sábado, 13 de julho de 2019

Somos todos iguais?


Casa Espírita Missionários da Luz – Pré e Mocidade                > de 13 anos    12/07/2019

Tema:  Somos todos iguais?

Objetivo:
- Identificar que perante Deus, somos todos iguais e que a diversidade das aptidões, das características de cada um, se deve às experiências que cada um traz, dessa e de vidas anteriores;
- Refletir sobre "como vejo a lei de igualdade em minha vida".

Bibliografia:  
O Livro dos Espíritos, perg 115, 121, 122 e 127 (progressão dos Espíritos), e Cap. VIII - Lei da Igualdade, pergs 803 e 805;
ESE, Cap. XVII  item 7 ‘O Dever’ (Sede Perfeitos);
NT, Lucas, 15:4-32;
Leis Morais da Vida, Joanna de Ângelis/Divaldo Franco,  Cap. 45 e 46

Material: prancheta com folha pautada, lápis e borracha; folha com as características para a criação da história.

Hora da novidade, exercício de respiração profunda e Prece Inicial.

Desenvolvimento:

1.    Motivação Inicial:

A turma deve fazer uma história a partir dos itens dados: profissão, etnia, religião, nomes diversos (masculinos, femininos). Essa história servirá de base para filme de um curta metragem de 5 minutos.

Profissões: Engenheiro(a), Médico(a), Advogado(a), Pedreiro, Costureiro(a), Motorista, Desenhista, Artista/Pintor(a), Pintor, Encanador, Artesão(ã), Músico(a), Administrador(a), Empresário(a), Enfermeiro(a), Técnica(o) de Enfermagem, Balconista, Piloto, Manicure, Podólogo(a), Dentista, Encanador, Mecânico, Ator/Atriz, Doméstica, Secretário(a), Estudante, Do lar, Aposentado(a), Auxiliar Administrativo, Técnico(a) nível médio, Psicólogo, Economista, Professor(a), Pedagogo(a), Policial.

Etnias: branco, vermelho, amarelo, negro, mestiço

Nomes: quaisquer (masculinos/femininos)

Religiões: Espírita, Católica, Evangélica, Afro, Muçulmano, Budista, Testemunha de Jeová,

Tempo da atividade: 20 minutos.

Obs.: Durante a atividade, observar se todos participam, e se aparecem elementos para reflexão com relação à Lei de Igualdade.

2.    Exposição dialogada:

Depois, utilizar conteúdos da história elaborada para reflexões sobre a Lei de Igualdade.

- apareceu algum tipo de preconceito? (pode ter aparecido preconceito de gênero, etnia, profissão, religião na história elaborada).
- Como saber se temos preconceito?
== > O que significa ter preconceito?  (que nos achamos superiores àqueles dos quais temos preconceito)

Pedir que cada um pense em alguém que não gosta: pensem nessa pessoa, vejam a sua imagem; tentem identificar porque você não gosta dessa pessoa.

Perguntar a um dos jovens: - Sem identificar quem é a pessoa que vc pensou, diga as características dessa pessoa que você não gosta (ir anotando no quadro).
- Você já tentou imaginar porque essa pessoa age/reage assim? Qual será seu objetivo?
- Será que essa pessoa só tem coisas ruins? Tente pensar em coisas boas, virtudes que essa pessoa tem (ir anotando no quadro).
- Será que você se sente superior a essa pessoa?

- Essa pessoa tem anjo guardião? Espírito protetor? Tem! Porquê?
            - porque foi criada por Deus, assim como nós mesmos.
- Deus ama a você mais do que a essa pessoa?  NÂO! Deus ama igual a todos nós!!!


== > Infelizmente, temos a tendência de julgar as pessoas, e só vermos os seus problemas.
Um bom exercício quando temos dificuldades com alguém, é pensarmos: como eu seria, se tivesse nascido no lugar dela?
            == > somos todos resultados das nossas experiências!!

Também acontece o oposto: admirarmos uma pessoa, achando que ela tem tudo de bom, do melhor, que tem uma vida invejável!
== > Ela não tem defeitos? Dificuldades? SIM!  Como todos nós!

Cada um de nós está em uma experiência de vida!!! Mas todos temos um mesmo objetivo geral nessa vida! Qual é?  EVOLUIR espiritualmente!

Apesar de nossas diferenças, diante de Deus somos todos iguais: Espíritos criados para serem anjos!

Existem duas coisas que somos todos absolutamente iguais!!! Quem sabe quais são?
- A dor e a morte!  A dor pela morte de um filho é a mesma em toda mãe! E todos nós morreremos!

Qual o benefício de sermos tão diferentes uns dos outros?
== > podemos nos ajudar; crescemos, aprendemos uns com os outros!

Isso posto, todos estão satisfeitos com suas vidas, suas possibilidades, suas oportunidades?

èo que fazer quando mesmo sabendo disso tudo, não estamos satisfeitos?
      - Orar e vigiar! Buscar sempre ver o lado bom de tudo e ser grato sempre! Temos exatamente o que precisamos para cumprir nossos objetivos encarnatórios!!!

3.    Conclusão
Encerrar lendo os trechos de Joanna em Leis Morais da Vida:

“Desgraça real é sempre o mal que se faz, nunca o que se recebe...”

Êxitos e desditas à luz do Evangelho se apresentam comumente em sentido oposto à interpretação imediatista dos conceitos humanos.
Na manjedoura, entre pecadores, no trabalho humilde, convivendo com os deserdados, reptado e perseguido pela argúcia dos vencedores terrenos, largado numa cruz, Jesus é o símbolo do triunfo real sobre tudo e todos, em imperecível lição, que ninguém pode deslustrar ou desconhecer.
Toma-o por modelo e não te perturbes nunca!
Nas glórias ou nos insucessos guarda-te na paz interior e persevera no amor, seguindo a rota do Bem inalterável. (Leis Morais da Vida, Joanna de Ângelis,  Cap. 45)

Coroado de espinhos, ferido por uma lança e atendido na sede por uma esponja vinagrosa, carregando n’alma a ingratidão e o olvido dos amigos, sob um céu plúmbeo que ameaçava tempestade, Jesus não parecia um triunfador, confundido com dois bandoleiros que completavam a cena trágica do Calvário... Todavia, era o Incomparável Filho de Deus no supremo abandono dos homens mas em superlativa glória com a Divindade, mediante cujo testemunho atingia o ápice do seu ministério de amor entre as criaturas.
Pensa nisso, alma sofredora, e não desfaleças. (Leis Morais da Vida, Joanna de Ângelis,  Cap. 46)

4.    Exercício de respiração profunda e prece final e passes.

5.    Avaliação
Aula para 13 jovens .
A história foi feita nos últimos 5 minutos de um tempo de 30 minutos. Nem todos participaram. Não tinham interação suficiente para fazerem essa tarefa juntos. Apareceram alguns preconceitos com relação à religião, e a grupos sociais. Por essas questões abordei a questão dos preconceitos, da postura de cada um de nós, perante os ditos ‘diferentes’ do usual. Citei o filme “Até o Último Homem”, baseado numa história real, pois um dos jovens citou um caso de um rapaz que estuda com ele na academia militar e é ‘diferente’ dos demais.
A reflexão foi muito rica! Ficaram bem pensativos. Citei Jesus como o ‘diferente’, sem projeção social, e que é o maior de todos que já esteve aqui na Terra.
Falei do sonho de Eurípedes Barsanulfo com Jesus, e a importância de nossa atuação de acordo com a msg cristã, que já conhecemos.
Não li os textos da conclusão. A discussão foi toda em roda de conversa.

6.    ANEXOS


Apoio doutrinário:
Perg.803 de O LE:
803. Perante Deus, são iguais todos os homens?
“Sim, todos tendem para o mesmo fim e Deus fez suas leis para todos. Dizeis freqüentemente: ‘O Sol luz para todos’ e enunciais assim uma verdade maior e mais geral do que pensais.”

Todos os homens estão submetidos às mesmas leis da Natureza. Todos nascem igualmente fracos, acham-se sujeitos às mesmas dores e o corpo do rico se destrói como o do pobre. Deus a nenhum homem concedeu superioridade natural, nem pelo nascimento, nem pela morte: todos, aos seus olhos, são iguais.
  - vemos nessa pergunta, que se refere ao homem encarnado. Fala do corpo que sofre e morre para todos nós. Mas na próxima pergunta, Kardec já expande o raciocínio para a vida do Espírito:

Comentário de Kardec à perg. 805 de O LE:

Assim, a diversidade das aptidões entre os homens não deriva da natureza íntima da sua criação, mas do grau de aperfeiçoamento a que tenham chegado os Espíritos encarnados neles. Deus, portanto, não criou faculdades desiguais; permitiu, porém, que os Espíritos em graus diversos de desenvolvimento estivessem em contacto, para que os mais adiantados pudessem auxiliar o progresso dos mais atrasados e também para que os homens, necessitando uns dos outros, compreendessem a lei de caridade que os deve unir.
      èvemos que a desigualdade que vemos entre nós, é providencial! Objetiva que os mais aptos possam auxiliar os menos desenvolvidos; oportunidade de exercer a caridade!
      èe pq existe essa diferença nas aptidões das pessoas? èpq os Espíritos embora aqui possam ter a mesma idade, tem vivências muito diferentes em suas reencarnações anteriores.

Perg. 806. É lei da Natureza a desigualdade das condições sociais?
“Não; é obra do homem e não de Deus.”


Deus criou todos os homens iguais para a dor. Pequenos ou grandes, ignorantes ou instruídos, sofrem todos pelas mesmas causas, a fim de que cada um julgue em sã consciência o mal que pode fazer. Com relação ao bem, infinitamente vário nas suas expressões, não é o mesmo o critério.A igualdade em face da dor é uma sublime providência de Deus, que quer que todos os seus filhos, instruídos pela experiência comum, não pratiquem o mal, alegando ignorância de seus efeitos. (ESE, Cap. XVII  item 7)


 

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