sábado, 10 de outubro de 2015

Sou dono do meu destino (Lei de liberdade)

Casa Espírita Missionários da Luz – Pré-Mocidade                   11 à 14 anos    09/10/2015

Tema:  Sou dono do meu destino (Lei de liberdade)

Objetivos:
Identificar que nas provas morais e nas tentações, o Espírito, conservando o livre-arbítrio quanto ao bem e ao mal, é sempre senhor de ceder ou de resistir;
Entender a lei de causa e efeito.

Bibliografia:  
O Livro dos Espíritos – O Livro dos Espíritos: Pergs. 122, 127, 825 à 872
Nossos Filhos são Espíritos, Hermínio Miranda, cap. ‘Filhos Deficientes”
Libertação, André Luiz/Chico Xavier, Cap. 7 ‘Quadro Doloroso’


Material:

Hora da novidade e Prece Inicial (todos que desejarem, fazem a prece, um por vez).

Desenvolvimento:

1.    Motivação Inicial:
Isaac Newton foi, sem dúvida, um dos maiores expoentes do mundo científico: grande matemático, exímio físico e destacado astrônomo, revolucionou sua época com inúmeras descobertas. Em uma delas, denominada a terceira lei de Newton, diz o seguinte: a toda ação corresponde uma reação, de igual intensidade e de sentido contrário.

      Quem pode dar um exemplo?
            - quando o esportista praticante do “tiro ao alvo” experimenta o “coice” ao dar um tiro;
            - quando jogamos uma bola atirada contra a parede retorna com a mesma força .

2.    Exposição dialogada

a) E nas leis morais, vale essa lei física também? Há reação para tudo que pensamos, falamos, realizamos ou não?

b) Se há, qual o objetivo da Lei de Ação e Reação ou Causa e Efeito?



3.    Fixação do conteúdo

Dividir a turma em 2 a 4 grupos, dependendo do número, para analisarem um caso. Serão somente 2 casos.

Caso 1: Nossos Filhos são Espíritos, Hermínio Miranda, cap. ‘Filhos Deficientes”
Caso 2: Libertação, André Luiz/Chico Xavier, Cap. 7 ‘Quadro Doloroso


4.    Conclusão:

A lei existe, mas pode ser abrandada ou ampliada, dependendo do arrependimento ou rebeldia do Espírito.

5.    Passes e prece final.

6.    Avaliação

Aula para 7 jovenzinhos. Tiveram dificuldades em interpretar o texto de André Luiz. Mas o objetivo foi atingido, depois que expliquei a eles o caso.

7.    Anexos

Nossos Filhos são Espíritos, Hermínio Miranda, cap. ‘Filhos Deficientes”


O menino nascera em família de confortável status social e econômico, de um jovem e belo casal culto e inteligente. Era até um bonito menino, de boa aparência física, mas também sem o necessário controle sobre o corpo. Disseram-me pessoas da família, que me procuraram para conversar sobre o assunto, que a criança tivera o cérebro danificado ao nascer, por causa de um sufocamento que tardou mais do que deveria, ao ser clinicamente socorrida.
Recuperadas a respiração e a vida, o cérebro apresentava problemas irreversíveis.
Além do mais, a tomografia revelara exígua massa cerebral, suficiente para que o poderoso computador vivo pudesse funcionar com um mínimo de condição, mas não com uma parte decisiva de seu potencial.
Um detalhe era particularmente dramático: o avô, competente médico, embora não responsável pelo parto, nada pudera fazer, a tempo, para salvar o neto, com o que se sentia profundamente deprimido.
(...) nossos amigos espirituais concordaram em trazer-nos alguns esclarecimentos e palavras de consolo e orientação. Segundo eles, pai, mãe e filho constituíram, em passada existência,
componentes de um triângulo amoroso. A jovem e um dos rapazes estavam já com o casamento acertado quando ela se apaixonou pelo outro, atual pai da criança deficiente. No precipitado impulso, em momento de desatino, o jovem preterido atirou-se por um despenhadeiro abaixo, danificando de maneira grave precisamente seu cérebro físico. O atual avô, que era então seu pai, tudo fez para salvá-lo, mas não o conseguiu, ficando marcado por profunda mágoa, pois muito amava o filho e nele depositava grandes esperanças. Quanto à moça, uniu-se, afinal, ao jovem de sua escolha.
Na inexorável simetria e precisão das leis divinas, o trio acabou marcando novo encontro para esta existência. Programaram os dois novamente casar-se e receberem o que outrora fora rival do rapaz e noivo rejeitado da moça. A lei concedia, dessa maneira, aos pais, a oportunidade de restituir a vida física àquele que a perdera por causa da rivalidade amorosa. O noivo abandonado, por sua vez, cometera o grave erro de suicidar-se, danificando irreparavelmente o mais importante dos centro vitais — o cérebro físico, com as inevitáveis e conseqüentes repercussões no sistema perispiritual. (...)

(palavras do Espírito após a desencarnação:) Lamentava o suicídio desastroso, que compreendia como gesto de rebeldia, de tão trágicas conseqüências. Acrescentava que teria tido certos atenuantes se, pelo menos, não tivesse sido vitimado por uma pesada dosagem de ódio, especialmente pela jovem que, a seu ver, o traíra, preterindo-o ao outro. Além do mais, podia ver, agora, a lamentável inutilidade de seu gesto desesperado, ao saber que outra mulher lhe estava destinada. E que a esta ele amava de fato, não com os impulsos da paixão, como à outra, mas com as ternuras do amor. A rejeição teria sido apenas desagradável incidente, pelo qual ele teria mesmo de passar, por causa de compromissos anteriores.

Perguntas ao grupo:
Como vemos a lei de CAUSA E EFEITO atuando nesse caso?
Que outra decisão o jovem preterido pela noiva, poderia ter tomado?


Libertação, André Luiz/Chico Xavier, Cap. 7 ‘Quadro Doloroso

(análise de Espírito de mulher, sofredora no plano espiritual) Foi tirânica senhora de escravos no século que findou. (...) Foi jovem e bela, mas desposou (...) um cavalheiro de idade madura, que, a seu turno, já assumira compromissos sen­timentais com humilde filha do cativeiro. Embora a mudança natural de vida, à face do casamento, não abandonou ele o débito contraído. Em razão disso, a pobre mãe e escrava, ainda moça, peni­tente e desditosa, prosseguiu agregada à propriedade rural com os rebentos de seu amor menos feliz. Com a passagem do tempo, a esposa reqües­tada e fascinante conheceu toda a extensão do assunto e (...) dirigiu-se ao marido, colérica e violenta, dobrando-o aos caprichos que lhe exacerbavam a mente. A escrava sofredora foi separada de ambos os filhos que possuía e vendida para uma região palustre onde em breve encontrou a morte pela febre maligna. Os dois rapazes, metidos no tronco, padeceram vexames e flagelações em frente da sen­zala. Acusados de ladrões, pelo capataz, a instân­cias da senhora dominada de egoísmo terrificante, passaram a exibir pesada corrente no pescoço fe­rido. (...) No curso de reduzidos meses, caíram sem remissão, minados pela tuberculose que nin­guém socorreu. Desencarnados, reuniram-se à ge­nitora revoltada, formando um trio perturbador na organização ruralista que os expulsara, susten­tando sinistros propósitos de desforço. (...) Atacaram, desapiedados, a mulher que os tratara com dureza, impondo-lhe destrutivo remorso ao espírito vacilante e fraco. Dominando-lhe a vida psíquica, transformaram-se para ela em perigosos carrascos invisíveis (...). Adoeceu ela, por isso, gravemente, desafiando conselhos e medidas de cura.
(...), a desditosa fazendeira so­freu, insulada no orgulho destrutivo que lhe assi­nalava o caminho, dez anos de mágoas constantes e indefiníveis. (...)
(ao desencarnar), viu-se per­seguida pelas vitimas de outro tempo, (...).
Os missionários da caridade já lhe reconduziram o esposo às correntes da reencarnação e é de supor que esta irmã se ache em vias de seguir-lhe as pegadas, a breve tempo. Naturalmente, renascerá em círculos de vida torturada, enfrentando obstáculos imensos para re­encontrar o ex-esposo e partilhar-lhe as experiên­cias futuras. (...) Os inimigos ser-lhe-ão filhos (...)
—            Pobre irmã! (...) Seguida de perto pela influência dos seres que com ela se projetaram no abismo mental do ódio, terá infância dolorosa e sombria (...). Conhecerá enfermidades de diagnose impossível, por enquanto, no quadro dos conhecimentos hu­manos, por se originarem da persistente e invisível atuação dos inimigos de outra época... Terá moci­dade torturada por sonhos de maternidade e não repousará, intimamente, enquanto não oscular, no próprio colo, os três adversários convertidos, então, em filhinhos tenros de sua ternura sedenta de paz...

Glossário:
Rebento: filho
Palustre: de pântanos, lugar sem condições boas para a saúde
Genitora: mãe

Perguntas ao grupo:
Como vemos a lei de CAUSA E EFEITO atuando nesse caso?
Que outra decisão a jovem esposa poderia ter tomado?


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