Casa Espírita Missionários da Luz Mocidade: > 13anos – 18/06/2021
Estudo Virtual Google Meet
Tema: Leis Morais - O Bem e o Mal
Objetivos:
·
Entender
que as Leis existem para o equilíbrio da natureza. Ela indica o que fazer e não
fazer;
·
Entender
a regra áurea apresentada por Jesus como o resumo das leis morais: Amor a Deus
sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo;
·
Perceber
que a percepção do bem e do mal se desenvolve conforme a evolução moral do
Espírito.
Bibliografia:
l
O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, pergs 629 à 646, 919;
l
A Gênese,
Allan Kardec, Cap. III - O Bem e o Mal;
l
Evangelho Segundo o
Espiritismo, Allan Kardec, Cap. V, item 5, cap XI, item 2;
l
http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=5756&stat=0
- Os bons e os maus (texto e áudio de
5:10min)
Material: áudio do Momento Espírita
Desenvolvimento:
- Hora da novidade, exercícios de
respiração profunda e Prece Inicial
- Motivação: passar o áudio do texto do Momento Espírita
em anexo (Os Bons e os Maus)
ð O que vocês
acham sobre esse texto? Que informações podemos retirar dele?
“Evitemos
posturas separatistas, segregadoras e um tanto maniqueístas, que colocam de um lado bons e do outro os supostos maus.
No
século III, o filósofo Mani ou Maniqueu, criou uma
doutrina, que conhecemos sob o nome de Maniqueísmo, e que
influenciou muitas correntes filosóficas e religiosas ao longo do tempo.
Segundo
seus preceitos, há no mundo um dualismo eterno entre dois princípios opostos.
De um lado o bem e de outro o mal, de um lado Deus e do outro o demônio.”
ð Existe essa
dualidade? O mundo está dividido entre o bem e o mal?
ð Como podemos saber o que é mal
e o que é bem? Existe alguma regra pra isso?
“Primeiro, importante
saber que o bem é
tudo o que está conforme a Lei de Deus. O mal, tudo o que é contrário. Assim, fazer o bem é
proceder conforme a Lei Divina, que está inscrita na consciência humana.
Fazer o mal é infringir essa Lei.”
LE, perg. 630. Como se pode distinguir
o bem do mal?
“O bem é tudo o
que é conforme à lei de Deus; o mal, tudo o que lhe é contrário. Assim, fazer o
bem é proceder de acordo com a lei de Deus; fazer o mal é infringi-la.”
ð Então a questão é saber, conhecer as leis de Deus, para podermos
diferenciar o bem e o mal, de acordo com
as leis de Deus. Muitas vezes o que é certo na lei civil é um mal perante a
lei de Deus. Quem dá um exemplo?
- Aborto provocado. (LE, pergs. 358
e 359)
3. Discussão dialogada
Na perg. 629 de O Livro
dos Espíritos temos: Que definição
se pode dar da moral?
èquem gostaria de tentar responder? O que é moral? (deixar que respondam e ler a resposta, colando no chat da sala virtual)
“A moral
é a regra de bem proceder, isto é, de distinguir o bem do mal. Funda-se
na observância da lei de Deus. O homem procede bem quando tudo faz pelo bem de todos, porque
então cumpre a lei de Deus.”
- vemos que a moral que temos está
relacionada em saber distinguir o que é certo do que é errado...
èCabe
então uma pergunta:
-
Será que é igual para todo mundo essa percepção do que é certo e do que é
errado?
Quem acha que sim e quem acha que não?
Escrevam no chat, ok?
ð
Anotar quem acha que SIM
e quem acha que NÃO.
ð
Escolher
alguém do grupo do SIM para que
inicie a discussão: esse jovem escolhido deve perguntar a alguém do grupo do NÃO o porquê de sua resposta e
debater com ele. Os demais devem contribuir com argumentações.
(O evangelizador não deve se envolver no debate;
apenas deve observar e estimular a discussão).
Quando
os jovens concluírem suas argumentações e estiver esgotada a discussão, colar
no chat da sala virtual a frase:
“Muita coisa, que é qualidade na criança, torna-se defeito no
adulto. O mal é, pois, relativo e a responsabilidade é proporcionada
ao grau de adiantamento. “ (Allan Kardec, A Gênese, Cap. III, item 10)
E
com relação aos adultos? Uma ação má para um pode ser uma
ação boa feita por outro?
LE, perg.
636. São absolutos, para todos os homens, o bem e o mal?
“A lei de Deus é a mesma para todos;
porém, o mal depende principalmente da vontade que se tenha de o
praticar. O bem é sempre o bem e o mal sempre o mal, qualquer que seja a
posição do homem. Diferença só há quanto ao grau da responsabilidade.”
Ex.:
Numa palestra do Alberto Almeida, ele falou de
um encontro de jovens espíritas e um dos jovens foi para um canto e começou a
fumar um cigarro, gerando mal estar em todos os participantes e organizadores
do encontro.
Alberto foi falar com ele, e o rapaz, antes de
ser questionado pelo Alberto com relação ao cigarro, disse: - A DE é maravilhosa! Veja eu, por exemplo:
fumava uma carteira de cigarros por dia! E agora, só fumo 1 cigarro! Logo me
livrarei desse vício!
èfumar é um vício que é prejudicial à saúde.
Isso não se questiona. Mas no caso desse jovem, ele estava se superando! Já
tinha consciência do mal e estava em processo de se libertar do vício!
Propor uma reflexão filosófica:
Um dia uma pessoa vai por um caminho, cai num
buraco e só com muito sofrimento consegue sair dele; passados uns tempos, vai pelo
mesmo caminho, esquece-se, e volta a cair nele.
Mais tarde, novamente vai pelo mesmo caminho, mas
lembra-se que está lá o buraco, olha para o buraco, mas cai lá dentro na mesma
forma.
Tenta tapar o buraco, faz tudo o que pode para
inverter a situação, mas de cada vez que vai pelo caminho, cai dentro do buraco
e sofre muito para conseguir sair dele...
Qual é a
solução para que isso deixe de acontecer?
(aguardar as respostas)
ð Mudar de caminho!!
ð
De tanto
sofrer pelos males que nós mesmos nos causamos, resolvemos, finalmente, mudar
as escolhas e seguir as leis de Deus, que nos levam à felicidade.
Kardec
fez a seguinte pergunta aos Espíritos:
LE, perg 632. Estando sujeito ao
erro, não pode o homem enganar-se na apreciação do bem e do mal, e crer
que pratica o bem quando em realidade pratica o mal?
èo que vocês acham? Podemos fazer um mal
achando que estamos fazendo um bem?
Vejamos a resposta dos Espíritos:
“Jesus disse: vede o
que quereríeis que vos fizessem ou não vos fizessem. Tudo se resume nisso. Não
vos enganareis.
ð É a regra de ouro que Jesus nos trouxe, para termos como medida, a nós próprios!
ð
Isso em
relação aos outros. Mas como podemos saber se é um mal ou um bem, em relação a
nós mesmos?
Qual o meio prático mais eficaz que tem o homem de
se melhorar nesta vida e de resistir à atração do mal? “Um sábio da
antiguidade vo-lo disse: Conhece-te a ti mesmo.” (LE perg 919)
èprecisamos identificar o mal que reside em nós, para
estarmos vigilantes (orai e vigiai).
Temos mais questões no LE para reflexão com relação ao mal
e ao bem (deixar que respondam antes de dar as respostas):
641. Será tão
repreensível, quanto fazer o mal, o desejá-lo?
“Depende. Há virtude em resistir-se voluntariamente ao
mal que se deseje praticar, sobretudo quando haja possibilidade de
satisfazer-se a esse desejo. Se apenas não o pratica por falta de ocasião, é
culpado quem o deseja.”
642. Para
agradar a Deus e assegurar a sua posição futura, bastará que o homem não
pratique o mal?
“Não; cumpre-lhe fazer o bem no limite de suas forças,
porquanto responderá por todo mal que haja resultado de não haver
praticado o bem.”
643. Haverá
quem, pela sua posição, não tenha possibilidade de fazer o bem?
“Não há quem não possa fazer o bem. Somente o egoísta nunca
encontra ensejo de o praticar. Basta que se esteja em relações com outros
homens para que se tenha ocasião de fazer o bem, e não há dia da existência
que não ofereça, a quem não se ache cego pelo egoísmo, oportunidade de
praticá-lo. Porque fazer o bem não consiste, para o homem, apenas em ser
beneficente, mas em ser útil, na medida do possível, todas as vezes que o
seu concurso possa ser necessário.”
4. 4. Exercícios de respiração profunda, e
prece final.
Encontro
para 13 jovens com muitas perguntas e colocações. No final uma jovem falou: “como é
complexa essa questão do bem e mal!”. Não cheguei a fazer a reflexão filosófica.
ANEXOS
Subsídios:
A Gênese, Cap.III, item 10
A questão, pois, consiste
em saber-se qual é, no homem, a origem da sua propensão para o mal.
10. Estudando-se todas as
paixões e, mesmo, todos os vícios, vê-se que as raízes de umas e outros se
acham no instinto de conservação, instinto que se encontra em toda a pujança nos
animais e nos seres primitivos mais próximos da animalidade, nos quais ele exclusivamente
domina, sem o contrapeso do senso moral, por não ter ainda o ser nascido para a
vida intelectual. O instinto se enfraquece, à medida que a inteligência se
desenvolve, porque esta domina a matéria.
O Espírito tem por destino
a vida espiritual, porém, nas primeiras fases da sua existência corpórea,
somente da conservação da espécie e dos indivíduos, materialmente falando. Mas, uma vez saído desse
período, outras necessidades se lhe apresentam, a princípio semimorais e
semimateriais, depois exclusivamente morais. É então que o Espírito exerce
domínio sobre a matéria, sacode-lhe o jugo, avança pela senda providencial que
se lhe acha traçada e se aproxima do seu destino final. Se, ao contrário, ele
se deixa dominar pela matéria, atrasa-se e se identifica com o bruto. Nessa
situação, o que era
outrora um bem, porque era uma necessidade da sua natureza, transforma-se num
mal, não só porque já não constitui uma necessidade, como porque se torna
prejudicial à espiritualização do ser. Muita coisa, que é qualidade na criança,
torna-se defeito no adulto. O mal é, pois, relativo e a responsabilidade é
proporcionada ao grau de adiantamento.
Todas as paixões têm,
portanto, uma utilidade providencial, visto que, a não ser assim, Deus teria
feito coisas inúteis e, até nocivas. No abuso é que reside o mal e o homem
abusa em virtude do seu livre-arbítrio. Mais tarde, esclarecido pelo seu
próprio interesse, livremente escolhe entre o bem e o mal.
Textos do Momento Espírita
Os bons e os maus
Qual deve ser a postura
dos que desejamos ser homens e mulheres de bem neste mundo irrequieto?
Certamente, aqueles que
nos propomos a uma vida mais digna, mais interessada no bem comum, encontramos
muitos desafios.
Há incompreensão,
ingratidão e até indignação, por parte daqueles que pensam diferente.
Importante lembrar que
não estamos em guerra uns com os outros. Estamos juntos buscando crescimento,
evolução integral.
Assim, evitemos
posturas separatistas, segregadoras e um tanto maniqueístas, que colocam de um lado bons e do outro os
supostos maus.
No século III, o
filósofo Mani ou Maniqueu, criou uma
doutrina, que conhecemos sob o nome de Maniqueísmo,
e que influenciou muitas correntes filosóficas e religiosas ao longo do tempo.
Segundo seus preceitos,
há no mundo um dualismo eterno entre dois princípios opostos. De um lado o bem
e de outro o mal, de um lado Deus e do outro o demônio.
Ainda conforme esse
conceito, tudo que é matéria representa essencialmente o mal, enquanto o
Espírito está ligado intrinsicamente ao bem.
A Doutrina Espírita nos
deixa claro que a matéria é instrumento precioso de progresso, um importante
meio de progredirmos.
Os desequilíbrios se
dão quando nos ligamos, de forma excessiva ou quase exclusiva, ao que é apenas
material e transitório.
Também nos ensina que
não existe essa força poderosa oposta ao Criador, que lhe faz frente em
igualdade. Afinal, Deus não criou nenhum ser destinado ao mal em sua essência.
O Universo e suas leis
são bons, isto é, trabalham pela evolução de tudo e de todos.
O que seria então o
mal? Esse mal que nos assombra os dias? Por que há tanta maldade em nós e
naqueles que estão ao nosso redor?
Primeiro, importante
saber que o bem é tudo o que está conforme a Lei de Deus. O mal, tudo o que é
contrário. Assim, fazer o bem é proceder conforme a Lei Divina, que está
inscrita na consciência humana. Fazer o mal é infringir essa Lei.
O mal é, portanto,
uma infração à
Lei natural. Consequentemente, toda ação maléfica gera a necessidade de
correção, de ajuste.
O mal em nós não é
eterno. Tem uma curta validade, uma vez que basta que nos esclareçamos um pouco
mais, para que deixemos de praticá-lo intencionalmente.
Por isso, recebemos a
inteligência, que nos compete desenvolver, pois é determinante para que
saibamos distinguir melhor o que nos é bom e o que nos faz mal; o que é do bem
comum e o que não é; o que está de acordo com as Leis Divinas e o que vai
contra.
A opção pela infração é
sempre pessoal. Os que somos maus o somos por vontade própria.
Então, precisamos
educar a vontade. Esta é a razão de estarmos neste planeta: nos educarmos
individual e mutuamente.
*
* *
O sábio não critica o
ignorante. Procura esclarecê-lo fraternalmente.
O iluminado não insulta
o que anda em trevas. Busca, ao contrário, lhe iluminar o caminho.
O orientador não acusa o aprendiz. A
ovelha insegura é a que mais reclama os cuidados do pastor.
O forte não culpa o
fraco. Compromete-se a erguê-lo.
O cristão não odeia,
nem fere. Segue ao Cristo, servindo ao mundo.
Redação
do Momento Espírita, com base nas questões 629 a 646 de O Livro dos Espíritos
de Allan Kardec, e no cap. 17,
do livro Agenda Cristã,
pelo Espírito André Luiz, psicografia
de Francisco Cândido Xavier,
ambos ed. FEB. Em 31.5.2019.
http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=1028&stat=3&palavras=O%20mal%20existe&tipo=t
O mal
existe?
Certo dia um professor ateu desafiou seus
alunos com a seguinte pergunta:
"Deus fez tudo o que existe?"
Um estudante respondeu corajosamente:
"Sim, fez!"
"Deus fez tudo, mesmo?" Insistiu o
professor.
"Sim, professor" respondeu o jovem.
O professor replicou: "De Deus fez todas
as coisas, então Deus fez o mal, pois o mal existe. E, considerando-se que
nossas ações são um reflexo de nós mesmos, e somos a imagem e semelhança de
Deus, então Deus é o mal.
O estudante calou-se diante de tal afirmativa e
o professor ficou feliz por haver provado uma vez mais que a fé era um mito.
Outro estudante levantou sua mão e disse:
"Posso lhe fazer uma pergunta, professor?"
"Sem dúvida", respondeu-lhe o
professor.
O jovem ficou de pé e perguntou:
"Professor, o frio existe?"
"Mas que pergunta é essa? Claro que
existe, você por acaso nunca sentiu frio?"
O rapaz respondeu: "Na verdade, professor,
o frio não existe. Eu não sou especialista no assunto, mas, segundo as leis da
física, o que consideramos frio é, na realidade, ausência de calor.Todo corpo
ou objeto pode ser estudado quando tem ou transmite energia, mas é o calor e
não o frio que faz com que tal corpo tenha ou transmita energia. O zero
absoluto é a ausência total e absoluta de calor, todos os corpos ficam inertes,
incapazes de reagir, mas o frio não existe. Criamos esse termo para descrever
como nos sentimos quando nos falta o calor."
E a escuridão, existe?" Continuou o
estudante.
O professor respondeu: "Mas é claro que
sim."
"Novamente o senhor se engana, a escuridão
tampouco existe. A escuridão é, na verdade, a ausência da luz. Podemos estudar
a luz, mas a escuridão não. O prisma de Newton decompõe a luz branca nas várias
cores de que se compõe, com seus diferentes comprimentos de onda. A escuridão
não. Um simples raio de luz rasga as trevas e ilumina a superfície que a luz
toca. Como se faz para determinar quão escuro está um determinado local do
espaço? Apenas com base na quantidade de luz presente nesse local, não é mesmo?
Escuridão é um termo que o homem criou para descrever o que acontece quando não
há luz presente."
Finalmente, o jovem estudante perguntou ao
professor: "Diga, professor, o mal existe?"
Ele respondeu: "Claro que existe. Como eu
disse no início da aula, vemos roubos, crimes e violência diariamente em todas
as partes do mundo, essas coisas são o mal."
Então o estudante disse: "O mal não
existe, professor, ou, pelo menos, não existe por si só. O mal é simplesmente a
ausência do bem. O mal, como acontece com o frio e o calor, é um termo que o
homem criou para descrever essa ausência do bem. Assim sendo, Deus não criou o
mal. Deus criou o amor, a fé, que existem como existe a luz e o calor. Já o mal
é resultado da falta de Deus nos corações. É como o frio que surge quando não
há calor, ou a escuridão que acontece quando não há luz."
Diante da lógica da argumentação do aluno, o
professor se calou, pensativo.
O mal não tem vida própria, é apenas a ausência
do bem.
Onde o bem se faz presente o mal bate em
retirada.
Já o amor é de essência divina, e está presente
nos corações de todos os homens, mesmo que em estado latente, esperando a
oportunidade de germinar, crescer e florescer.
Equipe de Redação do Momento Espírita, com base
em história de autoria ignorada.
Em 27.8.2012.
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