segunda-feira, 1 de abril de 2019

Existência do Espírito


Casa Espírita Missionários da Luz
DIJ – Mocidade - 29/03/19      > 13 anos

Tema: Existência do Espírito

Objetivo:
Estudar as evidências da existência do Espírito nos estudos científicos, filosóficos e psicológicos.

Bibliografia:
- O Livro dos Médiuns – 1a. Parte, Cap I, itens 1 à 3;
- O Livro dos Espíritos – perg 76
- Katie King – Wallace Leal V. Rodrigues
- http://bvespirita.com/O%20Trabalho%20dos%20Mortos%20-%20Livro%20do%20Joao%20(Nogueira%20de%20Faria).pdf   PDF com estudos e fotos retirados do livro O Trabalho dos Mortos.

Desenvolvimento:

  1. Hora da novidade
  2. Exercício de respiração profunda e prece inicial.

  1. Falar do tema da noite, existência do Espírito, e como podemos abordá-lo nas perspectivas da ciência, da filosofia e da religião.
Para isso, dividir a turma em 3 grupos, ficando cada grupo, com um desses 3 aspectos, para leitura discussão e apresentação aos demais das conclusões da discussão nos grupos.

Grupo 1 – Aspecto filosófico – texto de Kardec - O Livro dos Médiuns – 1a. Parte, Cap I, itens 1 à 3

Grupo 2 – Aspecto psicológico – Texto de Momento Espírita - TVP

Grupo 3 – Aspecto Científico – texto de  José Ferraz : ‘A crença na imortalidade da alma’

  1. Apresentação dos grupos

Grupo 1 – Aspecto filosófico – texto de Kardec - O Livro dos Médiuns – 1a. Parte, Cap I, itens 1 à 3
èKardec parte da premissa da existência da alma e derivando das consequências desse fato, chega à existência dos Espíritos e ao Mundo Espiritual.


Grupo 2 – Aspecto psicológico – texto do Momento Espírita – Fobia e Reencarnação
èo problema desse paciente da psicóloga, foi resolvido com a TVP.  A psicologia está cada mês mais encontrando na existência pregressa do Espírito, a causa de diversos traumas que os pacientes trazem.


Grupo 3 – Aspecto Científico – texto de  José Ferraz : ‘A crença na imortalidade da alma’
è William Crookes, autor do livro  " Fatos Espíritas ", foi um  físico inglês que experimentou diversos fenômenos de efeitos físicos e especialmente o fenômeno de materialização do Espirito Katie King.

Relatar as materializações de Katie King em Londres (Fonte: - Katie King – Wallace Leal V. Rodrigues):

Médium: Miss Florence Cook – tinha 15 anos na época das experiências. Nascto em 1856 e morte em 1904
Cientista: Sir. William Crookes – Nascto 17/06/1832 – Morte 04/04/1919. Vejam que ele é da época de Kardec. Kardec na França, William Crookes na Inglaterra.

Espírito: Katie King - 1a. Materialização total em 22/04/1872 (nessa data, Kardec já tinha morrido e toda a Codificação já estava publicada); última materialização em 21/05/1874.
Katie foi fotografada 40 vezes por Sir William Crookes.

Quem  era Sir William Crookes?
-                    químico e físico, presidente da Sociedade de Química de Londres
-                    1861 – descobriu o tálium e em 1872 – inventou o radiômetro. Teve diversos trabalhos científicos publicados;
-                    1913  - prêmio Nobel de Química.

Como diz o texto, o cientista foi estudar o fenômeno da jovem Florence, para desmascarar, e acabou atestando a veracidade do fenômeno.
Veja que frase maravilhosa dele: - Não digo que isto pode ser possível, afirmo que é real.

Mostrar algumas fotos das materializações de Katie King.

Vendo a cronologia dos fatos que chamaram a atenção da sociedade, em diversos locais, vemos que houve um trabalho planejado, organizado por Jesus, para chamar a atenção sobre a existência dos Espíritos (escrever no quadro):

Fenômenos de Hydesville - Irmãs Fox – EUA
1º contato com o Espírito: 31 de março de 1848
Kardec ouve falar das mesas girantes - França
1854 (em Obras Póstumas, 2ª parte)
Kardec lança o Livro dos Espíritos e demais obras da codificação, Paris/França
Abr/1857 (LE) à 1969 (A Gênese)
Sir William Crookes – Inglaterra
1a. Materialização total em 22/04/1872
Nasce Peixotinho, Pacatuba/Ceará
01/02/1905. Grande médium de efeitos físicos. Materializações Espírito Scheilla
Nasce Chico Xavier, Pedro Leopoldo/MG
02/04/1910. Psicografou mais de 400 livros
Médium Ana Prado – Belém do PR
Materializações de 1918 e 1921
Nasce Divaldo Pereira Franco, Feira de Santana/Bahia
05/05/1927, Mais de 250 livros psicografados até hoje.

Vemos que os fenômenos de materializações reduziram muito. Chico Xavier chegou a participar de algumas experiências, tendo até se materializado o Espírito de Emmanuel. Mas Emmanuel falou ao Chico que as materializações só chamam a atenção; já o livro, educa! Essa era a missão do Chico: educar através dos livros!

  1. Exercícios de respiração profunda e  prece de encerramento.
  2. Avaliação
Aula dada pela Geani, para 12 jovens com participação. O grupo que mais se pronunciou foi o do aspecto científico.

  1. Anexos
Fotos de Katie King (Wallace Rodrigues, livro ‘Katie King’)

- em close up – págs 21 e 56
- Em processo de materialização – pág 99
- corpo inteiro – pág 120
- Katie e Florence  - pág 202 e 206
- Katie e William Crookes  - pág 30




Texto Grupo 1
LM Cap. I “Há Espíritos” item 1
A dúvida, no que concerne à existência dos Espíritos, tem como causa primária a ignorância acerca da verdadeira natureza deles.” (…)
Seja qual for a ideia que dos Espíritos se faça, a crença neles necessariamente se funda na existência de um princípio inteligente fora da matéria. Essa crença é incompatível com a negação absoluta deste princípio. Tomamos, conseguintemente, por ponto de partida, a existência, a sobrevivência e a individualidade da alma, existência, sobrevivência e individualidade que têm no Espiritualismo a sua demonstração teórica e dogmática e, no Espiritismo, a demonstração positiva. Abstraiamos, por um momento, das manifestações propriamente ditas e, raciocinando por indução, vejamos a que consequências chegaremos.”

2. Desde que se admite a existência da alma e sua individualidade após a morte, forçoso é também se admita: 1º, que a sua natureza difere da do corpo, visto que, separada deste, deixa de ter as propriedades peculiares ao corpo; 2º, que goza da consciência de si mesma, pois que é passível de alegria, ou de sofrimento, sem o que seria um ser inerte, caso em que possuí-la de nada nos valeria. Admitido isso, tem-se que admitir que essa alma vai para alguma parte. Que vem a ser feito dela e para onde vai?
Segundo a crença vulgar, vai para o céu, ou para o inferno. (…)
Não podendo a doutrina da localização das almas harmonizar-se com os dados da Ciência, outra doutrina mais lógica lhes assina por domínio, não um lugar determinado e circunscrito, mas o espaço universal: formam elas um mundo invisível, em o qual vivemos imersos, que nos cerca e acotovela incessantemente. (...)
Ora, essas almas que povoam o Espaço são precisamente o a que se chama Espíritos. Assim, pois, os Espíritos não são senão as almas dos homens, despojadas do invólucro corpóreo. Mais hipotética lhes seria a existência, se fossem seres à parte. Se, porém, se admitir que há almas, necessário também será se admita que os Espíritos são simplesmente as almas e nada mais. Se se admite que as almas estão por toda parte, ter-se-á que admitir, do mesmo modo, que os Espíritos estão por toda parte. Possível, portanto, não fora negar a existência dos Espíritos, sem negar a das almas.
3.            Isto não passa, é certo, de uma teoria mais racional do que a outra. Porém, já é muito que seja uma teoria que nem a razão, nem a ciência repelem. Acresce que, se os fatos a corroboram, tem ela por si a sanção do raciocínio e da experiência. Esses fatos se nos deparam no fenômeno das manifestações espíritas, que, assim, constituem a prova patente da existência e da sobrevivência da alma.



Texto Grupo 2

As fobias e a reencarnação

Uma psicóloga norte-americana foi procurada para atender um adolescente, portador de problema singular.
Desde a infância, o garoto trazia uma fobia com relação ao bater das asas dos pássaros mas, foi na adolescência que o problema se intensificou e os pais buscaram a ajuda de um profissional.
Quando percebia um pássaro pousando, o movimento das asas lhe causava crises terríveis culminando em desmaio.
A psicóloga buscou, com todos os recursos de que dispunha, uma forma de ajudá-lo.
Provocou, por inúmeras vezes, a regressão de memória até ao útero materno e não conseguia descobrir as origens do desequilíbrio.
Materialista convicta, a profissional só admitia uma única existência e buscava a resposta a partir da vida no ventre materno.
Mas, como os anos rolaram sem que pudesse resolver a questão, e porque o desafio se tornasse cada vez maior, numa das sessões de regressão resolveu deixar que o jovem fosse mais além.
Embora não acreditasse na teoria da preexistência do Espírito, foi nesse universo desconhecido que encontrou a origem do trauma.
O jovem, então com 21 anos, mergulhou no seu passado e se viu como soldado, lutando na Segunda Guerra Mundial.
Descrevia seu drama com detalhes. Estava em meio a uma batalha, juntamente com os demais soldados, quando houve uma grande explosão e todos foram atingidos.
Ele também fora atingido pelos estilhaços da bomba mas não morrera de imediato, ficando apenas semiconsciente.
Após baixar a poeira, vieram os tratores e juntaram os inúmeros corpos em monturos, deixando-os para serem enterrados em covas coletivas mais tarde.
Nessa ocasião, ele, que estava agonizante mas não morto, fora arrastado para o monturo com os demais cadáveres, ficando sobre os demais.
E porque demorassem para soterrar os corpos, os abutres buscaram neles o seu alimento.
Quando os abutres sentavam sobre seu corpo, ele percebia o bater das asas e sentia suas carnes sendo dilaceradas com violência.
Essa cena se repetiu por muitas horas, até que a morte física se consumasse.
Embora rompidos os laços do corpo físico, aquele Espírito ficou impregnado das sensações horríveis dos últimos momentos, a ponto de trazer o desequilíbrio para a nova existência, em forma de fobia.
Não é preciso dizer que a doutora materialista rendeu-se aos fatos e mudou seu pensamento a respeito da vida.
*   *   *
Muitos medos e traumas cujas causas não estão na presente existência têm suas raízes em um passado mais ou menos distante, em existências anteriores.
O Espírito recebe um novo corpo em cada nova existência, mas traz consigo os problemas não resolvidos de outros tempos.
Por esse motivo é importante que olhemos para as pessoas como Espíritos milenares, mesmo que estejam albergados temporariamente num corpo infantil.
Percebendo a vida sob esse ponto de vista, teremos mais e melhores possibilidades de ajudar as criaturas que trazem dificuldades, começando por nós mesmos.
Redação do Momento Espírita. Em 22.12.2009.




Texto Grupo 3

"As experiências de cunho científico realizadas a partir da oficialização da Doutrina Espírita em 18 de abril de 1857, por inúmeros sábios daquela época, removeram todas as controvérsias existentes sobre a sobrevivência da alma humana depois da morte biológica.
"Desde então, pode-se apresentar fatos reais acontecidos sob o crivo da metodologia científica, atestando definitivamente que a vida humana não se extingue na sepultura, discordando  frontalmente da teoria materialista, fomentadora da falsa cultura.
"Resolvido a fazer uma investigação criteriosa dentro dos princípios rígidos da própria Ciência para desmascarar como fraudulentos, conscientes ou inconscientes, os chamados fenômenos espíritas, o sábio inglês William Crookes, considerado o pai da Física Moderna, deparou-se com a evidência dos fatos e humildemente declarou aos seus pares da Sociedade Psíquica de Londres: - Não digo que isto pode ser possível, afirmo que é real.
"Reportava-se naquele momento aos fenômenos acontecidos na sua própria residência, transformada num sofisticado laboratório de pesquisas psíquicas, onde submeteu vários médiuns aos exaustivos testes da paranormalidade, debaixo de severo controle instrumental e fiscalizados pela observação criteriosa de seu profundo senso científico.
"Juntamente com seus familiares, presenciou maravilhado o inacreditável. A alma ou Espírito é uma realidade circunscrita, individualizada, consciente e racional.
"Durante três anos consecutivos, o descobridor da energia radiante, um novo estado da matéria, desconhecido até a época das suas experiências transcendentais, conseguiu verdadeiros milagres utilizando-se da mediunidade exuberante de Florence Cook.
"Aceitando passivamente todas as exigências do admirável físico inglês, sem receber qualquer remuneração, a médium de efeitos físicos possibilitou a materialização do Espírito de Katie King, ensejando ao cientista: medir e comparar as pulsações de ambas, cujos valores eram diferentes; conversar e abraçar a entidade espiritual materializada, assim como retirar amostras dos cabelos e do vestuário para exames posteriores, afastando a ideia alucinatória; e finalmente fotografar várias vezes, inclusive à luz do dia, a forma perispiritual humanizada com êxito incomparável.  (FERRAZ, José. A crença na imortalidade da alma. In: ___. Presença espírita. Órgão divulgador do Centro Espírita Caminho da Redenção, Salvador. 1986, p. 15 e 18.)




Outros subsídios teóricos:

ANA PRADO -  A GRANDE MÉDIUM DE EFEITOS FÍSICOS
(texto obtido de páginas da internet. A médium e o caso relatado, da materialização do Espírito de Rachel, foram relatados pelo médico e conferencista Alberto Almeida, na XIII Conferência Espírita do Paraná, em 19/03/11).
Relatos em ‘O Trabalho dos Mortos (Livro de João)’, de Nogueira de Faria, pela FEB, em 1921.

A grande médium de efeitos físicos, Ana Prado desencarnou em 24 de abril de 1923 na cidade de Belém no estado do Pará.
A médium Ana Prado foi casada com Eurípedes Prado, um guarda-livros da firma Albuquerque & Cia., de Belém do Pará.
A senhora Ana Prado foi uma extraordinária médium que possibilitou a realização de não menos extraordinários fenômenos de materialização em Belém do Pará. As sessões aconteciam na residência da família, sendo a filha do casal, Antonina Prado, médium psicográfica.
Pioneira da prática de efeitos físicos no país, Ana Prado foi uma das maiores colaboradoras do escritor espírita Raymundo Nogueira de Faria, para a preparação de sua obra "O Trabalho dos Mortos", publicada em 1921. A obra detalha os fenômenos de efeitos físicos de materialização dos espíritos nos quais Ana Prado era o agente mediúnico, sendo ilustrada por fotografias de autoria do maestro Ettore Bosio.
Durante os anos de 1918 e 1921, uma gama de surpreendentes fenômenos sacudiram o Brasil, e, especialmente, a cidade de Belém do Pará.
As primeiras manifestações tiveram lugar em 12 de junho de 1918. Num fenômeno de transporte, os Espíritos fizeram aparecer, sob pequena mesa situada na sala devidamente fechada, uma bela flor, que, de forma poética, simbolizava a avalanche de prodigiosas comprovações da imortalidade da alma que aquele pequeno grupo assistiria ao longo de três anos.
Muitas vezes, os Espíritos repetiram o transporte, de flores, que chegaram ao número de vinte numa só sessão. Porém, também as moldagens em parafina ali aconteceram, quando, em dada ocasião, um molde perfeito de mão humana com dedos curvados fora produzido, ostentando, ainda, um lido ramalhete de rosas.
Um dos feitos mediúnicos mais expressivos de Ana registrou-se em 28 de abril de 1921, quando o espírito de Rachel Figner se materializou na presença de seu pai, Frederico Figner, diretor da conceituada Casa Edison, no Rio de Janeiro. Além das fotografias das materializações, foram produzidas moldes em parafina de flores, mãos e pés materializados. O fenômeno teve ampla cobertura da imprensa regional à época, muito contribuindo para a divulgação do Espiritismo.
Ela apareceu, por primeira vez, no dia 2 de maio de 1921. Acompanhemos o registro do meu conterrâneo Carlos Bernardo Loureiro de tão importante episódio:
“... Surgiu, junto à cortina, uma jovem, com todas as aparências e gestos de Raquel a tal ponto que D. Ester, sua mãe, exclamou: ‘É Raquel!’. Os gestos eram absolutamente os da filha dos Figner, e mesmo o corpo, a forma “o vestidinho acima do tornozelo, de mangas curtas e um pouco decotado”. Apresentou-se, assim, diante dos assistentes na reunião de Ana Prado, e, muito especialmente, face a face com os seus pais.”
Foram, aqueles, momentos de grande contentamento para pai e mãe, e para esta em especial. Em uma das manifestações, Raquel pede à mãe que deixe de usar o luto, pois, como ela afirmara, era “muito feliz” em sua nova condição.
 “Os fenômenos que ocorreram em Belém, Pará, através da fantástica faculdade mediúnica de Ana Prado, ombreiam-se aos mais notáveis já obtidos em várias partes do mundo. Ana Prado, sem nenhum favor, integra a galeria dos grandes médiuns que contribuíram, com sofrimento e profundos desgostos, para o engrandecimento e consolidação da causa do Espírito, Senhor do Tempo e dos Elos Perdidos...”


Peixotinho – O grande médium de efeitos físicos

Francisco Peixoto Lins (Peixotinho) - Nasceu na cidade de Pacatuba, Estado do Ceará, no dia 1º de fevereiro de 1905, desencarnando na cidade de Campos dos Goytacazes, Estado do Rio de Janeiro, 16 de junho de 1966.
Aos 14 anos nele se manifestaram os primeiros indícios de sua extraordinária mediunidade, sob a forma de terrível obsessão. Envolvido por espíritos menos esclarecidos, era tomado de estranha força física, tornando-se capaz de lutar e vencer vários homens, apesar de ter menos de 18 anos e ser fisicamente franzino. Esse estado anômalo acontecia a toda hora e Peixotinho, temendo conseqüências mais graves, deliberou não mais sair de casa. Ali ficou acometido de nova influenciação dos espíritos trevosos, ficando desprendido do corpo cerca de 20 horas, num estado cataléptico, quase chegando a ser sepultado vivo, pois seus familiares o tinham dado como desencarnado.

Depois desse episódio, sofreu uma paralisia que o prostrou num leito de dor durante seis meses. Nessa fase, um dos seus vizinhos, membro de uma sociedade espírita de Fortaleza, movido de íntima compaixão pelos seus sofrimentos, solicitou permissão à sua família, para prestar-lhe socorro espiritual, com passes e preces.

Logo que conseguiu andar, passou a freqüentar o Centro Espírita onde militava o grande tribuno Vianna de Carvalho, que na época estava prestando serviço ao Exército Nacional em Fortaleza. A terrível obsessão foi a sua Estrada de Damasco. O conhecimento da lei da reencarnação veio equacionar os velhos problemas que atormentavam a sua mente, dirimindo todas as dúvidas que o Seminário não conseguira desfazer. Passou assim a compreender a incomensurável bondade de Deus, dando a mesma oportunidade a todos os seus filhos na caminhada rumo à redenção espiritual.

Orientado pelo major Vianna de Carvalho, Peixotinho iniciou o seu desenvolvimento mediúnico. Tornou-se um dos mais famosos médiuns de materializações e efeitos físicos. Por seu intermédio produziram-se as famosas materializações luminosas e uma série dos mais peculiares fenômenos, tudo dentro da maior seriedade e nos moldes preceituados pela Doutrina Espírita.

Foi cuidadosamente pesquisado por um delegado de polícia, o dr. A. Ranieri, que escreveu um livro a seu respeito, Materializações Luminosas, sendo também reconhecido internacionalmente por suas faculdades.
Na primeira sessão que estava presente, o médium Peixotinho possibilitou, por intermédio de suas faculdades, a materialização da falecida filha de Ranieri, Helena, que presenteou o pai com uma flor ainda molhada de orvalho.
Em sessões posteriores, Ranieri testemunhou materializações de diversos espíritos, sendo alguns precedidos por raios coloridos. Durante todo o tempo, o médium dormia tranquilamente numa cama colocada na sala.

No ano de 1948, encontrando-se pela primeira vez com o médium Francisco Cândido Xavier, na cidade de Pedro Leopoldo, teve a oportunidade de propiciar aos confrades daquela cidade, belíssimas sessões de materializações e assistência aos enfermos.
Desencarnou as seis horas da manhã do dia 16 de junho de 1966, em Campos, cercado pela família, deixando viúva e nove filhos.


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