terça-feira, 1 de maio de 2018

Perispírito - deformações


Casa Espírita Missionários da Luz
Departamento de Infância e Juventude       
Mocidade -  > 13 anos – 27/04/2018
Tema: Perispírito - deformações
Objetivos:
- Estudar casos da literatura espírita de deformações da forma perispiritual: zoantropia, ovóides; perceber nas lesões perispirituais, a mente comandando a forma.
Bibliografia:
O Livro dos Espíritos, perg. 27, 93 à 95, 135, 150a, 186 e 187;
A Gênese, Cap. XIV, itens 07 à 10 (Formação e propriedades do perispírito);
Trilhas da Libertação, Manoel P. de Miranda/Divaldo Franco, Cap. 30 a 33 (Espírito ‘diabo’);
Libertação, André Luiz/Chico avier, Cap 6 e 7 (Espíritos Ovóides);
Painéis da Obsessão – Manoel P. Miranda/Divaldo Franco, Cap. 17 (Licantropia).
Material: Livros Trilhas da Libertação e  Libertação.
Desenvolvimento:
1.    Novidades da semana.
  1. Exercício de respiração profunda e prece inicial
  2. Falar que na semana passada vimos algumas características do perispírito. Quem lembra?
1.Plasticidade – pode modificar sua aparência; 
2.Expansibilidade – se expande, irradia, emancipação da alma;
3.Penetrabilidade – a matéria não é obstáculo à passagem do Espírito;
4.Absorvente – absorve os fluidos ambientais;
5.Tangibilidade – pode se tornar palpável, tangível.

Hoje nosso objetivo é aprofundar uma dessas características: plasticidade - O perispírito se presta a todas as modificações segundo a vontade que o dirige.
Nem sempre o Espírito modifica sua forma  conscientemente; às vezes nem percebe.

o   Vamos ver um exemplo no livro Trilhas da Libertação  (Cap. 30 à 33).:

·         Numa reunião no plano espiritual, os mentores permitem que um Espírito, líder de uma organização criminosa, entre no local. E, para amedrontar os presentes, ele se transforma, ficando com a aparência do diabo (ler o trecho):
Eu sou o diabo. Veja! Nesse instante, como imprimisse a força do ódio a si mesmo, o Espírito transformou-se, ideado, na personificação da figura satânica, conforme a conceberam no passado.
A cauda, terminada em lança, agitava-se, enquanto os detalhes gerais produziam um aspecto aterrador. Pelas narinas eliminava vapores com forte odor a enxofre, e faíscas elétricas completavam o quadro formando uma figura horrenda.
Os Espíritos da sua hoste grosseira apavoraram-se e desencadearam uma gritaria infrene, tentando romper as redes protetoras em movimento desesperado de fuga.

·                     O mentor então agiu para desfazer essa forma criada pelo Espírito cristalizado no mal:

— Você não me assusta! Conheço essa triste fantasia na qual você se oculta. Ela é inócua para mim e a ninguém aqui intimida. O diabo é uma figuração concebida pelas mentes passadas, ignorantes e temerárias. Surgida no período mágico do pensamento, está totalmente ultrapassada, permanecendo somente na imaginação que a agasalha e a incorpora.

Aproximando-se da médium em transe, o Dr. Carneiro começou a aplicar passes longitudinais, depois circulares, no sentido oposto ao movimento dos ponteiros do relógio, alcançando o chacra cerebral da Entidade, que teimava na fixação. Sem pressa e ritmadamente o benfeitor prosseguia com os movimentos corretos, enquanto dizia:
— Tuqtamich, você é gente... Tuqtamich, você é gente...

A voz tornou-se monocórdia, contínua, enquanto os movimentos prosseguiram. Suas mãos despediam anéis luminosos que passaram a envolver o Espírito.

Pouco a pouco, romperam-se as construções que o ocultavam, caindo como destroços que se houvessem arrebentado de dentro para fora. O manto rubro pareceu incendiar-se e a cauda tombou inerme. Os demais adereços da composição, igualmente, despedaçaram-se e caíram no chão.

Para surpresa nossa, a forma e as condições em que surgiu o Espírito eram constrangedoras — coberto de feridas purulentas, nauseantes, alquebrado, seminu, trôpego, o rosto deformado como se houvesse sido carcomido pela hanseníase —, inspirava compaixão, embora o aspecto repelente.
o   èa vontade e a técnica conhecida pelo Espírito não pôde conter a ação do mentor, que desfez a fixação mental. Com isso, o Espírito se mostrou, seu corpo espiritual, de acordo com o seu padrão mental.
o   èseminu, pois a qualidade da vestimenta indica a superioridade do Espírito.
o   Às vezes lemos notícias de pessoas que dizem que viram monstros, bichos, figuras arquetípicas, em sonhos ou quando em transe. Com o conhecimento dessa característica plásica do perispírito, sabemos que o Espírito pode se apresentar conforme sua vontade e sua condição mental.
o   Nenhum Espírito inferior pode se mostrar com um anjo, reluzente e brilhante. Está além de sua capacidade. Não pode brilhar quem não tem Luz própria!

Vamos ver outro caso de mudança no perispírito. Dessa vez, a perda da forma humana. Sempre que o Espírito se “fecha” em uma só ideia, automaticamente, vai perdendo os órgãos do corpo espiritual, pois a mente parou de comandar a própria vida, a própria existência desses órgãos que servem para a exteriorização do ser.

o   Isto está relatado por André Luiz em Libertação. Vamos ver um trecho onde André Luiz estava com seu mentor num local inferior no PE; uma cidade nas Trevas. Vejamos o que ele relata:

“Ante o intervalo espontâneo, reparei, não longe de nós, como que ligadas às personalidades sob nosso exame, certas formas indecisas, obscuras. Semelhavam-se a pequenas esferas ovóides, cada uma das quais pouco maior que um crânio humano. Variavam profusamente nas particularidades. Algumas denunciavam movimento próprio, ao jeito de grandes amebas, respirando naquele clima espiritual; outras, contudo, pareciam em repouso, aparentemente inertes, ligadas ao halo vital das personalidades em movimento.”

Grande número de entidades, em desfile nas vizinhanças da grade, transportavam essas esferas vivas, como que imantadas às irradiações que lhes eram próprias.”
·         O mentor explica a André Luiz que estranha essas formas fixadas nos Espíritos da cidade nas Trevas:

“Os ignorantes e os maus, os transviados e os criminosos também perdem, um dia, a forma perispiritual.”
“Pela densidade da mente, saturada de impulsos inferiores, não conseguem elevar-se e gravitam em derredor das paixões absorventes que por muitos anos elegeram em centro de interesses fundamentais. Grande número, nessas circunstâncias, mormente os participantes de condenáveis delitos, imantam-se aos que se lhes associaram nos crimes.”

·         André pergunta se esses Espíritos ovóides conseguem ouvir, e o mentor responde:

“– Perfeitamente, compreendendo-se, porém, que a maioria das criaturas, em semelhante posição nos sítios inferiores quanto este, dormitam em estranhos pesadelos. Registram-nos os apelos, mas respondem-nos, de modo vago, dentro da nova forma em que se segregam, incapazes que são, provisoriamente, de se exteriorizarem de maneira completa, sem os veículos mais densos que perderam, com agravo de responsabilidade, na inércia ou na prática do mal. Em verdade, agora se categorizam em conta de fetos ou amebas mentais.’
·         Eles foram então observar um caso específico de uma mulher magra, deitada no chão, lá nesse cidade nas Trevas, com  3 esferas grudadas nela. Vejamos o que diz André Luiz:

“– São entidades infortunadas, entregues aos propósitos de vingança e que perderam grandes patrimônios de tempo, em virtude da revolta que lhes atormenta o ser. Gastaram o perispírito, sob inenarráveis tormentas de desesperação, e imantam-se, naturalmente, à mulher que odeiam, irmã esta que, por sua vez, ainda não descobriu que a ciência de amar é a ciência de libertar, iluminar e redimir.”
·         Eles auscultam a mente desses 4 Espíritos e verificam o drama que viveram, ainda na época da escravidão:

“Foi tirânica senhora de escravos no século que findou. Foi jovem e bela, mas desposou, consoante o programa de provas salvadoras, um cavalheiro de idade madura, que, a seu turno, já assumira compromissos sentimentais com humilde filha do cativeiro. Embora a mudança natural de vida, à face do casamento, não abandonou ele o débito contraído. Em razão disso, a pobre mãe e escrava, ainda moça, penitente e desditosa, prosseguiu agregada à propriedade rural com os rebentos de seu amor menos feliz. Com a passagem do tempo, a esposa requestada e fascinante conheceu toda a extensão do assunto e revelou a irascibilidade que lhe povoava a alma. Dirigiu-se ao marido, colérica e violenta, dobrando-o aos caprichos que lhe exacerbavam a mente. A escrava sofredora foi separada de ambos os filhos que possuía e vendida para uma região palustre onde em breve encontrou a morte pela febre maligna. Os dois rapazes, metidos no tronco, padeceram vexames e flagelações em frente da senzala. Acusados de ladrões, pelo capataz, a instâncias da senhora dominada de egoísmo terrificante, passaram a exibir pesada corrente no pescoço ferido. Viveram, no passado. sob humilhações incessantes. No curso de reduzidos meses, caíram sem remissão, minados pela tuberculose que ninguém socorreu. Desencarnados, reuniram-se à genitora revoltada, formando um trio perturbador na organização ruralista que os expulsara, sustentando sinistros propósitos de desforço.”
·         Uma última situação que veremos, é quando a forma humana se transforma em forma de animal. André Luiz relata um caso desses em Libertação, mas vamos ver outro caso, no livro Painéis da Obsessão, relatado pelo Espírito Manoel P. de Miranda, que estava num hospital e acompanhou a desencarnação de um homem. Ele fala que assim que o homem desencarnou:

“Irromperam na Câmara, quatro Entidades, de aparência lupina, atadas a cordas, como se fossem cães, embora mantivessem alguns sinais humanóides, que emitiam contristadores uivos e se movimentavam, inquietas, nas mãos vigorosas que lhes sustentavam as correias presas aos pescoços.”

Esses Espíritos vieram trazidos por um obsessor do homem que morria, para sugar as energias vitais ainda restantes no corpo (o fluido vital que estudamos quando fizemos o diagrama da criação). O morto, sr.Marcondes, tinha angariado inimigos em sua postura durante a vida, e agora colhia as consequências de suas atitudes. O obsessor desligou o Sr.Marcondes do corpo, gritando:

“— Marcondes, não há tempo para repouso desnecessário. Você sempre dizia aos empregados e familiares que é necessário estar desperto, agir... Acorde, não malbarate os minutos. A morte não dá repouso; prossegue a vida conforme cada qual a usa. Chegou a sua vez, miserável!”
            Comenta Manoel, horrorizado com o que via:
‘O espetáculo tenebroso imprimira em minha mente todo o horror da desencarnação do atormentado enfermo, fazendo-me recordar uma antiga oleografia religiosa, intitulada "A morte do pecador", na qual se retratava algo semelhante, porém menos aterrador. Provavelmente o pintor tivera alguma visão psíquica do evento, que fixara como advertência aos desatentos em tomo das questões espirituais.”
           
Quem são esses Espíritos em forma de lobo?
            è são Espíritos presos por grandes culpas, que são utilizados por Espíritos obsessores em suas atividades no mal. Por estarem com a casa mental nos processos da culpa, os obsessores os hipnotizam para que percam suas formam humanas, assumindo formas de animal. Mesmo processo mental de modificação do perispírito que o Tuqtamich usou,, com a diferença que a mente que comandou a metamorfose foi a do obsessor, num processo de hipnose.


4.            Conclusão:
O que podemos levar como aprendizado dessas situações reais, que vimos hoje:

Tratai todos os homens como quereríeis que eles vos tratassem. (Lucas, 6:31.)

Reconciliai-vos o mais depressa possível com o vosso adversário, enquanto estais com ele a caminho, para que ele não vos entregue ao juiz, o juiz não vos entregue ao ministro da justiça e não sejais metido em prisão. Digo-vos, em verdade, que daí não saireis, enquanto não houverdes pago o último ceitil. (Mateus, 5:25 e 26.)

Amai os vossos inimigos; fazei o bem aos que vos odeiam e orai pelos que vos perseguem e caluniam, a fim de serdes filhos do vosso Pai que está nos céus e que faz se levante o Sol para os bons e para os maus e que chova sobre os justos e os injustos.”


Se perdoardes aos homens as faltas que cometerem contra vós, também vosso Pai celestial vos perdoará os pecados; mas, se não perdoardes aos homens quando vos tenham ofendido, vosso Pai celestial também não vos perdoará os pecados. (Mateus, 6:14 e 15.)

Vimos hoje a consequência da falta dessas posturas ensinadas por Jesus.
5.            Prece final
Avaliação:
Aula para 11 jovens, com interesse e participação.

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