Casa Espírita Missionários da Luz
DIJ – Mocidade > 14 anos – 01/12/2023
Tema: Ele Veio
Objetivos:
Refletir sobre o significado da vinda de Jesus até nós;
Perceber a humanidade de Jesus em sua vivência entre nós.
Bibliografia:
- O Livro dos Espíritos, perg. 625 (Jesus, guia e modelo);
- Ev.Seg.Espiritismo, Cap. II - Item 2 ‘O meu reino não é deste mundo’;
- Jesus e o Evangelho à luz da Psicologia Profunda, Joanna de Ângelis/Divaldo Franco, Cap ‘O Reino’;
- Em Torno do Mestre, (Vinicius) Pedro de Camargo, ‘Cristo nasceu? Onde? Quando?’.
https://www.youtube.com/watch?v=M-znTPRLEUc - A MAJEDOURA, O MONTE E A CRUZ - O QUE MAIS LHE CHAMA ATENÇÃO? | Alberto Almeida
Material: Bloco com folhinhas pequenas; canetas.
Procedimentos:
Hora da novidade, exercícios de respiração profunda e prece inicial.
Motivação inicial:
Estamos chegando ao Natal. O que essa época de Natal traz pra vocês? 2 minutos pra vocês pensarem, e depois anotarem na folha do bloquinho, a resposta.
Passados os 2 minutos, pedir que leiam o que anotaram.
Trabalhar com as respostas trazidas pelos jovens, acrescentando/reforçando as reflexões:
- Quem aqui tem a casa decorada nessa época? Como é a decoração? Vocês participam dessa arrumação?
- O que nos lembra o Natal? ==> o nascimento de Jesus?
Podemos ver na história de Jesus, três pontos principais: a manjedoura (que significa o nascimento), o sermão do monte (o ensino de Jesus) e a crucificação.
==> o que chama a atenção em cada ponto desses?
==> desses três pontos, com qual deles vocês mais se identificam?
Desenvolvimento:
- Fazer discussão em duplas, ou pedir que escrevam em outra folhinha as respostas (caso sejam poucos jovens).
==> A manjedoura, representa o nascimento de Jesus. Traz para a cristandade o sentimento de esperança pela vinda de Jesus até nós.
==> O sermão do monte é um resumo da doutrina de Jesus. Ele subiu a um monte para ficar mais elevado e falou à multidão. Começou com as bem aventuranças! Nesse dia glorioso, Jesus apresentou toda a sua doutrina, um roteiro para que pudéssemos viver no mundo, vencer o mundo e chegarmos à plenitude da comunhão com Deus.
==> A crucificação representa a retirada para a vitória da imortalidade.
A vinda de Jesus já tinha sido anunciada há séculos, por profetas, em diversos povos. Da mesma forma, como ele seria morto: como um cordeiro imolado.
Na época de Jesus, quem eram as pessoas, os grupos sociais mais importantes?
==> os romanos, pois o Império Romano dominou todo o mundo conhecido da época;
==> e no povo hebreu, existiam famílias ricas, poderosas, influentes.
- Porque Jesus escolheu nascer num povo escravo, e numa família simples, sem qualquer relevância social? ==> lição da humildade! Ele viveu tudo o que nos ensinou, mostrando que é possível! Mostrando como fazer!
O Evangelista João, 18:36, traz a afirmação de Jesus: ‘O meu reino não é deste mundo’.
==> O que Jesus quis dizer? Onde o reino?
Na visão da Psicologia Profunda, embora Ele se referisse às Esferas de onde procedia, o Seu Reino também eram as paisagens e regiões do sentimento, onde se pudessem estabelecer as bases da fraternidade, e o amor unisse todos os indivíduos como irmãos, conquista primordial para a travessia, pela ponte metafísica, do mundo terrestre para aquele que é de Deus e nos aguarda a todos. ” (Joanna de Ângelis)
==> Como Jesus via o mundo, a vida que vivemos aqui na Terra?
“Em momento nenhum levantou a Sua voz para maldizer o mundo, para condená-lo; antes propunha respeito e consideração pela sua estrutura conforme Ele próprio se comportava, comedido e afável.” (Joanna de Ângelis)
==> Jesus veio viver aqui, nas regras do mundo, sem se perder, sem perder o foco de sua realidade espiritual e sua missão aqui na Terra.
“Humanizado, Ele enfrentava os desafios e compreendia a sombra que pairava sobre o discernimento das pessoas, qual ainda ocorre na atualidade expressivamente.
A ignorância da realidade predomina nos jogos dos interesses servis, deixando sempre os seus áulicos profundamente frustrados por não encontrarem neles tudo quanto creem necessitar para estarem em harmonia.” (Joanna de Ângelis)
áulico ; 1. · cortesão, palaciano ; 2. · adulador, bajulador ; 3. · cortesão, palaciano.
==> Porque será que muitas pessoas que conviveram com Jesus, que ouviram suas propostas, não o seguiram?
“Não foram poucos os indivíduos que desejavam instalar aquele Reino por Ele anunciado no próprio coração. Fascinavam-se com a Sua eloquência, com a lógica da proposta libertadora e logo recuavam, ante um mas, que abria condição para optar pelos interesses das paixões a que estavam acostumados, iludindo-se quanto a improváveis possibilidades de retornarem ao Seu convívio.” (Joanna de Ângelis)
Joanna relaciona alguns exemplos:
- Jovem rico: queria seguir Jesus, MAS, naquele momento não podia…
- Um moço sintonizou com o chamado de Jesus, MAS, tinha que ir antes enterrar seu pai (interesse na herança)…
- 10 leprosos foram curados, MAS só um voltou pra agradecer e não se sabe se depois, também voltando aos antigos interesses…
- a multidão que o recebeu na entrada triunfal em Jerusalém, desapareceu nos primeiros sinais de lutas…
“O MAS, em relação a Jesus, é o predomínio da sombra que paira nessa demorada infância psicológica dos indivíduos como pessoas e das massas como agrupamentos.” (Joanna de Ângelis)
Exercício de fixação
Repassar no grupo Whatsapp da turma, o texto de Vinicius, sobre as diferentes perspectivas com relação ao nascimento de Jesus. (anexo)
Pedir que cada jovem leia um dos ‘testemunhos’ (de Paulo, Pedro, João Evangelista, Zaqueu, Tomé e Dimas)
==> explicar quem foi cada um desses personagens, e depois de cada explicação, pedir que o jovem leia novamente o trecho do ‘testemunho’ desse personagem.
Conclusão:
Importante para cada um de nós, saber quando e onde Jesus nasceu em nosso coração! E se descobrirmos que Jesus ainda não nasceu? Temos que correr para que Ele possa de fato, nascer em nossas vidas! Para que não nos deixemos levar pelos MAS que nos impedem de seguir o convite de Jesus.
Prece final
Avaliação:
Encontro com 7 jovens. Todos falaram da decoração da casa, que de modo geral, é a mãe quem conduz. Nenhum deles tem presépio na decoração. Com relação aos 3 marcos (nascto, sermão do monte e crucificação/ressurreição) não opinaram, pois nunca tinham pensado a respeito.
Houve interesse na discussão, e não chegamos a ver o texto de Vinicius (Pedro de Camargo). Sugeri lerem os livros de Amélia Rodrigues, para se aproximarem mais de Jesus.
8. Anexos:
Reflexões de Alberto Almeida no vídeo citado:
CRUZ – virou uma espécie de amuleto para a cristandade. Identificação com a dor. A Cruz fala da fé dos cristãos.
NATAL – Manjedoura – entra no cenário do mundo cristão, com carga emotiva com um toque de melancolia. O presépio foi feito pela primeira vez por Francisco de Assis. Traz mensagem de esperança, mas também uma melancolia; por ser época de fim do ano, olhamos para o ano que se finda, e vem uma tristeza pelas ocorrências passadas.
MONTE – evocamos o Sermão do Monte, onde Jesus proferiu a grande conferência da humanidade. As bem aventuranças. A síntese de toda a mensagem de Jesus. O Sermão está entre a manjedora e a cruz. O Evangelho Seg.Espiritismo, se baseia em quase todo seu conteúdo, no Sermão do Monte.
A Manjedoura é a iniciação da jornada.
Antes, teve a anunciação a Maria. Previamente anunciada por diversos profetas, em diversos povos.
Ele veio. Não nasce romano; não nasce na Grécia. Nasce num povo escravo. E nesse povo, sem nenhum prestígio social. Poderia ser filho de um rabino, um doutor da lei. Mas não. Veio como ficho de um carpinteiro e uma jovem.
Ao nascer na manjedoura, trouxe a mensagem da Humildade. Houve também a anunciação aos pastores que estavam no campo; que Jesus nascera. Glória a Deus nas alturas, Paz na Terra, boa vontade entre os homens.
LE perg. 625 – guia e modelo da humanidade.
O Sermão do Monte - A síntese de toda a mensagem de Jesus
Fala das bem aventuranças! Recursos dados por Jesus, para que possamos fazer nossa subida ao Monte.
A vida, o ensino de Jesus, particularmente, naqueles 3 anos de messianato.
Saber e viver! Jesus viveu os ensinos que trouxe. Um Homem tão extraordinário, que até hoje, algumas religiões o confundem com o próprio Deus. O Amor é a Sua mensagem. Como AMAR está nas bem aventuranças.
O Monte é viver! Representa toda a nossa trajetória de vida! Viver a mensagem! Um convite a experiência de ser amoroso um pouco mais, a cada dia!
Crucificação – O Grande Libertador
Já havia sido anunciado que ele seria o cordeiro que morreria assim… Davi, há mais de 400 anos, falara da crucificação. Davi falou desse tipo de assassinato antes dessa prática ter sido trazida pelos romanos… Jesus, se retirando na cruz, é a antítese do que esperava o povo judeu!
Jesus converteu a cruz em asas para o voo rumo à divindade que existe em nós. A mensagem de Jesus, é a de Paz! A caminho da cruz, consolou as mulheres que choravam, e consolou o ladrão que estava na cruz também.
Jesus reaparece, ressurge, sem uma palavra de crítica, de julgamento. Trazendo a mensagem de paz e vida!
A cruz é a culminância de uma vida amoroso! Se foi amando até o momento final na cruz.
Jesus, da anunciação, à manjedoura, ao monte, à cruz e o retorno, é um todo indissolúvel!
A morte não é importante! O importante é como viveu, pois a morte não existe!
Em Torno do Mestre, (Vinicius) Pedro de Camargo, ‘Cristo nasceu? Onde? Quando?’
Invoquemos, em abono de nossa asserção, o testemunho de algumas personagens que figuram na esfera cristã como astros de primeira grandeza.
Perguntemos a Paulo — onde e quando Jesus nasceu? Ele nos dirá: Foi na estrada de Damasco, quando eu, então intolerante e fanatizado por uma causa inglória, me vi envolvido na sua divina luz. Dali por diante — "já não sou eu mais quem vive, mas o Cristo é que vive em mim".
Indaguemos de Madalena, onde e quando nasceu Jesus. Ela nos informará: Jesus nasceu em Betânia, certa vez em que sua voz, ungida de pureza e santidade, despertou em mim a sensação de uma vida nova, com a qual, até então, jamais sonhara.
Ouçamos o depoimento de Pedro, sobre a natividade do Senhor, e ele assim se pronunciará:
Jesus nasceu no átrio do paço de Pilatos, no momento em que o galo, cantando pela terceira vez, acordou minha consciência para a verdadeira vida. Daí por diante, nunca mais vacilei diante dos potentados do século, quando me era dado defender a Justiça e proclamar a verdade, pois a força e o poder do Cristo constituíram elementos integrantes de meu próprio ser.
Chamemos à baila João Evangelista e peçamos nos diga o que sabe acerca do natal do Messias, e ele nos dirá: Jesus nasceu no dia em que meu entendimento, iluminado pela sua divina graça, me fez saber que Deus é amor.
Dirijamo-nos a Zaqueu, o publicano, e eis o seu testemunho: Jesus nasceu em Jericó, numa esplêndida manhã de sol, quando eu, ansioso por conhecê-lo, subi numa árvore, à beira do caminho por onde ele passava, contentando-me com o ver de longe. Eis que ele, amorável e bom, acena-me, dizendo : Zaqueu, desce, importa que me hospede contigo. Naquele dia entrou a salvação no meu lar.
Interpelemos Tomé, o incrédulo: Quando e onde nasceu o Mestre? Ele, por certo, retrucará: Jesus nasceu em Jerusalém, naquele dia memorável e inesquecível em que me foi dado testificar que a morte não tinha poder sobre o Filho de Deus. Só então compreendi o sentido de suas palavras:
"Eu sou o caminho, a verdade e a vida."
Apelemos, finalmente, para Dimas, o bom ladrão: Onde e quando Jesus nasceu? Ele nos informará: Jesus nasceu no topo do Calvário, precisamente quando a cegueira e a maldade humana supunham aniquilá-lo para sempre; dali ele me dirigiu um olhar repassado de piedade e de ternura, que me fez esquecer todas as misérias deste mundo e antegozar as delícias do Paraíso. Desde logo, senti-o em mim e eu nele.
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