terça-feira, 11 de novembro de 2025

Estudar o Cap. XXIII do ESE – Entender a Renúncia, por amor a Jesus

 Casa Espírita Missionários da Luz - DIJ – Mocidade > 14 anos – 07/11/2025

Tema: Estudar o Cap. XXIII do ESE – Entender a Renúncia, por amor a Jesus.

Objetivos:

  • Refletir sobre a estranha moral trazida por Jesus, conforme o Cap. XXIII do ESE, relativo à renúncia nas questões familiares.

Bibliografia:

- O Livro dos Espíritos, perg 625 (Jesus, guia e modelo);

- Evang.Seg.Espiritismo, Cap XXIII ‘Estranha Moral’;

- Caminho, Verdade e Vida, Emmanuel/Chico Xavier, Cap. 154 ‘Renunciar’;

- Fonte Viva, Emmanuel/Chico Xavier, Cap 58 ‘Discípulos’;

- Palavras de Vida Eterna, Emmanuel/Chico Xavier, Cap 18 - Atitudes Essenciais.

Material: trechos do NT em tiras de papel

Procedimentos:

  1. Hora da novidade, exercícios de respiração profunda e prece inicial.

  2. Motivação inicial:

Vamos refletir sobre um ensinamento de Jesus que a princípio, parece um contra-censo, parece contrário aos ensinos de amor a todos.

==> Dividir o grupo em 2 subgrupos, dando a cada um, uma das passagens (ESE, Cap.XXIII):

E quem quer que não carregue a sua cruz e me siga, não pode ser meu discípulo. — Assim, aquele dentre vós que não renunciar a tudo o que tem não pode ser meu discípulo. (S. Lucas, 14:27 e 33.)

Aquele que houver deixado, pelo meu nome, sua casa, os seus irmãos, ou suas irmãs, ou seu pai, ou sua mãe, ou sua mulher, ou seus filhos, ou suas terras, receberá o cêntuplo de tudo isso e terá por herança a vida eterna. (S. Mateus, 19:29.)

Como podemos entender essas palavras de Jesus?

De que renúncia falava Jesus?

  1. Desenvolvimento:

Apresentação das duplas, complementando:

Conforme Kardec analisa no item 6 do cap. XXIII:

Sem discutir as palavras, deve-se aqui procurar o pensamento, que era, evidentemente, este: “Os interesses da vida futura prevalecem sobre todos os interesses e todas as considerações humanas”, porque esse pensamento está de acordo com a substância da doutrina de Jesus, ao passo que a ideia de uma renunciação à família seria a negação dessa doutrina.”

E na msg do Fonte Viva, ‘Discípulos’, Emmanuel esclarece:

A vida de cada criatura consciente é um conjunto de deveres para consigo mesma, para com a família de corações que se agrupam em torno dos seus sentimentos e para com a Humanidade inteira.”

Sem que nos retifiquemos, não corrigiremos o roteiro em que marchamos.”

Se buscamos a sublimação com o Cristo, ouçamos os ensinamentos divinos. Para sermos discípulos dele é necessário nos disponhamos com firmeza a conduzir a cruz de nossos testemunhos de assimilação do bem, acompanhando-lhe os passos.”

Emmanuel complementa essa reflexão em Palavras de Vida Eterna, Cap 18 - Atitudes Essenciais:

Duas atitudes fundamentais recomenda -nos o Eterno Benfeitor se nos propomos desfrutar-lhes a intimidade – tomar a cruz redentora de nossos deveres e seguir-lhe os passos.”

Não nos esqueçamos, assim, de que é preciso abraçar a cruz das provas indispensáveis à nossa redenção e burilando, com amor e alegria, marchando no espaço e no tempo, com o verdadeiro espírito cristão de trabalho infatigável no bem, se aspiramos a alcançar a comunhão com o Divino Mestre.”

Uma reflexão interessante é o “ renunciar por amor ao Cristo” quando Jesus fala da família. Como Kardec comentou, é claro que Jesus não falava de “renunciação à família”, de abandono da família.

==> como podemos entender essa questão da renúncia, família, e em nome, por amor a Jesus?

- Após as discussões , trazer a reflexão de Emmanuel em Caminho, Verdade e Vida, Cap. 154 ‘Renunciar’:

Observemos, portanto, o que representa renunciar por amor ao Cristo. É perder as esperanças da Terra, conquistando as do Céu.

Se os pais são incompreensíveis, se a companheira é ingrata, se os irmãos parecem cruéis, é preciso renunciar à alegria de tê-los melhores ou perfeitos, unindo-nos, ainda mais, a eles todos, a fim de trabalhar no aperfeiçoamento com Jesus.

Acaso, não encontras compreensão no lar? os amigos e irmãos são indiferentes e rudes?

Permanece ao lado deles, mesmo assim, esperando para mais tarde o júbilo de encontrar os que se afinam perfeitamente contigo.

Somente desse modo renunciarás aos teus, fazendo-lhes todo o bem por dedicação ao Mestre, e, somente com semelhante renúncia, alcançarás a vida eterna.

==> são os testemunhos! É um outro olhar para as dificuldades, os desafios familiares que por vezes temos nessa encarnação.

==> não é abandonar a família, fugir dela! É renunciar ao desejo de ter uma família harmônica, trabalhando por eles como pudermos, por amor a Jesus, na certeza do reencontro com a família espiritual no mundo maior!

- Perguntar se algum dos jovens tem algum exemplo de renúncia das alegrias familiares, por já ter conhecimento do Evangelho de Jesus.

==> citar os desafios da vida da médium Yvonne do Amaral Pereira.

  1. Comentários do capítulos 23 e 24 do livro Céu Azul.

  2. Prece final e passes coletivos

  3. Avaliação:

Encontro com 8 jovens com boa participação e reflexões. Fizemos dois subgrupos de 4, para a análise dos versículos. Foram boas as reflexões sobre o que significa a cruz/testemunhos e seguir Jesus no cotidiano, e nas relações familiares. Não cheguei a falar da vida de Yvonne Pereira.

Uma das jovens tinha estudado os capítulos do Céu Azul e fez a apresentação do cap 23. Não deu tempo para vermos o cap 27, pois foi feita uma revisão desde o cap. 21.

  1. ANEXOS

Caminho, Verdade e Vida, Cap 154 ‘Renunciar’

E todo aquele que tiver deixado casas, irmãos, irmãs, pai, mãe, mulher, filhos ou terras, por amor do meu nome, receberá cem vezes tanto e herdará a vida eterna.” – Jesus (Mateus, 19:29.)

Neste versículo do Evangelho de Mateus, o Mestre Divino nos induz ao dever de renunciar aos bens do mundo para alcançar a vida eterna. Há necessidade, proclama o Messias, de abandonar pai e mãe, mulher e irmãos do mundo. No entanto, é necessário esclarecer como renunciar.

Jesus explica que o êxito pertencerá aos que assim procederem por amor de seu nome.

A primeira vista, o alvitre divino parece contra-senso.

Como olvidar os sagrados deveres da existência, se o Cristo veio até nós para santificá-los?

Os discípulos precipitados não souberam atingir o sentido do texto, nos tempos mais antigos.

Numerosos irmãos de ideal recolheram-se à sombra do claustro, esquecendo obrigações superiores e inadiáveis.

Fácil, porém, reconhecer como o Cristo renunciou.

Aos companheiros que o abandonaram aparece, glorioso, na ressurreição. Não obstante as hesitações dos amigos, divide com eles, no cenáculo, os júbilos eternos. Aos homens ingratos que o crucificaram oferece sublime roteiro de salvação com o Evangelho e nunca se descuidou um minuto das criaturas.

Observemos, portanto, o que representa renunciar por amor ao Cristo. É perder as esperanças da Terra, conquistando as do Céu.

Se os pais são incompreensíveis, se a companheira é ingrata, se os irmãos parecem cruéis, é preciso renunciar à alegria de tê-los melhores ou perfeitos, unindo-nos, ainda mais, a eles todos, a fim de trabalhar no aperfeiçoamento com Jesus.

Acaso, não encontras compreensão no lar? os amigos e irmãos são indiferentes e rudes?

Permanece ao lado deles, mesmo assim, esperando para mais tarde o júbilo de encontrar os que se afinam perfeitamente contigo.

Somente desse modo renunciarás aos teus, fazendo-lhes todo o bem por dedicação ao Mestre, e, somente com semelhante renúncia, alcançarás a vida eterna.

Fonte Viva, Cap 58 ‘Discípulos’

"E qualquer que não levar a sua cruz, e não vier após mim, não pode ser meu discípulo." - Jesus. (LUCAS. 14:27.)

Os círculos cristãos de todos os matizes permanecem repletos de estudantes que se classificam no discipulado de Jesus, com inexcedível entusiasmo verbal, como se a ligação legítima com o Mestre estivesse circunscrita a problema de palavras.

Na realidade, porém, o Evangelho não deixa dúvidas a esse respeito.

A vida de cada criatura consciente é um conjunto de deveres para consigo mesma, para com a família de corações que se agrupam em torno dos seus sentimentos e para com a Humanidade inteira.

E não é tão fácil desempenhar todas essas obrigações com aprovação plena das diretrizes evangélicas.

Imprescindível se faz eliminar as arestas do próprio temperamento, garantindo o equilíbrio que nos é particular, contribuir com eficiência em favor de quantos nos cercam o caminho, dando a cada um o que lhe pertence, e servir à comunidade, de cujo quadro fazemos parte.

Sem que nos retifiquemos, não corrigiremos o roteiro em que marchamos.

Árvores tortas não projetam imagens irrepreensíveis.

Se buscamos a sublimação com o Cristo, ouçamos os ensinamentos divinos. Para sermos discípulos dele é necessário nos disponhamos com firmeza a conduzir a cruz de nossos testemunhos de assimilação do bem, acompanhando-lhe os passos.

Aprendizes existem que levam consigo o madeiro das provas salvadoras, mas não seguem o Senhor por se confiarem à revolta através do endurecimento e da fuga.

Outros aparecem, seguindo o Mestre nas frases bem-feitas, mas não carregam a cruz que lhes toca, abandonando-a à porta de vizinhos e companheiros.

Dever e renovação.

Serviço e aprimoramento.

Ação e progresso.

Responsabilidade e crescimento espiritual.

Aceitação dos impositivos do bem e obediência aos padrões do Senhor.

Somente depois de semelhantes aquisições é que atingiremos a verdadeira comunhão com o Divino Mestre.

Palavras de Vida Eterna, Cap 18 - Atitudes Essenciais

Qualquer que não tomar a sua cruz e vier após mim, não pode ser meu discípulo.” Jesus. (LUCAS, 15:27.)

Neste passo do Novo Testamento, encontramos a verdadeira fórmula para o ingresso ao Sublime Discipulado.

Qualquer que não tomar a sua cruz e vier após mim, não pode ser meu discípulo” – afirma-nos o Mestre.

Duas atitudes fundamentais recomenda -nos o Eterno Benfeitor se nos propomos desfrutar-lhes a intimidade – tomar a cruz redentora de nossos deveres e seguir-lhe os passos.

Muitos acreditam receber nos ombros o madeiro das próprias obrigações, mas fogem ao caminho do Cristo; e muitos pretendem perlustrar o caminho do Cristo, mas recusam o madeiro das obrigações que lhes cabem.

Os primeiros dizem aceitar o sofrimento, todavia, andam agressivos e desditosos, espalhando desânimo azedume por onde passam.

Os segundos crêem respirar na senda do Cristo, mas abominam a responsabilidade e o serviço aos semelhantes, detendo-se no escárnio e na leviandade , embora saibam interpretar as lições do Evangelho, apregoando-as com arrazoado enternecedor.

Uns se agarram à lamentação e ao aviltamento das horas.

Outros se cristalizam na ironia e na ociosidade, menosprezando os dons da vida.

Não nos esqueçamos, assim, de que é preciso abraçar a cruz das provas indispensáveis à nossa redenção e burilando, com amor e alegria, marchando no espaço e no tempo, com o verdadeiro espírito cristão de trabalho infatigável no bem, se aspiramos a alcançar a comunhão com o Divino Mestre.

Não vale apenas sofrer. É preciso aproveitar o sofrimento.

Nem basta somente crer e mostrar o roteiro da fé. É imprescindível viver cada dia, segundo a fé salvadora que nos orienta o caminho.

Nenhum comentário:

Postar um comentário