segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Jesus e a Imortalidade

Casa Espírita Missionários da Luz – Pré- Mocidade                        13 e 14 anos   –   24/11/2017
                                                                            Mocidade      > 14 anos
Tema:   Jesus e a Imortalidade

Objetivos:
Estudar as passagens de Jesus após a ressurreição como vitória sobre a morte;
Reconhecer a partir da experiência vivenciada pelos apóstolos, uma mensagem de fé, coragem, renovação e superação de limites.

Bibliografia:

-        NT, Mateus, 28:1-10;16-20; Marcos 16:1-12; Lucas, 24:10-12; 13-35; João 20 e 21:15-23
-        Boa Nova, Chico Xavier/Humberto de Campos – Cap 22 - “A Mulher e a Ressurreição”; Cap 29  - “ os Quinhentos da Galiléia;
-        Há Flores no Caminho – Divaldo P. Franco/Amélia Rodrigues – Cap 24 - “Amanhecer da Ressurreição”;
-        Trigo de Deus – Divaldo P. Franco/Amélia Rodrigues – Cap 25 - “Apascenta o meu Rebanho”;
-        Dias Venturosos – Divaldo P. Franco/Amélia Rodrigues –  “Nunca Mais a Sós”;
-        Quando Voltar a Primavera – Divaldo P. Franco/Amélia Rodrigues –  “Ausência-Presença”;
-     O Evangelho dos Humildes – Eliseu Rigonatti – Cap. XXVIII – A Ressurreição;
-        Uma aparição providencial’ - Revista Espírita, julho de 1861

Material: folhas sulfite, canetas, hidrocor, régua, cartões; mapa da Palestina ao tempo de Jesus

1.    Hora da novidade e prece inicial
2.    Motivação inicial:
Pedir a atenção do grupo e ler o relato da RE de julho/1861 – ‘Uma aparição providencial’
èesse é um caso que Kardec colocou na RE, relatado por pessoas que obtiveram todas as comprovações possíveis.
èComo podemos explicar esse fato?
      - Que a alma pode se emancipar do corpo durante o sono e atuar materialmente em algum outro lugar;
      - Que a alma emancipada pode ser vista por médiuns com esse tipo de mediunidade;
      - Que a alma emancipada pode não lembrar com exatidão o que viu ou fez durante a emancipação, guardando apenas sensações.

      èe, naturalmente, que existe o Espírito! O corpo fica adormecido e a alma pode se deslocar.

Ora, se a alma enquanto encarnada pode atuar no mundo físico, depois da desencarnação, com muito mais liberdade, pode atuar também e se fazer visível e em muitos casos, até tangível a pessoas ainda encarnados.

3.    Hoje falaremos do caso mais famoso da história! Qual foi?
A ressurreição de Jesus! 
Pedir que um deles diga o que sabe desse assunto e como podemos analisar o fato pelo ótica da doutrina espírita:
- Ressurreição é o termo que ficou conhecido como explicativo do fato de Jesus aparecer vivo, depois de crucificado;
- A DE nos explica que é um fenômeno de aparição e/ou materialização, fenômeno natural com diversos relatos de ocorrências semelhantes. Katie King, por exemplo, que já vimos em aula.

4.    Desenvolvimento
Propor que a turma elabore uma linha do tempo para ser colada na parede, com as diversas aparições de Jesus após sua crucificação.
Para isso, eles terão os materiais da sala, e trechos do NT que falam das vezes que Jesus apareceu. Observem que a mesma aparição pode estar relatada em mais de um Evangelho: cuidado para não colocar duas vezes.
É importante tentar localizar os fatos no tempo, para poder representar na linha do tempo.
Lembrar também que os livros foram escritos em épocas diferentes e que nem todos coincidem nas informações históricas.

Trechos do NT:
– Às mulheres no sepulcro - domingo cedinho, Mateus Capítulo 28 – 1 à 10; 16 à 20
– Jesus aparece na estrada para Emaús a 2 discípulos – domingo, Lucas, 24:13-50;
- Jesus aparece a Pedro Jerusalém, domingo - Lucas, 24:13-50;
- Jesus aparece aos discípulos em Jerusalém, domingo - Lucas, 24:13-50;
- João, 20:11-21 – Tomé – ver para Crer, em Jerusalém, 8 dias depois;  
- Jesus aparece aos discípulos em Betânia - Lucas, 24:13-50;

- Mateus, 28:16-20 - Na Galiléia – aos 11 discípulos;

- João, 21:1-14 - Jesus e a pescaria, na Galiléia, mar de Tiberíades, a alguns dos discípulos;
- Lucas, 24:50-53 – Betânia, aos discípulos;
- 1ª Epístola aos Coríntios, (15:5-8) – aos quinhentos da Galiléia;
- 1ª Epístola aos Coríntios, (15:5-8) – a Tiago;
- Atos, 9:1-17 – Jesus aparece a Paulo;
- Atos, 9:1-17 – Jesus aparece a Ananias.


5.    Conclusão

E nós? Se encontrarmos alguém muito amado, depois de desencarnado, será que tb teremos medo?

Qual a mensagem dessa forma como Jesus se despediu da encarnação?
            => esperança: mesmo depois de todo o suplício, Jesus permanece vivo, em paz, atuante. Com essa certeza da viva verdadeira, após a morte, aqueles homens e mulheres simples, não temeram a morte, superaram seus limites, suas dificuldades e permitiram que a Boa Nova chegasse até os dias de hoje;
            => aparecendo em diversas ocasiões aos discípulos, Jesus nos deixa a msg de que sempre está conosco. Nas horas das dores e provações, Ele permanece conosco;
            => nós que já conhecemos a Boa Nova, temos um verdadeiro tesouro a nossa mão!

6.    Prece final e passes.
7.    Avaliação:
Aula para 6 jovens com participação e interesse. A história rendeu e com isso, não deu tempo para finalizarem a linha do tempo. Para agilizar fui anotando no quadro os eventos da linha do tempo.


8.    Anexos

           


‘Uma aparição providencial’ - Revista Espírita, julho de 1861
Leu-se no Oxford Chronicle de 1o de junho de 1861:
"Em 1828, um navio que fazia as viagens de Liverpool a New Brunswick tinha por imediato um Sr. Robert Bruce. Estando perto dos bancos de Newfoundland, o capitão e o imediato calcularam em um dia sua rota, o primeiro em sua cabine e o segundo no quarto ao lado; as duas peças estavam dispostas de maneira que se podia ver e se falar de uma para a outra.
Bruce, absorvido em seu trabalho, não percebeu que o capitão subiu para a ponte; sem olhar, disse-lhe: Eu encontro tal longitude; como é a vossa? Não recebendo resposta, repetiu sua pergunta, mas inutilmente. Ele avança então para a cabine e vê um homem sentado no lugar do capitão e escrevendo sobre a sua ardósia. O indivíduo se voltou, olhou Bruce fixamente, e este, terrificado, se lançou para a ponte.
-Capitão, disse ele quando encontrou este último, quem pois está na vossa escrivaninha neste momento em vossa cabine?
-Mas ninguém, eu presumo.
 - Eu vos certifico que há um estranho.
 - Um estranho! Sonhais, senhor Bruce; quem ousaria se meter em meu gabinete sem minhas ordens? Talvez vistes o contramestre ou o intendente.
-Senhor, é um homem sentado em vossa poltrona e que escreve sobre a vossa ardósia. Ele me olhou na face, e o vi distintamente ou jamais vi ninguém neste mundo.
- Ele! Quem?
- Deus o sabe, senhor! Eu vi esse estranho que, em minha vida, não vi em outra parte.
- Tornastes-vos louco, senhor Bruce; um estranho! E eis seis semanas que estamos no mar.
- Eu o sei, e, entretanto, eu o vi.
- Pois bem! Ide ver quem é.
- Capitão, sabeis que não sou poltrão; não creio em fantasmas; entretanto, confesso que não desejo vê-lo  sozinho em frente; gostaria que para ali fôssemos os dois.
O capitão desceu primeiro, mas não encontrou ninguém.
 - Vedes bem, disse ele, que sonhastes.
- Não sei como isso ocorreu, mas vos juro que estava ali há pouco e que escrevia sobre a vossa ardósia.
- Nesse caso ali deve haver alguma coisa escrita.
Ele tomou a ardósia e leu estas palavras: Dirigi ao nordeste.
Tendo feito escrever essa mesmas palavras por Bruce, e por todos os homens da tripulação que sabiam escrever, constatou que a escrita não se assemelhava à de nenhum deles. Procuraram por todos os cantos do navio e não se descobriu nenhum estranho. O capitão, tendo consultado para saber se deveria seguir esse aviso misterioso, decidiu-se a mudar a direção e navegou para o nordeste,  depois de colocar na vigia um homem seguro. Pelas três horas um pedaço de gelo foi assinalado, depois um navio desmastrado sobre o qual se viam vários homens. Chegando mais perto, soube-se que o navio havia rompido, as provisões esgotadas, a tripulação e os passageiros esfomeados. Enviaram embarcações para recolhê-los; mas, no momento em que chegavam a bordo, o Sr. Bruce, com grande estupefação, reconheceu entre os náufragos o homem que vira na cabine do capitão.
Logo que a confusão se acalmou e que o navio retomou a sua rota, o Sr. Bruce disse ao capitão:
- Parece que não foi um Espírito que vi hoje; ele está vivo; o homem que escrevia sobre a vossa ardósia é um dos passageiros que acabamos de salvar; ei-lo; eu o jurarei diante da justiça.
"O capitão indo até esse homem, convidou-o a descer em sua cabine e pediu-lhe para escrever sobre a ardósia, do lado oposto àquele onde se encontrava a escrita misteriosa: Dirigi ao nordeste.
O passageiro, intrigado com esta pergunta, não se incomodou de nenhum modo com isso.
O capitão, tendo pegado a ardósia, virou-a sem disfarçar, e mostrando ao passageiro as palavras escritas precedentemente, disse-lhe:
- Está bem aí a vossa escrita? -
- Sem dúvida, uma vez que acabo de escrever diante de vós.
- E esta? acrescentou ele mostrando-lhe o outro lado.
- Também esta é minha escrita; mas não sei como ela se fez, porque não escrevi senão de um lado.
- Meu imediato, que aqui está, pretende vos ter visto  hoje, ao meio-dia, sentado diante desta escrivaninha e escrevendo estas palavras.
- É impossível, uma vez que não me conduziram sobre este navio senão há um instante.
"O capitão do navio naufragado, perguntado sobre esse homem, e sobre o que poderia ter se passado de extraordinário nele na manhã, respondeu:
- Eu não o conheço senão como um de meus passageiros; mas um pouco antes do meio-dia, ele caiu num sono profundo do qual não saiu senão depois de uma hora. Durante seu sono, ele expressou a confiança de que seríamos logo libertados, dizendo que se via a bordo de um navio do qual ele descreveu a espécie e os petrechos, em tudo conforme com aquilo que vimos alguns instantes depois. O passageiro acrescentou que não se lembrava nem deter sonhado, nem de ter escrito o que quer que seja, mas somente que tinha conservado do sonho um pressentimento do qual não se dava conta, de que um navio vinha em seu socorro. Uma coisa estranha, disse ele, é que tudo que está sobre este navio me parece familiar, e, todavia, estou muito seguro de nunca aqui ter vindo.
Lá em cima o senhor Bruce contou-lhe as circunstâncias da aparição que tivera, e concluíram que esse fato fora providencial.



          Texto 1 – As mulheres no sepulcro -                                    Mateus Capítulo 28 – 1 à 10; 16 à 20


No fim do sábado, quando já despontava o primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram ver o sepulcro.
E eis que houvera um grande terremoto; pois um anjo do Senhor descera do céu e, chegando-se, removera a pedra e estava sentado sobre ela. O seu aspecto era como um relâmpago, e as suas vestes brancas como a neve. E de medo dele tremeram os guardas, e ficaram como mortos.
Mas o anjo disse às mulheres: Não temais vós; pois eu sei que buscais a Jesus, que foi crucificado. Não está aqui, porque ressurgiu, como ele disse. Vinde, vede o lugar onde jazia; e ide depressa, e dizei aos seus discípulos que ressurgiu dos mortos; e eis que vai adiante de vós para a Galiléia; ali o vereis. Eis que vo-lo tenho dito.
E, partindo elas pressurosamente do sepulcro, com temor e grande alegria, correram a anunciá-lo aos discípulos.
E eis que Jesus lhes veio ao encontro, dizendo: Salve. E elas, aproximando-se, abraçaram-lhe os pés, e o adoraram. Então lhes disse Jesus: Não temais; ide dizer a meus irmãos que vão para a Galiléia; ali me verão.

          Texto 2 – Na Galiléia                            Mateus Capítulo 28 – 16 à 20


Partiram, pois, os onze discípulos para a Galiléia, para o monte onde Jesus lhes designara.
Quando o viram, o adoraram; mas alguns duvidaram. E, aproximando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra. Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a observar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos.

Texto 3 – Resumo  primeiras aparições        Marcos, 16:1-15

           

Ora, havendo Jesus ressurgido cedo no primeiro dia da semana, apareceu primeiramente a Maria Madalena, da qual tinha expulsado sete demônios. Foi ela anunciá-lo aos que haviam andado com ele, os quais estavam tristes e chorando; e ouvindo eles que vivia, e que tinha sido visto por ela, não o creram.

Depois disso manifestou-se sob outra forma a dois deles que iam de caminho para o campo, os quais foram anunciá-lo aos outros; mas nem a estes deram crédito.

Por último, então, apareceu aos onze, estando eles reclinados à mesa, e lançou-lhes em rosto a sua incredulidade e dureza de coração, por não haverem dado crédito aos que o tinham visto já ressurgido. E disse-lhes: Ide por todo o mundo, e pregai o evangelho a toda criatura.


Texto 4 - Jesus aparece na estrada para Emaús            -          Lucas, 24:13-53

Nesse mesmo dia, iam dois deles para uma aldeia chamada Emaús, que distava de Jerusalém sessenta estádios; e iam comentando entre si tudo aquilo que havia sucedido.

Enquanto assim comentavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou, e ia com eles; mas os olhos deles estavam como que fechados, de sorte que não o reconheceram.
Então ele lhes perguntou: Que palavras são essas que, caminhando, trocais entre vós? Eles então pararam tristes.

E um deles, chamado Cleopas, respondeu-lhe: És tu o único peregrino em Jerusalém que não soube das coisas que nela têm sucedido nestes dias? Ao que ele lhes perguntou: Quais? Disseram-lhe: As que dizem respeito a Jesus, o nazareno, que foi profeta, poderoso em obras e palavras diante de Deus e de todo o povo. e como os principais sacerdotes e as nossas autoridades e entregaram para ser condenado à morte, e o crucificaram.
Ora, nós esperávamos que fosse ele quem havia de remir Israel; e, além de tudo isso, é já hoje o terceiro dia desde que essas coisas aconteceram.
Verdade é, também, que algumas mulheres do nosso meio nos encheram de espanto; pois foram de madrugada ao sepulcro e, não achando o corpo dele voltaram, declarando que tinham tido uma visão de anjos que diziam estar ele vivo.
Além disso, alguns dos que estavam conosco foram ao sepulcro, e acharam ser assim como as mulheres haviam dito; a ele, porém, não o viram. (...)

Quando se aproximaram da aldeia para onde iam, ele fez como quem ia para mais longe. Eles, porém, o constrangeram, dizendo: Fica conosco; porque é tarde, e já declinou o dia. E entrou para ficar com eles.
Estando com eles à mesa, tomou o pão e o abençoou; e, partindo-o, lho dava.
Abriram-se-lhes então os olhos, e o reconheceram; nisto ele desapareceu de diante deles.

E disseram um para o outro: Porventura não se nos abrasava o coração, quando pelo caminho nos falava, e quando nos abria as Escrituras?

E na mesma hora levantaram-se e voltaram para Jerusalém, e encontraram reunidos os onze e os que estavam com eles, os quais diziam: Realmente o Senhor ressurgiu, e apareceu a Simão.

Então os dois contaram o que acontecera no caminho, e como se lhes fizera conhecer no partir do pão.

Enquanto ainda falavam nisso, o próprio Jesus se apresentou no meio deles, e disse-lhes: Paz seja convosco.
Mas eles, espantados e atemorizados, pensavam que viam algum espírito. Ele, porém, lhes disse: Por que estais perturbados? e por que surgem dúvidas em vossos corações? Olhai as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e vede; porque um espírito não tem carne nem ossos, como percebeis que eu tenho.
E, dizendo isso, mostrou-lhes as mãos e os pés.

Não acreditando eles ainda por causa da alegria, e estando admirados, perguntou-lhes Jesus: Tendes aqui alguma coisa que comer? Então lhe deram um pedaço de peixe assado, o qual ele tomou e comeu diante deles.
Depois lhe disse: São estas as palavras que vos falei, estando ainda convosco, que importava que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos. Então lhes abriu o entendimento para compreenderem as Escrituras; e disse-lhes: Assim está escrito que o Cristo padecesse, e ao terceiro dia ressurgisse dentre os mortos; e que em seu nome se pregasse o arrependimento para remissão dos pecados, a todas as nações, começando por Jerusalém.
Vós sois testemunhas destas coisas. E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai porém, na cidade, até que do alto sejais revestidos de poder.

Então os levou fora, até Betânia; e levantando as mãos, os abençoou.
E aconteceu que, enquanto os abençoava, apartou-se deles; e foi elevado ao céu.
E, depois de o adorarem, voltaram com grande júbilo para Jerusalém;  e estavam continuamente no templo, bendizendo a Deus.

Texto 5 - Tomé – ver para Crer                                         João, 20:11-21

Maria, porém, estava em pé, diante do sepulcro, a chorar. Enquanto chorava, abaixou-se a olhar para dentro do sepulcro, e viu dois anjos vestidos de branco sentados onde jazera o corpo de Jesus, um à cabeceira e outro aos pés. E perguntaram-lhe eles: Mulher, por que choras? Respondeu- lhes: Porque tiraram o meu Senhor, e não sei onde o puseram.  Ao dizer isso, voltou-se para trás, e viu a Jesus ali em pé, mas não sabia que era Jesus.
Perguntou-lhe Jesus: Mulher, por que choras? A quem procuras? Ela, julgando que fosse o jardineiro, respondeu-lhe: Senhor, se tu o levaste, dize-me onde o puseste, e eu o levarei. Disse-lhe Jesus: Maria! Ela, virando-se, disse-lhe em hebraico: Raboni! - que quer dizer, Mestre.
Disse-lhe Jesus: Deixa de me tocar, porque ainda não subi ao Pai; mas vai a meus irmãos e dize-lhes que eu subo para meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus.

E foi Maria Madalena anunciar aos discípulos: Vi o Senhor! - e que ele lhe dissera estas coisas.

Chegada, pois, a tarde, naquele dia, o primeiro da semana, e estando os discípulos reunidos com as portas cerradas por medo dos judeus, chegou Jesus, pôs-se no meio e disse-lhes: Paz seja convosco.

Dito isto, mostrou-lhes as mãos e o lado. Alegraram-se, pois, os discípulos ao verem o Senhor. Disse-lhes, então, Jesus segunda vez: Paz seja convosco; assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós. (...)

Ora, Tomé, um dos doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus. Diziam-lhe, pois, os outros discípulos: Vimos o Senhor. Ele, porém, lhes respondeu: Se eu não vir o sinal dos cravos nas mãos, e não meter a mão no seu lado, de maneira nenhuma crerei.

Oito dias depois estavam os discípulos outra vez ali reunidos, e Tomé com eles. Chegou Jesus, estando as portas fechadas, pôs-se no meio deles e disse: Paz seja convosco. Depois disse a Tomé: Chega aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos; chega a tua mão, e mete-a no meu lado; e não mais sejas incrédulo, mas crente.
Respondeu-lhe Tomé: Senhor meu, e Deus meu! Disse-lhe Jesus: Porque me viste, creste? Bem-aventurados os que não viram e creram.

Jesus, na verdade, operou na presença de seus discípulos ainda muitos outros sinais que não estão escritos neste livro; estes, porém, estão escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome.


Texto 6 - Jesus e a pescaria                      João, 21:1-14           

Depois disto manifestou-se Jesus outra vez aos discípulos junto do mar de Tiberíades; e manifestou-se deste modo: Estavam juntos Simão Pedro, Tomé, chamado Dídimo, Natanael, que era de Caná da Galiléia, os filhos de Zebedeu, e outros dois dos seus discípulos. Disse-lhes Simão Pedro: Vou pescar. Responderam-lhe: Nós também vamos contigo. Saíram e entraram no barco; e naquela noite nada apanharam. Mas ao romper da manhã, Jesus se apresentou na praia; todavia os discípulos não sabiam que era ele.
Disse-lhes, pois, Jesus: Filhos, não tendes nada que comer? Responderam-lhe: Não. Disse-lhes ele: Lançai a rede à direita do barco, e achareis. Lançaram-na, pois, e já não a podiam puxar por causa da grande quantidade de peixes. Então aquele discípulo a quem Jesus amava disse a Pedro: Senhor.

Quando, pois, Simão Pedro ouviu que era o Senhor, cingiu-se com a túnica, porque estava despido, e lançou-se ao mar; mas os outros discípulos vieram no barquinho, puxando a rede com os peixes, porque não estavam distantes da terra senão cerca de duzentos côvados.

Ora, ao saltarem em terra, viram ali brasas, e um peixe posto em cima delas, e pão. Disse-lhes Jesus: Trazei alguns dos peixes que agora apanhastes.  Entrou Simão Pedro no barco e puxou a rede para terra, cheia de cento e cinquenta e três grandes peixes; e, apesar de serem tantos, não se rompeu a rede. Disse-lhes Jesus: Vinde, comei. Nenhum dos discípulos ousava perguntar-lhe: Quem és tu? sabendo que era o Senhor. Chegou Jesus, tomou o pão e deu-lho, e semelhantemente o peixe.

Foi esta a terceira vez que Jesus se manifestou aos seus discípulos, depois de ter ressurgido dentre os mortos.

Obs.: Mar de Tiberíades = Mar da Galiléia
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Texto 7  – Jesus aparece a Paulo na estrada de Damasco - (Act 9,1-17)

Saulo, porém, respirando ainda ameaças e mortes contra os discípulos do Senhor, dirigiu-se ao sumo sacerdote, 2 e pediu-lhe cartas para Damasco, para as sinagogas, a fim de que, caso encontrasse alguns do Caminho, quer homens quer mulheres, os conduzisse presos a Jerusalém.
Mas, seguindo ele viagem e aproximando-se de Damasco, subitamente o cercou um resplendor de luz do céu;  e, caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues?
Ele perguntou: Quem és tu, Senhor? Respondeu o Senhor: Eu sou Jesus, a quem tu persegues; mas levanta-te e entra na cidade, e lá te será dito o que te cumpre fazer.

Os homens que viajavam com ele quedaram-se emudecidos, ouvindo, na verdade, a voz, mas não vendo ninguém.
Saulo levantou-se da terra e, abrindo os olhos, não via coisa alguma; e, guiando-o pela mão, conduziram-no a Damasco.
E esteve três dias sem ver, e não comeu nem bebeu.

Ora, havia em Damasco certo discípulo chamado Ananias; e disse-lhe o Senhor em visão: Ananias! Respondeu ele: Eis-me aqui, Senhor.
Ordenou-lhe o Senhor: Levanta-te, vai à rua chamada Direita e procura em casa de Judas um homem de Tarso chamado Saulo; pois eis que ele está orando; e viu um homem chamado Ananias entrar e impor-lhe as mãos, para que recuperasse a vista.
Respondeu Ananias: Senhor, a muitos ouvi acerca desse homem, quantos males tem feito aos teus santos em Jerusalém; e aqui tem poder dos principais sacerdotes para prender a todos os que invocam o teu nome.
Disse-lhe, porém, o Senhor: Vai, porque este é para mim um vaso escolhido, para levar o meu nome perante os gentios, e os reis, e os filhos de Israel; pois eu lhe mostrarei quanto lhe cumpre padecer pelo meu nome.

Partiu Ananias e entrou na casa e, impondo-lhe as mãos, disse: Irmão Saulo, o Senhor Jesus, que te apareceu no caminho por onde vinhas, enviou-me para que tornes a ver e sejas cheio do Espírito Santo.

Texto 8 – Resumo por Paulo         1ª Epístola aos Coríntios, (15:5-8)

"Após a chamada Ressurreição, o Cristo foi visto por Pedro e depois pelos onze. Depois foi visto por mais de quinhentos irmãos. Depois foi visto por Tiago, depois por todos os apóstolos, e por derradeiro de todos me apareceu, também, a mim, como um abortivo."

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