Casa Espírita
Missionários da Luz
Diretoria de Infância
e Juventude
Mocidade: > 13 anos 26/07/2019
Tema: Lei do Trabalho – Trabalho
e Repouso
Objetivo:
Reconhecer o
trabalho como instrumento de progresso espiritual;
Identificar a
necessidade do repouso segundo a lei natural do trabalho;
Refletir sobre os
apelos sociais sobre o que é divertimento, férias e 'curtir', em relação às
reais necessidades do Espírito.
Bibliografia:
O Livro dos Espíritos,
Allan Kardec, pergs 540, 674
à 683 e comentário de Kardec na perg 685;
RE
de Fev1864, ‘Primeiras Lições de Moral da Infância’
Sobre o Repouso:
Pergs
711 à 717 (lei de conservação);
Ilumina-te,
Joanna de Ângelis/Divaldo Franco, ‘Lazeres e Divertimentos’;
Momento
Espírita, ‘Lazer e entretenimento’,
de 12/12/2004;
Adolescência e
Vida, Joanna de Ângelis/Divaldo Franco, Cap. 11 ‘A Vida Social Do Adolescente’.
Material: vídeo da entrevista com Michelle Schneider
Desenvolvimento:
1.
Hora
da novidade e prece Inicial
2.
Motivação
ao tema:
Perguntar a cada jovem o que gostariam de
ser, profissionalmente falando.
Falar que mostrará os 7 minutos finais de uma entrevista, sobre o
Profissional do Futuro, com Michelle Schneider:
Passar os últimos 7 minutos do vídeo TED Talk sobre “O
Profissional do Futuro” (17 min)
https://www.unasp.br/blog/profissional-do-futuro/ de 17/01/2019
Michelle Schneider é
publicitária, dj, maratonista e atua hoje como Head de Educação no LinkedIn
Brasil. Apaixonada por tecnologia, depois de algumas viagens para o Vale do Silicio
onde visitou as universidades mais inovadoras de lá, acabou se apaixonando
também pelo mundo da Educação.
“Michelle
ainda diz, em sua palestra, que as pessoas confundem inteligência com
consciência. Inteligência é a capacidade de solucionar problemas e consciência
a capacidade de sentir. E é a última, consciência, que irá nos diferenciar dos
computadores e robôs, portanto, aquilo que precisamos desenvolver o mais rápido
possível. Devemos olhar para dentro da gente e aprender com isso.
Precisamos
aprender a lidar com as nossas emoções. O profissional do futuro vai sim
desenvolver as habilidades externas, mas se ele não desenvolver-se internamente
as chances de fracasso serão muito grandes.
Michelle
Schneider nos convida a amarmos as nossas imperfeições, a aceitarmos nossos
desejos e nos motiva a buscar o auto aperfeiçoamento interno. Afinal, muito
mais do que termos as habilidades técnicas, o emocional, aquilo que cultivamos
dentro de nós, o que fazemos sem a necessidade de corresponder às necessidades
alheias é o que nos levará adiante.”
3.
Desenvolvimento:
Nessa entrevista ela aborda também a rapidez
com que a tecnologia está caminhando, e que em poucas décadas os robôs estarão
realizando a maior parte das tarefas que conhecemos hoje. E, se não fizermos
algo já, teremos grandes problemas num futuro não muito distante.
Gente, o
trabalho é necessário para os seres humanos? Por quê?
Vejamos o que os Espíritos responderam à Kardec sobre esse assunto:
675. Por trabalho só se devem entender as ocupações materiais?
“Não; o
Espírito trabalha, assim como o corpo. Toda ocupação útil é trabalho.”
ð Por essa resposta, dada em 1857, já se pode ver que não só os trabalhos
que os robôs podem fazer é que são trabalhos pp ditos!
Resposta da Perg. 677:
“Tudo em a
Natureza trabalha. Como tu, trabalham os animais, mas o trabalho deles, de
acordo com a inteligência de que dispõem, se limita a cuidarem da própria
conservação. Daí vem que do trabalho não lhes resulta progresso, ao passo que o do homem visa duplo fim:
a conservação do corpo e o desenvolvimento da faculdade de pensar, o que também
é uma necessidade e o eleva acima de si mesmo.
Será que existe a necessidade de trabalhar,
nos mundos superiores?
678. Em os mundos mais aperfeiçoados, os homens se acham submetidos à mesma
necessidade de trabalhar?
“A natureza do trabalho está em
relação com a natureza das necessidades. Quanto menos materiais são
estas, menos material é o trabalho. Mas, não deduzais daí que o homem se
conserve inativo e inútil. A
ociosidade seria um suplício, em vez de ser um benefício.”
679. Achar-se-á isento da lei do trabalho o homem que possua bens suficientes
para lhe assegurarem a existência?
“Do
trabalho material, talvez; não,
porém, da obrigação de tornar-se útil, conforme aos meios de que
disponha, nem de aperfeiçoar a sua inteligência ou a dos outros, o que também é
trabalho. Aquele a quem Deus facultou a posse de bens suficientes a lhe
garantirem a existência não está, é certo, constrangido a alimentar-se com o
suor do seu rosto, mas tanto maior lhe é a obrigação de ser útil aos seus
semelhantes, quanto mais ocasiões de praticar o bem lhe proporciona o
adiantamento que lhe foi feito.”
ð O trabalho é uma lei natural! É necessário ao nosso desenvolvimento!
Trabalharemos sempre!!!!
Mas, do ponto de vista da DE, com relação ao
trabalho, o que é mais importante?
ð
Ser
útil, seguindo as leis de Deus!
Na conclusão da
palestra dela, fica claro que não precisamos correr para nos tornarmos melhores
em fazer, embora tenhamos sim, que nos capacitar para as atividades externas, mas nossa
preocupação deve ser em SER! Um trabalho de olhar para dentro de si para sermos
melhores seres humanos!
Com relação ao trabalho profissional, um é
mais importante que o outro?
ð
Não!
Embora aqui na Terra exista essa diferença, perante Deus não são as profissões
que fazem a diferença, mas como
realizamos nosso trabalho!!!
- fizemos com o coração? Da melhor forma
possível? Com dedicação? Nos tornamos melhores fazendo essa tarefa?
Quem dá um exemplo de
Espírito com trabalho sem significado na sociedade mas de grande valor
espiritual?
ð
Chico
Xavier (servidor público de função básica), Divaldo Franco (a mesma coisa), a
mãe de André Luiz (relatado em Nosso Lar. Uma dona de casa submissa, mas que ao
desencarnar estava numa colônia acima de Nosso Lar!)
Quem dá exemplo de
Espírito com trabalho de grande significado na sociedade, e com grande valor
espiritual?
Lins de Vasconcelos,
Zilda Arns.
Quem dá exemplo de Espírito com trabalho com grande significado na sociedade mas de grande falência espiritual?
ð Senador Públio
Lêntulus (ele era o representante do imperador romano na Palestina. Uma ordem
dele e Jesus não teria sido crucificado; ele teria mudado a história!), André
Luiz.
Então, realmente não
importa mesmo o que fazemos, mas como fazemos e se nos tornamos melhores como
Espíritos ao fazer a tarefa que escolhemos ou que a vida nos colocou nas mãos!
Uma boa reflexão sobre nosso trabalho diário
é: a quem estou servindo?
ð Ao Ego? À Deus?
Refletindo sobre
isso, teremos uma indicação se nosso trabalho está no caminho da nossa evolução
ou não!
Vejamos o que Kardec comentou na perg 685 com relação ao trabalho:
Quando se
generaliza, a suspensão do
trabalho assume as proporções de um flagelo, qual a miséria. (...)
Há um
elemento, que se não costuma fazer pesar na balança e sem o qual a ciência
econômica não passa de simples teoria. Esse elemento é a educação, não a
educação intelectual, mas a educação
moral. Não nos referimos, porém, à educação moral pelos livros e sim à
que consiste na arte de
formar os caracteres, à que incute hábitos, porquanto a
educação é o conjunto dos hábitos adquiridos. (...)
Quando essa
arte for conhecida, compreendida e praticada, o homem terá no mundo hábitos de ordem
e de previdência para consigo mesmo e para com os seus, de respeito a tudo
o que é respeitável, hábitos que lhe permitirão atravessar menos penosamente
os maus dias inevitáveis. A desordem e a imprevidência são duas chagas que só
uma educação bem entendida pode curar. Esse o ponto de partida, o elemento real
do bem-estar, o penhor da segurança de todos.
ð
A
falta de trabalho útil traz diversos problemas sociais, além da miséria
econômica, e o mundo tende ao caos. Com a expansão da consciência, todos
estaremos com a visão do bem estar de todos, e não somente do meu bem estar.
Como falou Kardec, precisamos de educação moral para combater o egoísmo.
Na RE de Fev1864, Kardec dá um exemplo de
como reforçamos o egoísmo nas cças:
Numa família de nosso conhecimento há uma pequena filha de
quatro a cinco anos, de uma inteligência rara, mas que tem os pequenos defeitos
das crianças mimadas, quer dizer, que ela é um pouco caprichosa, chorosa,
teimosa, e não diz sempre obrigado quando se lhe dá alguma coisa(...). Vejamos
como se empenham para tirar essas pequenas nódoas e conservar ao ouro a sua
pureza.
Um dia, havia sido trazido um bolo à criança, e, como é
geralmente o hábito, se lhe disse: "Tu o comerás se fores obediente;"
primeira lição de
guloseima. Quantas vezes não chega a dizer, à mesa, a uma criança, que
não comerá de tal gulodice se chorar. "Faze isto, faze aquilo, se lhe diz,
e tu terás do creme" ou alguma outra coisa que possa lhe fazer inveja; e a
criança se constrange, não
por razão, mas tendo em vista satisfazer um desejo sensual que a aguilhoa. É bem pior ainda
quando se lhe diz, o que não é menos frequente, que se dará sua porção a um
outro; aqui não é mais a gulodice só que está em
jogo,
é a inveja; a
criança fará isso que se lhe manda, não só para ter, mas que um outro não
tenha. Quer se lhe dar uma lição de generosidade? diga-se-lhe: "dá esse
fruto ou esse ou esse brinquedo a um tal." Se ela recusa, não se deixe de
acrescentar, para simular nela um bom sentimento: "Eu te darei um outro
dele;" de maneira que a criança não se decida a ser generosa senão quando está certa de nada
perder.
Fomos um dia testemunha de um fato muito característico
nesse gênero. Era uma criança de dois anos e meio mais ou menos, a quem se havia
feito semelhante ameaça, acrescentando-lhe: "Nós o daremos ao irmãozinho,
e tu não o terás;" e, para tornar a lição mais sensível, coloca-se a
porção sobre o prato deste; mas o irmãozinho, tomando a coisa a sério, come a
porção. Em vista disso, a outra se torna vermelha e seria preciso não ser nem o
pai nem a mãe para não ver o estrondo de cólera e de ódio que jorra de seus
olhos. A semente foi lançada; pode produzir bom grão?
Retornemos à pequenina da qual falamos. Como não toma
nenhuma conta da ameaça, sabendo por experiência que será executada raramente,
esta vez se fez mais firme, porque compreendeu-se que seria preciso dominar
esse pequeno caráter e não esperar que a idade lhe venha dar um mau hábito. E
preciso formar as crianças cedo, dizia-se; máxima muito sábia, e, para
colocá-la em prática, eis como se a toma." Eu te prometo, lhe diz sua mãe,
que se tu não obedeceres, amanhã de manhã, a primeira pequena pobre que passar,
dar-lhe-ei teu bolo." O que foi dito foi feito; esta vez queria-se
resistir e lhe dar uma boa lição. No dia seguinte de manhã, pois, tendo
percebido uma pequena vizinha na rua, fê-la entrar, e se obrigou a filhinha a
tomá-la pela mão e a lhe dar, ela mesma, seu bolo. Sobre isso, louvores dados à
sua docilidade. Moralidade: a filhinha disse: "É indiferente, se soubesse
disto, teria me apressado em comer meu bolo ontem;" e todo o mundo de
aplaudir a essa resposta espirituosa. A criança, com efeito, recebeu uma grande
lição, mas uma lição do
mais puro egoísmo, do qual não deixará de se aproveitar numa outra vez,
porque ela sabe agora o que custa a generosidade forçada; resta saber que
frutos dará mais tarde essa semente, quando, mais idosa, a criança fará a
aplicação dessa moral em coisas mais sérias do que um bolo. Sabem-se todos os pensamentos
que só esse fato pôde fazer germinar nessa jovem cabeça? Como se quer, depois disso, que
uma criança não seja egoísta quando, em lugar de despertar nela o prazer de
dar, e de lhe representar a felicidade daquele que recebe, se lhe impõe um
sacrifício como punição? Não é inspirar a aversão pelo ato de dar, e por
aqueles que têm necessidade? Um outro hábito igualmente frequente é o de
punir uma criança vendo-a comer, na cozinha, com os domésticos. A punição está
menos na exclusão da mesa do que na humilhação de ir à das pessoas de serviço.
Assim se encontra inoculado, desde a mais tenra infância, o vírus da
sensualidade, do egoísmo, do orgulho, do desprezo aos inferiores, das paixões,
em uma palavra, que são, com razão, consideradas como as pragas da Humanidade.
ð Desde cedo devemos
ensinar as virtudes, a perceber nossas dificuldades morais e tentar mantê-las
sob controle. Assim, a questão da postura no trabalho profissional será
consequência natural, e teremos uma sociedade mais feliz.
Nós estamos aqui
nessa reencarnação para evoluirmos. Todas as leis morais nos auxiliam a
caminhar com segurança para que sejamos bem sucedidos na nossa missão
reencarnatória. Essas leis estão todas ligadas entre si. São um norte para
todos nós.
614. Que se deve entender por lei natural?
“A lei
natural é a lei de Deus. É
a única verdadeira para a felicidade do homem. Indica-lhe o que deve
fazer ou deixar de fazer e ele
só é infeliz quando dela se afasta.”
Vocês querem ser felizes?
ð Então, precisamos
todos, saber as leis de Deus para não nos afastarmos delas!
No caso da lei do Trabalho, que é toda
ocupação útil, vale uma reflexão:
- no dia de hoje,
qual trabalho cada um de vocês realizou?
(pedir que cada um responda! O
evangelizador pode ser o primeiro a falar!)
A quem vc estava
servindo ao realizar esse trabalho?
4.
E sobre o repouso? O descanso? Porque é
necessário?
Vamos
ver o que os Espíritos disseram sobre isso. Pedir que um deles leia a perg no
LE:
LE.: Perg.682. Sendo uma necessidade para todo aquele que trabalha, o repouso não é
também uma lei da Natureza?
“Sem dúvida. O repouso serve para a reparação das forças
do corpo e também é necessário para dar um pouco mais de liberdade à
inteligência, a fim de que se eleve acima da matéria.”
èentão vemos que os
Espíritos superiores deram duas finalidades ao repouso: quais são?
i.
Reparar
as forças do corpo (descanso físico), e
ii.
Dar
liberdade à inteligência, à mente, para poder se elevar acima da matéria. O que
significa isso?
Vocês
acham que faz sentido essa resposta dada à Kardec?
Primeiro
ponto a observar: as atividades nas horas de folga devem possibilitar o descanso
físico, para que descansados, possamos retomar nossas obrigações!
Segundo ponto, é a necessidade de ter
um tempo para ouvir nosso mundo interior: oração, meditação. Deixar a mente
vazia para que nosso ‘EU’ possa se fazer ouvir.
Um texto do Momento Espírita, também desse
assunto, diz:
“O entretenimento
deve trazer satisfação, paz íntima, contentamento. E tudo isso só é
possível com lucidez, com domínio da razão, com discernimento.”
èsatisfação, paz
íntima e contentamento:
èO que será que
significa dizer que “só é possível com lucidez, com domínio da razão, com
discernimento”?
-
que existem apelos na sociedade em geral, para o uso de substâncias que tragam
‘alegria’, ‘bem estar’! Que alteram o sistema nervoso e reduzem o
discernimento, a lucidez.
É preciso beber, fumar, ingerir substância
alucinógenas para se ter alegria?
Qual a lógica disso? ‘Esquecer’, dizem...
Esquecer o quê? E quando passar o efeito dessas substâncias, como ficou a vida?
Ficou melhor? Com certeza não!
Gastou dinheiro para esse consumo; dinheiro
que muitas vezes é curto e poderia ser melhor utilizado; fica sensação física
de cansaço, mal estar, pois o corpo se ressente dessas substâncias e a
realidade que se queria esquecer, permanece lá como estava antes...
ð Se der liga com a
resposta dos jovens, citar a situação espiritual dos locais ditos de diversão,
onde espíritos ainda presos aos apetites das sensações materiais frequentam também!
A diversão é necessária, mas com bom senso,
inteligência!
Joanna, em Adolescência
e Vida, diz:
“Assim, a preferência do jovem é por outro da
mesma faixa etária, os seus jogos são pertinentes às ocorrências que lhe
estão sucedendo no dia-a-dia. Há uma abrupta mudança de interesses, e portanto,
de companhias, que se tornam imperiosos para a formação e definição da sua
personalidade.”
èentão,
os jovens precisam estar com outros jovens! Precisam se socializar! Saber o que
está acontecendo no momento, buscar diversões sadias que possam realmente
trazer alegria, momentos de prazer que poderão depois ser recordados com
saudades!
-Pedir que cada um diga um momento
de vida que se lembra, que foi bem legal, que ficou na lembrança! èReforçar
que esses são os verdadeiros momentos de recreação!
O que fazer quando tudo parece chato?
Sugere Joanna:
“Se te sentes
afadigado no trabalho a que te dedicas, muda a rotina, retempera o ânimo
e sentirás renovação emocional, tornando-te tranquilo.”
ètudo depende de nosso
real querer! Fazer um esforço para ser feliz, dentro do contexto que a vida me
colocou! Com essa mudança de atitude mental, a gente se sente mais leve.
E acrescenta Joanna:
“Preenche as tuas horas com atividades
produtivas, e naquelas dedicadas ao repouso, ao lazer, não te desligando
da realidade, prosseguindo ativo mentalmente e com emoção de felicidade.”
ècomo
o trabalho (ocupação útil) é da lei de Deus, trabalhar deve proporcionar
prazer! Para isso, é preciso colocar outras lentes na forma como vemos a nossa
vida! Buscar encontrar sentido no que fazemos e fazermos com satisfação!
5.
Prece
final e passes
6.
Avaliação
Aula para 9 jovens com interesse. Só foram lidos as perguntas de O LE.
Não foi abordado o texto de Kardec na RE. Não foi feita a reflexão individual ‘A
quem vc estava servindo ao realizar esse trabalho?’; apenas na conversa.
ANEXOS
Lazer e entretenimento
Você já observou quantas alternativas de entretenimento
são oferecidas nos dias de hoje?
São tantas as possibilidades que às vezes
fica difícil a escolha.
Todavia, se é verdade que a oferta é grande,
não é menos verdade que nem sempre o entretenimento atinge os objetivos a que
se propõe.
O entretenimento tem por objetivo divertir,
trazer bem-estar, alegria, descontração.
No entanto, há que se perguntar porque as
pessoas vão a esses locais de diversão e se drogam, se embebedam, se tornam
violentas, perdem o juízo, o bom senso.
É de se perguntar porque as cidades
litorâneas onde muitos passam as férias geralmente se tornam, na “temporada”,
estressantes, irritantes, cansativas, sujas, barulhentas.
Será que para se divertir é preciso perder o
juízo?
Será válido buscar, em nome do lazer,
mecanismos de alienação da realidade, de fugas variadas, de entorpecimento dos
sentidos?
O entretenimento deve trazer satisfação, paz
íntima, contentamento. E tudo isso só é possível com lucidez, com domínio da
razão, com discernimento.
Quando se opta pelo entorpecimento dos
sentidos é sinal grave de que algo não está bem e, por mais que se tente fingir
diversão, não se consegue essa satisfação.
E, nesse caso, as conseqüências podem ser
ainda mais desastrosas.
O indivíduo sai para se divertir e volta
deprimido, insatisfeito, ansioso, quando não cai nas malhas da violência,
sempre à espreita dos descuidados...
É importante refletir sobre essas questões
que dizem respeito a todos nós.
É preciso refletir sobre os propósitos que
nos movem a buscar lazer, divertimento, férias...
É muito comum, em cidades litorâneas, no
verão, o trânsito intenso e as buzinas nervosas fazendo parecer que as pessoas
estão ali contrariadas, cumprindo uma penalidade.
As crianças, no interior dos veículos,
parecem assustadas, e não devem entender como podem suas férias ser tão
tumultuadas.
Talvez algumas pessoas não se dêem conta de
que estão de férias. Que estão lá para obter satisfação, tranqüilidade, paz, e
não para competir no trânsito, irritando-se e irritando os outros.
Outras desejam levar para esses locais de
lazer o seu “barulho particular”, com o qual estão acostumadas.
Falam alto, ouvem música mais alto ainda,
como se o mundo fosse feito só para elas, e todas as demais pessoas devam se
submeter aos seus gostos e desgostos.
Quando isso acontece, o lazer se converte em
perturbação generalizada e causa um efeito totalmente oposto ao esperado.
Por todas essas razões, vale a pena pensar
nos propósitos que nos movem a buscar o entretenimento.
E, mais importante, vale lembrar que vivemos
num mundo em que precisamos respeitar aqueles que dividem o espaço conosco.
Se não for assim, para que serve o
entretenimento?
Pense nisso!
Lembre-se que as pessoas que buscam o lazer
têm os mesmos direitos que você, e todos têm o dever de contribuir para o bem geral.
Lembre-se, ainda, que o seu direito termina
onde começa o direito do outro.
Respeitar esse direito é o mínimo que se
espera de uma sociedade civilizada.
Pense nisso, e tenha uma boa diversão!
Equipe de redação do
Momento Espírita, sob inspiração de conferência de J. Raul Teixeira, no dia
12/12/2004, no Clube Morgenau, Curitiba-PR.
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