sábado, 30 de novembro de 2019

Amai os vossos inimigos


Casa Espírita Missionários da Luz – Mocidade              > 14 anos         29/11/2019

Tema:  Amai os vossos inimigos

Objetivos:
Estudar o capítulo XII de O Evangelho Segundo o Espiritismo.

Bibliografia:  
O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. XII;
No Mundo Maior , André Luiz/Chico Xavier, Cap.13 ‘Psicose Afetiva’;

https://www.youtube.com/watch?v=PegdVdz3bkk - A Vingança - Momento Espírita (Títulos Extras)

https://www.youtube.com/watch?v=NTqTbNtEkfs - Vingança - Minha Nada Mole Encarnação (3:27 min)

https://www.youtube.com/watch?v=4Ur1piXqWDs - ME MATEI POR VINGANÇA DIZ ESPIRITO A DIVALDO

https://www.youtube.com/watch?v=hjY95lPTHoc - Vingança - Fábulas de La Fontaine - Ep. 16



Material: Vídeo de Vingança - Minha Nada Mole Encarnação

Hora da novidade, exercício de respiração profunda e prece Inicial.

Desenvolvimento:

1.    Motivação inicial:

Contar a história relatada por André Luiz em No Mundo Maior, Cap.13 ‘Psicose Afetiva’:

É Antonina, abnegada companheira de luta. Órfã de pai, desde muito cedo, iniciou-se no trabalho remunerado aos oito anos, para sustentar a genitora e a irmãzinha. Passou a infância e a primeira juventude em sacrifícios enormes, ignorando as alegrias da fase risonha de menina e moça. Aos vinte anos perdeu a mãezinha, então arrebatada pela morte, e, não obstante seus formosos ideais femininos, foi obrigada a sacrificar-se pela irmã em vésperas de casamento. Realizado este, Antonina procurou afastar-se, para tratar da própria vida; muito cedo, verificou, porém, que o esposo da irmãzinha se caracterizava por nefanda viciosidade.  Perdido nos prazeres inferiores, entregava-se ao hábito da embriaguez, diariamente, retornando ao lar, em hora tardia, a distribuir pancadas, a vomitar insultos. Sensibilizada ante o destino da companheira, nossa dedicada amiga permaneceu em casa, a serviço da renúncia silenciosa, aliviando-lhe os pesares e auxiliando-a a criar os sobrinhos e a assisti-los. Corriam os anos, tristes e vagarosos, quando Antonina conheceu certo rapaz necessitado de arrimo, a sustentar pesado esforço por manter-se nos estudos.

Identificavam-se pela idade e pela comunhão de ideias e de sentimentos. Devotada e nobre,  correspondeu-lhe à simpatia, convertendo-se em abnegada irmã do jovem. A companhia dele, de algum modo, projetava abençoada luz em sua noite de solidão e sacrifício ininterruptos. Repartindo o tempo e as possibilidades entre a irmã, quatro pequenos sobrinhos e o co-participe de sonhos fulgurantes, consagrava-se ao trabalho redentor de cada dia, animada e feliz, aguardando o futuro. Idealizava também obter,  um dia, a coroa da maternidade, num lar singelo e pobre, mas suficiente para caber a felicidade de dois corações para sempre unidos diante de Deus. Todavia, Gustavo, o rapaz que se valeu de sua amorosa colaboração durante sete anos consecutivos, após a jornada universitária sentiu-se demasiado importante para ligar seu destino ao da modesta moça.

Independente e titulado, agora, passou a notar que Antonina não era, fisicamente, a companheira que seus propósitos reclamavam. Exibindo um diploma de médico e sentindo urgente necessidade de constituir um lar, com grandioso programa na vida social, desposou jovem possuidora de vultosa fortuna, menosprezando o coração leal que o ajudara nos instantes incertos. Fundamente humilhada, nossa desditosa irmã procurou-o, mas foi recebida com escarnecedora frieza. Gustavo, com presunção repulsiva, transmitiu-lhe a novidade, asperamente: Necessitava pôr em ordem os negócios materiais que lhe diziam respeito e, por isto, escolhera melhor partido. Além disso, declarou, sua posição requeria uma esposa que não procedesse de um meio de atividades humilhantes; pretendia alguém que não fosse operária de laboratório, que não tivesse mãos calejadas, nem fios prateados na cabeça.

- O que vocês acham que Antonina deve fazer?  (deixar que conversem a respeito)

A moça tudo ouviu debulhada em lágrimas, sem reação, e tornou à residência, ontem, minada pelo anseio de morrer, fosse como fosse. Sente que as esperanças se lhe esvaneceram, esfaceladas pelo golpe inopinado, que a existência se reduz em cinza e poeira, que a renúncia abre as portas da ruína e da morte. Conseguiu certa dose de substância mortífera, que pretende ingerir ainda hoje.

- Ela resolveu se matar! Escolheu o suicídio como solução para o drama de sua vida. Porém amigos espirituais foram até a casa dela e deram um passe magnético para que ela adormecesse.

Manteve-a Calderaro em completo repouso por mais de meia hora. Decorrido esse tempo, duas entidades, aureoladas de intensa luz, deram entrada no recinto. Abraçaram meu instrutor, que mas
apresentou cordialmente.
Estavam, agora, junto de nós, Mariana, que fora dedicada genitora de Antonina, e Márcio, iluminado espírito ligado a ela, desde séculos remotos.

A simpática senhora desencarnada inclinou-se sobre a filha e chamou-a, docemente, como o fazia na Terra. Parcialmente desligada do envoltório grosseiro, Antonina ergueu-se, em seu organismo
perispirítico, encantada, feliz...
– Mamãe! mamãe! – gritou, desabafando-se, a refugiar-se entre os braços maternais.
Mariana recolheu-a, carinhosa, estringiu-a de encontro ao peito, pronunciando palavras enternecedoras. (...)

Márcio se aproximou, fazendo-se visto pela estimada enferma.
A moça abriu desmesuradamente os olhos e ajoelhou-se instintivamente, amparada pela mãe. Parecia esforçar-se por trazer à lembrança alguém que ficara em pretérito longínquo... Observavase-lhe a extrema dificuldade para recordar com precisão. Contemplava o emissário, banhada em pranto diferente: não vertia as lágrimas lutuosas de momentos antes; tocava-se, agora, de sublime conforto, de júbilo místico, que lhe nascia, inexplicavelmente, das profundezas do coração.

Acercou-se Márcio mais intimamente, pousou-lhe a luminosa destra sobre a fronte e falou com ternura:
– Antonina, porque esse desânimo, quando a luta redentora apenas começa? Olvidaste, acaso, que não somos órfãos? Acima de todos os obstáculos paira a Infinita Bondade. Recusas a “porta estreita”, que nos proporcionará o venturoso acesso ao reencontro? (...)

Que motivos te sugerem esse crime, que é o provocar a morte? Que razões te conduzem os passos na direção do precipício tenebroso? Tua mãe e eu sentimos, de longe, o perigo, e aqui estamos para ajudar-te... (...)

Querida, é da Vontade Superior que recebas, por enquanto, as vantagens que podem ser encontradas na solidão. Se há períodos de florescimento nos vales humanos, dentro dos quais nos inebriamos em plena primavera da Natureza, existências se verificam, aparentemente isoladas e desditosas, nas culminâncias da meditação e da renúncia, a cuja luz nos preparamos para novas jornadas santificadoras. (...)

– Efetivamente, se não podes partilhar a experiência do homem escolhido, em face das circunstâncias que te compelem à renúncia, porque não lhe consagrar o puro amor fraternal, que eleva sempre? Estaríamos, acaso, impedidos de transformar em irmãos os seres que admiramos? Não deves outrossim esquecer que o noivo perjuro, atualmente belo na figura fisiológica, vestirá também, mais tarde, o puído traje do cansaço e da velhice, se em breve não afivelar ao rosto a máscara da enfermidade e da morte.
Conhecerá o desencanto da carne e estimará no silêncio a procura do espírito. Se o amas, em verdade, porque torturá-lo com o sarcasmo do suicídio, ao invés de cobrar forças para esperá-lo, ao fim do dia da existência mortal? (...) Além disto, como chegaste a sentir tão clamoroso desamparo, se também te aguardamos, ávidos aqui de tua afeição e de teu carinho?

- vemos aqui que a vida de renúncia estava no planejamento reencarnatório dela, e que o Espírito a ela ligado por laços de amor verdadeiro, a espera para o reencontro feliz após o período de soledade que ela passava na atual reencarnação.

- fazer link com o que eles falaram de possibilidades de ação para Antonina após a traição do noivo, reforçando que, como não sabemos o que nos espera o futuro, a fé em Deus e permanecer sempre no caminho do Bem, respondendo o mal com o Bem, é sempre a melhor solução.

2.    Desenvolvimento

Kardec colocou no item 1 do cap. XII do Evangelho, no item Retribuir o Mal com o Bem:

Aprendestes que foi dito: “Amareis o vosso próximo e odiareis os vossos inimigos.” Eu, porém, vos digo: “Amai os vossos inimigos; fazei o bem aos que vos odeiam e orai pelos que vos perseguem e caluniam, a fim de serdes filhos do vosso Pai que está nos céus e que faz se levante o Sol para os bons e para os maus e que chova sobre os justos e os injustos. – Porque, se só amardes os que vos amam, qual será a vossa recompensa? Não procedem assim também os publicanos? Se apenas os vossos irmãos saudardes, que é o que com isso fazeis mais do que os outros? Não fazem outro tanto os agãos?” (S. MATEUS, 5:43 a 47.)
– “Digo-vos que, se a vossa justiça não for mais abundante que a dos escribas e dos fariseus, não entrareis no reino dos céus.” (S. MATEUS, 5:20.)

- os maus também amam seus familiares, seus amigos...
- o que Jesus quis dizer com essa orientação de amar os inimigos? É possível amar os inimigos?

Entretanto, há geralmente equívoco no tocante ao sentido da palavra amar, neste passo. Não pretendeu Jesus, assim falando, que cada um de nós tenha para com o seu inimigo a ternura que dispensa a um irmão ou amigo. A ternura pressupõe confiança; ora, ninguém pode depositar confiança numa pessoa, sabendo que esta lhe quer mal; ninguém pode ter para com ela expansões de amizade, sabendo-a capaz de abusar dessa atitude.
Amar os inimigos é não lhes guardar ódio, nem rancor, nem desejos de vingança; é perdoar-lhes, sem pensamento oculto e sem condições, o mal que nos causem; é não opor nenhum obstáculo à reconciliação com eles; é desejar-lhes o bem e não o mal; é experimentar júbilo, em vez de pesar, com o bem que lhes advenha; é socorrê-los, em se apresentando ocasião; é abster-se, quer por palavras, quer por atos, de tudo o que os possa prejudicar; é, finalmente, retribuir-lhes sempre o mal
com o bem, sem a intenção de os humilhar. Quem assim procede preenche as condições do mandamento: Amai os vossos inimigos. (item 3)

- Ler o trecho:
7. Aprendestes que foi dito: olho por olho e dente por dente. – Eu, porém, vos digo que não resistais ao mal que vos queiram fazer; que se alguém vos bater na face direita, lhe apresenteis também a outra; – e que se alguém quiser pleitear contra vós, para vos tomar a túnica, também lhe entregueis o manto; – e que se alguém vos obrigar a caminhar mil passos com ele, caminheis mais dois mil. – Dai àquele que vos pedir e não repilais aquele que vos queira tomar emprestado. (S. MATEUS, 5:38 a 42.)

- o que Jesus quis dizer com ‘ofereça a outra face’?

Enunciando, pois, aquela máxima, não pretendeu Jesus interdizer toda defesa, mas condenar a vingança. Dizendo que apresentemos a outra face àquele que nos haja batido numa, disse, sob outra forma, que não se deve pagar o mal com o mal; que o homem deve aceitar com humildade tudo o que seja de molde a lhe abater o orgulho; que maior glória lhe advém de ser ofendido do que de ofender, de suportar pacientemente uma injustiça do que de praticar alguma; que mais vale ser enganado do que enganador, arruinado do que arruinar os outros. (item 8)

- vemos no caso de Antonina, que a ideia do suicídio era para torturá-lo, para deixá-lo com culpa pelo que fizera a ela.  Era vingança!

- a gente costuma se vingar no nosso dia-a-dia? Quem pode dar exemplos?

- passar o vídeo de Minha Nada Mole Encarnação (3:27 min).

3.    Conclusão
Gente, não podemos esquecer que somos ESPÍRITOS numa experiência TRANSITÓRIA na reencarnação!
É simples, né? Mas por ser simples não significa que seja fácil!!! Precisamos estar ALERTAS!!!
O roteiro? Não tem dúvidas!!!! O Evangelho de Jesus, SEMPRE!!1

4.    Exercícios de respiração profunda, prece e passes.

5.    Avaliação

Aula para 5 jovens. Não houve muita participação. O amigo do Lucas não tem religião e veio para visitar. Não li os trechos do NT: só citei o do Amai os Inimigos e o de Oferecer a Outra Face. Li a história e passei o vídeo.

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