Casa Espírita
Missionários da Luz – Pré-Mocidade 13
à 17 anos 21/10/2016
Tema: O Apóstolo Pedro
Objetivos:
Conhecer
a vida e obra do apóstolo Pedro
Bibliografia:
-
Novo Testamento: Jo, 1: 42 - “Tu és Simão. Serás chamado Cefas (Pedro)”; Mt, 4:19 - “Eu vos farei pescadores de
homens”; Mt, 16:16 - ‘Tu és o Cristo, o
Filho de Deus Vivo”;
-
LE, 459, 466, 567;
-
Ev.Seg.Esp. Cap. VI, item 1;
-
Palavras de Vida Eterna, Emmanuel / F.C.Xavier, caps. 153 e 154;
-
Paulo e Estevão (Emmanuel / F.C.Xavier), cap. III;
-
Até o Fim dos Tempos!, Amélia Rodrigues/Divaldo Franco, ‘Mediunidade - Vínculo de Luz’;
-
Pelos Caminhos de Jesus, Amélia Rodrigues/Divaldo Franco, “...Fortalece os teus
irmãos”;
-
Trigo de Deus, Amélia Rodrigues/Divaldo Franco, cap 25 “Apascenta o meu
rebanho”;
-
Há Flores no Caminho, Amélia Rodrigues/Divaldo Franco, cap. 6 ‘Por amor a
Jesus’.
Material: projetor e
notebook;
Hora da novidade e Prece Inicial (todos que
desejarem, fazem a prece, um por vez).
Desenvolvimento:
1.
Motivação
Inicial:
Semana passada falamos de um dos grandes
apóstolos de Jesus, Paulo, o apóstolo dos gentios. Hoje nosso tema é a vida de
outro apóstolo de Jesus. Quem advinha?
O que vocês sabem da vida desse personagem
tão importante na história do cristianismo?
Alguns dados pessoais de Pedro:
Irmão do apóstolo
André, era um pescador no mar da Galiléia, mais precisamente na cidade de
Cafarnaun. Seu nome era Simão, mas recebeu de Jesus o sobrenome de Pedro ou
Cefas, que significa pedra em grego e hebraico, respectivamente.
Considerado como
fundador da Igreja Cristã em Roma, e pela Igreja Católica, é tido como o
primeiro Papa. Foi morto em Roma, no ano de 64 d.C., na perseguição aos
cristãos, crucificado de cabeça para baixo, conforme a sua vontade, pois não se
achava digno de morrer como Jesus.
“Era ele pescador de
vida humilde, homem quase iletrado, comprometido em obrigações de família,
habitante de aldeola paupérrima, seguidor do Evangelho, submetido a tentações e
vacilações que, por algumas vezes, o fizeram cair;(...)” (Palavras de Vida
Eterna , Emmanuel/Chico Xavier, “Nas trilhas da fé”)
2.
Trabalho
em grupos a partir de textos base
Nós vamos conhecer um
pouco mais da personalidade de Pedro, e de suas atividades como apóstolos,
através de passagens no Novo Testamento, desenvolvidas na literatura espírita.
Vamos dividir a turma
em subgrupos, ficando cada um, com um trecho para estudar.
Texto 1: Mediunidade
de Pedro
Texto 2: A negação de
Pedro
Texto 3: A Casa do
Caminho
3.
Apresentação
dos grupos
Reforçar as lutas e dificuldades pelas
quais Pedro passou, vencendo suas limitações e como se tornou o condutor dos
primeiros cristãos, conforme Jesus havia orientado.
Reforçar a presença da mediunidade
presente em toda a história dos anos iniciais do cristianismo.
4.
Passes
e prece final.
5.
Avaliação
Aula junto com o III
ciclo, totalizando 9 jovens.
No início passei os
vídeos das turmas, do encontro da família. Com isso, só tivemos 1h de aula, que
foi feita com exposição sobre fatos principais da vida de Pedro, com
participação e interesse do grupo. Eles não conheciam nada da vida de Pedro.
Texto 1: Mediunidade
de Pedro
– Perguntou-lhes Jesus: “E vós, quem
dizeis que eu sou?” – Simão Pedro, tomando a palavra, respondeu: “Tu és o
Cristo, o Filho do Deus vivo:” – Replicou-lhe Jesus: “Bem-aventurado és, Simão,
filho de Jonas, porque não foram a carne nem o sangue que isso te revelaram, mas
meu Pai, que está nos céus.”(Ev.Seg.Esp., Cap. VI, item1; Mateus, 16,15:17)
“
Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha
igreja, e as portas do hades não prevalecerão contra ela; dar-te-ei as chaves
do reino dos céus; o que ligares, pois, na terra será ligado nos céus, e o que
desligares na terra será desligado nos céus.
Desde
então começou Jesus Cristo a mostrar aos seus discípulos que era necessário que
ele fosse a Jerusalém, que padecesse muitas coisas dos anciãos, dos principais
sacerdotes, e dos escribas, que fosse morto, e que ao terceiro dia
ressuscitasse.
E
Pedro, tomando-o à parte, começou a repreendê-lo, dizendo: Tenha Deus compaixão
de ti, Senhor; isso de modo nenhum te acontecerá. Ele, porém, voltando-se,
disse a Pedro: Para trás de mim, Satanás, que me serves de escândalo; porque
não estás pensando nas coisas que são de Deus, mas sim nas que são dos homens.”
(Mateus, 16,18:23)
Jesus, “que houvera percebido o véu de
tristeza que ensombrecia a face do discípulo, esclareceu docemente:
- Simão, o homem na Terra é um
canal por onde vertem a inspiração e o pensamento da Imortalidade, sempre em
contato com os transeuntes do vale de sombras, a fim de que possam desfrutar de
claridades espirituais e terem renovadas as suas forças. Nem sempre porém, a
onda que envolve o ser é de procedência superior. (...)
- Quando me identificasse como
Messias, meu Pai comandava o teu pensamento e foste instrumento de vida. Por
isso te disse que não havia sido a carne nem o sangue, porque não se
tratava de raciocínio, de uma conclusão do teu cérebro. A revelação te
alcançava a mente em sintonia com a Verdade e te tornaste intermediário dela.
Logo depois, porque o medo te
perturbasse a razão, esquecendo-te de que a nossa é uma jornada para o
sacrifício, que o cordeiro segue para o matadouro, a fim de que a Sua
mensagem se perpetue pelo exemplo, foste instrumento de Satanás, o Espírito
infeliz que procura ser estorvo em relação ao ministério de libertação das
criaturas.
Já me viste expulsá-lo de
vários enfermos e, não obstante, ele investe, infeliz e perturbador, ganhando
adeptos no mundo, em contínuas tentativas de criar embaraços aos que andam em
justiça e eqüidade.”
(Até o Fim dos Tempos!, Amélia
Rodrigues/Divaldo Franco, ‘Mediunidade -
Vínculo de Luz’)
ð
Tarefa:
explicar o que aconteceu nessa passagem, e como o grupo percebeu que era a
personalidade de Pedro, nesse diálogo com Jesus.
Texto 2: A negação de
Pedro
(Jesus com os
discípulos na última ceia, da festa da Páscoa)
“Estava próxima a hora da imolação. [...]
Cada discípulo presente era uma coluna do edifício do porvir,
[...]
Quais aqueles que suportariam o peso da construção? [...]
Na pausa natural, quando as emoções ainda sorriam em clima de
ansiedade, Jesus informou:
- Simão, Simão, olha que Satanás te reclamou para joeirar com o
trigo. Mas eu roguei por ti, a fim de que tua fé não desfaleça...E tu uma vez
convertido, fortalece teus irmãos [...]
Surpreendido peã advertência sincera e oportuna do Benfeitor, o
amigo retrucou, despercebido daquilo que enunciava:
- Senhor, Senhor, estou pronto para ir contigo para a prisão e
para a morte.
Honestamente num momento, alguém daria a vida por outrem, a sua pela
liberdade de seu amigo. Já não, porém, noutro momento, num diferente estado
emocional.
Não é covardia nem indiferença.
São as circunstâncias. É todo o passado existencial assomando
[...].
O Mestre mergulhou os seus nos olhos do discípulo emocionado e
vaticinou melancólico:
- Digo-te Pedro, o galo não cantará hoje sem que, por três vezes,
tenhas negado conhecer-me [...]”
Quando Jesus foi preso, Pedro quando apontado por conhecidos
reagiu dizendo:
“Não o conheço mulher...
- Homem, não sou...
- Homem, não sei o que dizes...
E o galo cantou!
O Mestre, manietado e sob dilacerações fixou os Seus nos olhos do
discípulo, sem censura, sem mágoa...
Dando-se conta, caindo em si, o companheiro aturdido chorou
copioso pranto.
Ficava-lhe a frase consolação: - E tu, uma vez convertido,
fortalece os teus irmãos!”
(-
Pelos Caminhos de Jesus, Amélia Rodrigues/Divaldo Franco, “...Fortalece os teus
irmãos”)
(Após a crucificação
de Jesus)
“Ainda predomina nas almas saudosas a melancolia e a
dor quase insuportável.(...)
Arrancados
do anonimato e da simplicidade de homens do povo, eles se viram subitamente
atirados ao torvelinho da grande revolução ideológica.(...)
Retornando às
atividades anteriores, sem terem idéia exata do que fazerem, os companheiros
surpreendiam-se chorando, evocando os episódios que ali sucederam e deveriam
abalar as estruturas da Humanidade, qual ocorreu depois.
Tentavam recordar
cada fato e acontecimento, mantendo-Lhe viva a memória nos comentários
incessantes, repassados de ternura e melancolia. Jesus fora o divisor dos
tempos e assinalaria de forma especial a Nova Era com Sua mensagem.
Eles pescavam – narra
João – e nada haviam conseguido! Subitamente, um estranho, da praia,
sugeriu-lhes que atirassem as redes do lado direito da barca, e, ao fazê-lo,
por pouco não se romperam ao serem recolhidas.
Retiraram das águas
calmas, cento e cinquenta e três peixes grandes... Imediatamente reconheceram o
Mestre, que ali estava como no passado, vivo e estuante, sorrindo e jovial,
superando todas as expectativas do desencanto pelo Seu desaparecimento, que
ainda era comentado.
Almoçaram com a alacridade de outrora.
Almoçaram com a alacridade de outrora.
Ao
terminar, á tarde, Ele assumiu a postura habitual e, acercando-se de Pedro,
interrogou-o com doçura: - Simão, filho de Jonas, amas-me mais do que a estes?
A
interrogação inesperada fulminou o amigo pescador, que se recordou das
negações, envergonhando-se. Porém, honesto e firme, redarguiu: - Sim, Senhor,
Tu sabes que Te amo.
A
resposta soou como doce campana no ar.
O Mestre
relanceou o olhar pelo grupo, sorridente, ingênuo, e disse: -Simão, apascenta
os meus cordeiros.
Ato
contínuo indagou com preocupação na voz: - Simão, filho de Jonas, amas-me?
Surpreso
o discípulo contestou: -Sim, Senhor, Tu sabes que Te amo.
Houve um
silêncio rápido, após o que, pediu: -Pastoreia minhas ovelhas.
Ouvia-se
a suave música da natureza, trazida pela brisa do mar, tela que formava o
cenário do diálogo.
Por
terceira vez Ele inquiriu: -Simão, filho de Jonas; amas-me?
O
discípulo, emocionado, chorou e respondeu: -Senhor, Tu conheces todas as
coisas. Tu sabes que Te amo. Porque me interrogas por três vezes?
-Se me
amas, apascenta as minhas ovelhas.
Penetrando
nos tempos do porvir, Jesus sabia das dificuldades para pastorear o rebanho; da
diversidade de ovelhas a apascentar; das problemáticas de cada época; das
defecções humanas... Mas era necessário resguardar os candidatos ao rebanho, e
Simão, na primeira etapa, por amor, que é a sublime canção que Ele sempre
entoara, deveria ser o condutor.
(Trigo de Deus, Amélia Rodrigues/Divaldo
Franco, cap 25 “Apascenta o meu rebanho”)
ð
Tarefa:
explicar o que aconteceu nessas passagens, e como o grupo percebeu que era a
personalidade de Pedro.
Texto 3: A Casa do Caminho
(Jesus já havia sido
crucificado)
O dia fora estafante. As atividades da Casa
tiveram início pela Alva com a leva de enfermos, que chegaram, suplicando
ajuda, e terminaram, noite adentro, com alguns obsidiados que renteavam com a
loucura e foram deixados à porta, ao relento... (...)
Conhecida na cidade e nos arredores como o
albergue do amor e o recinto da esperança, para a “Casa do Caminho” afluíam os
desafortunados de todos os matizes. (...)
Aquela temporada se assinalava pelas dores
gerais: criancinhas órfãs e velhinhos desvalidos, enfermos e alienados de vário
porte chegavam a cada hora, valendo-se dos recursos do amor, da caridade e da
abnegação de Pedro, que jamais se escusava.
Somando penas aos trabalhos exaustivos, sem
repouso, medravam, aqui e ali, suspeitas infundadas, incompreensões
injustificáveis se instalavam entre os poucos colaboradores do “velho
pescador”.(...)
Este companheiro admoestava o discípulo,
acusando-o de abuso da caridade; aquele censurava-o às claras pelo tempo
aplicado na assistência aos leprosos, que, segundo ele, deveriam ser liminarmente
arrojados à morte, no “vale dos imundos”, em Jerusalém; outros queixavam-se da
falta de oportunidade para os largos diálogos evangélicos porque Simão estava
sempre a braços com os trabalhos cansativos; por fim, afirmavam diversos, que a
Casa não sobreviveria, naquelas condições, considerando a possibilidade de as
autoridades do Sinédrio mandarem fechá-la, por albergar mulheres de vida
equivocada, publicamente conhecidas , . .(...)
O apóstolo abnegado, todavia, não se deixava
contaminar pelos vapores tóxicos da intriga nem das conversações malsãs. À
medida, porém, que o desgaste físico e mental lhe minava as forças, foi
acolhendo, sem o perceber, o vírus do desânimo. Anotava, aqui e ali, mal-estar,
e percebia-se imensamente saudoso da companhia do Mestre, que muito anelava por
voltar a fruir. (...)
*
A noite agradável fizera-se um álbum natural
de recordações. O discípulo dedicado repassou, mentalmente, as cenas da sua
convivência com Jesus desde o primeiro encontro até ao último contato. . .(...)
Não saíra das últimas recordações em torno do
momento da ascensão, quando viu Jesus, transparente e belo, à sua frente.
Desejou traduzir a felicidade daquela hora, explodindo de júbilos, mas o suave
e tranqüilo olhar do Amigo que o penetrou, dulcificou-o por dentro,
harmonizando-o. Passado o primeiro instante, e porque não desejasse malbaratar
a oportunidade excepcional, Pedro recordou-se das últimas dificuldades
experimentadas no trabalho e expô-las em breves palavras, (...)
— Não são os estranhos, Senhor, a criarem-me
impedimentos para o labor crescente, mas, os amigos, os cooperadores. . . (...)
O Senhor, compreendendo as lutas do discípulo
querido, (..) prosseguiu: — Os homens, à semelhança da argila sem forma ou
pedra grosseira, aguardam que os cultores dos nobres ideais lhes plasmem beleza
e forma, delicadeza e utilidade, vencendo as suas resistências a golpes de
paciência, perseverança e fé, até que colimem os objetivos para os quais foram
criados pelo Pai.
“Relegá-los à própria ignorância, seria condená-los
à inutilidade. Cumpre-nos compreender-lhes a situação, o degrau em que
estagiam, no processo da evolução, e ampará-los, mesmo que se neguem às nossas
mãos plasmadoras de formas e cultivadoras de bênçãos.
“Além
disso, convém considerar que eles são hoje, o que já foste ontem. O tempo e o
amor divino cuidaram de ti, através de outros que te alcançaram, cabendo-te,
agora, a tarefa de cuidar deles, a fim de que cheguem até onde te encontras...”
(...)
Dando margem a que o ouvinte penetrasse o
conteúdo profundo das suas palavras, o Senhor silenciou, para logo concluir: —
Se não exercitamos o amor e a caridade com aqueles com quem convivemos, como
provaremos os próprios valores, quando chamados a tolerar e a suportar os que
nos são desconhecidos? (...)
Calou-se o Sublime Benfeitor e diluiu-se na
noite varrida por leve, perfumada brisa do vale próximo, salpicada de astros
fulgurantes. Simão Pedro compreendeu a mensagem oportuna, levantou-se, e, a
partir dali, jamais se permitiu desânimo ou queixa, compreendendo os
companheiros da retaguarda da evolução, porém cumprindo com o seu dever até o
momento da sua crucificação de cabeça para baixo, em Roma, anos mais tarde, por
integral amor a Jesus.
(Há Flores no Caminho, Amélia
Rodrigues/Divaldo Franco, cap. 6 ‘Por amor a Jesus’)
ð
Tarefa:
explicar o que aconteceu nessa passagemm, e como o grupo percebeu que era a
personalidade de Pedro, e sua vida depois que Jesus havia partido.
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