domingo, 13 de agosto de 2017

Lei de Liberdade - Quero ser livre

Casa Espírita Missionários da Luz
Diretoria de Infância e Juventude
Pré: 13 e 14 anos, e Mocidade:  > 14 anos                                                                  11/08/2017

Tema: Quero ser livre!

Objetivo:
Refletir sobre o conceito de liberdade e a responsabilidade que lhe é associada;
Refletir: sou livre em meus atos?;
Consigo diferenciar meus pensamentos dos do grupo social e da mídia?

Bibliografia:
O Livro dos Espíritos: Pergs. 122, 127, 262 à 273, 843 à 867, 872;
Evangelho Seg.Espiritismo, Cap.V – BEM-AVENTURADOS OS AFLITOS, itens 6 à 8;
A Gênese, Cap. III, itens 9 e 10 - 'Origem do Bem e do Mal';
Mateus,16:27 -  a cada um será dado segundo as suas obras;
1 Coríntios, 6.12   ‘Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas convêm’;
Sexo e Obsessão, Manoel Philomeno  de Miranda/Divaldo Franco;
http://www.cvdee.org.br/evangelize/pdf/6_0744.pdf


Material: LE;  Papel, caneta e envelope para todos; Cartões contendo, cada um, uma característica. Envelopes para cada cartão. Um cartão para um terço da turma.
Características a serem escritas nos cartões:
sou teimoso: preciso aprender a não ser tão insistente
sou carente: cuide bem de mim
sou descuidado: me superproteja
Sou tímido: ajude-me
Sou mentiroso: desconfie
Sou orgulhoso: preciso aprender a ouvir e valorizar mais as opiniões das outras pessoas
(repetir para ter características em tantos cartões quanto um terço de jovens da turma).


Desenvolvimento:
1.             Hora da novidade e prece Inicial

2.             Motivação ao tema:
Propor uma dinâmica:

• Dividir a turma em subgrupos de três jovens. Um será o filho e os outros dois serão seus pais.
• Entregar o envelope aos ‘pais’, para que leiam mas não deixem o ‘filho’ ler.
• Os grupos deverão discutir um tema que será escrito no quadro, e durante a discussão devem levar em consideração o que leu no cartão do envelope recebido. Terão 10 minutos.
Essas discussões serão simultâneas, no contexto de cada subgrupo.
Durante a discussão nos subgrupos, observar as reações de cada jovem no debate.

Escrever os temas no quadro, e sortear um para cada grupo:

Tema 1: uma banda ou cantor(a) que você ama vem para o Brasil para uma apresentação única em São Paulo. Você quer muito ir e seus pais não querem deixar. Tente convencê-los a ir.

Tema 2: você acha que deve aprender com seus próprios erros e que seus pais não devem ficar dando "lição de moral" - Tente convencê-los que já é bem grande para tomar conta do próprio nariz.

Tema 3: Você quer namorar, sair/estar com amigos, conhecer pessoas novas e seus pais acham que você é muito novo(a). Convença-os que você não é mais criança.

Processamento da atividade:

• Ao fim do tempo, analisar a experiência com os jovens, pedindo que compartilhem os sentimentos vividos em relação às próprias famílias, às posturas pessoais e as de seus responsáveis:
- como foi a discussão com os ‘pais’? Você ouviu e entendeu a argumentação deles?
- você fez alguma relação com sua própria família, perante seus desejos?
- como foi a discussão com o ‘filho’? Vocês dois estavam de acordo com relação à decisão a ser tomada?
- na posição de pais, vocês conseguiram perceber atitudes de seus próprios pais/responsáveis?
Cada ‘pais’ receberam uma característica de seu filho, que deveriam levar em conta na discussão. Por que essa característica foi utilizada na atividade?
- como somos diferentes, a educação dos pais a seus filhos é individual; deve levar em conta cada filho em particular. Decisões para um filho, não necessariamente devem ser as mesmas para um outro filho, pois deve atender às necessidades evolutivas de cada um em particular.

Porque os pais, às vezes, não atendem aos pedidos de seus filhos?
- porque tem a obrigação de ver o que é melhor para eles; é um dever dos pais. Ele respondem civilmente por seus filhos.

3.             Desenvolvimento: meu poder de agir – livre arbítrio

(depois das discussões, pedir que um dos jovens leia a resposta dos Espíritos no LE)

- Mas então, até onde vai meu poder de decisão sobre as coisas relativas a mim?

Do livre-arbítrio goza o homem desde o seu nascimento?
“Há liberdade de agir, desde que haja vontade de fazê-lo. Nas primeiras fases da vida, quase nula é a liberdade, que se desenvolve e muda de objeto com o desenvolvimento das faculdades. Estando seus pensamentos em concordância com o que a sua idade reclama, a criança aplica o seu livre-arbítrio àquilo que lhe é necessário.” (LE Perg.844).


LE Perg. 262. Como pode o Espírito, que, em sua origem, é simples, ignorante e carecido de experiência, escolher uma existência com conhecimento de causa e ser responsável por essa escolha?
“Deus lhe supre a inexperiência, traçando-lhe o caminho que deve seguir, como fazeis com a criancinha. Deixa-o, porém, pouco a pouco, à medida que o seu livre-arbítrio se desenvolve, senhor de proceder à escolha e só então é que muitas vezes lhe acontece extraviar-se, tomando o mau caminho, por desatender os conselhos dos bons Espíritos. A isso é que se pode chamar a queda do homem.”
- no caso das crianças e jovens, os pais fazem o mesmo: orientam e decidem pelos filhos.
- Quanto maior a inteligência, maior a liberdade, maior a responsabilidade. (Perg.849)

Vocês acham que conseguem diferenciar seus pensamentos dos do grupo social e da mídia?
Coisas que vocês ‘gostam’ ou ‘querem’, será que realmente gostam e querem ou estão somente sendo levados pelo meio em que vivem?
- nós todos somos levados pelo grupo social! Essa é uma das habilidades do setor de propaganda e marketing: levar os clientes a sentirem a necessidade de adquirir seus produtos.
- por isso, é necessário ponderar, refletir, ter domínio real de si, de seus valores, para ter maiores condições de discernir entre as diversas opções que a todo momento nos são oferecidas.

Tudo o que fazemos gera uma consequência. Sempre. Se a ação foi boa, boa será a consequência.
Se foi equivocada, haverá prejuízos para o autor da ação e muitas vezes, também para outras pessoas que também podem ser prejudicadas pela ação tomada por outro.


4.             Desenvolvimento: situações alheias à minha vontade – determinismo (consequência)

- Mas então, existem situações e acontecimentos alheios a nossa vontade que nos atingem?

LE.Perg 859.a) — Haverá fatos que forçosamente devam dar-se e que os Espíritos não possam conjurar, embora o queiram?
“Há, mas que tu viste e pressentiste quando, no estado de Espírito, fizeste a tua escolha. Não creias, entretanto, que tudo o que sucede esteja escrito, como costumam dizer. Um acontecimento qualquer pode ser a consequência de um ato que praticaste por tua livre vontade, de tal sorte que, se não o houvesses praticado, o acontecimento não se teria dado. Imagina que queimas o dedo. Isso nada mais é senão resultado da tua imprudência e efeito da matéria. Só as grandes dores, os fatos importantes e capazes de influir no moral, Deus os prevê, porque são úteis à tua depuração e à tua instrução.”

- vemos aqui, um novo conceito: fatalidade!
- qual a diferença entre livre arbítrio e fatalidade?

LE Perg. 851. Haverá fatalidade nos acontecimentos da vida, conforme ao sentido que se dá a este vocábulo? Quer dizer: todos os acontecimentos são predeterminados? E, neste caso, que vem a ser do livre-arbítrio?
“A fatalidade existe unicamente pela escolha que o Espírito fez, ao encarnar, desta ou daquela prova para sofrer. Escolhendo-a, instituiu para si uma espécie de destino, que é a conseqüência mesma da posição em que vem a achar-se colocado. Falo das provas físicas, pois, pelo que toca às provas morais e às tentações, o Espírito, conservando o livre-arbítrio quanto ao bem e ao mal, é sempre senhor de ceder ou de resistir.
- o que podemos entender por esse trecho da resposta que fala das provas morais e tentações?
  - que nenhuma ação má que alguém realiza é por conta de fatalidade! Sempre é decisão, nesse caso equivocada, de quem tomou a ação!

- quem pode dar exemplos de situações com determinismo e outras em que foi decisão da pessoa nessa vida mesmo?

Falar o caso de pedofilia de Sexo e Obsessão, de MPM

- podemos ver, de certa forma, o determinismo na tendência pedófila que o padre Mauro trouxe de outras encarnações.
- mas a decisão de atender aos impulsos inferiores, é livre arbítrio do padre Mauro.
- e a criança violada? É determinismo? Nasceu para sofrer a pedofilia? Não. Mas em situação com atrações a esse tipo de situação, pelos atos cometidos em anteriores existências.


LE Perg.866. Então, a fatalidade que parece presidir aos destinos materiais de nossa vida também é resultante do nosso livre-arbítrio?
Tu mesmo escolheste a tua prova. Quanto mais rude ela for e melhor a suportares, tanto mais te elevarás. Os que passam a vida na abundância e na ventura humana são Espíritos pusilânimes, que permanecem estacionários. Assim, o número dos desafortunados é muito superior ao dos felizes deste mundo, atento que os Espíritos, na sua maioria, procuram as provas que lhes sejam mais proveitosas. Eles vêem perfeitamente bem a futilidade das vossas grandezas e gozos. Acresce que a mais ditosa existência é sempre agitada, sempre perturbada, quando mais não seja, pela ausência da dor.”
- vejam que aqui os Espíritos informam porque existem muitos mais pobres do que ricos! Porque os Espíritos escolhem encarnações com mais chances de sucesso!


5.             Fixação do Conteúdo

Solicitar que cada um pense numa mudança que precisa fazer em seu modo de agir para evitar geração de consequências ruins no futuro.
Essa mudança já pode ser iniciada a partir da semana que vem.
Deve anotar essa mudança em um papel, assim como as consequências que espera que aconteçam a partir dessa mudança. Dobrar o papel, colocar num envelope e guardar no fundo de sua gaveta de roupas, como um compromisso pessoal que cada um está fazendo consigo próprio.

6.             Prece final e passes

Avaliação:  
Aula para 11 jovens, sendo 6 da turma do II ciclo (11 e 12 anos). 
Atividade inicial com muita participação e boas reflexões após. Todo o conteúdo foi discutido via conversação com o grupo, com participação e interesse.
Não foi feita a leitura do LE, nem a análise do caso do livro de MPM.

Anexos


Sexo e Obsessão, Manoel Philomeno  de Miranda/Divaldo Franco

Sobre a situação atual do padre Mauro:
– Estamos diante de uma resposta da Vida aos atos clamorosos perpetrados anteriormente pelo nosso amigo. É natural que, havendo desconsiderado as Leis que estabelecem o respeito, o amor e o dever para com o próximo, hoje sofra os conflitos e as perturbações que lhe constituem mecanismo de depuração dos gravames cometidos. Ao mesmo tempo, algumas das suas vítimas cercam-no de vibrações deletérias e odientas, inspirando-o nas tendências doentias, a fim de mais o afligirem, ao tempo em que o alucinam e o estarrecem ante os próprios absurdos gerados pela mente em desalinho. Sempre há cobrador, quando existe devedor na pauta dos processos atuais de evolução do planeta terrestre e dos seus habitantes.   (Cap. 2)

– Os seus adversários espirituais encharcam-no de ideias pervertidas e desejos lúbricos insaciáveis, desvairando-o. Fixando-se-lhe nos painéis mentais, telecomandam-no a distância, e quando se desprende pelo sono físico é atraído ou arrebatado para os sítios de vergonha e de depravação, nos quais mais se acentuam os desbordamentos da paixão insana.  (Cap. 2)

O Padre Mauro também sofreu abuso na infância, pelo próprio pai:
A mente de Mauro recuou à própria infância, e foi assaltada pela presença grosseira do genitor, que o acariciava e abusava da sua inocência, há algum tempo. Sem poder fugir às cenas interiores que o afligiam, desencadeadas pelo pequeno que lhe tocou a mão, beijando-a carinhosamente, ele se reviu no flagício que lhe fora imposto pelo pai desnaturado, começando a transpirar e a sentir disritmia cardíaca.  (Cap. 4)

A misericórdia do Pai Criador trouxe-te de volta ao corpo, a fim de reparares, encarcerado em corpo diferente, e para que não resvalasses pela borda de novos crimes, porém como filho daquele a quem infelicitaste, para experimentares o licor amargo da recuperação moral. Isso, entretanto, não justifica o desbordamento das paixões a que te vens atirando, afogando-te no trágico pantanal de lascívia e perversão.  (Cap. 5)

– Por uma natural lei de afinidade, os Espíritos renascem no mesmo grupo consanguíneo com o qual agrediram a ordem e desrespeitaram os deveres.  (Cap.5)

Por isso mesmo, é-nos a todos muito difícil o julgamento correto, por desconhecimento das causas profundas e a modesta percepção do todo no acontecimento, que somente a Consciência Cósmica penetra. Mas ninguém se libera da culpa sem padecer-lhe os efeitos danosos e cruéis...  (Cap. 7)

“As criancinhas danificadas emocionalmente receberão igualmente o melhor conforto moral e espiritual “ (Cap. 7)

“Estamos, pois, diante de Leis inalteráveis, que funcionam com absoluta precisão e não podem ser derrogadas. Desconsideradas, permanecem nos seus mecanismos automáticos até alcançarem aqueles que as rejeitaram e são atraídos à retificação. Tudo é perfeito na Divina Criação”.  (Cap. 18)

Se aquele que cometeu os delitos está recebendo ajuda para não voltar a reincidir no mal, considere as providências que estão sendo tomadas em benefício das suas vítimas! Nada fica sem conveniente atendimento, especialmente quando se trata daqueles que foram empurrados para o erro, embora os atavismos da retaguarda. Equipe especializada de nossa Esfera, igualmente parte do nosso grupo de realização, está auxiliando os pequenos vitimados e tomando providências possíveis para os ajudar em relação ao futuro, minimizando os traumas psicológicos e as dependências perturbadoras que, por acaso, venham-se-lhes apresentar.  (Cap. 21)



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