terça-feira, 4 de novembro de 2025

Bem aventurados os aflitos

 Casa Espírita Missionários da Luz - DIJ – Mocidade > 14 anos – 31/10/2025

Tema: Bem aventurados os aflitos

Objetivos:

  • Refletir sobre as aflições do mundo, conforme o cap. V do ESE.

Bibliografia:

- O Livro dos Espíritos, perg 944, 947, 951, 953, 954 (Desgosto da Vida; Suicídio);

- Evang.Seg.Espiritismo, Cap V “Bem aventurados os aflitos”, itens 26 em diante.

Material: Perguntas em tiras de papel

Procedimentos:

  1. Hora da novidade, exercícios de respiração profunda e prece inicial.

  2. Motivação inicial:

No sermão do monte, Jesus disse:

"Bem-aventurados os que choram, pois que serão consolados." (Mateus, 5:4)

==> foi a primeira vez que alguém falou algo nessa linha: que seriam bem aventurados os que sofrem no mundo.

E na última ceia, com os discípulos, Ele disse:

No mundo tereis aflições. Mas tende bom ânimo. Eu venci o mundo” (Jo, 16:33)

==> falou isso, sabendo que logo mais seria preso, torturado e morto.

Pra gente pensar:

==> Porque será que Jesus reforçou essa questão das aflições, das dores?

==> Todos os que choram são bem-aventurados?

==> Viver então, é sofrer? É necessário o sofrimento?

==> Existe diferença entre dor e sofrimento?

- Vamos ver um exemplo bem natural, conhecido por todos: a dor do parto!

==> o parto é uma das maiores dores, mas será que é um sofrimento? Não!!!

Porquê? Porque é alegria pelo nascimento de um filho.

- Então, nem sempre situações de dor representam um sofrimento. No caso do parto, não é sofrimento porque a dor tem um sentido. Sabermos o motivo da dor e o resultado que obteremos.

  1. Desenvolvimento:

No ESE, Kardec foi apresentando os ensinos de Jesus, pela ótica do Espiritismo.

Começou com a questão da lei de Deus, que Ele não veio destruir. No Cap. 2, Kardec falou do ensino de Jesus sobre a vida futura (meu reino não é desse mundo). Depois foi para a pluralidade dos mundos habitados, no cap. 3, trazendo outro princípio da DE. No cap. 4, Kardec traz o ensino de Jesus falando da reencarnação: é preciso nascer de novo.

Feita essa introdução falando dos princípios da DE, Kardec traz o cap. das aflições! Esse é um assunto que interessa a todas as pessoas, de qualquer situação!

Hoje vamos pensar um pouco em questões morais, relativas às dores, às aflições, que Kardec colocou no final do capítulo.

- Dividir a turma em grupinhos, entregando uma pergunta a cada grupinho.

1. Jesus disse: “Bem-aventurados os aflitos”, então, é lícito ao homem abrandar suas próprias provas? (item 26)

2. Jesus disse: “Bem-aventurados os aflitos”. Então, haverá mérito em procurar, alguém, aflições que lhe agravem as provas, por meio de sofrimentos voluntários? (item 26)

3. Deve alguém pôr termo às provas do seu próximo quando o possa, ou deve, para respeitar os desígnios de Deus, deixar que sigam seu curso? (item 27)

4. Um homem está agonizante, com cruéis sofrimentos. Sabe-se que seu estado é desesperador. Será lícito pouparem-se-lhe alguns instantes de angústias, apressando-se-lhe o fim? (Item 28)

5. Aquele que se acha desgostoso da vida, mas que não quer extingui-la por suas próprias mãos, será culpado se procurar a morte num campo de batalha, com o propósito de tornar útil sua morte? (item 29)

6. Se um homem se expõe a um perigo iminente para salvar a vida a um de seus semelhantes, sabendo de antemão que sucumbirá, pode o seu ato ser considerado suicídio? (item 30)

7. Os que aceitam resignados os sofrimentos, por submissão à vontade de Deus e tendo em vista a felicidade futura, não trabalham somente em seu próprio benefício? Poderão tornar seus sofrimentos proveitosos a outrem? (item 31)

- Apresentação das respostas e discussão do tema:

1. Jesus disse: “Bem-aventurados os aflitos”, então, é lícito ao homem abrandar suas próprias provas? (item 26)

As provas têm por fim exercitar a inteligência, tanto quanto a paciência e a resignação. (...) O mérito consiste em sofrer, sem murmurar, as consequências dos males que lhe não seja possível evitar, em perseverar na luta, em se não desesperar, se não é bem-sucedido; nunca, porém, numa negligência, que seria mais preguiça do que virtude.”

2. Jesus disse: “Bem-aventurados os aflitos”. Então, haverá mérito em procurar, alguém, aflições que lhe agravem as provas, por meio de sofrimentos voluntários? (item 26)

sim, há grande mérito quando os sofrimentos e as privações objetivam o bem do próximo, porquanto é a caridade pelo sacrifício; não, quando os sofrimentos e as privações somente objetivam o bem daquele que a si mesmo as inflige, porque aí só há egoísmo por fanatismo.”

Não enfraqueçais o vosso corpo com privações inúteis e macerações sem objetivo, pois que necessitais de todas as vossas forças para cumprirdes a vossa missão de trabalhar na Terra. Torturar e martirizar voluntariamente o vosso corpo é contravir a lei de Deus, que vos dá meios de o sustentar e fortalecer. Enfraquecê-lo sem necessidade é um verdadeiro suicídio.”

3. Deve alguém pôr termo às provas do seu próximo quando o possa, ou deve, para respeitar os desígnios de Deus, deixar que sigam seu curso? (item 27)

"Sabeis se a Providência não vos escolheu, não como instrumento de suplício para agravar os sofrimentos do culpado, mas como o bálsamo da consolação para fazer cicatrizar as chagas que a sua justiça abrira?"

"Ajudai-vos, pois, sempre, mutuamente, nas vossas respectivas provações e nunca vos

considereis instrumentos de tortura. (...) Deve o espírita estar compenetrado de que a sua vida toda tem de ser um ato de amor e de devotamento; que, faça ele o que fizer para se opor às decisões do Senhor, estas se cumprirão. Pode, portanto, sem receio, empregar todos os esforços por atenuar o amargor da expiação, certo, porém, de que só a Deus cabe detê-la ou prolongá-la, conforme julgar conveniente."

4. Um homem está agonizante, com cruéis sofrimentos. Sabe-se que seu estado é desesperador. Será lícito pouparem-se-lhe alguns instantes de angústias, apressando-se-lhe o fim? (Item 28)

Quem vos daria o direito de prejulgar os desígnios de Deus? Não pode ele conduzir o homem até à borda do fosso, para daí o retirar, a fim de fazê-lo voltar a si e alimentar ideias diversas das que tinha? Ainda que haja chegado ao último extremo um moribundo, ninguém pode afirmar com segurança que lhe haja soado a hora derradeira. A ciência não se terá enganado nunca em suas previsões?”

Desconheceis as reflexões que seu Espírito poderá fazer nas convulsões da agonia e quantos tormentos lhe pode poupar um relâmpago de arrependimento.”

5. Aquele que se acha desgostoso da vida, mas que não quer extingui-la por suas próprias mãos, será culpado se procurar a morte num campo de batalha, com o propósito de tornar útil sua morte? (item 29)

"há, por conseguinte, suicídio intencional, se não de fato."

"O verdadeiro devotamento consiste em não temer a morte, quando se trate de ser útil, em afrontar o perigo, em fazer, de antemão e sem pesar, o sacrifício da vida, se for necessário. Mas, buscar a morte com premeditada intenção, expondo-se a um perigo, ainda que para prestar serviço, anula o mérito da ação."

6. Se um homem se expõe a um perigo iminente para salvar a vida a um de seus semelhantes, sabendo de antemão que sucumbirá, pode o seu ato ser considerado suicídio? (item 30)

Desde que no ato não entre a intenção de buscar a morte, não há suicídio e, sim, apenas, devotamento e abnegação, embora também haja a certeza de que morrerá. Mas, quem pode ter essa certeza? “

7. Os que aceitam resignados os sofrimentos, por submissão à vontade de Deus e tendo em vista a felicidade futura, não trabalham somente em seu próprio benefício? Poderão tornar seus sofrimentos proveitosos a outrem? (item 31)

Podem esses sofrimentos ser de proveito para outrem, material e moralmente: materialmente se, pelo trabalho, pelas privações e pelos sacrifícios que tais criaturas se imponham, contribuem para o bem-estar material de seus semelhantes; moralmente, pelo exemplo que elas oferecem de sua submissão à vontade de Deus. Esse exemplo do poder da fé espírita pode induzir os desgraçados à resignação e salvá-los do desespero e de suas consequências funestas para o futuro.”

  1. Retomada dos capítulos do livro Céu Azul: Comentários do Cap. 22.

  2. Prece final e passes coletivos

  3. Avaliação:

    Encontro com 6 jovens com participação. A discussão foi feita em conversa. Trouxeram diferenças entre dor e sofrimento, com exemplo do parto. Trouxeram alguns exemplos pessoais.

    Falamos do cap. 22 do livro Céu Azul.

  4. ANEXOS

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