Casa Espírita
Missionários da Luz – Mocidade > 14 anos – 03/11/2017
Pré-Mocidade – De 13 à 14 anos
Tema: Depois da Morte
Objetivos:
- Perceber as diferentes situações dos
Espíritos após a desencarnação, relacionando-as com a vida levada antes da
morte.
Bibliografia:
O Livro dos Espíritos – Pergs. 149 a 165, 936 e
957;
O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap V, item 21;
O Céu e o Inferno, 2ª parte Cap. I ‘O
Passamento’
Material: exemplares de O LE.,
cenas dos vídeos, notebook e projetor.
Desenvolvimento:
1.
Prece
inicial
2.
Motivação
Inicial:
Como ontem foi o dia
de finados, vamos hoje estudar a situação dos Espíritos após a desencarnação.
Vamos ver algumas questões que Kardec fez aos Espíritos Superiores sobre o tema
e, depois, vamos estudar alguns casos.
3.
Desenvolvimento
do conteúdo:
Iniciar com leitura das perguntas de O LE;
distribuir exemplares do livro aos jovens pedindo que um jovem leia por vez, e
procure comentar seu entendimento.
LE. Perg.155: A separação se dá instantaneamente por brusca
transição?
A observação demonstra que, no
instante da morte, o desprendimento do perispírito não se completa subitamente;
que, ao contrário, se opera gradualmente e com uma lentidão muito variável
conforme os indivíduos.
154. É dolorosa a separação
da alma e do corpo?
“Não; o corpo quase sempre sofre mais durante a
vida do que no momento da morte; a alma nenhuma parte toma nisso. Os
sofrimentos que algumas vezes se experimentam no instante da morte são um
gozo para o Espírito, que vê chegar o termo do seu exílio.”
Na morte natural, a que sobrevém pelo esgotamento
dos órgãos, em conseqüência da idade, o homem deixa a vida sem o perceber: é
uma lâmpada que se apaga por falta de óleo.
159. Que sensação
experimenta a alma no momento em que reconhece estar no mundo dos Espíritos?
“Depende. Se praticaste o mal, impelido pelo desejo
de o praticar, no primeiro momento te sentirás envergonhado de o haveres
praticado. Com a alma do justo as coisas se passam de modo bem diferente. Ela
se sente como que aliviada de grande peso, pois que não teme nenhum olhar perscrutador.”
164. A perturbação que
se segue à separação da alma e do corpo é do mesmo grau e da mesma duração para
todos os Espíritos?
“Não; depende da elevação de cada um. Aquele que já
está purificado, se reconhece quase imediatamente, pois que se libertou da
matéria antes que cessasse a vida do corpo, enquanto que o homem carnal, aquele
cuja consciência ainda não está pura, guarda por muito mais tempo a impressão
da matéria.”
957. Quais, em geral,
com relação ao estado do Espírito, as conseqüências do suicídio?
“Muito diversas são as conseqüências do suicídio.
Não há penas determinadas e, em todos os casos, correspondem sempre às causas
que o produziram. Há, porém, uma conseqüência a que o suicida não pode escapar;
é o desapontamento. Mas, a sorte não é a mesma para todos; depende
das circunstâncias. Alguns expiam a falta
imediatamente, outros em nova existência, que será pior do que aquela cujo
curso interromperam.”
A observação,
realmente, mostra que os efeitos do suicídio não são idênticos. Alguns há,
porém, comuns a todos os casos de morte violenta e que são a conseqüência da
interrupção brusca da vida. Há, primeiro, a persistência mais prolongada e
tenaz do laço que une o Espírito ao corpo, por estar quase sempre esse laço na plenitude
da sua força no momento em que é partido, ao passo que, no caso de morte
natural, ele se enfraquece gradualmente e muitas vezes se desfaz antes que a
vida se haja extinguido completamente. As conseqüências deste estado de coisas
são o prolongamento da perturbação espiritual, seguindo-se à ilusão em que,
durante mais ou menos tempo, o Espírito se conserva de que ainda pertence ao
número dos vivos.
A afinidade
que permanece entre o Espírito e o corpo produz, nalguns suicidas, uma espécie
de repercussão do estado do corpo no Espírito, que, assim, a seu mau grado,
sente os efeitos da decomposição, donde lhe resulta uma sensação cheia de
angústias e de horror, estado esse que também pode durar pelo tempo que devia
durar a vida que sofreu interrupção. Não é geral este efeito; mas, em caso
algum, o suicida fica isento das consequências da sua falta de coragem e, cedo
ou tarde, expia, de um modo ou de outro, a culpa em que incorreu. Assim é que certos
Espíritos, que foram muito desgraçados na Terra, disseram ter-se suicidado na existência
precedente e submetido voluntariamente a novas provas, para tentarem
suportá-las com mais resignação. Em alguns, verifica-se uma espécie de ligação
à matéria, de que inutilmente procuram desembaraçar-se, a fim de voarem para
mundos melhores, cujo acesso, porém, se lhes conserva interdito. A maior parte
deles sofre o pesar de haver feito uma coisa inútil, pois que só decepções
encontram.
èsempre verificar com os jovens o entendimento das questões e das
respostas.
4.
Fixação
do conteúdo: passar trechos de alguns vídeos de filmes
- Cidade dos anjos,
abertura: morte da menininha (2:30 minutos): um Espírito protetor veio recolher
a menina, estando presente algumas horas antes da desencarnação.
- Nosso Lar – André
Luiz desperta no umbral (2:10 minutos) –
morreu na mesa de cirurgia, câncer no intestino, e acordou no Umbral.
ècomo
deve ter sido a vida dele para despertar após a desencarnação dessa forma?
Nunca tinha cogitado
da vida espiritual. Era prepotente, rico, médico. Não tinha compaixão pelos
desafortunados. Vivia para si e para sua família. Um homem sem religião. Ficou
8 anos no Umbral até orar, depois de tanto sofrer de cansaço, medo, fome e sede,
e ser resgatado pelos mentores. Como não era mau, PP falando, não foi
perseguido por Espíritos cruéis no plano espiritual.
- Ghost – do outro
lado da vida – cena da desencarnação do personagem principal (3:54 minutos) – o
que vemos aqui? É uma ficção, não é um filme espírita, mas retrata uma situação
comum. Ele permanece junto dos encarnados. Percebeu que morreu mas ficou junto
da esposa. Às vezes a pessoa não percebe que morreu e também permanece nos
locais onde costumava ficar antes de morrer.
- Ghost – do outro
lado da vida – cenas das desencarnações dos personagens maus (1:35 minutos) –
Como é ficção, o filme mostra umas sombras fantasmagóricas vindo pegá-los após
o desprendimento. E é mais ou menos isso o que a literatura espírita mostra.
Esses que são assassinos, cruéis, perversos, não vão para o umbral, mas sim,
para regiões de trevas onde ficam presos por outros Espíritos mais perversos
que eles.
- E a vida continua –
cena da desencarnação de Evelina (
minutos) – Essa é uma história real. Ela é uma pessoa comum, que vive a
vida amando os seus, sem desejar mal aos outros. Morre na mesa de cirurgia,
assim como o André Luiz, e acorda num hospital numa colônia espiritual. Ficou
um tempo sem saber o que tinha ocorrido com ela.
Vemos que são
diversas as situações, sempre dependendo do como a pessoa é, seus valores, suas
virtudes, seus vícios.
5.
Conclusão:
Não existem duas
mortes iguais. Tudo depende de como a pessoa está espiritualmente falando.
Sempre a prece para auxiliá-los
a despertarem em paz.
Qual deve ser nossa
postura perante os nossos afetos que já se foram?
LE perg. 936. Como é que
as dores inconsoláveis dos que sobrevivem se refletem nos Espíritos que as
causam?
“O Espírito é sensível à lembrança e às saudades
dos que lhe eram caros na Terra; mas, uma dor incessante e desarrazoada o toca
penosamente, porque, nessa dor excessiva, ele vê falta de fé no futuro e de
confiança em Deus e, por conseguinte, um obstáculo ao adiantamento dos que o
choram e talvez à sua reunião com estes.”
èdevemos
orar para que despertem bem, possam ser recolhidos a colônias espirituais e
compreendam a sua nova situação.
6.
Prece
final e passes
7.
Avaliação
Aula para 6 jovens, com interesse. Trouxeram perguntas
sobre a situação após a desencarnação.
Não fiz a leitura do
LE; fui explanado os conceitos, com perguntas ao grupo e depois passei os
vídeos: 2 do Ghost, Nosso Lar e E a Vida Continua.
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