Casa Espírita
Missionários da Luz
Diretoria de Infância
e Juventude
Pré: 13 e 14 anos, e Mocidade:
> 14 anos 11/08/2017
Tema: Quero ser livre!
Objetivo:
Refletir sobre o conceito de liberdade e a
responsabilidade que lhe é associada;
Refletir: sou livre em meus atos?;
Consigo diferenciar meus pensamentos dos do
grupo social e da mídia?
Bibliografia:
O Livro dos Espíritos: Pergs. 122,
127, 262 à 273, 843 à 867, 872;
Evangelho
Seg.Espiritismo, Cap.V – BEM-AVENTURADOS OS
AFLITOS, itens 6 à 8;
A Gênese,
Cap. III, itens 9 e 10 - 'Origem do Bem e do Mal';
Mateus,16:27 - a cada um será dado segundo as suas obras;
1 Coríntios, 6.12 ‘Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas
convêm’;
Sexo e Obsessão, Manoel Philomeno de Miranda/Divaldo Franco;
http://www.cvdee.org.br/evangelize/pdf/6_0744.pdf
http://www.cvdee.org.br/evangelize/pdf/6_0744.pdf
Material: LE; Papel,
caneta e envelope para todos; Cartões contendo, cada um, uma característica.
Envelopes para cada cartão. Um cartão para um terço da turma.
Características a
serem escritas nos cartões:
sou teimoso: preciso aprender a não ser tão
insistente
sou carente: cuide bem de mim
sou descuidado: me superproteja
Sou tímido: ajude-me
Sou mentiroso: desconfie
Sou orgulhoso: preciso aprender a ouvir e
valorizar mais as opiniões das outras pessoas
(repetir para ter características em tantos cartões
quanto um terço de jovens da turma).
Desenvolvimento:
1.
Hora
da novidade e prece Inicial
2.
Motivação
ao tema:
Propor
uma dinâmica:
• Dividir a turma em subgrupos de três jovens.
Um será o filho e os outros dois serão seus pais.
• Entregar o envelope aos ‘pais’, para que
leiam mas não deixem o ‘filho’ ler.
• Os grupos deverão discutir um tema que será
escrito no quadro, e durante a discussão devem levar em consideração o que
leu no cartão do envelope recebido. Terão 10 minutos.
Essas discussões serão simultâneas, no
contexto de cada subgrupo.
Durante
a discussão nos subgrupos, observar as reações de cada jovem no debate.
Escrever os temas no quadro, e sortear um
para cada grupo:
Tema 1: uma banda ou
cantor(a) que você ama vem para o Brasil para uma apresentação única em São
Paulo. Você quer muito ir e seus pais não querem deixar. Tente convencê-los a
ir.
Tema 2: você acha que
deve aprender com seus próprios erros e que seus pais não devem ficar dando
"lição de moral" - Tente convencê-los que já é bem grande para tomar
conta do próprio nariz.
Tema 3: Você quer
namorar, sair/estar com amigos, conhecer pessoas novas e seus pais acham que
você é muito novo(a). Convença-os que você não é mais criança.
Processamento da atividade:
• Ao fim do tempo,
analisar a experiência com os jovens, pedindo que compartilhem os sentimentos
vividos em relação às próprias famílias, às posturas pessoais e as de seus
responsáveis:
- como foi a
discussão com os ‘pais’? Você ouviu e entendeu a argumentação deles?
- você fez alguma
relação com sua própria família, perante seus desejos?
- como foi a
discussão com o ‘filho’? Vocês dois estavam de acordo com relação à decisão a
ser tomada?
- na posição de pais,
vocês conseguiram perceber atitudes de seus próprios pais/responsáveis?
Cada ‘pais’ receberam
uma característica de seu filho, que deveriam levar em conta na discussão. Por
que essa característica foi utilizada na atividade?
- como somos diferentes, a educação
dos pais a seus filhos é individual; deve levar em conta cada filho em
particular. Decisões para um filho, não necessariamente devem ser as mesmas
para um outro filho, pois deve atender às necessidades evolutivas de cada um em
particular.
Porque os pais, às
vezes, não atendem aos pedidos de seus filhos?
- porque tem a
obrigação de ver o que é melhor para eles; é um dever dos pais. Ele respondem
civilmente por seus filhos.
3.
Desenvolvimento:
meu poder de agir – livre arbítrio
(depois das discussões, pedir que um dos
jovens leia a resposta dos Espíritos no LE)
- Mas então, até onde vai meu poder de decisão
sobre as coisas relativas a mim?
Do livre-arbítrio
goza o homem desde o seu nascimento?
“Há liberdade de agir, desde que haja vontade de fazê-lo. Nas primeiras
fases da vida, quase nula é a liberdade, que se desenvolve e muda de objeto com o desenvolvimento das faculdades.
Estando seus pensamentos em concordância com o que a sua idade reclama, a
criança aplica o seu livre-arbítrio àquilo que lhe é necessário.” (LE
Perg.844).
LE Perg. 262. Como pode o Espírito, que, em sua origem, é simples, ignorante e
carecido de experiência, escolher uma existência com conhecimento de causa e
ser responsável por essa escolha?
“Deus lhe supre a
inexperiência, traçando-lhe o caminho que deve seguir, como fazeis com a
criancinha. Deixa-o, porém, pouco a pouco, à medida que o seu livre-arbítrio
se desenvolve, senhor de proceder à escolha e só então é que muitas vezes
lhe acontece extraviar-se, tomando o mau caminho, por desatender os conselhos
dos bons Espíritos. A isso é que se pode chamar a queda do homem.”
- no caso das crianças e jovens, os pais fazem o
mesmo: orientam e decidem pelos filhos.
-
Quanto maior a inteligência, maior a liberdade, maior a responsabilidade.
(Perg.849)
Vocês acham que conseguem diferenciar seus
pensamentos dos do grupo social e da mídia?
Coisas que vocês
‘gostam’ ou ‘querem’, será que realmente gostam e querem ou estão somente sendo
levados pelo meio em que vivem?
- nós todos somos
levados pelo grupo social! Essa é uma das habilidades do setor de propaganda e
marketing: levar os clientes a sentirem a necessidade de adquirir seus
produtos.
- por isso, é
necessário ponderar, refletir, ter domínio real de si, de seus valores, para
ter maiores condições de discernir entre as diversas opções que a todo momento
nos são oferecidas.
Tudo o que fazemos gera uma consequência. Sempre.
Se a ação foi boa, boa será a consequência.
Se foi equivocada, haverá prejuízos para o autor da
ação e muitas vezes, também para outras pessoas que também podem ser
prejudicadas pela ação tomada por outro.
4.
Desenvolvimento:
situações alheias à minha vontade – determinismo (consequência)
- Mas então, existem situações e acontecimentos
alheios a nossa vontade que nos atingem?
LE.Perg 859.a) — Haverá fatos que
forçosamente devam dar-se e que os Espíritos não possam conjurar, embora o
queiram?
“Há, mas que tu viste e pressentiste quando, no estado de Espírito,
fizeste a tua escolha. Não creias, entretanto, que tudo o que sucede esteja
escrito, como costumam dizer. Um acontecimento qualquer pode ser a consequência
de um ato que praticaste por tua livre vontade, de tal sorte que, se não o
houvesses praticado, o acontecimento não se teria dado. Imagina que queimas o
dedo. Isso nada mais é senão resultado da tua imprudência e efeito da matéria.
Só as grandes dores, os fatos
importantes e capazes de influir no moral, Deus os prevê, porque são úteis à
tua depuração e à tua instrução.”
- vemos aqui, um novo conceito: fatalidade!
- qual a diferença entre livre arbítrio e fatalidade?
LE Perg. 851. Haverá fatalidade nos
acontecimentos da vida, conforme ao sentido que se dá a este vocábulo? Quer
dizer: todos os acontecimentos são predeterminados? E, neste caso, que vem a
ser do livre-arbítrio?
“A fatalidade existe
unicamente pela escolha que o Espírito fez, ao encarnar, desta ou daquela prova
para sofrer. Escolhendo-a, instituiu para si uma espécie de
destino, que é a conseqüência mesma da posição em que vem a achar-se colocado.
Falo das provas físicas, pois, pelo que
toca às provas morais e às tentações, o Espírito, conservando o livre-arbítrio
quanto ao bem e ao mal, é sempre senhor de ceder ou de resistir.
- o que podemos entender por esse trecho da resposta que fala das provas
morais e tentações?
- que nenhuma ação má que alguém
realiza é por conta de fatalidade! Sempre é decisão, nesse caso equivocada, de
quem tomou a ação!
- quem pode dar exemplos de situações com determinismo e outras em que
foi decisão da pessoa nessa vida mesmo?
Falar o caso de pedofilia de Sexo e Obsessão, de MPM
- podemos ver, de certa forma, o determinismo na tendência pedófila que
o padre Mauro trouxe de outras encarnações.
- mas a decisão de atender aos impulsos inferiores, é livre arbítrio do
padre Mauro.
- e a criança violada? É determinismo? Nasceu para sofrer a pedofilia?
Não. Mas em situação com atrações a esse tipo de situação, pelos atos cometidos
em anteriores existências.
LE
Perg.866. Então, a fatalidade que parece presidir aos
destinos materiais de nossa vida também é resultante do nosso livre-arbítrio?
“Tu mesmo escolheste a tua prova. Quanto
mais rude ela for e melhor a suportares, tanto mais te elevarás. Os que passam
a vida na abundância e na ventura humana são Espíritos pusilânimes, que
permanecem estacionários. Assim, o número dos desafortunados é muito superior
ao dos felizes deste mundo, atento que os Espíritos, na sua maioria, procuram
as provas que lhes sejam mais proveitosas. Eles vêem perfeitamente bem a
futilidade das vossas grandezas e gozos. Acresce que a mais ditosa existência é
sempre agitada, sempre perturbada, quando mais não seja, pela ausência da dor.”
- vejam
que aqui os Espíritos informam porque existem muitos mais pobres do que ricos!
Porque os Espíritos escolhem encarnações com mais chances de sucesso!
5.
Fixação
do Conteúdo
Solicitar
que cada um pense numa mudança que precisa fazer em seu modo de agir para
evitar geração de consequências ruins no futuro.
Essa
mudança já pode ser iniciada a partir da semana que vem.
Deve
anotar essa mudança em um papel, assim como as consequências que espera que
aconteçam a partir dessa mudança. Dobrar o papel, colocar num envelope e
guardar no fundo de sua gaveta de roupas, como um compromisso pessoal que cada
um está fazendo consigo próprio.
6.
Prece
final e passes
Avaliação:
Aula para 11 jovens, sendo 6 da turma do II
ciclo (11 e 12 anos).
Atividade inicial com
muita participação e boas reflexões após. Todo o conteúdo foi discutido via
conversação com o grupo, com participação e interesse.
Não foi feita a
leitura do LE, nem a análise do caso do livro de MPM.
Anexos
Sexo e Obsessão, Manoel Philomeno de Miranda/Divaldo Franco
Sobre a situação atual do padre Mauro:
– Estamos diante de
uma resposta da Vida aos atos clamorosos perpetrados anteriormente pelo nosso
amigo. É natural que, havendo desconsiderado as Leis que estabelecem o
respeito, o amor e o dever para com o próximo, hoje sofra os conflitos e as
perturbações que lhe constituem mecanismo de depuração dos gravames cometidos.
Ao mesmo tempo, algumas das suas vítimas cercam-no de vibrações deletérias e
odientas, inspirando-o nas tendências doentias, a fim de mais o afligirem, ao
tempo em que o alucinam e o estarrecem ante os próprios absurdos gerados pela
mente em desalinho. Sempre há cobrador, quando existe devedor na pauta dos
processos atuais de evolução do planeta terrestre e dos seus habitantes. (Cap.
2)
– Os seus adversários
espirituais encharcam-no de ideias pervertidas e desejos lúbricos insaciáveis,
desvairando-o. Fixando-se-lhe nos painéis mentais, telecomandam-no a distância,
e quando se desprende pelo sono físico é atraído ou arrebatado para os sítios
de vergonha e de depravação, nos quais mais se acentuam os desbordamentos da
paixão insana. (Cap. 2)
O Padre Mauro também sofreu abuso na infância, pelo
próprio pai:
A mente de Mauro
recuou à própria infância, e foi assaltada pela presença grosseira do genitor,
que o acariciava e abusava da sua inocência, há algum tempo. Sem poder fugir às
cenas interiores que o afligiam, desencadeadas pelo pequeno que lhe tocou a
mão, beijando-a carinhosamente, ele se reviu no flagício que lhe fora imposto
pelo pai desnaturado, começando a transpirar e a sentir disritmia
cardíaca. (Cap. 4)
A misericórdia do Pai
Criador trouxe-te de volta ao corpo, a fim de reparares, encarcerado em corpo
diferente, e para que não resvalasses pela borda de novos crimes, porém como
filho daquele a quem infelicitaste, para experimentares o licor amargo da
recuperação moral. Isso, entretanto, não justifica o desbordamento das paixões
a que te vens atirando, afogando-te no trágico pantanal de lascívia e
perversão. (Cap. 5)
– Por uma natural lei
de afinidade, os Espíritos renascem no mesmo grupo consanguíneo com o qual
agrediram a ordem e desrespeitaram os deveres.
(Cap.5)
Por isso mesmo, é-nos
a todos muito difícil o julgamento correto, por desconhecimento das causas
profundas e a modesta percepção do todo no acontecimento, que somente a
Consciência Cósmica penetra. Mas ninguém se libera da culpa sem padecer-lhe os
efeitos danosos e cruéis... (Cap. 7)
“As criancinhas
danificadas emocionalmente receberão igualmente o melhor conforto moral e
espiritual “ (Cap. 7)
“Estamos, pois,
diante de Leis inalteráveis, que funcionam com absoluta precisão e não podem
ser derrogadas. Desconsideradas, permanecem nos seus mecanismos automáticos até
alcançarem aqueles que as rejeitaram e são atraídos à retificação. Tudo é
perfeito na Divina Criação”. (Cap. 18)
Se aquele que cometeu
os delitos está recebendo ajuda para não voltar a reincidir no mal, considere
as providências que estão sendo tomadas em benefício das suas vítimas! Nada
fica sem conveniente atendimento, especialmente quando se trata daqueles que
foram empurrados para o erro, embora os atavismos da retaguarda. Equipe
especializada de nossa Esfera, igualmente parte do nosso grupo de realização,
está auxiliando os pequenos vitimados e tomando providências possíveis para os
ajudar em relação ao futuro, minimizando os traumas psicológicos e as
dependências perturbadoras que, por acaso, venham-se-lhes apresentar. (Cap. 21)
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