundo e se conformou.
Diante dela desdobravam-se as imagens de um futuro
que, praticamente, já existia, mas que ainda estava por viver. Ela podia vê-lo
e senti-lo nas mãos, que o rude e exaustivo trabalho consumiriam, no belo corpo
que as canseiras deformariam, nas suas frustrações, nas suas ânsias e
renúncias, no desencanto de uma vida de prisioneira, atada ao peso de tantas responsabilidades,
no desamor e ingratidão de irmãos hostis, sempre a cobrarem-lhe mais do que ela
poderia dar-lhes, nas agonias e angústias da solidão no meio de tanta gente
cheia de rancores, que lhe caberia converter em amor, entendimento, compreensão
e perdão.
Painéis da Obsessão,
Manoel P. de Miranda/Divaldo Franco, cap. 29
(reunião no
PE entre Argos e Áurea (futuros pais) e Felipe, o obsessor, que será o filho)
— Não poderei ficar a vê-lo ditoso — insistiu
Felipe, desconcertado, emocionalmente — enquanto eu prosseguirei a verter
pranto e triturar-me na revolta.
— Confia, filho, e espera! — retrucou-lhe a
Mensageira da paz. — Providenciaremos para que tornes ao corpo e, no cadinho
purificador da convivência fraternal, sejam superadas as restantes
dificuldades.
Nesse momento, Áurea veio trazida por dedicada
enfermeira alemã, que se incorporara às tarefas da caridade ao lado do caroável
Bezerra de Menezes, nos planos de construção espiritual da nacionalidade
brasileira.
Com relativa lucidez, a recém-chegada deu-se conta
do significado da reunião e abraçou o esposo muito aflito.
Desejando inteirá-la dos acontecimentos, ele
sintetizou, num lamento, exclamando:
— Quem nos dera, que pudéssemos ter um filho,
recebendo Felipe em nossos braços, a fim de nos reabilitarmos!
A Irmã Angélica, teleguiando Áurea, fê-la
responder:
— Filho, não é somente o rebento carnal que se
desdobra do nosso corpo. Poderemos buscá-lo, onde quer que a Divina
Misericórdia o situe e não o amaremos menos por isso.
Num gesto espontâneo, porém, inspirada pela
Mentora, Áurea aproximou-se do antigo marido e arrojou-se-lhe aos pés, em
atitude de humildade, suplicando:
— Não sabes quanto temos sofrido e o que ainda nos
aguarda... Perdoa-nos a leviandade desventurada e vem, com a permissão de Deus,
viver outra vez conosco. Tudo será diferente. Se não nos puderes amar,
compreenderemos, tudo fazendo para reabilitar-nos, ajudando-te a crescer para
Deus. Preocupo-me com o amanhã. Sou frágil e ele também o é. Dá-nos a tua força
de vida e deixa-nos amar-te novamente. . . (...)
"Sou eu agora quem te interroga, já que me
exiges tanto. Como provar-me que me amavas? Necessito de que me demonstres esse
amor, em nome do qual justificas a tua sanha criminosa. Se ainda restou algo
daquele sentimento, volta, pois que te espero na condição de um filho que, não
sendo da carne, é do coração saudoso e triste, que anela por paz." (...)
O desditoso hussita, envolvido pela imensa ternura
e pelos fluidos daquele amplexo, cedeu, afirmando:
— Estou vencido, mas não convencido. . . Que Deus tenha
misericórdia de nós! . . .
Dominado por um vagado, foi amparado pelos
enfermeiros prestimosos, sendo conduzido a lugar apropriado.
Painéis da Obsessão,
Manoel P. de Miranda/Divaldo Franco, cap. 32 ‘O Retorno de Felipe’
Nessa oportunidade, os esposos se resolveram por
adotar uma criança, em cujo gesto esperavam realizar-se intimamente por um amor
mais específico, na responsabilidade mais imediata. Apesar de serem os tutores
emocionais de outras crianças na Comunidade, sentiam a imperiosa necessidade de
o colocarem sob uma condição legal legítima, numa reminiscência feliz, do
compromisso assumido com Felipe, na ocasião transata.
Assim, logo retornou ao corpo o antigo hussita, a
nobre Irmã Angélica inspirou Áurea a buscá-lo.
O pequenino, que renascera em condições de
precariedade moral, econômica e social, fora encaminhado a um Lar coletivo onde
a caridade abria os braços ao amor e agasalhava os pequeninos que tombaram no
humano desamparo, oferecendo-lhes assistência e recursos para o êxito na
reencarnação. Frágil e enfermo, com as marcas da própria dor refletidas no
corpo, necessitado de apoio e afeto, sensibilizou a futura mãezinha, embora ali
estivessem outras crianças com melhor aparência, portanto, com mais hábeis
possibilidades de sobreviverem.
O instinto e a afinidade psíquica entre os dois, e
a inspiração da Benfeitora fizeram-se suficientes para que a decisão imediata
fosse tomada e Felipe, dependente, retornasse aos sentimentos daqueles a quem
amara e odiara, para o recomeço na abençoada escola terrena, sob as diretrizes
ditosas da fé espírita que lhe seria ministrada, como terapia e método de
conduta para granjear a felicidade, esquecer o passado e construir o futuro.
Caso de Estudo
Marina nasceu numa família pobre, primeira filha de
um casal.
O pai, desajustado, era um alcoólatra de difícil
recuperação. Ela tinha oito irmãos. Logo após o nascimento do caçula, a mãe
dela e das demais crianças morreu.
Como a família não tinha recursos, Marina como a
filha mais velha, assumiu a responsabilidade de criar, com o suor de seu rosto
e o trabalho de suas mãos, os oito irmãos menores. De contrapeso, ainda tinha o
pai problema.
Os irmãos, conforme foram crescendo, foram
demonstrando grande antipatia e rebeldia para com a irmã mais velha. Marina,
nem podia contar com o apoio do pai, sempre envolvido em sua doença do
alcoolismo. Apenas o irmão mais velho entre os oito irmãos, tinha algum carinho
para com Marina. Os demais, só confusão, brigas e desaforos.
Com os afazeres de casa e o cuidado com os irmãos,
não teve oportunidade de estudar, nem de sair e se divertir. Era uma moça bela
e saudável, apesar das dificuldades pelas quais passava. Mesmo assim, recebeu
mais de uma proposta de namoro de rapazes da região em que vivia.
Mais de uma vez, foi tentada a largar tudo e seguir
com um dos seus pretendentes, buscando ser feliz e constituir sua própria
família onde pudesse ter seus filhos e receber amor e carinho.
Porém, certo dia, apareceu um rapaz diferente. Seu
coração bateu de forma mais forte e ela teve certeza que ele era o homem de sua
vida, seu futuro marido, pai dos filhos que haveriam de vir da união entre
eles. Marina ficou em grande conflito, sem saber o que fazer. Não tinha direito
de ser feliz como todas as outras pessoas? Os irmãos não eram responsabilidade
do pai dela? Ela já não tinha se dedicado tantos anos a eles? E o que tinha
recebido além de revoltas e brigas? Já não era hora de seguir seu caminho?
Tarefa do grupo: responder à pergunta:
Qual a
atitude mais correta que Marina deve tomar frente a essa situação? Sair de casa
para se casar com o rapaz? Continuar cuidando dos irmãos e não assumir o
compromisso de casar com o rapaz? Alguma outra atitude?
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