Casa Espírita
Missionários da Luz
DIJ – Mocidade - 29/03/19 > 13 anos
Tema: Existência do Espírito
Objetivo:
Estudar as evidências da existência do Espírito nos
estudos científicos, filosóficos e psicológicos.
Bibliografia:
- O Livro dos Médiuns – 1a. Parte, Cap I, itens 1 à 3;
- O Livro dos Médiuns – 1a. Parte, Cap I, itens 1 à 3;
-
O Livro dos Espíritos – perg 76
- Katie King – Wallace Leal V. Rodrigues
-
http://bvespirita.com/O%20Trabalho%20dos%20Mortos%20-%20Livro%20do%20Joao%20(Nogueira%20de%20Faria).pdf PDF com estudos e fotos retirados do livro O
Trabalho dos Mortos.
- http://www.autoresespiritasclassicos.com/autores%20espiritas%20classicos%20%20diversos/mediuns/Ana%20Prado/Nogueira%20de%20Faria%20-%20O%20Trabalho%20dos%20Mortos%20(Obra%20Completa).pdf O Trabalho dos Mortos – obra completa
-
vídeo
Peixotinho – 100 anos (https://www.youtube.com/watch?v=9XzFe2pvy2I, https://www.youtube.com/watch?v=k49dgkI_45k, https://www.youtube.com/watch?v=KhVjAtnDDOo )
Desenvolvimento:
- Hora da novidade
- Exercício de respiração profunda e prece inicial.
- Falar do tema da noite, existência do Espírito, e como podemos abordá-lo nas perspectivas da ciência, da filosofia e da religião.
Para isso, dividir a turma em 3 grupos, ficando cada grupo,
com um desses 3 aspectos, para leitura discussão e apresentação aos demais das
conclusões da discussão nos grupos.
Grupo 1 – Aspecto
filosófico – texto de Kardec - O Livro dos Médiuns – 1a. Parte, Cap I, itens 1 à 3
Grupo 2 – Aspecto
psicológico – Texto de Momento Espírita - TVP
Grupo 3 – Aspecto Científico
– texto de José Ferraz : ‘A crença na
imortalidade da alma’
- Apresentação dos grupos
Grupo 1 – Aspecto filosófico – texto de Kardec - O Livro dos Médiuns – 1a. Parte, Cap I, itens
1 à 3
èKardec parte da
premissa da existência da alma e derivando das consequências desse fato, chega
à existência dos Espíritos e ao Mundo Espiritual.
Grupo 2 – Aspecto psicológico – texto do Momento Espírita – Fobia e Reencarnação
èo
problema desse paciente da psicóloga, foi resolvido com a TVP. A psicologia está cada mês mais encontrando
na existência pregressa do Espírito, a causa de diversos traumas que os
pacientes trazem.
Grupo 3 – Aspecto
Científico
– texto de José Ferraz : ‘A crença na
imortalidade da alma’
è William
Crookes, autor do livro " Fatos Espíritas ", foi um físico inglês que experimentou diversos fenômenos
de efeitos físicos e especialmente o fenômeno de materialização do Espirito
Katie King.
Relatar
as materializações de Katie King em Londres (Fonte: - Katie King –
Wallace Leal V. Rodrigues):
Médium:
Miss Florence Cook – tinha 15 anos na época das experiências. Nascto em 1856 e
morte em 1904
Cientista:
Sir. William
Crookes – Nascto 17/06/1832 – Morte 04/04/1919. Vejam que ele é da época de
Kardec. Kardec na França, William Crookes na Inglaterra.
Espírito:
Katie King - 1a. Materialização total em 22/04/1872 (nessa data, Kardec já
tinha morrido e toda a Codificação já estava publicada); última materialização
em 21/05/1874.
Katie
foi fotografada 40 vezes
por Sir William Crookes.
Quem era Sir William Crookes?
-
químico e físico, presidente
da Sociedade de Química de Londres
-
1861 – descobriu o tálium e em 1872
– inventou o radiômetro. Teve diversos trabalhos científicos publicados;
-
1913 - prêmio Nobel de Química.
Como diz o
texto, o cientista foi estudar o fenômeno da jovem Florence, para desmascarar,
e acabou atestando a veracidade do fenômeno.
Veja que frase
maravilhosa dele: -
Não digo que isto pode ser possível, afirmo que é real.
Mostrar algumas
fotos das materializações de Katie King.
Vendo a
cronologia dos fatos que chamaram a atenção da sociedade, em diversos locais,
vemos que houve um trabalho planejado, organizado por Jesus, para chamar a
atenção sobre a existência dos Espíritos (escrever no quadro):
Fenômenos de Hydesville - Irmãs Fox – EUA
|
1º contato com o Espírito: 31 de março de 1848
|
Kardec ouve falar das mesas girantes - França
|
1854 (em Obras Póstumas, 2ª parte)
|
Kardec lança o Livro dos Espíritos e demais obras da
codificação, Paris/França
|
Abr/1857 (LE) à 1969 (A Gênese)
|
Sir
William Crookes – Inglaterra
|
1a. Materialização total em 22/04/1872
|
Nasce
Peixotinho, Pacatuba/Ceará
|
01/02/1905. Grande médium de efeitos físicos.
Materializações Espírito Scheilla
|
Nasce Chico Xavier, Pedro Leopoldo/MG
|
02/04/1910. Psicografou mais de 400 livros
|
Médium Ana Prado – Belém do PR
|
Materializações de 1918 e 1921
|
Nasce Divaldo Pereira Franco, Feira de Santana/Bahia
|
05/05/1927, Mais de 250 livros psicografados até hoje.
|
Vemos que os fenômenos de materializações reduziram muito.
Chico Xavier chegou a participar de algumas experiências, tendo até se
materializado o Espírito de Emmanuel. Mas Emmanuel falou ao Chico que as
materializações só chamam a atenção; já o livro, educa! Essa era a missão do
Chico: educar através dos livros!
- Exercícios de respiração profunda e prece de encerramento.
- Avaliação
Aula
dada pela Geani, para 12 jovens com
participação. O grupo que mais se pronunciou foi o do aspecto científico.
- Anexos
Fotos de Katie King (Wallace
Rodrigues, livro ‘Katie King’)
- em close up – págs 21 e 56
- Em processo de materialização – pág
99
- corpo inteiro – pág 120
- Katie e Florence - pág 202 e 206
-
Katie e William Crookes - pág 30
Texto Grupo 1
LM
Cap. I “Há Espíritos” item 1
“A dúvida, no que concerne à existência
dos Espíritos, tem como causa primária a ignorância acerca da verdadeira
natureza deles.” (…)
“Seja qual for a ideia que dos
Espíritos se faça, a crença neles necessariamente se funda na existência de um
princípio inteligente fora da matéria. Essa crença é incompatível com a negação
absoluta deste princípio. Tomamos, conseguintemente, por ponto de partida, a
existência, a sobrevivência e a individualidade da alma, existência,
sobrevivência e individualidade que têm no Espiritualismo a
sua demonstração teórica e dogmática e, no Espiritismo,
a demonstração positiva. Abstraiamos, por um momento, das manifestações
propriamente ditas e, raciocinando por indução, vejamos a que consequências
chegaremos.”
2. Desde que se admite a existência da
alma e sua individualidade após a morte, forçoso é também se admita: 1º, que a
sua natureza difere da do corpo, visto que, separada deste, deixa de ter as
propriedades peculiares ao corpo; 2º, que goza da consciência de si mesma, pois
que é passível de alegria, ou de sofrimento, sem o que seria um ser inerte,
caso em que possuí-la de nada nos valeria. Admitido isso, tem-se que admitir
que essa alma vai para alguma parte. Que vem a ser feito dela e para onde vai?
Segundo a crença vulgar, vai para o
céu, ou para o inferno. (…)
Não podendo a doutrina da localização
das almas harmonizar-se com os dados da Ciência, outra doutrina mais lógica
lhes assina por domínio, não um lugar determinado e circunscrito, mas o espaço
universal: formam elas um mundo invisível, em o qual vivemos imersos, que nos
cerca e acotovela incessantemente. (...)
Ora, essas almas que povoam o Espaço são precisamente o a que
se chama Espíritos. Assim, pois, os Espíritos não são
senão as almas dos homens, despojadas do invólucro corpóreo. Mais hipotética
lhes seria a existência, se fossem seres à parte. Se, porém, se admitir que há
almas, necessário também será se admita que os Espíritos são simplesmente as
almas e nada mais. Se se admite que as almas estão por toda parte, ter-se-á que
admitir, do mesmo modo, que os Espíritos estão por toda parte. Possível,
portanto, não fora negar a existência dos Espíritos, sem negar a das almas.
3.
Isto não passa, é certo, de uma teoria
mais racional do que a outra. Porém, já é muito que seja uma teoria que nem a
razão, nem a ciência repelem. Acresce que, se os fatos a corroboram, tem ela
por si a sanção do raciocínio e da experiência. Esses fatos se nos deparam no
fenômeno das manifestações espíritas, que, assim, constituem a prova patente da
existência e da sobrevivência da alma.
Texto Grupo 2
As fobias e a
reencarnação
Uma psicóloga norte-americana foi
procurada para atender um adolescente, portador de problema singular.
Desde a infância, o garoto trazia uma
fobia com relação ao bater das asas dos pássaros mas, foi na adolescência que o
problema se intensificou e os pais buscaram a ajuda de um profissional.
Quando percebia um pássaro pousando, o
movimento das asas lhe causava crises terríveis culminando em desmaio.
A psicóloga buscou, com todos os
recursos de que dispunha, uma forma de ajudá-lo.
Provocou, por inúmeras vezes, a regressão
de memória até ao útero materno e não conseguia descobrir as origens do
desequilíbrio.
Materialista convicta, a profissional
só admitia uma única existência e buscava a resposta a partir da vida no ventre
materno.
Mas, como os anos rolaram sem que pudesse
resolver a questão, e porque o desafio se tornasse cada vez maior, numa das
sessões de regressão resolveu deixar que o jovem fosse mais além.
Embora não acreditasse na teoria da
preexistência do Espírito, foi nesse universo desconhecido que encontrou a
origem do trauma.
O jovem, então com 21 anos, mergulhou
no seu passado e se viu como soldado, lutando na Segunda Guerra Mundial.
Descrevia seu drama com detalhes.
Estava em meio a uma batalha, juntamente com os demais soldados, quando houve
uma grande explosão e todos foram atingidos.
Ele também fora atingido pelos
estilhaços da bomba mas não morrera de imediato, ficando apenas semiconsciente.
Após baixar a poeira, vieram os
tratores e juntaram os inúmeros corpos em monturos, deixando-os para serem enterrados
em covas coletivas mais tarde.
Nessa ocasião, ele, que estava
agonizante mas não morto, fora arrastado para o monturo com os demais
cadáveres, ficando sobre os demais.
E porque demorassem para soterrar os
corpos, os abutres buscaram neles o seu alimento.
Quando os abutres sentavam sobre seu
corpo, ele percebia o bater das asas e sentia suas carnes sendo dilaceradas com
violência.
Essa cena se repetiu por muitas horas,
até que a morte física se consumasse.
Embora rompidos os laços do corpo
físico, aquele Espírito ficou impregnado das sensações horríveis dos últimos
momentos, a ponto de trazer o desequilíbrio para a nova existência, em forma de
fobia.
Não é preciso dizer que a doutora
materialista rendeu-se aos fatos e mudou seu pensamento a respeito da vida.
*
* *
Muitos medos e traumas cujas causas
não estão na presente existência têm suas raízes em um passado mais ou menos
distante, em existências anteriores.
O Espírito recebe um novo corpo em
cada nova existência, mas traz consigo os problemas não resolvidos de outros
tempos.
Por esse motivo é importante que
olhemos para as pessoas como Espíritos milenares, mesmo que estejam albergados
temporariamente num corpo infantil.
Percebendo a vida sob esse ponto de
vista, teremos mais e melhores possibilidades de ajudar as criaturas que trazem
dificuldades, começando por nós mesmos.
Redação do Momento Espírita. Em
22.12.2009.
Texto Grupo 3
"As
experiências de cunho científico realizadas a partir da oficialização da
Doutrina Espírita em 18 de abril de 1857, por inúmeros sábios daquela época,
removeram todas as controvérsias existentes sobre a sobrevivência da alma
humana depois da morte biológica.
"Desde
então, pode-se apresentar fatos reais acontecidos sob o crivo da metodologia
científica, atestando definitivamente que a vida humana não se extingue na
sepultura, discordando frontalmente da
teoria materialista, fomentadora da falsa cultura.
"Resolvido
a fazer uma investigação criteriosa dentro dos princípios rígidos da própria
Ciência para desmascarar como fraudulentos, conscientes ou inconscientes, os
chamados fenômenos espíritas, o sábio inglês William Crookes, considerado o pai
da Física Moderna, deparou-se com a evidência dos fatos e humildemente declarou
aos seus pares da Sociedade Psíquica de Londres: - Não digo que isto pode ser
possível, afirmo que é real.
"Reportava-se
naquele momento aos fenômenos acontecidos na sua própria residência,
transformada num sofisticado laboratório de pesquisas psíquicas, onde submeteu
vários médiuns aos exaustivos testes da paranormalidade, debaixo de severo
controle instrumental e fiscalizados pela observação criteriosa de seu profundo
senso científico.
"Juntamente
com seus familiares, presenciou maravilhado o inacreditável. A alma ou Espírito
é uma realidade circunscrita, individualizada, consciente e racional.
"Durante
três anos consecutivos, o descobridor da energia radiante, um novo estado da
matéria, desconhecido até a época das suas experiências transcendentais,
conseguiu verdadeiros milagres utilizando-se da mediunidade exuberante de
Florence Cook.
"Aceitando
passivamente todas as exigências do admirável físico inglês, sem receber
qualquer remuneração, a médium de efeitos físicos possibilitou a materialização
do Espírito de Katie King, ensejando ao cientista: medir e comparar as
pulsações de ambas, cujos valores eram diferentes; conversar e abraçar a
entidade espiritual materializada, assim como retirar amostras dos cabelos e do
vestuário para exames posteriores, afastando a ideia alucinatória; e finalmente
fotografar várias vezes, inclusive à luz do dia, a forma perispiritual
humanizada com êxito incomparável. (FERRAZ,
José. A crença na imortalidade da alma. In: ___. Presença espírita. Órgão
divulgador do Centro Espírita Caminho da Redenção, Salvador. 1986, p. 15 e 18.)
Outros subsídios teóricos:
ANA PRADO - A
GRANDE MÉDIUM DE EFEITOS FÍSICOS
(texto obtido de páginas
da internet. A médium e o caso relatado, da materialização do Espírito de
Rachel, foram relatados pelo médico e conferencista Alberto Almeida, na XIII
Conferência Espírita do Paraná, em 19/03/11).
Relatos em ‘O Trabalho
dos Mortos (Livro de João)’, de Nogueira de Faria, pela FEB, em 1921.
A grande médium de
efeitos físicos, Ana Prado desencarnou em 24 de abril de 1923 na cidade de
Belém no estado do Pará.
A médium Ana Prado foi casada
com Eurípedes Prado, um guarda-livros da firma Albuquerque & Cia., de Belém
do Pará.
A senhora Ana Prado foi
uma extraordinária médium que possibilitou a realização de não menos
extraordinários fenômenos de materialização em Belém do Pará. As sessões
aconteciam na residência da família, sendo a filha do casal, Antonina Prado,
médium psicográfica.
Pioneira da prática de
efeitos físicos no país, Ana Prado foi uma das maiores colaboradoras do
escritor espírita Raymundo Nogueira de Faria, para a preparação de sua obra
"O Trabalho dos Mortos", publicada em 1921. A obra detalha os
fenômenos de efeitos físicos de materialização dos espíritos nos quais Ana
Prado era o agente mediúnico, sendo ilustrada por fotografias de autoria do
maestro Ettore Bosio.
Durante os anos de 1918
e 1921, uma gama de surpreendentes fenômenos sacudiram o Brasil, e,
especialmente, a cidade de Belém do Pará.
As primeiras
manifestações tiveram lugar em 12 de junho de 1918. Num fenômeno de transporte,
os Espíritos fizeram aparecer, sob pequena mesa situada na sala devidamente
fechada, uma bela flor, que, de forma poética, simbolizava a avalanche de
prodigiosas comprovações da imortalidade da alma que aquele pequeno grupo
assistiria ao longo de três anos.
Muitas vezes, os
Espíritos repetiram o transporte, de flores, que chegaram ao número de vinte
numa só sessão. Porém, também as moldagens em parafina ali aconteceram, quando,
em dada ocasião, um molde perfeito de mão humana com dedos curvados fora
produzido, ostentando, ainda, um lido ramalhete de rosas.
Um dos feitos
mediúnicos mais expressivos de Ana registrou-se em 28 de abril de 1921, quando
o espírito de Rachel Figner se materializou na presença de seu pai, Frederico
Figner, diretor da conceituada Casa Edison, no Rio de Janeiro. Além das
fotografias das materializações, foram produzidas moldes em parafina de flores,
mãos e pés materializados. O fenômeno teve ampla cobertura da imprensa regional
à época, muito contribuindo para a divulgação do Espiritismo.
Ela apareceu, por
primeira vez, no dia 2 de maio de 1921. Acompanhemos o registro do meu
conterrâneo Carlos Bernardo Loureiro de tão importante episódio:
“... Surgiu, junto à
cortina, uma jovem, com todas as aparências e gestos de Raquel a tal ponto que
D. Ester, sua mãe, exclamou: ‘É Raquel!’. Os gestos eram absolutamente os da
filha dos Figner, e mesmo o corpo, a forma “o vestidinho acima do tornozelo, de
mangas curtas e um pouco decotado”. Apresentou-se, assim, diante dos
assistentes na reunião de Ana Prado, e, muito especialmente, face a face com os
seus pais.”
Foram, aqueles,
momentos de grande contentamento para pai e mãe, e para esta em especial. Em
uma das manifestações, Raquel pede à mãe que deixe de usar o luto, pois, como
ela afirmara, era “muito feliz” em sua nova condição.
“Os fenômenos que ocorreram em Belém, Pará,
através da fantástica faculdade mediúnica de Ana Prado, ombreiam-se aos mais
notáveis já obtidos em várias partes do mundo. Ana Prado, sem nenhum favor,
integra a galeria dos grandes médiuns que contribuíram, com sofrimento e
profundos desgostos, para o engrandecimento e consolidação da causa do
Espírito, Senhor do Tempo e dos Elos Perdidos...”
Peixotinho – O grande médium de efeitos físicos
Francisco Peixoto Lins (Peixotinho) -
Nasceu na cidade de Pacatuba, Estado do Ceará, no dia 1º de fevereiro de 1905,
desencarnando na cidade de Campos dos Goytacazes, Estado do Rio de Janeiro, 16
de junho de 1966.
Aos 14 anos nele se manifestaram os
primeiros indícios de sua extraordinária mediunidade, sob a forma de terrível
obsessão. Envolvido por espíritos menos esclarecidos, era tomado de estranha
força física, tornando-se capaz de lutar e vencer vários homens, apesar de ter
menos de 18 anos e ser fisicamente franzino. Esse estado anômalo acontecia a
toda hora e Peixotinho, temendo conseqüências mais graves, deliberou não mais
sair de casa. Ali ficou acometido de nova influenciação dos espíritos trevosos,
ficando desprendido do corpo cerca de 20 horas, num estado cataléptico, quase
chegando a ser sepultado vivo, pois seus familiares o tinham dado como
desencarnado.
Depois desse episódio, sofreu uma
paralisia que o prostrou num leito de dor durante seis meses. Nessa fase, um
dos seus vizinhos, membro de uma sociedade espírita de Fortaleza, movido de
íntima compaixão pelos seus sofrimentos, solicitou permissão à sua família,
para prestar-lhe socorro espiritual, com passes e preces.
Logo que conseguiu andar, passou a
freqüentar o Centro Espírita onde militava o grande tribuno Vianna de Carvalho,
que na época estava prestando serviço ao Exército Nacional em Fortaleza. A
terrível obsessão foi a sua Estrada de Damasco. O conhecimento da lei da
reencarnação veio equacionar os velhos problemas que atormentavam a sua mente,
dirimindo todas as dúvidas que o Seminário não conseguira desfazer. Passou
assim a compreender a incomensurável bondade de Deus, dando a mesma
oportunidade a todos os seus filhos na caminhada rumo à redenção espiritual.
Orientado pelo major Vianna de
Carvalho, Peixotinho iniciou o seu desenvolvimento mediúnico. Tornou-se um dos
mais famosos médiuns de materializações e efeitos físicos. Por seu intermédio
produziram-se as famosas materializações luminosas e uma série dos mais
peculiares fenômenos, tudo dentro da maior seriedade e nos moldes preceituados
pela Doutrina Espírita.
Foi
cuidadosamente pesquisado por um delegado de polícia, o dr. A. Ranieri, que
escreveu um livro a seu respeito, Materializações Luminosas, sendo também
reconhecido internacionalmente por suas faculdades.
Na
primeira sessão que estava presente, o médium Peixotinho possibilitou, por
intermédio de suas faculdades, a materialização da falecida filha de Ranieri,
Helena, que presenteou o pai com uma flor ainda molhada de orvalho.
Em sessões posteriores,
Ranieri testemunhou materializações de diversos espíritos, sendo alguns
precedidos por raios coloridos. Durante todo o tempo, o médium dormia
tranquilamente numa cama colocada na sala.
No ano de 1948, encontrando-se pela
primeira vez com o médium Francisco Cândido Xavier, na cidade de Pedro Leopoldo,
teve a oportunidade de propiciar aos confrades daquela cidade, belíssimas
sessões de materializações e assistência aos enfermos.
Desencarnou as seis horas da manhã do
dia 16 de junho de 1966, em Campos, cercado pela família, deixando viúva e nove
filhos.
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