terça-feira, 23 de setembro de 2025

Alucinógenos e chás indígenas

 Casa Espírita Missionários da Luz – Mocidade > 14 anos - 19/09/2025

Tema: Alucinógenos e chás indígenas

Objetivos:

- Conhecer a origem dos rituais indígenas com o uso de chás ayahuasca;

- Conhecer algumas recomendações da área de saúde com relação aos riscos do uso dessa bebida;

- Refletir sobre o que se busca com o uso desses chás nos grupos da atualidade;

- Identificar a orientação espírita para o autoconhecimento e para o uso da mediunidade.

Bibliografia:

- LE, perg. 459, 467 à 469 (influência dos Espíritos); 495 (Anjos de Guarda);

- O Livro dos Médiuns, Cap. VIII ‘Laboratório do Mundo Invisível’ item 128 pergs. 10ª à 12ª, itens 129 à 131; Cap. IX, item 132, perg. 13; Cap. XXIII, Da Obsessão, item 252;

- O ESE, Cap. XXVI Dai Gratuitamente o que gratuitamente recebestes, itens 5 e 6;

- A Gênese, Cap. XIV, itens 16, 17 e 19 (Qualidade dos Fluidos);

- Após a Tempestade, Joanna de Ângelis/Divaldo Franco, Cap. 8 ‘Alucinógenos, Toxicomania e Loucura’;

- Missionários da Luz, André Luiz/Chico Xavier, Cap. 2 ‘A Epífise’;

- As Vidas de Chico Xavier, Marcel Souto Maior, Cap. ‘Chuva de Pétalas’.

https://www.youtube.com/watch?v=tlhErVZme5g - out/2023

O chá Ayahuasca pode causar a perda do equilíbrio mental e espiritual? (de 7:15min)

Recorte do pgm 167 Pinga-Fogo com Jorge Elarrat da Webradio Fraternidade

- Elarrat fala que abre as comportas da mediunidade, e a pessoa encontra sua própria história e também seus obsessores. Que conhece muitas pessoas que tomaram.

https://www.youtube.com/watch?v=V6w_B5XmPdA - Jul/2023 - #168 Pinga-Fogo com Jorge Elarrat. Recorte – (6:52 min) - O chá Ayahuasca é uma pratica que pode ser usada na Casa Espírita? - de Out/2023 - acessado em 17/09/2025

- Elarrat: existem práticas mediúnicas que não fazem parte das terapias do Espiritismo. Não é uma ferramenta espírita. No Espiritismo não se usa nenhuma prática externa para ampliação da mediunidade. Existem falas controversas sobre o chá. Parece ser um dilatador das percepções espirituais. Nem todos podem tomar. Quem usa remédios controlados não deve fazer uso desse chá. Kardec também desaconselha o desenvolvimento da mediunidade para quem tem problemas psicológicos/psiquiátricos.

https://youtu.be/3yEjb511t4c?si=fQouj7Mt4caKOJy5 - Qual a visão Espírita sobre religiões que se utilizam de chás, como o Santo Daime? Jorge Elarrat - (Pinga Fogo - nº 39, de Jan/2021 ) - 4:15min – acessado em 17/09/2025

https://www.youtube.com/watch?v=0wqA9Z_EJDI - A EXPERIÊNCIA PSICODÉLICA de CHICO XAVIER proporcionada pelo seu MENTOR Emmanuel! (13:36min) – de Ago/2022

(aos 8min o vídeo fala da experiência do Chico, relatada na biografia do Chico pelo Souto Maior). (Acessado em 17/09/2025)

- canal Estrada Sem Fim. ==> muito bom esse vídeo!

- Foco: poder de colocar a pessoa em contato com seu deus interno.

Os xamãs e adeptos do chá dizem que os efeitos desagradáveis como vômitos, diarréia, taquicardia, náuseas, são limpeza espiritual, purificação.

Efeitos psicológicos: medo, paranoia, emersão de traumas e conflitos que a pessoa pode não estar preparada para lidar com isso sozinha.

Obs.: Cita a morte do filho do ator Nizo Neto.

Material: - vídeo do Jorge Elarrat, do Pinga Fogo (enviar previamente no grupo whatsApp): https://youtu.be/3yEjb511t4c?si=fQouj7Mt4caKOJy5 - Qual a visão Espírita sobre religiões que se utilizam de chás, como o Santo Daime? (Pinga Fogo - nº 39 ) - 4:15min.

Roteiro do encontro:

1. Hora da novidade, exercícios de respiração lenta e profunda, e prece inicial.

2. Motivação Inicial:

Falar que o tema de hoje se refere ao uso do chá Ayahuasca, que muitas pessoas adultas vem utilizando atualmente, e que foi pedido para ser estudado aqui, sob a ótica espírita.

Reflexão inicial com o grupo:

- Vocês já tinham ouvido falar no uso desse chá? ==> deixar que falem o que sabem do assunto.

- Porque será que as pessoas buscam o uso desse chá? O que será que procuram? - discussão 2-a-2, por 2 min, e depois pedir que digam o que discutiram.

3.Desenvolvimento

- De que é feito o ayahuasca?

De uma infusão derivada de duas plantas: folhas de chacrona (Psychotria viridis) e casca do cipó mariri (Banisteriopsis caapi).

- Perguntar quem assistiu ao vídeo do Elarrat, falando sobre o ayahuasca, passado no grupo.

==> pedir que quem assistiu, diga o que entendeu da fala do Jorge Elarrat.

Resumo do vídeo:

Não parece ser um alucinógeno pois são vivenciadas experiências que não são alucinações. Isso porque algumas dessas experiências mostram que quando quem coordena conclui a experiência, o efeito acaba imediatamente. Algumas pessoas que vivenciaram essas experiências têm tido modificações interessantes em suas vidas.

Cita o caso de um amigo, Luiz Marques de uma ONG de Porto Velho/RO, que realiza essa experiência com pessoas que cumprem penas (apenados) e ao tomarem o chá, elas entram em contato com as suas vítimas e ao fim da experiência dizem que nunca mais vão matar pois as vítimas permanecem vivas!

Parece que essas substâncias abrem as comportas da mediunidade. Como se abrissem as janelas da alma. A pessoa então, vivencia uma série de experiências que não teria caso não tomassem o chá.

Para algumas pessoas, é uma prática interessante que dá certo e acaba ajudando a pessoa a fazer o encontro com si mesma podendo então, se modificar.

Na DE não se utiliza nenhuma substância material para o exercício da mediunidade.

Tem mais 2 outros vídeos do Elarrat, nesse mesmo programa do Pinga-Fogo, os de nr 168 e 167, onde ele fala que esse chá abre as comportas da mediunidade, e a pessoa encontra sua própria história e também seus obsessores. Que conhece muitas pessoas que tomaram e que mudaram sua forma de ver e viver a vida.

Reforça que nem todos podem tomar. Quem usa remédios controlados não deve fazer uso desse chá. E que Kardec também desaconselha o desenvolvimento da mediunidade para quem tem problemas psicológicos/psiquiátricos.

Fala também que muitas outras religiões, filosofias, fazem uso de práticas mediúnicas, e que devemos respeitar. Mas a DE vê a mediunidade como uma prática natural, e não usa nada externo para a prática mediúnica.

- E o que a ciência, os médicos e pesquisadores falam sobre o uso desse chá?

==> eu vi um artigo de Abr/2025, que traz falas de médicos e psiquiatras, que estão testando o uso do chá no tratamento de doenças como a depressão. Mas ainda sem conclusões:

https://saude.abril.com.br/medicina/ayahuasca-o-que-e-e-como-age-o-cha-alucinogeno-usado-em-rituais/ - de 8 abr 2025 (acessado em 17/09/2025).

- Recentemente (mar/2024), a Cooperação Interdisciplinar para Pesquisa e Divulgação da Ayahuasca (Icaro, na sigla em inglês), grupo de estudos da Unicamp, lançou o livro Visões Multidisciplinares da Ayahuasca, explicando a relação da planta com a natureza e as ciências humanas, suas implicações na saúde mental e as investigações em pesquisas experimentais.

Isso é prova de que entender mais sobre essa milenar bebida está na mira da comunidade científica.

- O que de fato é ciência é que essa bebida tem fortes componentes psicodélicos. Em algumas pesquisas iniciais, o uso de microdoses controladas já mostrou potenciais ações para o tratamento de depressão.e dependência química. Mas seu uso indiscriminado pode levar à problemas de saúde.

Importante lembrar que esses chás não tem um controle de qualidade nem modo de preparo único, cada religião faz de uma forma. Então você nunca sabe qual o teor exato ou a concentração dos princípios ativos”, pondera o professor João Ernesto de Carvalho, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Pelas consultas que fiz, nesses artigos com entrevistas do pessoal da área de saúde (que são materialistas):

Ayahuasca:

- tradicional nas tribos da Amazônia (para transcendência);

- mistura de duas ervas: o cipó mariri e as folhas de chacrona;

- ação direta no sistema nervoso central;

- efeito psicotrópico semelhante ao LSD (produzindo alucinações visuais e auditivas) ==> aqui sabemos que muitas dessas alucinações, são, na realidade, contato com Espíritos, e acesso a informações do subconsciente, como vimos com os relatos do Elarrat.

Preocupações Área de Saúde:

- falta da padronização da bebida (quantidade e o tipo de ervas usadas: “A diferença entre o veneno e o remédio é a dose")

- forma de armazenamento e conservação

Riscos à saúde para quem tem:

- depressão (mesmo princípio ativo: efeito potencializado) ==> vimos na entrevista do site de saúde que: microdoses controladas já mostrou potenciais ações para o tratamento de depressão (que não respondia aos remédios). e dependência química

- cardiopatias (Arritmia cardíaca)

- Renais crônicos e diabéticos

- doenças neurológicas (da pessoa nem de familiares diretos)

==> epilepsia (convulsões)

==> paranoia e esquizofrenia (pode surtar ao tomar o chá)

==> febre, espasmos musculares, ansiedade e delírios

Associação Brasileira de Psiquiatria - Alguns efeitos físicos já detectados:

- passam mal, vomitam, podem ter parada cardiorrespiratória

- transtorno de percepção persistente ou flashback (A médica conta que já presenciou casos assim no hospital. "Pacientes que chegam com sintomas semelhantes a um AVC, alucinando e quando vamos ver o histórico lá atrás, descobrimos [o consumo da ayahuasca]"

- E a legislação? O que fala sobre isso? Precisa ter legislação?

==> sim! Pois isso é uma substância que oficialmente a ciência ainda não tem posições definidas.

==> No Brasil, o seu uso em rituais religiosos foi oficialmente regulamentado em 25 de janeiro de 2010 pelo Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas (Conad), do Governo Federal.

Essa regulamentação estabelece diversas normas para que haja um consumo responsável do chá, e não é permitida a comercialização para uso doméstico ou individual.

(Leia mais em: https://saude.abril.com.br/medicina/ayahuasca-o-que-e-e-como-age-o-cha-alucinogeno-usado-em-rituais/)

==> o foco da legislação é permitir dentro do contexto religioso, o que está em nossa consitutição: liberdade de fé;

==> praticante de tudo participa com a convicção de que pratica ato de fé e não de comércio. Daí decorre que o plantio, o preparo e a ministração com o fim de auferir lucro é incompatível com o uso religioso.

- Na biografia do Chico Xavier, temos um relato bem interessante: ==> contar!

Trecho do Livro As Vidas de Chico Xavier, Cap. ‘Chuva de Pétalas’

Chico passava por diversos problemas.

Em outubro de 1958, Chico tomou uma decisão surpreendente: iria experimentar o ácido lisérgico.

Perguntou a Emmanuel se ele poderia fazer a experiência com amigos de Belo Horizonte. O guia se ofereceu para promover a "viagem". À noite, Chico se sentiu fora do corpo, Emmanuel se aproximou dele, colocou uma bebida branca num copo e explicou: era um alcalóide capaz de produzir o mesmo efeito do LSD. Chico engoliu a bebida, um tanto amarga, e começou a se sentir mal, como se estivesse entrando num pesadelo. Animais monstruosos se aproximavam e cenas assustadoras desfilavam diante de seus olhos. Ele acordou com mal-estar. O sol parecia uma fogueira e o irritava, as pessoas o cercavam, desfiguradas. À noite, Emmanuel reapareceu com a lição psicodélica: o alcalóide refletia seu estado mental. Chico quis saber como recuperar a tranquilidade e escapar da ressaca. Receita: oração, silêncio e caridade, para colher vibrações positivas. Chico seguiu as dicas à risca. Começou a visitar doentes pobres, a atrair bons fluidos e, durante cinco dias, trabalhou para se refazer. No sexto dia ele se sentiu melhor. À noite, Emmanuel voltou e propôs repetir a experiência com o mesmo alcalóide. Mesmo desconfiado, o discípulo concordou. O efeito foi surpreendente: alegria profunda. Teve sonhos maravilhosos, visitou uma Cidade de cristal, olhou para o céu como se ele fosse de vidro. Até a Fazenda Modelo ficou deslumbrante. Os livros pareciam encadernados por safiras e ametistas, luzes saíam do corpo dos companheiros, das plantas e dos animais. Chico sentiu vontade de abraçar todo mundo. Ficou assim, em êxtase, quatro dias seguidos, em estado de alegria descontrolada, insuportável. Emmanuel apareceu com as explicações: - Você está vendo seu próprio mundo íntimo fora de você. Moral da história:

Nós estamos aqui para cumprir obrigações, não para gozar um céu imaginário nem para fantasiar um inferno que devemos evitar.

Obs.: ácido lisérgico é o LSD.

Qual subsídio espírita doutrinário podemos associar a essa questão?

- qual a diferença que vemos no relato que o Elarrat fez, daquela ONG de Porto Velho/RO, e as vivências que ouvimos falar de quem toma o chá em rituais em alguns grupos aqui nas cidades, que tem visões, passam mal e às vezes até vão parar em hospitais? ==> o objetivo!!!! Se o objetivo de quem patrocina o ritual é do bem ou é só comercial, visando lucros!

==> vemos na experiência citada pelo Elarrat, ele traz como fator principal, o comando da pessoa que coordena a experiência. Ele não comentou, mas podemos perceber que existe uma equipe espiritual que está acompanhando esse coordenador na experiência pois os participantes que tomam o chá são presidiários, criminosos. Essa equipe espiritual é que traz os Espíritos das vítimas para o contato mediúnico com seus assassinos.

- o chá deve favorecer o desdobramento da pessoa, que passa a interagir com o Espíritos.

- O que nos ensina a DE?

==> nas ações do bem, temos a assistência dos Bons Espíritos;

==> qualidade dos fluidos: pensamento e vontade dos Bons Espíritos manipulam os fluidos e podem mudar as propriedades das substâncias. (A Gênese, Cap. XIV, itens 16, 17, 19 e 20)

Quando se diz que um médico opera a cura de um doente, por meio de boas palavras, enuncia-se uma verdade absoluta, pois que um pensamento bondoso traz consigo fluidos reparadores que atuam sobre o físico, tanto quanto sobre o moral.” (A Gênese, Cap. XIV, item 20)

Reflexão: será que em todos os lugares onde se usa o chá, existe a proteção espiritual?

==> e quando esse transe mediúnico acontece num grupo onde as pessoas pagam para ter a experiência, e não tem qualquer vínculo com o grupo?

==> Como tratar essa ação dos Espíritos junto aos que tomaram o chá?

==> Será que existe uma equipe espiritual de Bons Espíritos cuidando da presença de Espíritos no local?

O que a DE nos diz sobre a atuação dos Espíritos?

Na perg 459 do LE, vemos que os Espíritos nos influenciam e frequentemente, nos dirigem. E no LM, temos a orientação que para afastar os maus Espíritos, é preciso nos aproximarmos dos Bons Espíritos. E pra isso, é preciso nossa reforma íntima, nossa moral, nosso esforço em controlar nossas más tendências.

O Livro dos Médiuns, Cap. IX, item 132, perg. 13ª

Haverá meios de os expulsar?

Há; porém, as mais das vezes o que fazem, para isso, os atrai, em vez de os afastar. O melhor meio de expulsar os maus Espíritos consiste em atrair os bons. Atraí, pois, os bons Espíritos, praticando todo o bem que puderdes, e os maus desaparecerão, visto que o bem e o mal são incompatíveis. Sede sempre bons e somente bons Espíritos tereis junto de vós.”

Para reflexão:

==> qual será a diferença entre o uso do chá nas tribos da amazônia e nos diversos grupos nas grandes cidades do país? Eles não tinham efeitos colaterais lá?

==> os índios tomam o chá dentro do ritual religioso deles, na busca da espiritualização, com um pajé, que é um médium, que conhece as ervas, o preparo, o chá, e sabe lidar com o que aparece. Tem autoridade moral. Está num ato religioso de fé.

==> a DE nos ensina que o poder de cura, de manipulação dos fluidos, das substâncias, é natural aos Espíritos: pensamento e vontade podem mudar as propriedades das substâncias. (A Gênese, O Livro dos Médiuns).

==> As tribos deviam ter essa assistência espiritual, cuidando dos índios.

4. Conclusão

==> Tomar um chá é um esforço em controlar nossas más tendências?

==> Não existe mágica no processo da evolução. É a porta estreita como no ensino de Jesus. É esforço diário; nos autoconhecer para manter nossas más inclinações sob controle.

==> Hoje nós espíritas, temos outros recursos que os índios não tinham/tem: a mediunidade consciente, os processos de autoconhecimento, como orientou Santo Agostinho na perg. 919 do LE, e em toda a série psicológica de Joanna de Ângelis;

==> importante frisar que devemos respeitar todos os grupos religiosos e seus rituais. É uma questão de fé, de busca de espiritualização das pessoas.

Joanna tem um capítulo no seu livro Após a Tempestade, Cap. 8 ’Alucinógenos, Toxicomania e Loucura’ (de 1974), onde ela fala das drogas de modo geral, mas traz um parágrafo sobre esses chás. Sobre o uso frequente desse tipo de substâncias, ela fala:

Fixando-se nas estruturas mui sutis do perispírito, em processo vigoroso, os estupefacientes desagregam a personalidade, porquanto produzem na memória anterior a liberação do subconsciente que invade a consciência atual com as imagens torpes e deletérias das vidas pregressas, que a misericórdia da reencarnação faz jazer adormecidas...”

E especificamente sobre os rituais indígenas, ela fala:

Faz-se a apologia de uns alucinógenos em detrimento de outros e explica-se que povos primitivos de ontem e remanescentes de hoje utilizavam-se e usam alguns vegetais portadores de estimulantes para experiências paranormais de incursão no mundo espiritual, olvidando-se que o exercício psíquico pela concentração consciente, meditação profunda e prece conduz a resultados superiores, sem as consequências danosas dos recursos alucinatórios.

(estupefacientes – entorpecentes, alucinógenos)

5. Comentários do Cap. 21 do livro Céu Azul.

6. Exercício de respiração profunda e pausada, prece final e passes coletivos.

7. Avaliação

Encontro com 5 jovens sendo que 2 jovens não tinham ouvido falar do chá. Todo o conteúdo foi abordado como roda de conversas. Trouxeram experiências do uso com familiares, relatando os diferentes efeitos nas diferentes vezes que usaram; interessante que para cada efeito relatado fui fazendo as conexões com fenômenos anímicos e/ou mediúnicos. Falamos também da pineal e a mediunidade, pois um dos jovens perguntou.

Falamos no fim sobre o Cap. 21 do livro Céu Azul.

8. Anexos

Subsídios Teóricos:

O Livro dos Médiuns, Cap. VIII ‘Laboratório do Mundo Invisível’

Item 128

11.ª. Suponhamos, então, que quisesse fazer uma substância venenosa. Se uma pessoa a ingerisse, ficaria envenenada? “Teria podido, mas não faria, por não lhe ser isso permitido.”

12.ª. Poderá fazer uma substância salutar e própria para curar uma enfermidade? E já se terá apresentado algum caso destes? “Já, muitas vezes.”

Item 129

Pode igualmente, pela ação da sua vontade, operar na matéria elementar uma transformação íntima, que lhe confira determinadas propriedades. Esta faculdade é inerente à natureza do Espírito, que muitas vezes a exerce de modo instintivo, quando necessário, sem disso se aperceber.”

Item 130

A existência de uma matéria elementar única está hoje quase geralmente admitida pela ciência, e os Espíritos, como se acaba de ver, a confirmam. Todos os corpos da natureza nascem dessa matéria que, pelas transformações por que passa, também produz as diversas propriedades desses mesmos corpos. Daí vem que uma substância salutar pode, por efeito de simples modificação, tornar-se venenosa, fato de que a química nos oferece numerosos exemplos.”

Pois que ao Espírito é possível tão grande ação sobre a matéria elementar, concebe-se que lhe seja dado não só formar substâncias, mas também modificar-lhes as propriedades, fazendo para isto a sua vontade o efeito de reativo.”

Item 131

Ora, desde que ele (o Espírito) pode operar uma modificação nas propriedades da água, pode também produzir um fenômeno análogo com os fluidos do organismo, donde o efeito curativo da ação magnética, convenientemente dirigida.”

A vontade é atributo essencial do Espírito, isto é, do ser pensante. Com o auxílio dessa alavanca, ele atua sobre a matéria elementar e, por uma ação consecutiva, reage sobre seus compostos, cujas propriedades íntimas vêm assim a ficar transformadas.”

O Livro dos Médiuns, Cap. XXIII, Da Obsessão, item 252

Ressalta do que fica dito um ensinamento de grande alcance: que as imperfeições morais dão azo à ação dos Espíritos obsessores e que o mais seguro meio de a pessoa se livrar deles é atrair os bons pela prática do bem. Sem dúvida, os bons Espíritos têm mais poder do que os maus, e a vontade deles basta para afastar estes últimos; eles, porém, só assistem os que os secundam pelos esforços que fazem por melhorar-se, sem o que se afastam e deixam o campo livre aos maus, que se tornam assim, em certos casos, instrumentos de punição, visto que os bons permitem que ajam para esse fim.

Trechos de Após a Tempestade, Cap. 8 ’Alucinógenos, Toxicomania e Loucura’ (de 1974)

Dentre os gravames infelizes que desorganizam a economia social e moral da Terra atual, as drogas alucinógenas ocupam lugar de destaque, em considerando a facilidade com que dominam as gerações novas, estrangulando as esperanças humanas em relação ao futuro. (...)

Mais preocupado com o corpo do que com o espírito, o homem moderno deixou-se engolfar pela comodidade e prazer, deparando, inesperadamente, o vazio interior que lhe resulta amarga decepção, após as secundárias conquistas externas.

Acostumado às sensações fortes, passou a experimentar dificuldade para adaptar-se às sutilezas da percepção psíquica, do que resultariam aquisições relevantes promotoras de plenitude íntima e realização transcendente. (...)

As mentes jovens despreparadas para as realidades da guerra que estruge em todo lugar, nos países distantes e nas praias próximas, como nos intrincados domínios do lar onde grassam a violência, o desrespeito, o desamor arrojam-se, voluptuosas, insaciáveis, ao prazer fugidio, à dita de um minuto em detrimento, afirmam, da angustiosa expectativa de morada de uma felicidade que talvez não fruam...

Fixando-se nas estruturas mui sutis do perispírito, em processo vigoroso, os estupefacientes desagregam a personalidade, porquanto produzem na memória anterior a liberação do subconsciente que invade a consciência atual com as imagens torpes e deletérias das vidas pregressas, que a misericórdia da reencarnação faz jazer adormecidas... De incursão em incursão no conturbado mundo interior, desorganizam-se os comandos da consciência, arrojando o viciado nos lôbregos alçapões da loucura que os absorve, desarticulando os centros do equilíbrio, da saúde, da vontade, sem possibilidade reversiva, pela dependência que o próprio organismo físico e mental passa a sofrer, irresistivelmente...

Faz-se a apologia de uns alucinógenos em detrimento de outros e explica-se que povos primitivos de ontem e remanescentes de hoje utilizavam-se e usam alguns vegetais portadores de estimulantes para experiências paranormais de incursão no mundo espiritual, olvidando-se que o exercício psíquico pela concentração consciente, meditação profunda e prece conduz a resultados superiores, sem as consequências danosas dos recursos alucinatórios.

A quase totalidade que busca desenvolver a percepção extra sensorial, através da usança do estupefaciente, encontra em si mesmo o substractum do passado espiritual que se transforma em fantasmas, cujas reminiscências assomam e persistem, passada a experiência, impondo-se a pouco e pouco, colimando na desarmonização mental do neófito irresponsável. Vale, ainda, recordar que, adversários desencarnados, que se demoram à espreita das suas vítimas, utilizam-se dos sonhos e viagens para surgirem na mente do viciado, no aspeto perverso em que se encontram, causando pavor e fixando matrizes psíquicas para as futuras obsessões em que se repletarão emocionalmente, famelgas da infelicidade em que se transformam.

A educação moral à luz do Evangelho sem disfarces nem distorções; a conscientização espiritual sem alardes; a liberdade e a orientação com bases na responsabilidade; as disciplinas morais desde cedo; a vigilância carinhosa dos pais e mestres cautelosos; a assistência social e médica em contribuição fraternal constituem antídotos eficazes para o aberrante problema dos tóxicos — autoflagelo que a Humanidade está sofrendo, por haver trocado os valores reais do amor e da verdade pelos comportamentos irrelevantes quão insensatos da frivolidade.

Glossário:

gravames – pesos, cargas. Estruge - de estrugir: atordoar; ranger. Grassam – de grassar: alastrar-se; desenvolver-se; difundir-se; propagar-se (doença). Arrojam – lançam-se, atiram-se. Estupefacientes – entorpecentes. Torpes - que contrariam ou ferem os bons costumes, a decência, a moral; que revelam caráter vil; ignóbil, indecoroso, infame; que causam repulsa; asquerosos, nojentos. Deletéria - que corrompe ou destrói; danoso, funesto, prejudicial; nocivo à saúde; insalubre, malsão, molesto, venenoso, danoso, maléfico, pernicioso. Pregressas – anteriores. Lôbregos - em que há pouca ou nenhuma claridade; escuro, sombrio; de aspecto soturno; funesto, lúgubre. Alçapões - espécie de porta praticada no soalho; porta corrediça que fecha de cima para baixo. Olvidando – esquecendo. Substractum – termo em latim que significa: essência, natureza íntima; o que resta após uma transformação; resíduo, resto. Famelga - pessoa magra que parece ter fome.

Missionários da Luz, André Luiz/Chico Xavier, Cap. 2 ‘A Epífise’

Estamos notando as singularidades do corpo perispiritual. Pode reconhecer, agora, que todo centro glandular é uma potência elétrica. No exercício mediúnico de qualquer modalidade, a epífise desempenha o papel mais importante. Através de suas forças equilibradas, a mente humana intensifica o poder de emissão e recepção de raios peculiares à nossa esfera. É nela, na epífise, que reside o sentido novo dos homens; entretanto, na grande maioria deles, a potência divina dorme embrionária.”

Notícias sobre o assunto:

https://extra.globo.com/famosos/noticia/2025/03/nizo-neto-revela-que-ainda-recebe-relatos-como-o-que-levou-a-morte-do-filho-ha-nove-anos-toda-semana.ghtml – acessado em 17/09/2025

Nizo Neto: Ator, comediante, dublador, ilusionista, redator, radialista e escritor brasileiro. É filho do humorista Chico Anysio.

(O filho, Rian Brito foi encontrado morto em 2016 na Praia de Quissamã, no Rio de Janeiro,. Existem diversos vídeos no youtube onde Nizo Neto relata o que aconteceu com o filho.

https://www.sec.unicamp.br/audio_listing/visoes-multidisciplinares-da-ayahuasca/ - Mar/2024: (acessado em 18/09/2025)

VISÕES MULTIDISCIPLINARES DA AYAHUASCA

Neste volume, a equipe do Icaro, Interdisciplinary Cooperation for Ayahuasca Research and Outreach (Cooperação Interdisciplinar para Pesquisa e Extensão da Ayahuasca), originária da Unicamp, explora o universo da ayahuasca em três abordagens principais: a relação da planta com a natureza e as ciências humanas, suas implicações na saúde mental e as investigações em pesquisas experimentais. A obra analisa desde aspectos botânicos e antropológicos até seu impacto no tratamento de transtornos mentais, seus efeitos fisiológicos e questões metodológicas. Com a colaboração de diversos especialistas, o livro aborda estudos de comunicação, psicanálise, neurociência e mais, oferecendo uma visão ampla e multidisciplinar sobre essa bebida tradicional e sua relevância na ciência moderna. Organizadores: Lucas Oliveira Maia é bacharel em Ciências Biológicas, mestre em Psicofarmacologia pela Unifesp e doutor em Saúde Mental pela Unicamp. Investiga usos terapêuticos de psicodélicos para transtornos psiquiátricos. Camila Dias é formada em Ciências Biológicas e Pedagogia, mestre em Ciências Farmacêuticas pela Unicamp. Estuda a botânica da ayahuasca. Luis Felipe Valêncio graduou-se em Ciências Biológicas, é mestre em Psicologia e Saúde pela Famerp e doutorando em Saúde Coletiva pela Unicamp. Pesquisa os usos terapêuticos e ritualísticos de psicodélicos, com enfoque em bioética. Luís Fernando Tófoli é médico psiquiatra, doutor em Psiquiatria pela USP e professor do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp. Estuda os usos e efeitos da ayahuasca e de outros psicodélicos.

https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2022/11/18/ayahuasca-conheca-os-riscos-de-consumo-do-cha.htm - - Ayahuasca: remédio ou droga? Conheça os riscos do consumo do chá… (Acessado em 17/09/2025)

Santo Daime

https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/horoscopo/conheca-tudo-sobre-o-santo-daime-ritual-cha-ayahuasca-e-oracoes,f6df0ad2636c0fff35fa3cb9a9f5ff54h2g2bst5.html#:~:text=Santo%20Daime%20%C3%A9%20um%20ritual,o%20ch%C3%A1%20na%20Amaz%C3%B4nia%20boliviana. ==> De Dez/2020. (Acessado em 17/09/25)

Santo Daime é uma doutrina Amazônica fundada por Raimundo Irineu Serra, em Brasiléia, no Acre, em 1920. Os primeiros cultos públicos só aconteceram 10 anos após a fundação, em uma cidade próxima a Rio Branco-AC.

Hoje é bastante conhecido por seu chá ritualístico, o ayahuasca.

https://www.youtube.com/watch?v=-bYPD9BkIGM - Ayahuasca e a Ciência – 25min, de 2018 – Canal: Ayahuasca Portal. (Acessado em 17/09/2025)

Dr. Tiago Arruda Sanchez - Neurocientista - Depoimento sobre Ayahuasca

Depoimento na íntegra sobre as últimas pesquisas da neurociência com a Ayahuasca.

Dr. Tiago é Neurocientista, pesquisador, professor da UFRJ e trabalha com Ressonância Magnética.

Resolução CONAD 01/2010

https://www.gov.br/mj/pt-br/assuntos/sua-protecao/politicas-sobre-drogas/subcapas-senad/conad/atos-do-conad-1/2010/11___resolucao_n__01_2010___conad.pdf – Diário Oficial da União (acessado em 18/09/2025)

IV.I - USO RELIGIOSO DA AYAHUASCA

22. Ao longo de décadas o uso ritualístico da Ayahuasca - bebida extraída da decocção do cipó Banisteriopsis caapi (jagube, mariri etc.) e da folha Psychotria viridis (chacrona, rainha etc.) - tem sido reconhecido pela sociedade brasileira como prática religiosa legítima, de sorte que são mais do que atuais as conclusões de relatórios e pareceres decorrentes de estudos multidisciplinares determinados pelo antigo CONFEN, desde 1985, que constatavam que "há muitas décadas o uso da Ayahuasca vem sendo feito, sem que tenha redundado em qualquer prejuízo social conhecido"

23. A correta identificação do que é uso religioso, segundo os conceitos e práticas ditadas, a partir das próprias entidades que fazem uso da Ayahuasca, permitirá assegurar a proteção da liberdade de crença prevista na Constituição Federal. Considerando a ocorrência de registros de uso não religioso da Ayahuasca, sua identificação possibilitará prevenir práticas que não se amoldam à proteção constitucional.

24. Trata-se, pois, de ratificar a legitimidade do uso religioso da Ayahuasca como rica e ancestral manifestação cultural que, exatamente pela relevância de seu valor histórico, antropológico e social, é credora da proteção do Estado, nos termos do art. 2o, "caput", da Lei 11.343/06 (6). e do art. 215, §1º, da CF. Devem-se evitar práticas que possam pôr em risco a legitimidade do uso religioso tradicionalmente reconhecido e protegido pelo Estado brasileiro, incluindo-se aí o uso da Ayahuasca associado a substâncias psicoativas ilícitas ou fora do ambiente ritualístico.

IV.II - COMERCIALIZAÇÃO

25. O GMT reconhece o caráter religioso de todos os atos que envolvem a Ayahuasca, desde a coleta das plantas e seu preparo, até seu armazenamento e ministração, de modo que seu praticante de tudo participa com a convicção de que pratica ato de fé e não de comércio. Daí decorre que o plantio, o preparo e a ministração com o fim de auferir lucro é incompatível com o uso religioso que as entidades reconhecem como legítimo e responsável.

26. Quem vende Ayahuasca não pratica ato de fé, mas de comércio, o que contradiz e avilta a legitimidade do uso tradicional consagrado pelas entidades religiosas.

27. A vedação da comercialização da Ayahuasca não se confunde com seu custeio, com pagamento das despesas que envolvem a coleta das plantas, seu transporte e o preparo. Tais custos de manutenção, conforme seja o seu modo de organização estatutária, são suportados pela comunidade usuária…

IV.IV - TURISMO

31. Turismo, como atividade comercial, deve ser evitado pelas entidades, que por se constituírem em instituições religiosas, não devem se orientar pela obtenção de lucro, principalmente decorrente da exploração dos efeitos da bebida.

IV.V - DIFUSÃO DAS INFORMAÇÕES

33. A publicidade da Ayahuasca também tem sido motivo de deturpações e abusos, notadamente na Internet. Observa-se, principalmente neste meio de comunicação, o oferecimento de toda espécie de cursos e oficinas remuneradas, cujo elemento central é o uso da Ayahuasca associado a promessas de experiências transformadoras descomprometidas com o ritual religioso.

34. A partir das experiências das entidades e de suas práticas rituais, verifica-se que o uso ritual responsável é incompatível com a publicidade e a oferta de promessas de curas milagrosas, de transformações pessoais arrebatadoras e com a indução das pessoas a acreditarem que a Ayahuasca é o remédio para todos os males. É consenso no GMT que quem faz uso religioso responsável não divulga informações que possam induzir as pessoas a terem uma imagem fantasiosa da Ayahuasca e trata do tema com discrição, sem fazer alardes dos efeitos da substância.

IV.VI - USO TERAPÊUTICO

35. Para fins deste relatório "terapia" é compreendida como atividade ou processo destinado à cura, manutenção ou desenvolvimento da saúde, que leve em conta princípios éticos científicos.

36. Tradicionalmente, algumas linhas possuem trabalhos de cura em que se faz uso da Ayahuasca, inseridos dentro do contexto da fé. (…) Em outra condição se encontram aqueles que se utilizam da bebida fora do contexto religioso. Isto nada tem que ver com uso religioso, e tal prática não está reconhecida como legítima pelo CONAD, que se limitou a autorizar o uso da substância em rituais religiosos.

37. A utilização terapêutica da Ayahuasca em atividade privativa de profissão regulamentada por lei dependerá da habilitação profissional e respaldo em pesquisas científicas, pois de outra forma haverá exercício ilegal de profissão ou prática profissional temerária.

38. Qualquer prática que implique utilização de Ayahuasca com fins estritamente terapêuticos, quer seja da substância exclusivamente, quer seja de sua associação com outras substâncias ou práticas terapêuticas, deve ser vedada, até que se comprove sua eficiência por meio de pesquisas científicas realizadas por centros de pesquisa vinculados a instituições acadêmicas, obedecendo às metodologias científicas. Desse modo, o reconhecimento da legitimidade do uso terapêutico da Ayahuasca somente se dará após a conclusão de pesquisas que a comprovem.

IV.VI - ORGANIZAÇÃO DAS ENTIDADES

40. O crescimento do uso da Ayahuasca e a facilidade com que se pode comprar a bebida de pessoas que a produzem sem compromisso com a fé têm levado ao surgimento de novas entidades, que não possuem experiência no lidar com a bebida e seus efeitos, assim como fazem mau uso da Ayahuasca, associando-a a práticas que nada têm a ver com religião. O uso ritual caracterizado pela busca de uma identidade religiosa se diferencia do uso meramente recreativo.

41. O uso religioso responsável da Ayahuasca pressupõe a presença de pessoas experientes, que saibam lidar com os diversos aspectos que envolvem essa prática, a saber: capacidade de identificar as espécies vegetais e de preparar a bebida, reconhecer o momento adequado de servi-la, discernir as pessoas a quem não se recomenda o uso, além de todos os aspectos ligados ao uso ritualístico, conforme sua orientação espiritual.

IV.VII - PROCEDIMENTOS DE RECEPÇÃO DE NOVOS ADEPTOS

43. Além dos princípios inerentes a cada uma das linhas doutrinárias na recepção de novos membros, é razoável e prudente que ao se ministrar a Ayahuasca seja levado em conta o relato de alterações mentais anteriores, o estado emocional no momento do uso e que eles não estejam sob efeito de álcool ou outras substâncias psicoativas.

44. Antes de ingerir pela primeira vez, o interessado deve ser informado acerca de todas as condições que se exigem para o uso da Ayahuasca, conforme a orientação de cada entidade. Uma entrevista prévia, oral ou escrita, deve ser realizada no sentido de averiguar as condições do interessado e a ele devem ser dados os esclarecimentos necessários acerca dos efeitos naturais da bebida.

IV.VIII - USO DA AYAHUASCA POR MENORES E GRÁVIDAS

46. Tendo em vista a inexistência de suficientes evidências científicas e levando em conta a utilização secular da Ayahuasca, que não demonstrou efeitos danosos à saúde, e os termos da Resolução nº 05/04, do CONAD, o uso da Ayahuasca por menores de 18 (dezoito) anos deve permanecer como objeto de deliberação dos pais ou responsáveis, no adequado exercício do poder familiar (art. 1634 do CC); e quanto às grávidas, cabe a elas a responsabilidade pela medida de tal participação, atendendo, permanentemente, a preservação do desenvolvimento e da estruturação da personalidade do menor e do nascituro.

V - CONCLUSÃO:

b. Considerando que o GMT, após diversas discussões e análises, onde prevaleceu o confronto e o pluralismo de ideias, considerou como uso inadequado da Ayahuasca a prática do comércio, a exploração turística da bebida, o uso associado a substâncias psicoativas ilícitas, o uso fora de rituais religiosos, a atividade terapêutica privativa de profissão regulamentada por lei sem respaldo de pesquisas cientificas, o curandeirismo, a propaganda, e outras práticas que possam colocar em risco a saúde física e mental dos indivíduos;

PROPOSIÇÕES:

1. QUANTO ÀS PESQUISAS DO USO TERAPÊUTICO DA AYAHUASCA EM CARÁTER EXPERIMENTAL :

a. Devem-se fomentar pesquisas científicas abrangendo as seguintes áreas: farmacologia, bioquímica, clínica, psicologia, antropologia e sociologia, incentivando a multidisciplinaridade;

b. Sugere-se ao CONAD que promova e financie, a partir de 2007, pesquisas relacionadas com o uso e efeitos da Ayahuasca.


Nenhum comentário:

Postar um comentário