Casa Espírita Missionários da Luz
Departamento de Infância e
Juventude
Mocidade - > 13 anos – 27/04/2018
Tema: Perispírito - deformações
Objetivos:
- Estudar casos da literatura espírita de
deformações da forma perispiritual: zoantropia, ovóides; perceber nas lesões
perispirituais, a mente comandando a forma.
Bibliografia:
O Livro
dos Espíritos, perg. 27, 93 à 95, 135, 150a, 186 e 187;
A Gênese,
Cap. XIV, itens 07 à 10 (Formação e propriedades do perispírito);
Trilhas da Libertação, Manoel P. de Miranda/Divaldo Franco,
Cap. 30 a 33 (Espírito ‘diabo’);
Libertação, André Luiz/Chico avier, Cap 6 e 7 (Espíritos Ovóides);
Painéis da Obsessão – Manoel P. Miranda/Divaldo Franco, Cap.
17 (Licantropia).
Material: Livros
Trilhas da Libertação e Libertação.
Desenvolvimento:
1. Novidades da semana.
- Exercício
de respiração profunda e prece inicial
- Falar
que na semana passada vimos algumas características do perispírito. Quem
lembra?
1.Plasticidade
– pode modificar sua aparência;
2.Expansibilidade
– se expande, irradia, emancipação da alma;
3.Penetrabilidade
– a matéria não é obstáculo à passagem do Espírito;
4.Absorvente
– absorve os fluidos ambientais;
5.Tangibilidade
– pode se tornar palpável, tangível.
Hoje nosso objetivo é aprofundar uma dessas
características: plasticidade - O
perispírito se presta a todas as modificações segundo a vontade
que o dirige.
Nem sempre o Espírito modifica sua
forma conscientemente; às vezes nem
percebe.
o
Vamos
ver um exemplo no livro Trilhas da Libertação (Cap. 30 à 33).:
·
Numa
reunião no plano espiritual, os mentores permitem que um Espírito, líder de uma organização criminosa,
entre no local. E, para amedrontar os presentes, ele se transforma, ficando com a aparência do
diabo (ler o trecho):
“Eu sou o diabo. Veja! Nesse instante, como
imprimisse a força do ódio a si mesmo, o Espírito transformou-se, ideado, na
personificação da figura satânica, conforme a conceberam no passado.”
A cauda, terminada em
lança, agitava-se, enquanto os detalhes gerais produziam um aspecto aterrador.
Pelas narinas eliminava vapores com forte odor a enxofre, e faíscas elétricas
completavam o quadro formando uma figura horrenda.
Os Espíritos da sua hoste
grosseira apavoraram-se e desencadearam uma gritaria infrene, tentando romper
as redes protetoras em movimento desesperado de fuga.
·
O mentor então
agiu para desfazer essa forma criada pelo Espírito cristalizado no mal:
— Você não me assusta!
Conheço essa triste fantasia na qual você se oculta. Ela é inócua para mim e a
ninguém aqui intimida. O diabo é uma figuração concebida pelas mentes passadas,
ignorantes e temerárias. Surgida no período mágico do pensamento, está
totalmente ultrapassada, permanecendo somente na imaginação que a agasalha e a
incorpora.
Aproximando-se da médium em
transe, o Dr. Carneiro começou a aplicar passes longitudinais, depois
circulares, no sentido oposto ao movimento dos ponteiros do relógio, alcançando
o chacra cerebral da Entidade, que teimava na fixação. Sem pressa e
ritmadamente o benfeitor prosseguia com os movimentos corretos, enquanto dizia:
— Tuqtamich, você é
gente... Tuqtamich, você é gente...
A voz tornou-se monocórdia,
contínua, enquanto os movimentos prosseguiram. Suas mãos despediam anéis
luminosos que passaram a envolver o Espírito.
Pouco a pouco, romperam-se
as construções que o ocultavam, caindo como destroços que se houvessem
arrebentado de dentro para fora. O manto rubro pareceu incendiar-se e a cauda
tombou inerme. Os demais adereços da composição, igualmente, despedaçaram-se e
caíram no chão.
Para surpresa nossa, a
forma e as condições em que surgiu o Espírito eram constrangedoras — coberto de
feridas purulentas, nauseantes, alquebrado, seminu, trôpego, o rosto deformado
como se houvesse sido carcomido pela hanseníase —, inspirava compaixão, embora
o aspecto repelente.
o
èa vontade e a técnica conhecida pelo Espírito não pôde
conter a ação do mentor, que desfez a fixação mental. Com isso, o Espírito se
mostrou, seu corpo espiritual, de acordo com o seu padrão mental.
o
èseminu, pois a qualidade da vestimenta indica a
superioridade do Espírito.
o
Às vezes lemos notícias de pessoas que dizem que viram
monstros, bichos, figuras arquetípicas, em sonhos ou quando em transe. Com o
conhecimento dessa característica plásica do perispírito, sabemos que o
Espírito pode se apresentar conforme sua vontade e sua condição mental.
o
Nenhum Espírito inferior pode se mostrar com um anjo,
reluzente e brilhante. Está além de sua capacidade. Não pode brilhar quem não
tem Luz própria!
Vamos ver
outro caso de mudança no perispírito. Dessa vez, a perda da forma humana. Sempre que o Espírito se “fecha” em uma só ideia, automaticamente, vai perdendo os órgãos do corpo espiritual, pois a
mente parou de comandar a própria vida, a própria existência desses órgãos que
servem para a exteriorização do ser.
o Isto está relatado por André Luiz em Libertação. Vamos ver um trecho onde
André Luiz
estava com seu mentor num local inferior no PE; uma cidade nas Trevas. Vejamos
o que ele relata:
“Ante
o intervalo espontâneo, reparei, não longe de nós, como que ligadas às
personalidades sob nosso exame, certas formas indecisas, obscuras.
Semelhavam-se a pequenas esferas ovóides, cada uma das quais pouco maior que um
crânio humano. Variavam profusamente nas particularidades. Algumas denunciavam
movimento próprio, ao jeito de grandes amebas, respirando naquele clima
espiritual; outras, contudo, pareciam em repouso, aparentemente inertes,
ligadas ao halo vital das personalidades em movimento.”
“Grande número de entidades, em desfile
nas vizinhanças da grade, transportavam essas esferas vivas, como que imantadas
às irradiações que lhes eram próprias.”
·
O mentor
explica a André Luiz que estranha essas formas fixadas nos Espíritos da cidade
nas Trevas:
“Os
ignorantes e os maus, os transviados e os criminosos também perdem, um dia, a
forma perispiritual.”
“Pela densidade da mente, saturada de
impulsos inferiores, não conseguem elevar-se e gravitam em derredor das paixões
absorventes que por muitos anos elegeram em centro de interesses fundamentais. Grande número,
nessas circunstâncias, mormente os participantes de condenáveis delitos,
imantam-se aos que se lhes associaram nos crimes.”
·
André
pergunta se esses Espíritos ovóides conseguem ouvir, e o mentor responde:
“–
Perfeitamente, compreendendo-se, porém, que a maioria das criaturas, em
semelhante posição nos sítios inferiores quanto este, dormitam em estranhos
pesadelos. Registram-nos os apelos, mas respondem-nos, de modo vago, dentro da
nova forma em que se segregam, incapazes que são, provisoriamente, de se
exteriorizarem de maneira completa, sem os veículos mais densos que perderam,
com agravo de responsabilidade, na inércia ou na prática do mal. Em verdade,
agora se categorizam em conta de fetos ou amebas mentais.’
·
Eles
foram então observar um caso específico de uma mulher magra, deitada no chão,
lá nesse cidade nas Trevas, com 3
esferas grudadas nela. Vejamos o que diz André Luiz:
“– São
entidades infortunadas, entregues aos propósitos de vingança e que perderam
grandes patrimônios de tempo, em virtude da revolta que lhes atormenta o
ser. Gastaram o perispírito, sob
inenarráveis tormentas de desesperação, e imantam-se, naturalmente, à mulher
que odeiam, irmã esta que, por sua vez, ainda não descobriu que a ciência de
amar é a ciência de libertar, iluminar e redimir.”
·
Eles
auscultam a mente desses 4 Espíritos e verificam o drama que viveram, ainda na
época da escravidão:
“Foi tirânica senhora de escravos no século que findou. Foi jovem
e bela, mas desposou, consoante o programa de provas salvadoras, um cavalheiro
de idade madura, que, a seu turno, já assumira compromissos sentimentais com
humilde filha do cativeiro. Embora a mudança natural de vida, à face do
casamento, não abandonou ele o débito contraído. Em razão disso, a pobre mãe e
escrava, ainda moça, penitente e desditosa, prosseguiu agregada à propriedade
rural com os rebentos de seu amor menos feliz. Com a passagem do tempo, a
esposa requestada e fascinante conheceu toda a extensão do assunto e revelou a irascibilidade
que lhe povoava a alma. Dirigiu-se ao marido, colérica e violenta, dobrando-o
aos caprichos que lhe exacerbavam a mente. A escrava sofredora foi separada de
ambos os filhos que possuía e vendida para uma região palustre onde em breve
encontrou a morte pela febre maligna. Os dois rapazes, metidos no tronco,
padeceram vexames e flagelações em frente da senzala. Acusados de ladrões, pelo
capataz, a instâncias da senhora dominada de egoísmo terrificante, passaram a
exibir pesada corrente no pescoço ferido. Viveram, no passado. sob humilhações
incessantes. No curso de reduzidos meses, caíram sem remissão, minados pela
tuberculose que ninguém socorreu. Desencarnados, reuniram-se à genitora revoltada,
formando um trio perturbador na organização ruralista que os expulsara,
sustentando sinistros propósitos de desforço.”
·
Uma
última situação que veremos, é quando a forma humana se transforma em forma de
animal. André Luiz relata um caso desses em Libertação, mas vamos ver outro
caso, no livro Painéis da Obsessão, relatado pelo Espírito Manoel P. de
Miranda, que estava num hospital e acompanhou a desencarnação de um homem. Ele
fala que assim que o homem desencarnou:
“Irromperam
na Câmara, quatro Entidades, de aparência lupina, atadas a cordas, como se
fossem cães, embora mantivessem alguns sinais humanóides, que emitiam
contristadores uivos e se movimentavam, inquietas, nas mãos vigorosas que lhes
sustentavam as correias presas aos pescoços.”
Esses Espíritos vieram trazidos
por um obsessor do homem que morria, para sugar as energias vitais ainda
restantes no corpo (o fluido vital que estudamos quando fizemos o diagrama da
criação). O morto, sr.Marcondes, tinha angariado inimigos em sua postura
durante a vida, e agora colhia as consequências de suas atitudes. O obsessor
desligou o Sr.Marcondes do corpo, gritando:
“—
Marcondes, não há tempo para repouso desnecessário. Você sempre dizia aos
empregados e familiares que é necessário estar desperto, agir... Acorde, não
malbarate os minutos. A morte não dá repouso; prossegue a vida conforme cada
qual a usa. Chegou a sua vez, miserável!”
Comenta Manoel,
horrorizado com o que via:
‘O
espetáculo tenebroso imprimira em minha mente todo o horror da desencarnação do
atormentado enfermo, fazendo-me recordar uma antiga oleografia religiosa,
intitulada "A morte do pecador", na qual se retratava algo semelhante,
porém menos aterrador. Provavelmente o pintor tivera alguma visão psíquica do
evento, que fixara como advertência aos desatentos em tomo das questões
espirituais.”
Quem são esses Espíritos em forma
de lobo?
è são Espíritos presos por grandes culpas, que são
utilizados por Espíritos obsessores em suas atividades no mal. Por estarem com
a casa mental nos processos da culpa, os obsessores os hipnotizam para que
percam suas formam humanas, assumindo formas de animal. Mesmo processo mental
de modificação do perispírito que o Tuqtamich usou,, com a diferença que a mente que
comandou a metamorfose foi a do obsessor, num processo de hipnose.
4.
Conclusão:
O que podemos levar como
aprendizado dessas situações reais, que vimos hoje:
Tratai
todos os homens como quereríeis que eles vos tratassem. (Lucas, 6:31.)
Reconciliai-vos o mais depressa
possível com o vosso adversário, enquanto estais com ele a caminho, para que
ele não vos entregue ao juiz, o juiz não vos entregue ao ministro da justiça e
não sejais metido em prisão. Digo-vos, em verdade, que daí não saireis,
enquanto não houverdes pago o último ceitil. (Mateus, 5:25 e 26.)
“Amai
os vossos inimigos; fazei o bem aos que vos odeiam e orai pelos que vos
perseguem e caluniam, a fim de serdes filhos do vosso Pai que está nos céus
e que faz se levante o Sol para os bons e para os maus e que chova sobre os
justos e os injustos.”
Se perdoardes aos homens as faltas que
cometerem contra vós, também vosso Pai celestial vos perdoará os pecados; mas,
se não perdoardes aos homens quando vos tenham ofendido, vosso Pai celestial
também não vos perdoará os pecados. (Mateus, 6:14 e 15.)
Vimos hoje a consequência da
falta dessas posturas ensinadas por Jesus.
5.
Prece
final
Avaliação:
Aula para
11 jovens, com interesse e participação.
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