Casa Espírita
Missionários da Luz – Pré-Mocidade 11
à 14 anos 26/06/2015
Tema: Os Espíritos se comunicam
Objetivos:
Estudar
casos de comunicação de Espíritos desencarnados
Bibliografia:
Crianças no Além –
Chico Xavier
Livro dos Médiuns – Cap X, item 136
EV. Segundo Esp., cap. 21, item 6 ‘Não creais em todos os Espíritos e
item 7’
Material: 2 cópias dos casos
de Chico Xavier para os grupos.
Hora da novidade e Prece Inicial (todos que
desejarem, fazem a prece, um por vez).
Desenvolvimento:
1.
Motivação
Inicial
- como
saber se uma comunicação mediúnica é verdadeira ou falsa? Tanto do ponto de
vista do autor da mensagem (é quem diz ser) quanto da veracidade do conteúdo da
mensagem. èdeixar que falem,
esclarecendo que pela característica da mensagem (linguagem, estilo) é possível
identificar o autor; com relação ao conteúdo, é preciso analisar frente às
informações da codificação espírita e outras obras sérias.
Também não podemos
esquecer o objetivo da mensagem. Para que os Espíritos se comunicam?
Lembrar que os
Espíritos superiores não se envolvem em nossas questões pessoais do
dia-a-dia...
2.
Vamos
ver dois casos de comunicação de Espíritos, analisando o teor e objetivo da
msg!
Dividir a turma em 2 grupos, dando um caso a
cada grupo (Chico Xavier nos tribunais; Crianças no Além).
Cada grupo deve ler o caso, analisando:
- como o grupo acha que foi possível
identificar a autenticidade do autor da mensagem?
- o conteúdo da mensagem é positivo? Traz
qual benefício?
3.
Apresentação
dos grupos.
- autenticidade do autor: a msg trazia
informações que o Chico Xavier não conhecia, e que somente a família conhecia;
- a msg trouxe consolação às famílias, e no
caso do tribunal, auxiliou na absolvição do rapaz.
4.
Fixação
do conteúdo
Encerrar falando da mensagem de João:
Meus bem-amados, não creais em
qualquer Espírito; experimentai se os Espíritos são de Deus, porquanto muitos
falsos profetas se têm levantado no mundo. (S. JOÃO, Epístola 1a, 4:1.)
O que o evangelista e apóstolo João quis
dizer com essa advertência?
- que precisamos
analisar toda comunicação, para não sermos enganados.
- Relatar para o grupo
o trecho do livro Reforma Íntima sem
Martírio, com conteúdo anti-doutrinário (trecho em anexo).
5.
Prece
final
Avaliação: Aula para 17 jovens. Houve interesse e participação
na atividade dos casos. Não houve tempo para falar do livro ‘Reforma Íntima sem
Martírio.’
Anexos:
O POPULAR (Goiânia,
GO, 10/81/979)
“ESTUDANTE QUE MATOU
AMIGO EM CAMPINAS FOI ABSOLVIDO”
O estudante José
Divino Nunes que, em maio de 1976, matou casualmente seu inseparável amigo
Maurício Garcez Henrique, num caso conhecido como “roleta russa” e que comoveu
a opinião pública, foi absolvido pelo Juiz da 6ª. Vara Criminal, Orimar Bastos,
que considerou o delito não enquadrado
em nenhuma das sanções do Código Penal Brasileiro, porque o ato cometido, pelas
análises apresentadas, não se caracterizou de nenhuma previsibilidade. O
magistrado fez remessa dos autos ao Tribunal de Justiça para apreciação pelo
duplo grau de jurisdição.
De acordo com o laudo
pericial, no dia oito de maio de 1976, um sábado de manhã, os dois amigos
encontravam-se na casa de José Divino, em Campinas, conversando, quando a
vítima pegou um revólver de dentro da pasta do pai do acusado. Maurício tirou
dele as balas e acionou o gatilho duas vezes em direção ao seu colega, por
brincadeira. O rapaz disse-lhe que deixasse a arma, tomando-lhe das mãos.
Maurício foi até a
cozinha buscar cigarros, enquanto José Divino ficou com o revólver,
dirigindo-se até o rádio para mudar a estação. O rádio estava sobre o
guarda-roupa que fica ao lado da porta que dá para a cozinha, porta esta
aberta, impedindo a visão do acusado relativamente a quem entrasse por ela. Ao
mudar a estação do rádio, ele instintivamente puxou o gatilho, fazendo a arma
disparar. Neste instante, ouviu um grito de Maurício e virou-se em sua direção. A vítima se agachou e só
então seu colega notou que o tiro o alcançara. Aquela era a primeira vez que
ele pegava em arma de fogo e disparou apenas uma vez.
*
DEFESA
O advogado José
Cândido da Silva, em suas alegações finais, citou Nelson Hungria, que diz: “os
motivos determinados constituem, no direito penal moderno, a pedra de toque do
crime. Não há crime gratuito ou sem motivo, e é no motivo que reside à
significação mesma do crime”.
A peça preambular
enquadrou o réu nas sanções do artigo 121 do Código Penal. O advogado alegou
que não ficou provada intenção criminosa, ao contrário, ressalta dos autos que
“não havia motivo para o réu eliminar a vida de seu colega, amigo do dia-a-dia,
verdadeiro irmão.” O evento não teve testemunha e conforme pontifica a perícia,
a versão narrada por José Divino pode ser aceita, por inexistir contradição
entre sua palavra e os dados técnicos.
Para a defesa:
“falar-se em crime doloso é um contra-senso jurídico, à luz do elemento
probatório. Dolo pressupõe intenção criminosa e esta inocorreu na conduta do
agente. O fato foi produto da fatalidade, a ação do réu foi meramente acidental,
sob a tônica da imprevisibilidade, que caracteriza o caso fortuito”, alegou.
*
MENSAGEM PSICOGRAFADA
O Juiz Orimar de
Bastos diz em sua sentença que “temos que dar credibilidade à mensagem
psicografada por Francisco Cândido Xavier, anexada aos autos, onde a vítima
relata o fato e isenta de culpa o acusado, discorrendo sobre a brincadeira com
o revólver e o disparo da arma”. Este relato coaduna com as declarações prestadas
por José Divino, quando de seu interrogatório.
Em suas alegações
finais, o advogado relata que “enquanto familiares da vítima manifestavam
incontido sentimento de rancor, a vítima Maurício Garcez Henrique,
desencarnado, envia mensagens de tolerância de magnitude espiritual,
inocentando seu amigo e dizendo que ninguém teve culpa em seu caso, tudo
através do renomado médium Francisco Cândido Xavier, cuja autenticidade foi
proclamada, inclusive, pelo representante do Ministério Público”.
O magistrado considerou
que a provocação da brincadeira foi da própria vítima, que esvaziou o tambor do
revólver e, por ironia do destino, ficou uma bala.”
*
Crianças no Além –
Chico Xavier
“A mensagem do pequeno Marcos foi psicografada por
Francisco Cândido Xavier no dia 12 de dezembro de 1975, 10 meses após o seu
falecimento.
Marcos Hideo Hayashi, com 12 anos e os irmãos, João
Batista Hayashi, 11 anos e Sheila Tieko Hayashi, com 7 anos, desencarnaram no
dia 9 de fevereiro do ano passado, em acidente na Via Anhangüera, próximo a
Perus, onde residiam. Eram os únicos filhos de Ukuru Hayashi e de D. Elite
Diogo de Oliveira Hayashi.”
“Como
dizíamos, com a insistência de D. Elite e das próprias crianças, Roberto
concordou que os filhos mais velhos, Marcos e João Batista, fossem passar a
primeira semana de fevereiro de 1975 em Ribeirão Preto.
Seguiram de
ônibus, com uma amiga do casal e, no fim da semana seguinte, D. Elite, com a
filha caçula Sheila, com o irmão, Saulo Prestes de Oliveira, e a cunhada, Maria
Prestes de Oliveira, foram de Volkswagen buscar os filhos em Ribeirão Preto.
Seguia também no carro o filhinho do casal que acompanhava D. Elite, pequeno,
ainda de colo.
No domingo,
9 de fevereiro, voltavam a Perus. Saulo ao volante, D. Elite ao lado, com a
filha Sheila no colo. Atrás, Marcos, João Batista e D. Maria com o filhinho.
Muita alegria, músicas, comemorações, pois no dia anterior, 8 de fevereiro, o
João Batista completara 11 anos. Assim descontraídos, chegaram até a entrada de
Perus, quando uma Veraneio colheu e arremessou longe o Volks que- já deixava a
Via Anhangüera para atingir o acesso que leva a Perus.
Todos os
ocupantes do banco traseiro do carro tiveram morte instantânea: D. Maria e os
três irmãos, Marcos, João Batista e Sheila. Segundo D. Elite, apenas três
minutos antes do acidente, em virtude de um mal-estar súbito da cunhada, a
Sheilinha precisou ir para trás, a fim de que D. Elite segurasse no colo o
sobrinho.
O menino
sobreviveu, mas a Sheila, em função da troca de lugar, veio a falecer com os
dois irmãos e com a tia.”
A MENSAGEM
Marcos
Minha querida Mamãe, meu querido Papai.
Estou obedecendo ao meu avô Joaquim (1
) que me ,trouxe para escrever.
Peço para que me abençoem.
Querida Mamãe, a senhora pede notícias
e rogou tanto, mas tanto, perante as orações, que me vejo aqui para trazer a
esperança ao seu coração e fortalecer em meu pai a confiança na vida.
Não sei como fazer isso direito:
escrever falando o que se passa.
Meu avô está me auxiliando, mas, por
dentro de mim, estou como quem traz o pensamento tropeçando na vontade de
chorar.
É preciso ser forte e ser um homem para
receber um compromisso desses.
Papai sempre nos ensinou que devemos
ser valorosos com a luz da coragem na frente de nossos passos, mas é tanta dor
para vencer, querida Mamãe, que eu não tenho forças para remover a situação.
Meu avô diz que não devo procurar
desculpas e sim tomar o assunto sem mais demora.
Por isso, quero dizer a você, Mãezinha,
para confiar em Deus e na vida.
Papai é calado e tantas vezes sem
manifestações iguais às nossas (2), mas para ele também estou garatujando esta
carta.
Rogo a vocês para não se deixarem
dominar pelo sofrimento, embora este conselho deva ser ditado para mim mesmo.
Estamos assim como num telefone direto,
em que o fio do lápis vai formando as minhas palavras, sem que eu possa receber
as palavras de meus pais queridos, ao mesmo tempo.
Sei tudo o que tem acontecido. Sei,
Mãezinha, que a senhora, está sendo considerada uma pessoa em perturbação
mental (3).
Mas nós entendemos daqui as suas
aflições..
Três filhos esmagados quase ao chegarem
em casa ...
E a nossa separação de repente.
Isso transtornaria o cérebro de um
gigante, quanto mais os nossos corações sempre ligados pelo carinho.
Desde que acordei aqui, ouço os seus
gritos do coração suas palavras que não são faladas, suas preces de aflição no
silêncio e suas lágrimas que aí na Terra ninguém vê...
Mas peço à senhora, em nome da nossa
Sheilinha, do João Batista e em meu nome, para viver e viver com fé em nosso
reencontro.
Mamãe, se não fosse a falta que a gente
experimenta de casa, se não fosse a voz da senhora e do papai por dentro de
mim, eu diria que tudo está bem.
Mas posso dizer agora que tudo
melhorará, quando melhorarem na paciência e na confiança.
Estamos num parque de crianças que
vieram para cá apressadamente Temos tratamentos, exercícios lições e muito
carinho.
Muitos meninos já crescidos ajudam os
menores e são auxiliares de enfermeiras queridas que nos amparam, como sendo
filhos do coração.
Temos repouso, mas o repouso é
atravessado pelas recordações que se fazem tão vivas como se fossem relâmpagos
coloridos e parados em nossas lembranças.
Nessas telas da alma, vemos o que se
passa à distância e, além disso, suas vozes, Mãezinha, nos alcançam por todos
os meios.
Peço a você - a você que é nosso
querido anjo da guarda - entregar a Deus os acontecimentos de fevereiro (5).
Não chore mais com desânimo e aflição.
A senhora, sempre carinhosa e sempre
imensamente boa para nós, não choraria mais com tanta angústia se visse a nossa
querida Sheila cair de aflição, querendo ir ao seu encontro sem poder (6) ...
Ajude-nos, querida Mamãe.
Aqui temos muita gente dedicada ao bem.
A Irmã Luiza nos abençoa - benfeitora
que não conheci - e um santo a quem devemos chamar por Irmão Ukuru nos cerca de
muito amor, quase todos os dias (7).
O tio Diogo (8) e o avô Joaquim são
companheiros que tudo fazem por nosso auxílio.
De tia Maria (9) nada sei. Pergunto por
ela, mas recebo apenas a notícia de que ela vai bem.
De certo modo ainda não estou muito em
mim.
Se tivesse de retomar os estudos aí em
casa, creio que não seria possível.
Tenho a cabeça assim aflita, como quem
não saiu de um susto muito grande e não posso lembrar com muita insistência
aquela Veraneio (10) e nem a nossa casa em Perus, porque me sobe uma emoção ao
cérebro que dá para tontear; mas o avô Joaquim me diz que tudo vai melhorar
quando a senhora e papai estiverem mais fortes.
Nós estamos todos unidos sem que eu
saiba como é isso.
O pensamento é uma força, mas não sei
ainda explicar o que sinto.
Mamãe, não fique parando o olhar em
nossas lembranças.
Tudo o que foi nosso –de nós três- dê a
outras crianças em nosso nome.
Ficará para nós o coração inteirinho,
porque a senhora, papai, João Batista, Sheila e eu não nos separamos.
Peça energias para nós nas preces do
seu carinho de sempre.
Mamãe, as lágrimas são forças de Deus
em nossa vida, e por isso, nenhum de nós está livre de chorar, mas as nossas
lágrimas devem ser orações de gratidão e amor, paz e fé.
Um dia estaremos todos juntos, mas não
deseje vir para cá como quem força a entrada de uma casa desconhecida.
Pouco a pouco, entenderemos as razões
de tudo o que sucedeu.
Rogamos para que a ninguém seja
atribuída qualquer culpa pelo acidente.
O veículo poderia estar sendo guiado
por nós.
Ninguém cria problemas de trânsito por
vontade própria, como no caso em que nos vimos.
Mamãe, queremos, a paz de todos
Ajudem, a senhora e meu pai, a termos
paz.
Não se queixem.
Vamos cultivar a saudade na igreja do
amor ao próximo.
Temos tantos irmãos nas calçadas e nas
ruas, pedindo auxílio!
Sejam eles, filhos também de seu
coração.
Aqui, muitos pais de meninos
desamparados oram conosco pelos filhos sofrem no mundo,mas eu sei que a senhora
e meu pai serão auxílio e bênção para esses meninos, filhos de tantos amigos
bons que nos amparam aqui.
Não posso continuar.
Mamãe, abençoes os filhos que somos nós
aqui, sem você, mas contando sempre com a senhora para ficar mais fortes.
Deus nos auxiliará.
Hoje, tenho mais fé.
Em nome dos irmãos e em meu nome, deixo
a vocês, em casa, o nosso beijo de respeito e de amor.
E recebam, com o abraço do avô Joaquim,
todo o coração do filho, sempre filho reconhecido.
Marcos
Uberaba, 12 de dezembro de 1975
Livro
Reforma Íntima sem Martírio - Ermance Dufaux médium Wanderley S de
Oliveira
— Dona Maria, explique-nos, por
caridade, sobre aquele anel luminoso na cabeça de Cesário.
— Sim, Helvécio. É uma criação de almas
superiores em favor da obra do bem que todos, pouco a pouco, estamos
construindo na Terra. Chama- se “imunizador psíquico”. Composto de material
rarefeito, mas de alta potencia irradiadora de ondas mentais de curta
frequência, é um aparelho de defesa mental que concede ao médium melhores
recursos no desempenho de sua missão.
Tomado de um impulso, Rosângela, outra
integrante de nosso grupo que serviu com louvor às fileiras do
Protestantismo, indagou:
— Todos os médiuns carregam esse anel?
— Não, minha jovem. O “imunizador
psíquico” é uma concessão da misericórdia. Fruto de um planejamento no tempo...
— O que fez Cesário para merecê-lo?
Será um “espírito santo” com elevada missão? Terá ele algum mandato diante de
Deus?
— Cesário vem se dedicando à tarefa da
educação de si mesmo como todos os benfeitores da Nova Revelação. Não é
portador de missões especiais e nem dotado de grande elevação moral. Sua
qualidade mais saliente, por enquanto, é a devoção persistente que apresenta,
ininterruptamente, durante duas décadas no serviço mediúnico socorrista de
almas perturbadas.
— Quer dizer então que após um
período de serviços de vinte anos os médiuns podem receber semelhante graça?
— Compreendo sua terminologia,
considerando sua formação evangélica, mas não se trata de graça, Rosângela, e
sim de mérito, justiça e complacência divina. Nosso irmão perseverou
durante esse tempo, mas alem disso integrou o escasso grupo de
servidores doutrinários que apresentam uma rara qualidade. — E qual é essa
qualidade, Dona Modesta?
— Cooperativismo cristão. Apesar de suas
vivências doutrinárias restringiram-se a uma casa espírita, desde os seus
primeiros passos nos projetos doutrinários tem se oferecido pelo bem
de outras agremiações, desenvolvendo um estimável labor coletivo junto à seara.
Graças a isso, tem chamado a atenção dos inimigos da causa que procuram
desanimá-lo no ideal com sorrateiras armadilhas. Sua sincera disposição de
melhoria espiritual é seu verdadeiro recurso imunizador, todavia, algumas almas superiores analisaram
o pedido de sua amável mentora para que lhe fosse prestado esse benefício para
alento e estímulo.
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