Casa Espírita
Missionários da Luz – Pré-Mocidade 11
à 14 anos 04/09/2015
Tema: Violência e Paz
Objetivos:
Levar
os jovens a refletirem sobre as ações diárias que alimentam a violência no
mundo;
Perceber
que sou responsável pela PAZ que desejo no mundo;
Levar
os jovens a refletirem se suas ações, pensamentos e palavras são de paz ou de
violência.
Bibliografia:
O Livro dos Espíritos, pergs. 728 à 756;
A Gênese, Cap. III, item 10 - O Bem e o Mal;
O Evangelho, Cap. IX ‘Bem aventurados os
mansos e pacíficos’
Quando
Voltar a Primavera – Divaldo P. Franco/Amélia Rodrigues - “A Lição Difícil”
Material: levar áudio do
diálogo de Jesus com Pedro.
Hora da novidade e Prece Inicial (todos que
desejarem, fazem a prece, um por vez).
Desenvolvimento:
1.
Motivação
Inicial:
Perguntar quem já ouviu falar de Gandhi. Colher dos
comentários, complementando, dados da biografia desse missionário e citar
algumas de suas frases.
Mahatma Gandhi (1869-1948) nasceu em Porbandar na Índia, no
dia 2 de outubro. Seu nome verdadeiro era Mohandas Karamchand. Seu pai era um
político local. Como era costume Gandhi teve um casamento arranjado aos 13 anos
de idade. Foi para Londres estudar Direito e em 1891 voltou ao seu país para
exercer a profissão. Dois anos depois, vai para a África do Sul, também colônia
britânica, onde inicia um movimento pacifista.
Mahatma Gandhi destacou-se como principal personagem da luta
pela independência indiana. Recorria a jejuns, marchas e a desobediência civil,
incentivando o não pagamento de impostos e o não consumo de produtos ingleses.
Mahatma
Gandhi, foi acima de tudo um ativista da não-violência.
O
líder pacifista e guia espiritual Mohandas Karamchand Gandhi, foi a principal
personalidade na luta pela independência da Índia, país colonizado pela
Ingraterra.
“Um
longo jejum foi sua arma de resistência pacífica à dominação do império
britânico. O fato comoveu o mundo e obrigou os ingleses a dar a independência
aos hindus”, lembra a monja Sundari Shakti.
No dia 30
de janeiro de 1948, após o termino de um jejum que havia durado 5 dias,
Gandhi foi assassinado com três tiros pelo hindu Nathuram Vinayak Godse,
no jardim de sua casa, onde estava sendo realizada uma grande reunião de
orações. Godse matou Gandhi por que era contra a tolerância religiosa
pregada por ele, o que teria causado a criação do Paquistão, contra a qual era
contra.
O cortejo
fúnebre, realizado no dia seguinte, durou 5 horas, em uma procissão acompanhada
por milhões até o rio Yamuna, onde seu corpo foi colocado em uma jangada e incinerado,
conforme a tradição hindu.
Frases de Gandhi:
Temos de nos tornar na mudança que queremos ver.
Aprendi através da experiência amarga a suprema lição:
controlar minha ira e torná-la como o calor que é convertido em energia. Nossa
ira controlada pode ser convertida numa força capaz de mover o mundo.
O fraco jamais perdoa: o perdão é uma das características do
forte.
A força não provém da capacidade física. Provém de uma
vontade indomável.
A lei de ouro do comportamento é a tolerância mútua, já que
nunca pensaremos todos da mesma maneira, já que nunca veremos senão uma parte
da verdade e sob ângulos diversos.
ð Com uma vontade
firme, e a não violência, esse homem frágil fisicamente, libertou a India do
imperialismo inglês.
2.
Exposição
dialogada:
èO que podemos entender por violência? Quem pode dar
exemplos?
(anotar no quadro as respostas) e complementar:
- ofensas, xingamentos, grosserias;
- depredação de bens públicos ou particulares (telefone, ônibus, praças,
escolas...);
- pichação de muros e prédios;
- “diversões” (touradas, brigas nas torcidas de futebol, "rachas"
de carro, rivalidades de "grupos", booling).
Sem falar na violência contra si mesmo: hábitos que prejudicam a saúde
do corpo (gula, vícios) e da mente (vícios mentais).
èlembrar o ensino de Jesus: (Evang. Cap IX)
1. Bem-aventurados os que são brandos, porque
possuirão a Terra. (S. MATEUS, 5:5.)
2. Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados
filhos de Deus. (S. MATEUS, 5:9.)
3. Sabeis que foi dito aos antigos: Não matareis e
quem quer que mate merecerá condenação pelo juízo. – Eu, porém, vos digo que
quem quer que se puser em cólera contra seu irmão merecerá condenação no juízo;
que aquele que disser a seu
irmão: Raca, merecerá condenado pelo conselho; e que
aquele que lhe disser: És louco, merecerá condenado ao fogo do inferno. (S.
MATEUS, 5:21 e 22.)
ð
Jesus deixa bem claro, que até uma
expressão descortês (raca) seria motivo
de condenação, pois a toda palavra e ação, está associado um sentimento. Nesse
caso, de violência...
èComo agir
quando alguém nos provoca?
- deixar que respondam
e complementar:
- acalmar-se (e não discutir até que o outro fique
calmo);
- procurar compreender o que o outro sente;
- dialogar sobre os pontos de vista diferentes;
- lembrar que todos somos iguais: queremos ser
felizes.
ècomo
diz o ditado popular, quando um não quer, dois não brigam.
èpassar
o áudio da conversa de Jesus com Pedro, relatado por Amélia Rodrigues (5
minutos) (texto no anexo. Para isso,
explicar que é a conversa de Jesus com Pedro sobre a não violência, sobre o
perdão. Imaginemos que estamos sentados numa praia, no entardecer, conversando
com Jesus. Fechemos os olhos e ouçamos...
èO
que é viver em paz? Pedir que cada um por vez, responda (anotar no quadro as respostas e complementar ao final)
- Uma vida em paz é um direito de todas as
pessoas.
-
Estar em paz...
É ter respeitados e respeitar todos os direitos humanos;
É não estar submetido a qualquer tipo de violência, institucional, física ou
psicológica;
É ter liberdade e justiça social;
É sentir contentamento interior pelo dever cumprido, pelo bem praticado;
É viver em uma sociedade sem preconceitos, que respeite a eqüidade entre
mulheres e homens;
É desfrutar de uma comunidade solidária onde as oportunidades de
desenvolvimento das potencialidades sejam idênticas para todos;
É viver em família;
É viver em verdade;
É caminhar sempre para frente sem deixar pessoas para trás.
3.
Fixação
do conteúdo
Pensando no dia de hoje, cada um de
vocês, hoje, e só hoje, foram
instrumento de paz?
4.
Passes
e prece final.
5.
Avaliação
Aula em véspera de feriadão, para 8 jovenzinhos.
Não conheciam Gandhi.
Ouviram o áudio (3 jovens ficaram conversando
durante) e pontuaram itens que mais chamaram a atenção. Houve discussão sobre a
diferença entre se defender e reagir.
6.
Anexos
"Até aqui a violência caracterizou o
poder. No entanto, não existe maior violência do que a pacificação. Forte não é
o que tripudia sobre o fraco, nem o que esmaga aquele que cede. Este ganha,
talvez, mas não se realiza na peleja. A verdadeira vitória ocorre nas telas
íntimas do mundo moral: superar as paixões, vencer as dificuldades e
frustrações, renunciar quando poderia exigir, ceder quando desejaria pelejar
pelo triunfo, amar quando tudo conspira contra esse sublime sentimento. . .
Entendes?"
"Convidaste-nos a amar os inimigos. . .
No entanto, como fazê-lo? Se alguém propositalmente fala de nós, fere-nos com o
verbo ácido e humilha-nos com doestos, desrespeitando o direito de dignidade
moral que o Pai nos concede a todos, como proceder?"
— Continuar amando e nunca revidar mau
conceito por agressividade.
— E se, estimulado pelo nosso silêncio, o
adversário estrugir em nossa face uma encorajada bofetada, desrespeitando os
valores morais e contrariando as determinações legais que legislam contra a
violência, facultando ao agredido o direito de um justo processo, como agir?
— Oferecendo-lhe a outra face. Não nos é
lícito responder brutalidade por brutalidade, agressão por agressão. ..
— Ninguém, no entanto, terá forças para uma
atitude pacífica de tal monta. E se for tentado a reagir ou se reagir dominado
pela cólera?
— Ter-se-á tornado igual ao agressor ou pior
do que ele, porque o discípulo do Evangelho será a luz do mundo, o sal da
terra, o pão da vida e nunca o fel, o veneno, a treva. . .
— Apesar dessa realidade, se o inimigo se
investir de estímulos a falsa força, partindo para o crime, ameaçando destruir
nossa vida?
— Ainda aí, Simão, convém não esquecer que o
criminoso é sempre o infeliz, nunca a vítima. . . Supliquemos ao Pai que nos
livre do mal, todavia, não temamos os maus. Se o nosso amor não possuir a força
de acalmá-los, a culpa não será deles. . . Aquele que conduz a claridade deve
vencer a treva exterior e não encharcar-se de sombras. O coração puro e a mente
calma não receiam nunca. O portador da violência combure-se nas labaredas em
que ardem os sentimentos da própria agressividade. . .
— "Apesar disso, Mestre, nessa atitude
não estaríamos estimulando o crime em geral, o latrocínio em particular, em que
os usurpadores não trepidam em prosseguir nos seus infelizes cometimentos?
— De forma alguma. A violência somente
diminui sua força má quando abafada nos tecidos da caridade. . . Não nos cabe
fazer justiça com as próprias mãos. Na condição de agredido e malsinado, nossa
defesa não tem o direito de produzir vítimas. . . Seria a manutenção da
criminalidade se, a pretexto de salvarmos a vida, destruíssemos a do
adversário. . . Afinal, se revidássemos com as mesmas armas, em que
diferiríamos deles, os maus, embora nos justificasse o errôneo proceder
utilizando a escusa de que agredimos para conseguir a manutenção da própria
vida. ..
"Bem sei que isto não é fácil. Todavia, se o aprendiz do Evangelho não se
exercitar nas lições de fraternidade e renovação, jamais alcançará a plenitude
do amor. Por isso, insisto. Se somente amamos os que nos amam, em que seremos
melhores do que os fariseus e os publicanos? Imprescindível amar e amar os
inimigos, até que aqueles se sintam aturdidos pela nossa afeição..."
Jesus e Pedro - a lição difícil
(extraído do livro “Quando Voltar a Primavera”)
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