quinta-feira, 27 de outubro de 2016

O Apóstolo Pedro


Casa Espírita Missionários da Luz – Pré-Mocidade                   13 à 17 anos    21/10/2016

Tema:  O Apóstolo Pedro

Objetivos:
Conhecer a vida e obra do apóstolo Pedro

Bibliografia:  
- Novo Testamento: Jo, 1: 42 - “Tu és Simão. Serás chamado Cefas (Pedro)”;  Mt, 4:19 - “Eu vos farei pescadores de homens”;  Mt, 16:16 - ‘Tu és o Cristo, o Filho de Deus Vivo”;
- LE, 459, 466, 567;
- Ev.Seg.Esp. Cap. VI, item 1;
- Palavras de Vida Eterna, Emmanuel / F.C.Xavier, caps. 153 e 154;
- Paulo e Estevão (Emmanuel / F.C.Xavier), cap. III;
- Até o Fim dos Tempos!, Amélia Rodrigues/Divaldo Franco, ‘Mediunidade  - Vínculo de Luz’;
- Pelos Caminhos de Jesus, Amélia Rodrigues/Divaldo Franco, “...Fortalece os teus irmãos”;
- Trigo de Deus, Amélia Rodrigues/Divaldo Franco, cap 25 “Apascenta o meu rebanho”;
- Há Flores no Caminho, Amélia Rodrigues/Divaldo Franco, cap. 6 ‘Por amor a Jesus’.


Material: projetor e notebook;

Hora da novidade e Prece Inicial (todos que desejarem, fazem a prece, um por vez).

Desenvolvimento:

1.    Motivação Inicial:
Semana passada falamos de um dos grandes apóstolos de Jesus, Paulo, o apóstolo dos gentios. Hoje nosso tema é a vida de outro apóstolo de Jesus. Quem advinha?

O que vocês sabem da vida desse personagem tão importante na história do cristianismo?

Alguns dados pessoais de Pedro:

Irmão do apóstolo André, era um pescador no mar da Galiléia, mais precisamente na cidade de Cafarnaun. Seu nome era Simão, mas recebeu de Jesus o sobrenome de Pedro ou Cefas, que significa pedra em grego e hebraico, respectivamente.

Considerado como fundador da Igreja Cristã em Roma, e pela Igreja Católica, é tido como o primeiro Papa. Foi morto em Roma, no ano de 64 d.C., na perseguição aos cristãos, crucificado de cabeça para baixo, conforme a sua vontade, pois não se achava digno de morrer como Jesus.

“Era ele pescador de vida humilde, homem quase iletrado, comprometido em obrigações de família, habitante de aldeola paupérrima, seguidor do Evangelho, submetido a tentações e vacilações que, por algumas vezes, o fizeram cair;(...)” (Palavras de Vida Eterna , Emmanuel/Chico Xavier, “Nas trilhas da fé”)


2.    Trabalho em grupos a partir de textos base

Nós vamos conhecer um pouco mais da personalidade de Pedro, e de suas atividades como apóstolos, através de passagens no Novo Testamento, desenvolvidas na literatura espírita.

Vamos dividir a turma em subgrupos, ficando cada um, com um trecho para estudar.

Texto 1: Mediunidade de Pedro
Texto 2: A negação de Pedro
Texto 3: A Casa do Caminho




3.    Apresentação dos grupos

Reforçar as lutas e dificuldades pelas quais Pedro passou, vencendo suas limitações e como se tornou o condutor dos primeiros cristãos, conforme Jesus havia orientado.

Reforçar a presença da mediunidade presente em toda a história dos anos iniciais do cristianismo.

4.    Passes e prece final.


5.    Avaliação
Aula junto com o III ciclo, totalizando 9 jovens.
No início passei os vídeos das turmas, do encontro da família. Com isso, só tivemos 1h de aula, que foi feita com exposição sobre fatos principais da vida de Pedro, com participação e interesse do grupo. Eles não conheciam nada da vida de Pedro.
Texto 1: Mediunidade de Pedro

– Perguntou-lhes Jesus: “E vós, quem dizeis que eu sou?” – Simão Pedro, tomando a palavra, respondeu: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo:” – Replicou-lhe Jesus: “Bem-aventurado és, Simão, filho de Jonas, porque não foram a carne nem o sangue que isso te revelaram, mas meu Pai, que está nos céus.”(Ev.Seg.Esp., Cap. VI, item1; Mateus, 16,15:17)

“ Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do hades não prevalecerão contra ela; dar-te-ei as chaves do reino dos céus; o que ligares, pois, na terra será ligado nos céus, e o que desligares na terra será desligado nos céus.
Desde então começou Jesus Cristo a mostrar aos seus discípulos que era necessário que ele fosse a Jerusalém, que padecesse muitas coisas dos anciãos, dos principais sacerdotes, e dos escribas, que fosse morto, e que ao terceiro dia ressuscitasse.
E Pedro, tomando-o à parte, começou a repreendê-lo, dizendo: Tenha Deus compaixão de ti, Senhor; isso de modo nenhum te acontecerá. Ele, porém, voltando-se, disse a Pedro: Para trás de mim, Satanás, que me serves de escândalo; porque não estás pensando nas coisas que são de Deus, mas sim nas que são dos homens.” (Mateus, 16,18:23)

Jesus, “que houvera percebido o véu de tristeza que ensombrecia a face do discípulo, esclareceu docemente:
- Simão, o homem na Terra é um canal por onde vertem a inspiração e o pensamento da Imortalidade, sempre em contato com os transeuntes do vale de sombras, a fim de que possam desfrutar de claridades espirituais e terem renovadas as suas forças. Nem sempre porém, a onda que envolve o ser é de procedência superior. (...)
- Quando me identificasse como Messias, meu Pai comandava o teu pensamento e foste instrumento de vida. Por isso te disse que não havia sido a carne nem o sangue, porque não se tratava de raciocínio, de uma conclusão do teu cérebro. A revelação te alcançava a mente em sintonia com a Verdade e te tornaste intermediário dela.
Logo depois, porque o medo te perturbasse a razão, esquecendo-te de que a nossa é uma jornada para o sacrifício, que o cordeiro segue para o matadouro, a fim de que a Sua mensagem se perpetue pelo exemplo, foste instrumento de Satanás, o Espírito infeliz que procura ser estorvo em relação ao ministério de libertação das criaturas.
Já me viste expulsá-lo de vários enfermos e, não obstante, ele investe, infeliz e perturbador, ganhando adeptos no mundo, em contínuas tentativas de criar embaraços aos que andam em justiça e eqüidade.”
(Até o Fim dos Tempos!, Amélia Rodrigues/Divaldo Franco, ‘Mediunidade  - Vínculo de Luz’)

ð  Tarefa: explicar o que aconteceu nessa passagem, e como o grupo percebeu que era a personalidade de Pedro, nesse diálogo com Jesus.


Texto 2: A negação de Pedro
(Jesus com os discípulos na última ceia, da festa da Páscoa)
“Estava próxima a hora da imolação. [...]
Cada discípulo presente era uma coluna do edifício do porvir, [...]
Quais aqueles que suportariam o peso da construção? [...]
Na pausa natural, quando as emoções ainda sorriam em clima de ansiedade, Jesus informou:
- Simão, Simão, olha que Satanás te reclamou para joeirar com o trigo. Mas eu roguei por ti, a fim de que tua fé não desfaleça...E tu uma vez convertido, fortalece teus irmãos [...]
Surpreendido peã advertência sincera e oportuna do Benfeitor, o amigo retrucou, despercebido daquilo que enunciava:
- Senhor, Senhor, estou pronto para ir contigo para a prisão e para a morte.
Honestamente num momento, alguém daria a vida por outrem, a sua pela liberdade de seu amigo. Já não, porém, noutro momento, num diferente estado emocional.
Não é covardia nem indiferença.
São as circunstâncias. É todo o passado existencial assomando [...].
O Mestre mergulhou os seus nos olhos do discípulo emocionado e vaticinou melancólico:
- Digo-te Pedro, o galo não cantará hoje sem que, por três vezes, tenhas negado conhecer-me [...]”

Quando Jesus foi preso, Pedro quando apontado por conhecidos reagiu dizendo:

“Não o conheço mulher...
- Homem, não sou...
- Homem, não sei o que dizes...
E o galo cantou!
O Mestre, manietado e sob dilacerações fixou os Seus nos olhos do discípulo, sem censura, sem mágoa...
Dando-se conta, caindo em si, o companheiro aturdido chorou copioso pranto.
Ficava-lhe a frase consolação: - E tu, uma vez convertido, fortalece os teus irmãos!
(- Pelos Caminhos de Jesus, Amélia Rodrigues/Divaldo Franco, “...Fortalece os teus irmãos”)

(Após a crucificação de Jesus)

Ainda predomina nas almas saudosas a melancolia e a dor quase insuportável.(...)
Arrancados do anonimato e da simplicidade de homens do povo, eles se viram subitamente atirados ao torvelinho da grande revolução ideológica.(...)
Retornando às atividades anteriores, sem terem idéia exata do que fazerem, os companheiros surpreendiam-se chorando, evocando os episódios que ali sucederam e deveriam abalar as estruturas da Humanidade, qual ocorreu depois.
Tentavam recordar cada fato e acontecimento, mantendo-Lhe viva a memória nos comentários incessantes, repassados de ternura e melancolia. Jesus fora o divisor dos tempos e assinalaria de forma especial a Nova Era com Sua mensagem.
Eles pescavam – narra João – e nada haviam conseguido! Subitamente, um estranho, da praia, sugeriu-lhes que atirassem as redes do lado direito da barca, e, ao fazê-lo, por pouco não se romperam ao serem recolhidas.
Retiraram das águas calmas, cento e cinquenta e três peixes grandes... Imediatamente reconheceram o Mestre, que ali estava como no passado, vivo e estuante, sorrindo e jovial, superando todas as expectativas do desencanto pelo Seu desaparecimento, que ainda era comentado.
Almoçaram com a alacridade de outrora.
Ao terminar, á tarde, Ele assumiu a postura habitual e, acercando-se de Pedro, interrogou-o com doçura: - Simão, filho de Jonas, amas-me mais do que a estes?
A interrogação inesperada fulminou o amigo pescador, que se recordou das negações, envergonhando-se. Porém, honesto e firme, redarguiu: - Sim, Senhor, Tu sabes que Te amo.
A resposta soou como doce campana no ar.
O Mestre relanceou o olhar pelo grupo, sorridente, ingênuo, e disse: -Simão, apascenta os meus cordeiros.
Ato contínuo indagou com preocupação na voz: - Simão, filho de Jonas, amas-me?
Surpreso o discípulo contestou: -Sim, Senhor, Tu sabes que Te amo.
Houve um silêncio rápido, após o que, pediu: -Pastoreia minhas ovelhas.
Ouvia-se a suave música da natureza, trazida pela brisa do mar, tela que formava o cenário do diálogo.
Por terceira vez Ele inquiriu: -Simão, filho de Jonas; amas-me?
O discípulo, emocionado, chorou e respondeu: -Senhor, Tu conheces todas as coisas. Tu sabes que Te amo. Porque me interrogas por três vezes?
-Se me amas, apascenta as minhas ovelhas.
Penetrando nos tempos do porvir, Jesus sabia das dificuldades para pastorear o rebanho; da diversidade de ovelhas a apascentar; das problemáticas de cada época; das defecções humanas... Mas era necessário resguardar os candidatos ao rebanho, e Simão, na primeira etapa, por amor, que é a sublime canção que Ele sempre entoara, deveria ser o condutor.
(Trigo de Deus, Amélia Rodrigues/Divaldo Franco, cap 25 “Apascenta o meu rebanho”)

ð  Tarefa: explicar o que aconteceu nessas passagens, e como o grupo percebeu que era a personalidade de Pedro.

Texto 3: A Casa do Caminho

(Jesus já havia sido crucificado)

O dia fora estafante. As atividades da Casa tiveram início pela Alva com a leva de enfermos, que chegaram, suplicando ajuda, e terminaram, noite adentro, com alguns obsidiados que renteavam com a loucura e foram deixados à porta, ao relento... (...)

Conhecida na cidade e nos arredores como o albergue do amor e o recinto da esperança, para a “Casa do Caminho” afluíam os desafortunados de todos os matizes. (...)

Aquela temporada se assinalava pelas dores gerais: criancinhas órfãs e velhinhos desvalidos, enfermos e alienados de vário porte chegavam a cada hora, valendo-se dos recursos do amor, da caridade e da abnegação de Pedro, que jamais se escusava.

Somando penas aos trabalhos exaustivos, sem repouso, medravam, aqui e ali, suspeitas infundadas, incompreensões injustificáveis se instalavam entre os poucos colaboradores do “velho pescador”.(...)

Este companheiro admoestava o discípulo, acusando-o de abuso da caridade; aquele censurava-o às claras pelo tempo aplicado na assistência aos leprosos, que, segundo ele, deveriam ser liminarmente arrojados à morte, no “vale dos imundos”, em Jerusalém; outros queixavam-se da falta de oportunidade para os largos diálogos evangélicos porque Simão estava sempre a braços com os trabalhos cansativos; por fim, afirmavam diversos, que a Casa não sobreviveria, naquelas condições, considerando a possibilidade de as autoridades do Sinédrio mandarem fechá-la, por albergar mulheres de vida equivocada, publicamente conhecidas , . .(...)

O apóstolo abnegado, todavia, não se deixava contaminar pelos vapores tóxicos da intriga nem das conversações malsãs. À medida, porém, que o desgaste físico e mental lhe minava as forças, foi acolhendo, sem o perceber, o vírus do desânimo. Anotava, aqui e ali, mal-estar, e percebia-se imensamente saudoso da companhia do Mestre, que muito anelava por voltar a fruir. (...)
*
A noite agradável fizera-se um álbum natural de recordações. O discípulo dedicado repassou, mentalmente, as cenas da sua convivência com Jesus desde o primeiro encontro até ao último contato. . .(...)

Não saíra das últimas recordações em torno do momento da ascensão, quando viu Jesus, transparente e belo, à sua frente. Desejou traduzir a felicidade daquela hora, explodindo de júbilos, mas o suave e tranqüilo olhar do Amigo que o penetrou, dulcificou-o por dentro, harmonizando-o. Passado o primeiro instante, e porque não desejasse malbaratar a oportunidade excepcional, Pedro recordou-se das últimas dificuldades experimentadas no trabalho e expô-las em breves palavras, (...)

— Não são os estranhos, Senhor, a criarem-me impedimentos para o labor crescente, mas, os amigos, os cooperadores. . . (...)

O Senhor, compreendendo as lutas do discípulo querido, (..) prosseguiu: — Os homens, à semelhança da argila sem forma ou pedra grosseira, aguardam que os cultores dos nobres ideais lhes plasmem beleza e forma, delicadeza e utilidade, vencendo as suas resistências a golpes de paciência, perseverança e fé, até que colimem os objetivos para os quais foram criados pelo Pai.
 “Relegá-los à própria ignorância, seria condená-los à inutilidade. Cumpre-nos compreender-lhes a situação, o degrau em que estagiam, no processo da evolução, e ampará-los, mesmo que se neguem às nossas mãos plasmadoras de formas e cultivadoras de bênçãos.
 “Além disso, convém considerar que eles são hoje, o que já foste ontem. O tempo e o amor divino cuidaram de ti, através de outros que te alcançaram, cabendo-te, agora, a tarefa de cuidar deles, a fim de que cheguem até onde te encontras...” (...)

Dando margem a que o ouvinte penetrasse o conteúdo profundo das suas palavras, o Senhor silenciou, para logo concluir: — Se não exercitamos o amor e a caridade com aqueles com quem convivemos, como provaremos os próprios valores, quando chamados a tolerar e a suportar os que nos são desconhecidos? (...)

Calou-se o Sublime Benfeitor e diluiu-se na noite varrida por leve, perfumada brisa do vale próximo, salpicada de astros fulgurantes. Simão Pedro compreendeu a mensagem oportuna, levantou-se, e, a partir dali, jamais se permitiu desânimo ou queixa, compreendendo os companheiros da retaguarda da evolução, porém cumprindo com o seu dever até o momento da sua crucificação de cabeça para baixo, em Roma, anos mais tarde, por integral amor a Jesus.
(Há Flores no Caminho, Amélia Rodrigues/Divaldo Franco, cap. 6 ‘Por amor a Jesus’)


ð  Tarefa: explicar o que aconteceu nessa passagemm, e como o grupo percebeu que era a personalidade de Pedro, e sua vida depois que Jesus havia partido.



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