segunda-feira, 21 de junho de 2021

Leis Morais - O Bem e o Mal

 Casa Espírita Missionários da Luz                                       Mocidade: > 13anos – 18/06/2021

Estudo Virtual Google Meet

Tema: Leis Morais - O Bem e o Mal

Objetivos:

·         Entender que as Leis existem para o equilíbrio da natureza. Ela indica o que fazer e não fazer;

·         Entender a regra áurea apresentada por Jesus como o resumo das leis morais: Amor a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo;

·         Perceber que a percepção do bem e do mal se desenvolve conforme a evolução moral do Espírito.

Bibliografia:

l  O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, pergs 629 à 646, 919;

l   A Gênese, Allan Kardec, Cap. III - O Bem e o Mal;

l   Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec, Cap. V, item 5, cap XI, item 2;

l  http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=5756&stat=0   - Os bons e os maus (texto e áudio de 5:10min)

 

Material:  áudio do Momento Espírita

 

Desenvolvimento:

  1. Hora da novidade, exercícios de respiração profunda e Prece Inicial
  2. Motivação:  passar o áudio do texto do Momento Espírita em anexo (Os Bons e os Maus)

ð  O que vocês acham sobre esse texto? Que informações podemos retirar dele?

 

“Evitemos posturas separatistas, segregadoras e um tanto maniqueístas, que colocam de um lado bons e do outro os supostos maus.

No século III, o filósofo Mani ou Maniqueu, criou uma doutrina, que conhecemos sob o nome de Maniqueísmo, e que influenciou muitas correntes filosóficas e religiosas ao longo do tempo.

Segundo seus preceitos, há no mundo um dualismo eterno entre dois princípios opostos. De um lado o bem e de outro o mal, de um lado Deus e do outro o demônio.”

 

ð  Existe essa dualidade? O mundo está dividido entre o bem e o mal?

ð  Como podemos saber o que é mal e o que é bem? Existe alguma regra pra isso?

 

“Primeiro, importante saber que o bem é tudo o que está conforme a Lei de Deus. O mal, tudo o que é contrário. Assim, fazer o bem é proceder conforme a Lei Divina, que está inscrita na consciência humana.  Fazer o mal é infringir essa Lei.”

 

LE, perg. 630. Como se pode distinguir o bem do mal?

“O bem é tudo o que é conforme à lei de Deus; o mal, tudo o que lhe é contrário. Assim, fazer o bem é proceder de acordo com a lei de Deus; fazer o mal é infringi-la.”

 

ð  Então a questão é saber, conhecer as leis de Deus, para podermos diferenciar o bem e o mal, de acordo com as leis de Deus. Muitas vezes o que é certo na lei civil é um mal perante a lei de Deus. Quem dá um exemplo?

- Aborto provocado.  (LE, pergs. 358 e 359)

 

3.    Discussão dialogada

Na perg. 629 de O Livro dos Espíritos temos:  Que definição se pode dar da moral?

èquem gostaria de tentar responder? O que é moral? (deixar que respondam e ler a resposta, colando no chat da sala virtual)

“A moral é a regra de bem proceder, isto é, de distinguir o bem do mal. Funda-se na observância da lei de Deus. O homem procede bem quando tudo faz pelo bem de todos, porque então cumpre a lei de Deus.”

- vemos que a moral que temos está relacionada em saber distinguir o que é certo do que é errado...

èCabe então uma pergunta:

- Será que é igual para todo mundo essa percepção do que é certo e do que é errado?

Quem acha que sim e quem acha que não?  Escrevam no chat, ok?

ð  Anotar quem acha que SIM e quem acha que NÃO.

 

ð  Escolher alguém do grupo do SIM para que inicie a discussão: esse jovem escolhido deve perguntar a alguém do grupo do NÃO o porquê de sua resposta e debater com ele. Os demais devem contribuir com argumentações.

(O evangelizador não deve se envolver no debate; apenas deve observar e estimular a discussão).

 

Quando os jovens concluírem suas argumentações e estiver esgotada a discussão, colar no chat da sala virtual a frase:

“Muita coisa, que é qualidade na criança, torna-se defeito no adulto. O mal é, pois, relativo e a responsabilidade é proporcionada ao grau de adiantamento. “ (Allan Kardec, A Gênese, Cap. III, item 10)

E com relação aos adultos? Uma ação má para um pode ser uma ação boa feita por outro?

LE, perg. 636São absolutos, para todos os homens, o bem e o mal?

A lei de Deus é a mesma para todos; porém, o mal depende principalmente da vontade que se tenha de o praticar. O bem é sempre o bem e o mal sempre o mal, qualquer que seja a posição do homem. Diferença só há quanto ao grau da responsabilidade.”

Ex.:

Numa palestra do Alberto Almeida, ele falou de um encontro de jovens espíritas e um dos jovens foi para um canto e começou a fumar um cigarro, gerando mal estar em todos os participantes e organizadores do encontro.

Alberto foi falar com ele, e o rapaz, antes de ser questionado pelo Alberto com relação ao cigarro, disse:  - A DE é maravilhosa! Veja eu, por exemplo: fumava uma carteira de cigarros por dia! E agora, só fumo 1 cigarro! Logo me livrarei desse vício!

èfumar é um vício que é prejudicial à saúde. Isso não se questiona. Mas no caso desse jovem, ele estava se superando! Já tinha consciência do mal e estava em processo de se libertar do vício!

Propor uma reflexão filosófica:

Um dia uma pessoa vai por um caminho, cai num buraco e só com muito sofrimento consegue sair dele; passados uns tempos, vai pelo mesmo caminho, esquece-se, e volta a cair nele.

Mais tarde, novamente vai pelo mesmo caminho, mas lembra-se que está lá o buraco, olha para o buraco, mas cai lá dentro na mesma forma.

Tenta tapar o buraco, faz tudo o que pode para inverter a situação, mas de cada vez que vai pelo caminho, cai dentro do buraco e sofre muito para conseguir sair dele...

Qual é a solução para que isso deixe de acontecer?  (aguardar as respostas)

ð  Mudar de caminho!!

 

ð  De tanto sofrer pelos males que nós mesmos nos causamos, resolvemos, finalmente, mudar as escolhas e seguir as leis de Deus, que nos levam à felicidade.

Kardec fez a seguinte pergunta aos Espíritos:

LE, perg 632Estando sujeito ao erro, não pode o homem enganar-se na apreciação do bem e do mal, e crer que pratica o bem quando em realidade pratica o mal?

èo que vocês acham? Podemos fazer um mal achando que estamos fazendo um bem?

Vejamos a resposta dos Espíritos:

“Jesus disse: vede o que quereríeis que vos fizessem ou não vos fizessem. Tudo se resume nisso. Não vos enganareis.

ð  É a regra de ouro que Jesus nos trouxe, para termos como medida, a nós próprios! 

ð  Isso em relação aos outros. Mas como podemos saber se é um mal ou um bem, em relação a nós mesmos?

Qual o meio prático mais eficaz que tem o homem de se melhorar nesta vida e de resistir à atração do mal? “Um sábio da antiguidade vo-lo disse: Conhece-te a ti mesmo.”  (LE perg 919)

      èprecisamos identificar o mal que reside em nós, para estarmos vigilantes (orai e vigiai).

Temos mais questões no LE para reflexão com relação ao mal e ao bem (deixar que respondam antes de dar as respostas):

641. Será tão repreensível, quanto fazer o mal, o desejá-lo?

Depende. Há virtude em resistir-se voluntariamente ao mal que se deseje praticar, sobretudo quando haja possibilidade de satisfazer-se a esse desejo. Se apenas não o pratica por falta de ocasião, é culpado quem o deseja.”

642. Para agradar a Deus e assegurar a sua posição futura, bastará que o homem não pratique o mal?

Não; cumpre-lhe fazer o bem no limite de suas forças, porquanto responderá por todo mal que haja resultado de não haver praticado o bem.”

643. Haverá quem, pela sua posição, não tenha possibilidade de fazer o bem?

“Não há quem não possa fazer o bem. Somente o egoísta nunca encontra ensejo de o praticar. Basta que se esteja em relações com outros homens para que se tenha ocasião de fazer o bem, e não há dia da existência que não ofereça, a quem não se ache cego pelo egoísmo, oportunidade de praticá-lo. Porque fazer o bem não consiste, para o homem, apenas em ser beneficente, mas em ser útil, na medida do possível, todas as vezes que o seu concurso possa ser necessário.”

  

4.   4. Exercícios de respiração profunda, e prece final.

 5.    Avaliação

Encontro para 13 jovens com muitas perguntas e colocações. No final uma jovem falou: “como é complexa essa questão do bem e mal!”.  Não cheguei a fazer a reflexão filosófica.

 

ANEXOS

Subsídios:

A Gênese, Cap.III, item 10

A questão, pois, consiste em saber-se qual é, no homem, a origem da sua propensão para o mal.

10. Estudando-se todas as paixões e, mesmo, todos os vícios, vê-se que as raízes de umas e outros se acham no instinto de conservação, instinto que se encontra em toda a pujança nos animais e nos seres primitivos mais próximos da animalidade, nos quais ele exclusivamente domina, sem o contrapeso do senso moral, por não ter ainda o ser nascido para a vida intelectual. O instinto se enfraquece, à medida que a inteligência se desenvolve, porque esta domina a matéria.

O Espírito tem por destino a vida espiritual, porém, nas primeiras fases da sua existência corpórea, somente da conservação da espécie e dos indivíduos, materialmente falando. Mas, uma vez saído desse período, outras necessidades se lhe apresentam, a princípio semimorais e semimateriais, depois exclusivamente morais. É então que o Espírito exerce domínio sobre a matéria, sacode-lhe o jugo, avança pela senda providencial que se lhe acha traçada e se aproxima do seu destino final. Se, ao contrário, ele se deixa dominar pela matéria, atrasa-se e se identifica com o bruto. Nessa situação, o que era outrora um bem, porque era uma necessidade da sua natureza, transforma-se num mal, não só porque já não constitui uma necessidade, como porque se torna prejudicial à espiritualização do ser. Muita coisa, que é qualidade na criança, torna-se defeito no adulto. O mal é, pois, relativo e a responsabilidade é proporcionada ao grau de adiantamento. 

Todas as paixões têm, portanto, uma utilidade providencial, visto que, a não ser assim, Deus teria feito coisas inúteis e, até nocivas. No abuso é que reside o mal e o homem abusa em virtude do seu livre-arbítrio. Mais tarde, esclarecido pelo seu próprio interesse, livremente escolhe entre o bem e o mal.

 

Textos do Momento Espírita

Os bons e os maus

Qual deve ser a postura dos que desejamos ser homens e mulheres de bem neste mundo irrequieto?

Certamente, aqueles que nos propomos a uma vida mais digna, mais interessada no bem comum, encontramos muitos desafios.

Há incompreensão, ingratidão e até indignação, por parte daqueles que pensam diferente.

Importante lembrar que não estamos em guerra uns com os outros. Estamos juntos buscando crescimento, evolução integral.

Assim, evitemos posturas separatistas, segregadoras e um tanto maniqueístas, que colocam de um lado bons e do outro os supostos maus.

No século III, o filósofo Mani ou Maniqueu, criou uma doutrina, que conhecemos sob o nome de Maniqueísmo, e que influenciou muitas correntes filosóficas e religiosas ao longo do tempo.

Segundo seus preceitos, há no mundo um dualismo eterno entre dois princípios opostos. De um lado o bem e de outro o mal, de um lado Deus e do outro o demônio.

Ainda conforme esse conceito, tudo que é matéria representa essencialmente o mal, enquanto o Espírito está ligado intrinsicamente ao bem.

A Doutrina Espírita nos deixa claro que a matéria é instrumento precioso de progresso, um importante meio de progredirmos.

Os desequilíbrios se dão quando nos ligamos, de forma excessiva ou quase exclusiva, ao que é apenas material e transitório.

Também nos ensina que não existe essa força poderosa oposta ao Criador, que lhe faz frente em igualdade. Afinal, Deus não criou nenhum ser destinado ao mal em sua essência.

O Universo e suas leis são bons, isto é, trabalham pela evolução de tudo e de todos.

O que seria então o mal? Esse mal que nos assombra os dias? Por que há tanta maldade em nós e naqueles que estão ao nosso redor?

Primeiro, importante saber que o bem é tudo o que está conforme a Lei de Deus. O mal, tudo o que é contrário. Assim, fazer o bem é proceder conforme a Lei Divina, que está inscrita na consciência humana.  Fazer o mal é infringir essa Lei.

O mal é, portanto, uma infração à Lei natural. Consequentemente, toda ação maléfica gera a necessidade de correção, de ajuste.

O mal em nós não é eterno. Tem uma curta validade, uma vez que basta que nos esclareçamos um pouco mais, para que deixemos de praticá-lo intencionalmente.

Por isso, recebemos a inteligência, que nos compete desenvolver, pois é determinante para que saibamos distinguir melhor o que nos é bom e o que nos faz mal; o que é do bem comum e o que não é; o que está de acordo com as Leis Divinas e o que vai contra.

A opção pela infração é sempre pessoal. Os que somos maus o somos por vontade própria.

Então, precisamos educar a vontade. Esta é a razão de estarmos neste planeta: nos educarmos individual e mutuamente.

*   *   *

O sábio não critica o ignorante. Procura esclarecê-lo fraternalmente.

O iluminado não insulta o que anda em trevas. Busca, ao contrário, lhe iluminar o caminho.

O orientador não acusa o aprendiz. A ovelha insegura é a que mais reclama os cuidados do pastor.

O forte não culpa o fraco. Compromete-se a erguê-lo.

O cristão não odeia, nem fere. Segue ao Cristo, servindo ao mundo.

 

Redação do Momento Espírita, com base nas questões 629 a 646 de O Livro dos Espíritos
de Allan Kardec, e no cap. 17, do livro Agenda Cristã, pelo Espírito André Luiz, psicografia
de Francisco Cândido Xavier, ambos ed. FEB. Em 31.5.2019.

 

 

http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=1028&stat=3&palavras=O%20mal%20existe&tipo=t
O mal existe?

Certo dia um professor ateu desafiou seus alunos com a seguinte pergunta:

"Deus fez tudo o que existe?"

Um estudante respondeu corajosamente: "Sim, fez!"

"Deus fez tudo, mesmo?" Insistiu o professor.

"Sim, professor" respondeu o jovem.

O professor replicou: "De Deus fez todas as coisas, então Deus fez o mal, pois o mal existe. E, considerando-se que nossas ações são um reflexo de nós mesmos, e somos a imagem e semelhança de Deus, então Deus é o mal.

O estudante calou-se diante de tal afirmativa e o professor ficou feliz por haver provado uma vez mais que a fé era um mito.

 

Outro estudante levantou sua mão e disse: "Posso lhe fazer uma pergunta, professor?"

"Sem dúvida", respondeu-lhe o professor.

O jovem ficou de pé e perguntou: "Professor, o frio existe?"

"Mas que pergunta é essa? Claro que existe, você por acaso nunca sentiu frio?"

 

O rapaz respondeu: "Na verdade, professor, o frio não existe. Eu não sou especialista no assunto, mas, segundo as leis da física, o que consideramos frio é, na realidade, ausência de calor.Todo corpo ou objeto pode ser estudado quando tem ou transmite energia, mas é o calor e não o frio que faz com que tal corpo tenha ou transmita energia. O zero absoluto é a ausência total e absoluta de calor, todos os corpos ficam inertes, incapazes de reagir, mas o frio não existe. Criamos esse termo para descrever como nos sentimos quando nos falta o calor."

 

E a escuridão, existe?" Continuou o estudante.

O professor respondeu: "Mas é claro que sim."

 

"Novamente o senhor se engana, a escuridão tampouco existe. A escuridão é, na verdade, a ausência da luz. Podemos estudar a luz, mas a escuridão não. O prisma de Newton decompõe a luz branca nas várias cores de que se compõe, com seus diferentes comprimentos de onda. A escuridão não. Um simples raio de luz rasga as trevas e ilumina a superfície que a luz toca. Como se faz para determinar quão escuro está um determinado local do espaço? Apenas com base na quantidade de luz presente nesse local, não é mesmo? Escuridão é um termo que o homem criou para descrever o que acontece quando não há luz presente."

 

Finalmente, o jovem estudante perguntou ao professor: "Diga, professor, o mal existe?"

Ele respondeu: "Claro que existe. Como eu disse no início da aula, vemos roubos, crimes e violência diariamente em todas as partes do mundo, essas coisas são o mal."

 

Então o estudante disse: "O mal não existe, professor, ou, pelo menos, não existe por si só. O mal é simplesmente a ausência do bem. O mal, como acontece com o frio e o calor, é um termo que o homem criou para descrever essa ausência do bem. Assim sendo, Deus não criou o mal. Deus criou o amor, a fé, que existem como existe a luz e o calor. Já o mal é resultado da falta de Deus nos corações. É como o frio que surge quando não há calor, ou a escuridão que acontece quando não há luz."

Diante da lógica da argumentação do aluno, o professor se calou, pensativo.

O mal não tem vida própria, é apenas a ausência do bem.

Onde o bem se faz presente o mal bate em retirada.

Já o amor é de essência divina, e está presente nos corações de todos os homens, mesmo que em estado latente, esperando a oportunidade de germinar, crescer e florescer.

Equipe de Redação do Momento Espírita, com base em história de autoria ignorada.

Em 27.8.2012.

 

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário