Casa Espírita
Missionários da Luz – Pré e Mocidade >
de 12 anos 25/08/2018
Tema: Violência
Objetivos:
Perceber
a violência interior como base da violência social e mundial;
Identificar
os sentimentos destrutivos que afloram no dia-a-dia e refletir sobre como lidar
com esses sentimentos.
Bibliografia:
O Livro dos Espíritos, pergs. 728 à 756;
A Gênese, Cap. III, item 10 - O Bem e o Mal;
O Evangelho, Cap. IX ‘Bem aventurados os
mansos e pacíficos’
Notícias
Venezuelanos e Roraima:
https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2018/08/boatos-alimentam-conflito-com-venezuelanos-em-regiao-de-fronteira.shtml
https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2018/08/boatos-alimentam-conflito-com-venezuelanos-em-regiao-de-fronteira.shtml
https://www.terra.com.br/noticias/mundo/america-latina/na-fronteira-venezuelanos-relatam-medo-e-fome-apos-violencia,dad8a1f0e46e54774591fab4199c2365du5l9stn.html
Material:
Exercícios de respiração profunda e prece inicial.
Desenvolvimento:
Motivação
Inicial: Falar dos acontecimentos no última fim de semana em Roraima, com os
imigrantes venezuelanos:
O comerciante Raimundo Nonato, de Roraima, foi espancado e sofreu traumatismo craniano durante um assalto. Logo depois de ele ser internado, começaram a circular no Whats-App e Facebook vídeos do comerciante com a cabeça enfaixada, na maca, e "denúncias".
O comerciante Raimundo Nonato, de Roraima, foi espancado e sofreu traumatismo craniano durante um assalto. Logo depois de ele ser internado, começaram a circular no Whats-App e Facebook vídeos do comerciante com a cabeça enfaixada, na maca, e "denúncias".
"Crime covarde na noite dessa sexta-feira, dia
17, em que um comerciante de Pacaraima (Roraima), foi assaltado, espancado e
esfaqueado por 4 'refugiados' venezuelanos, que queriam dinheiro. O comerciante
está em coma, entre a vida e a morte no hospital", dizia Ezequiel
Calegari.
Segundo a polícia, os suspeitos são quatro
venezuelanos que teriam levado R$ 23 mil e celulares da casa do comerciante.
Mas Nonato foi internado no hospital geral de Pacaraima com traumatismo craniano em estado estável, não foi esfaqueado, e nunca esteve em coma.
Os vídeos, porém, foram o estopim para perseguição
que levou mais de 1200 venezuelanos a fugirem de Pacaraima no sábado.
Brasileiros saíram queimando os pertences e expulsando os refugiados.
Outro caso:
O consultor comercial Marcelo Palhares, 36, usou um
grupo de WhatsApp que reúne motociclistas de Boa Vista para compartilhar sua
indignação com o assalto sofrido pela filha de 19 anos, em julho. "Ela
voltava a pé do trabalho e dois venezuelanos passaram de bicicleta e roubaram o
celular dela", conta
Palhares.
No grupo, ele mandou um áudio pedindo ajuda para
localizar os dois venezuelanos. Nos
minutos seguintes, inúmeros membros do grupo passaram a mandar fotos de
pessoas que pareciam ser venezuelanas.
"É esse? É esse?", e se oferecer
para detê-los.
"Esse clima de tensão é um ambiente propício
para a criação de boatos, que se espalham por meio das redes sociais, e levam a
episódios lamentáveis como aqueles que vimos durante o final de semana",
diz Camila Asano, coordenadora de programas da Conectas Direitos Humanos.
Um relato de 2 venezuelanos:
"Queimaram todos os meus documentos, só me sobrou a roupa do corpo", diz o engenheiro de sistemas Raul León, de 36 anos, um dos venezuelanos atacados no sábado. Havia cruzado a fronteira na véspera. "A triagem demorou mais de um dia", conta.
"Queimaram todos os meus documentos, só me sobrou a roupa do corpo", diz o engenheiro de sistemas Raul León, de 36 anos, um dos venezuelanos atacados no sábado. Havia cruzado a fronteira na véspera. "A triagem demorou mais de um dia", conta.
León
saiu da Venezuela para fugir de um desempregado, da falta de comida e de
remédios. "Já passei três dias sem comer", diz. "Sei operar
redes de comunicação, câmeras de segurança... Me recomendaram trabalhar em Manaus, mas não sei
quando vou conseguir ir."
Após
as agressões de sábado, León pensou em voltar. "Senti medo, mas depois as
coisas foram se acalmando", relata. "Os brasileiros pensaram que
foram venezuelanos que agrediram o comerciante. Entendo. Mas nenhuma violência
se justifica."
Outro caso:
Ao
lado da mulher e de cinco filhos, a mais nova de dois anos e o mais velho de
12, o comerciante Gregorio Bello, de 37 anos, estava com a passagem comprada
para o Brasil quando recebeu a notícia do incêndio no acampamento. "Não
podia devolver, então pensei: 'vamos em nome de Deus'."
O
desejo, segundo conta, é chegar a Boa Vista e matricular as crianças na escola.
"Até o momento, os brasileiros me atenderam muito bem", diz.
"Espero que dê tudo certo."
èo
que vemos nesse episódio? A violência, a intolerância, latente nas pessoas.
1.
Exposição
dialogada:
èO que podemos entender por violência? Quem pode dar
exemplos?
(anotar no quadro as respostas) e complementar:
- ofensas, xingamentos, grosserias;
- depredação de bens públicos ou particulares (telefone, ônibus, praças,
escolas...);
- pichação de muros e prédios;
- “diversões” (touradas, brigas nas torcidas de futebol, "rachas"
de carro, rivalidades de "grupos", booling).
Sem falar na violência contra si mesmo: hábitos que prejudicam a saúde
do corpo (gula, vícios) e da mente (vícios mentais).
èlembrar o ensino de Jesus: (Evang. Cap IX)
1. Bem-aventurados os que são brandos, porque
possuirão a Terra. (S. MATEUS, 5:5.)
2. Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados
filhos de Deus. (S. MATEUS, 5:9.)
3. Sabeis que foi dito aos antigos: Não matareis e
quem quer que mate merecerá condenação pelo juízo. – Eu, porém, vos digo que
quem quer que se puser em cólera contra seu irmão merecerá condenação no juízo;
que aquele que disser a seu irmão: Raca,
merecerá condenado pelo conselho; e que aquele que lhe disser: És louco,
merecerá condenado ao fogo do inferno. (S. MATEUS, 5:21 e 22.)
ð
Jesus deixa bem claro, que até uma
expressão descortês (raca) seria motivo de condenação, pois a toda
palavra e ação, está associado um sentimento. Nesse caso, de violência...
2.
Trabalho
em grupo
Vamos fazer 2 grupos. A tarefa de cada grupo
é:
- cada um deverá dizer de uma situação de violência que sofreu ou
que fez alguém sofrer.
- o grupo deverá escolher um dos relatos e dar a ele um final diferente do que aconteceu de fato, de forma que não ocorra a ação violenta.
- o grupo deverá escolher um dos relatos e dar a ele um final diferente do que aconteceu de fato, de forma que não ocorra a ação violenta.
- esse caso reformulado pelo grupo deverá ser
apresentado ao outro grupo.
Os dois grupos
apresentam a situação vivida com um final diferente.
èdar
apoio teórico caso seja necessário.
3.
Fixação
do conteúdo
Vcs acham que a
violência mora dentro de nós? Onde a
nascente dessa violência que trazemos em nós? Nas etapas anteriores de nossa
evolução; quando agíamos por instinto para sobreviver, como os animais. Criamos
esses automatismos que nos tomam de assalto nos momentos que nos sentimos
fragilizados, ofendidos, atacados, em risco...
Não adianta engolir a
violência que irrompe, engolir a raiva.
Precisamos nos aperceber desse sentimento, entrar em contato com ele. Controlá-lo para que ele não nos controle. E depois, buscar entender porque esse sentimento chegou, o que o ativou. Assim, vamos nos conhecendo aos poucos. Conhecendo e antecipando nossas reações, para que possamos agir ao invés de reagir.
Precisamos nos aperceber desse sentimento, entrar em contato com ele. Controlá-lo para que ele não nos controle. E depois, buscar entender porque esse sentimento chegou, o que o ativou. Assim, vamos nos conhecendo aos poucos. Conhecendo e antecipando nossas reações, para que possamos agir ao invés de reagir.
èComo agir
quando alguém nos provoca?
- deixar que respondam
e complementar:
- acalmar-se (e não discutir até que o outro fique
calmo);
- procurar compreender o que o outro sente;
- dialogar sobre os pontos de vista diferentes;
- lembrar que todos somos iguais: queremos ser
felizes.
ècomo
diz o ditado popular, quando um não quer, dois não brigam.
4.
Passes
e prece final.
5.
Avaliação
Aula para 5 jovens com boa participação. Não foi feito o trabalho em
grupos. Foi uma conversa, no tema, que fluiu naturalmente. Eles deram retorno
que gostaram das reflexões.
6.
Anexos
Nenhum comentário:
Postar um comentário