Casa Espírita
Missionários da Luz – Pré-Mocidade 11
à 14 anos 28/08/2015
Tema: O Medo
Objetivos:
Refletir
sobre os efeitos negativos e destrutivos do medo exagerado;
Refletir
sobre o medo da morte.
Bibliografia:
O
Livro dos Espíritos: Pergs. 154 à 157, 728 à 731(lei de destruição) e 941.
Evangelho
Segundo o Espiritismo, Cap. II
O Céu e o Inferno, Cap. II
Leis Morais da Vida, Joanna de Ângelis/, Divaldo Pereira Franco – VI – Lei da Destruição -
Cap 26
Material: frases de Jesus em
tiras de papel
Hora da novidade e Prece Inicial (todos que
desejarem, fazem a prece, um por vez).
Desenvolvimento:
1.
Motivação
Inicial:
Contar a história relatada no início da página “O Bico de
Luz” do livro “Quem tem Medo da Morte?” de
Richard Simonetti.
2.
Exposição
dialogada:
Tinha sentido de ter
medo nessa historinha?
ð
Natural...
qualquer um ficaria assustado. Se é natural, está nas leis de Deus. A lei de
conservação, nos mantém em alerta em sinal de possível perigo, para que
possamos nos prevenir e evitar a perda da vida física ou algum ferimento.
Por quê o personagem
da história ficou com medo?
èimaginou
um monte de coisas horríveis... não sabia o que era e por isso, o medo. Quando
sabemos o que é, o medo se vai!
Quem aqui tem medo da
morte? è levantem a mão que tem!
Pedir a cada um que
diga pq tem medo da morte e anotar no quadro.
De modo geral, devem ser as seguintes razões:
i.
Medo de não mais viver;
ii.
Medo de doer;
iii.
Medo do não saber o que vai acontecer;
iv.
Medo de sofrer (no plano espiritual);
v.
Medo de perder (afetos e bens materiais
)
Esclarecer cada ‘medo’:
i.
Medo de não mais viver: “ Este temor é
um efeito da sabedoria da Providência e uma conseqüência do instinto de
conservação , (...) contrapeso à tendência que, sem esse freio, nos levaria a
deixar prematuramente a vida e negligenciar o trabalho terreno que deve servir
ao nosso próprio adiantamento .” (KARDEC, O Céu e o Inferno , Cap. II)
ii.
Medo de doer: “ Muitas pessoas temem a morte
por causa dos sofrimentos físicos que a acompanham . Sofremos, é verdade, na
doença que acaba pela morte, mas sofremos também
nas doenças de que nos curamos . No instante da morte, dizem-nos os Espíritos,
quase nunca há dor; morre-se como se adormece. Esta opinião é confirmada por
todos aqueles a quem a profissão e o dever chamam frequentes vezes para a
cabeceira dos morimbundos .” (DENIS, O Problema do ser, do destino e da dor ,
cap. X – A morte )
LE, perg. 154. É dolorosa a separação da alma e do corpo?
“Não;
o corpo quase sempre sofre mais durante a vida do que no momento da morte; a
alma nenhuma parte toma nisso. Os sofrimentos que algumas vezes se
experimentam no instante da morte são um gozo para o Espírito, que vê chegar
o termo do seu exílio.”
Na morte
natural, a que sobrevém pelo esgotamento dos órgãos, em conseqüência da idade,
o homem deixa a vida sem o perceber: é uma lâmpada que se apaga por falta de
óleo.
iii. Medo do Desconhecido: “ O temor da morte decorre,
portanto, da noção insuficiente da vida futura , embora denote também a
necessidade de viver e o receio da destruição total; igualmente o estimula
secreto anseio pela sobrevivência da alma, velado ainda pela incerteza .”
(KARDEC, O Céu e o Inferno, Cap. II ) Temos uma tendência natural de temer o
desconhecido. Com a Doutrina Espírita, passamos a conhecer melhor a vida
além-túmulo, e a morte passa a ser uma simples transição das muitas vidas.
iii.
Medo de Sofrer: “ Outra causa de apego
às coisas terrenas, mesmo nos que mais firmemente crêem na vida futura, é a
impressão do ensino que relativamente a ela se lhes há dado desde a infância .
Convenhamos que o quadro pela religião esboçado, sobre o assunto, é nada
sedutor e ainda menos consolatório. ” (KARDEC, O Céu e o Inferno, Cap. II) Céu
Inferno Penas Eternas
èinferno, diabo, fogo que arde sem queimar, etc...
iv.
Medo de Perder: “ O medo da morte é o
medo do ego de desaparecer. Por esse motivo o indivíduo, movido pelos desejos
egóicos, apega-se ao corpo como se ali estivesse sua própria essência. ”
(NOVAES, Psicologia e Espiritualidade )
“ A morte o assusta
[o homem carnal] , porque ele duvida do futuro e porque tem de deixar no mundo
todas as suas afeições e esperanças .” (KARDEC, O Livro dos Espíritos, Q941)
ð
Continuamos a viver! Estaremos
afastados temporariamente da nossa família, amigos, mas outros familiares e
amigos nos aguardam no plano espiritual! É como se fosse uma viagem onde
viajamos sozinhos!
A contribuição do Espiritismo: “ Para libertar-se do temor
da morte, é mister poder encará-la sob seu verdadeiro ponto de vista, isto é,
ter penetrado pelo pensamento no mundo espiritual, fazendo dele uma idéia tão
exata quanto possível, o que denota da parte do Espírito encarnado um tal ou
qual desenvolvimento e aptidão para desprender-se da matéria. No Espírito
atrasado, a vida material prevalece sobra a vida espiritual ”. (KARDEC, O Céu e
o Inferno, Cap. II)
O Espiritismo matou a morte!
“Onde está, ó morte, o teu
aguilhão?" pergunta o apóstolo Paulo (I
Coríntios, 15:55).
èJesus, ao reaparecer após a crucificação de fato, matou a
morte!
3.
Fixação
do conteúdo
Além do medo da morte, que já entendemos um
pouco mais, temos algum outro medo?
èdeixar
que falem, refletindo com eles sobre os efeitos
negativos e destrutivos do medo exagerado.
Medo significa o quê?
ð
Falta
de fé na providência divina. A maior parte dos nossos medos não acontece!
Sofremos por antecipação e criamos um monstro com nossa imaginação. E isso nos
faz sofrer!
ð
Lembremos
ensinos de Jesus que nos mostram que devemos viver o hoje, no bem, com a
certeza de um amanhã igualmente de bens, com situações que podemos controlar, superar,
lidar, com naturalidade (levar em tiras de papel para que alguém leia e
interprete):
- Mateus, 6:33 - Mas
buscai primeiro o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas (comer, vestir, onde morar) vos serão
acrescentadas.
- Mateus, 6:34 - Não vos inquieteis,
pois, pelo dia de amanhã; porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a
cada dia o seu mal.
- Mateus, 7:11 - Se vós, pois, sendo
maus, sabeis dar boas dádivas a vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está
nos céus, dará boas coisas aos que lhas pedirem?
- Mateus 10:26 - Portanto,
não os temais; porque nada há encoberto que não haja de ser descoberto, nem
oculto que não haja de ser conhecido.
- Mateus 10:28 - E
não temais os que matam o corpo, e não podem matar a alma; temei antes aquele
que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo.
4.
Passes
e prece final.
5.
Avaliação
Aula para 21 jovenzinhos, com bastante agito.
Participaram com interesse.
6.
Anexos
BICO DE LUZ (livro
“Quem tem Medo da Morte?” de Richard
Simonetti)
Um homem transitava por estrada deserta,
altas horas.
Noite escura, sem luar, estrelas apagadas. .
Seguia apreensivo.
Por ali ocorriam, não raro, assaltos..
Percebeu que alguém o acompanhava.
–
Olá! Quem vem aí? – perguntou, assustado. Não obteve resposta.
Apressou‐se, no
que foi imitado pelo perseguidor.
Correu. O desconhecido também. Apavorado, em
desabalada carreira, tão rápido quanto suas pernas o permitiam, coração a
galopar no peito, pulmões em brasa, passou diante
de um bico de luz. Olhou para trás e,
como por encanto, o medo desvaneceu‐se. Seu
perseguidor era apenas um velho burro, acostumado
a acompanhar andarilhos.
A
história assemelha‐se ao que ocorre com a morte.
A imortalidade é algo intuitivo na criatura humana. No entanto, muitos
têm medo, porque desconhecem inteiramente o processo e o que os espera
na espiritualidade. As religiões, que deveriam preparar os fiéis para a vida
além‐túmulo, conscientizando‐os da sobrevivência e descerrando
a cortina que separa os dois mundos, pouco fazem nesse sentido, porquanto limitam‐se
a incursões pelo terreno da fantasia.
O Espiritismo é o "bico de luz"
que ilumina os caminhos misteriosos do retomo, afugentando
temores irracionais e constrangimentos perturbadores.
Com a Doutrina Espírita podemos encarar a
morte com serenidade, preparando‐nos para enfrentá‐la. Isso
é muito importante, fundamental mesmo, já que se trata da única
certeza da existência humana: todos morreremos um dia!
(...)
Compreensível, pois,
que nos preparemos, superando temores e dúvidas,
inquietações e enganos, a fim de que, ao chegar
nossa hora, estejamos habilitados a um
retomo equilibrado e feliz.
O primeiro passo
nesse sentido é o de tirar da morte o aspecto fúnebre, mórbido, temível,
sobrenatural. . Há condicionamentos milenares nesse sentido.
Há pessoas que simplesmente recusam‐se a conceber o falecimento
de um familiar ou o seu próprio.
Transferem o
assunto para um futuro remoto.
Por isso
se desajustam quando chega o tempo
da separação.
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