Casa Espírita
Missionários da Luz – Pré-Mocidade 11
à 14 anos 09/10/2015
Tema: Sou dono do meu destino (Lei de liberdade)
Objetivos:
Identificar
que nas provas morais e nas tentações, o Espírito, conservando o livre-arbítrio
quanto ao bem e ao mal, é sempre senhor de ceder ou de resistir;
Entender
a lei de causa e efeito.
Bibliografia:
O Livro dos Espíritos – O Livro dos
Espíritos: Pergs. 122, 127, 825 à 872
Nossos Filhos são
Espíritos, Hermínio Miranda, cap. ‘Filhos Deficientes”
Libertação, André
Luiz/Chico Xavier, Cap. 7 ‘Quadro Doloroso’
Material:
Hora da novidade e Prece Inicial (todos que
desejarem, fazem a prece, um por vez).
Desenvolvimento:
1.
Motivação
Inicial:
Isaac
Newton foi, sem dúvida, um dos maiores expoentes do mundo científico: grande
matemático, exímio físico e destacado astrônomo, revolucionou sua época com
inúmeras descobertas. Em uma delas, denominada a terceira lei de Newton, diz o
seguinte: a toda ação corresponde uma
reação, de igual intensidade e de sentido contrário.
Quem pode dar um exemplo?
- quando o esportista praticante do
“tiro ao alvo” experimenta o “coice” ao dar um tiro;
- quando jogamos uma bola atirada
contra a parede retorna com a mesma força .
2.
Exposição
dialogada
a)
E nas leis morais, vale essa lei física também? Há reação para tudo que
pensamos, falamos, realizamos ou não?
b)
Se há, qual o objetivo da Lei de Ação e Reação ou Causa e Efeito?
3.
Fixação
do conteúdo
Dividir a turma em 2
a 4 grupos, dependendo do número, para analisarem um caso. Serão somente 2
casos.
Caso 1: Nossos Filhos
são Espíritos, Hermínio Miranda, cap. ‘Filhos Deficientes”
Caso 2: Libertação,
André Luiz/Chico Xavier, Cap. 7 ‘Quadro Doloroso
4.
Conclusão:
A lei existe, mas
pode ser abrandada ou ampliada, dependendo do arrependimento ou rebeldia do
Espírito.
5.
Passes
e prece final.
6.
Avaliação
Aula para 7 jovenzinhos. Tiveram dificuldades
em interpretar o texto de André Luiz. Mas o objetivo foi atingido, depois que
expliquei a eles o caso.
7.
Anexos
Nossos Filhos são
Espíritos, Hermínio Miranda, cap. ‘Filhos Deficientes”
O menino nascera em família de confortável status
social e econômico, de um jovem e belo casal culto e inteligente. Era até um
bonito menino, de boa aparência física, mas também sem o necessário controle
sobre o corpo. Disseram-me pessoas da família, que me procuraram para conversar
sobre o assunto, que a criança tivera o cérebro danificado ao nascer, por causa
de um sufocamento que tardou mais do que deveria, ao ser clinicamente
socorrida.
Recuperadas a respiração e a vida, o cérebro
apresentava problemas irreversíveis.
Além do mais, a tomografia revelara exígua massa
cerebral, suficiente para que o poderoso computador vivo pudesse funcionar com
um mínimo de condição, mas não com uma parte decisiva de seu potencial.
Um detalhe era particularmente dramático: o avô,
competente médico, embora não responsável pelo parto, nada pudera fazer, a
tempo, para salvar o neto, com o que se sentia profundamente deprimido.
(...) nossos amigos espirituais concordaram em
trazer-nos alguns esclarecimentos e palavras de consolo e orientação. Segundo
eles, pai, mãe e filho constituíram, em passada existência,
componentes de um triângulo amoroso. A jovem e um
dos rapazes estavam já com o casamento acertado quando ela se apaixonou pelo
outro, atual pai da criança deficiente. No precipitado impulso, em momento de
desatino, o jovem preterido atirou-se por um despenhadeiro abaixo, danificando
de maneira grave precisamente seu cérebro físico. O atual avô, que era então
seu pai, tudo fez para salvá-lo, mas não o conseguiu, ficando marcado por
profunda mágoa, pois muito amava o filho e nele depositava grandes esperanças.
Quanto à moça, uniu-se, afinal, ao jovem de sua escolha.
Na inexorável simetria e precisão das leis divinas,
o trio acabou marcando novo encontro para esta existência. Programaram os dois
novamente casar-se e receberem o que outrora fora rival do rapaz e noivo
rejeitado da moça. A lei concedia, dessa maneira, aos pais, a oportunidade de
restituir a vida física àquele que a perdera por causa da rivalidade amorosa. O
noivo abandonado, por sua vez, cometera o grave erro de suicidar-se,
danificando irreparavelmente o mais importante dos centro vitais — o cérebro
físico, com as inevitáveis e conseqüentes repercussões no sistema perispiritual.
(...)
(palavras do
Espírito após a desencarnação:) Lamentava o suicídio desastroso, que
compreendia como gesto de rebeldia, de tão trágicas conseqüências. Acrescentava
que teria tido certos atenuantes se, pelo menos, não tivesse sido vitimado por
uma pesada dosagem de ódio, especialmente pela jovem que, a seu ver, o traíra, preterindo-o
ao outro. Além do mais, podia ver, agora, a lamentável inutilidade de seu gesto
desesperado, ao saber que outra mulher lhe estava destinada. E que a esta ele
amava de fato, não com os impulsos da paixão, como à outra, mas com as ternuras
do amor. A rejeição teria sido apenas desagradável incidente, pelo qual ele
teria mesmo de passar, por causa de compromissos anteriores.
Perguntas
ao grupo:
Como vemos a lei de CAUSA E EFEITO atuando
nesse caso?
Que outra decisão o jovem preterido pela
noiva, poderia ter tomado?
Libertação,
André Luiz/Chico Xavier, Cap. 7 ‘Quadro Doloroso
(análise de Espírito de mulher, sofredora no
plano espiritual) Foi tirânica senhora de escravos no século que findou. (...)
Foi jovem e bela, mas desposou (...) um cavalheiro de idade madura, que, a seu
turno, já assumira compromissos sentimentais com humilde filha do cativeiro.
Embora a mudança natural de vida, à face do casamento, não abandonou ele o
débito contraído. Em razão disso, a pobre mãe e escrava, ainda moça, penitente
e desditosa, prosseguiu agregada à propriedade rural com os rebentos de seu
amor menos feliz. Com a passagem do tempo, a esposa reqüestada e fascinante
conheceu toda a extensão do assunto e (...) dirigiu-se ao marido, colérica e
violenta, dobrando-o aos caprichos que lhe exacerbavam a mente. A escrava
sofredora foi separada de ambos os filhos que possuía e vendida para uma região
palustre onde em breve encontrou a morte pela febre maligna. Os dois rapazes,
metidos no tronco, padeceram vexames e flagelações em frente da senzala.
Acusados de ladrões, pelo capataz, a instâncias da senhora dominada de egoísmo
terrificante, passaram a exibir pesada corrente no pescoço ferido. (...) No
curso de reduzidos meses, caíram sem remissão, minados pela tuberculose que ninguém
socorreu. Desencarnados, reuniram-se à genitora revoltada, formando um trio
perturbador na organização ruralista que os expulsara, sustentando sinistros
propósitos de desforço. (...) Atacaram, desapiedados, a mulher que os tratara
com dureza, impondo-lhe destrutivo remorso ao espírito vacilante e fraco.
Dominando-lhe a vida psíquica, transformaram-se para ela em perigosos carrascos
invisíveis (...). Adoeceu ela, por isso, gravemente, desafiando conselhos e
medidas de cura.
(...), a
desditosa fazendeira sofreu, insulada no orgulho destrutivo que lhe assinalava
o caminho, dez anos de mágoas constantes e indefiníveis. (...)
(ao desencarnar), viu-se perseguida pelas
vitimas de outro tempo, (...).
Os
missionários da caridade já lhe reconduziram o esposo às correntes da
reencarnação e é de supor que esta irmã se ache em vias de seguir-lhe as
pegadas, a breve tempo. Naturalmente, renascerá em círculos de vida torturada,
enfrentando obstáculos imensos para reencontrar o ex-esposo e partilhar-lhe as
experiências futuras. (...) Os inimigos ser-lhe-ão filhos (...)
— Pobre irmã! (...) Seguida de perto
pela influência dos seres que com ela se projetaram no abismo mental do ódio,
terá infância dolorosa e sombria (...). Conhecerá enfermidades de diagnose
impossível, por enquanto, no quadro dos conhecimentos humanos, por se
originarem da persistente e invisível atuação dos inimigos de outra época...
Terá mocidade torturada por sonhos de maternidade e não repousará,
intimamente, enquanto não oscular, no próprio colo, os três adversários
convertidos, então, em filhinhos tenros de sua ternura sedenta de paz...
Glossário:
Rebento: filho
Palustre: de
pântanos, lugar sem condições boas para a saúde
Genitora: mãe
Perguntas
ao grupo:
Como vemos a lei de CAUSA E EFEITO atuando
nesse caso?
Que outra decisão a jovem esposa poderia ter
tomado?
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